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Escritor Albert Camus foi o homenageado de 11/9 no Quem faz cem anos ou +

O homenageado desta quarta-feira (11/9) da segunda edição do evento “Quem faz cem anos ou mais” foi Albert Camus (Argélia 2013-França 1960), romancista, ensaísta e jornalista argelino. O convidado para ministrar a palestra “O Absurdo e a Revolta na arte e no pensamento de Albert Camus” foi o professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Nilson Adauto Guimarães da Silva. A palestra aconteceu no Auditório da Reitoria da UFSC. O professor tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua e Literatura Francesa, atuando principalmente nos seguintes temas: Albert Camus, Discurso, Gênero, Intertextualidade.

Formado em Filosofia pela Universidade de Argel, Camus é considerado fundamental tanto para o campo da literatura quanto para a filosofia. Sua obra é dividida em duas partes. Três de seus textos exprimem de forma romanesca a negação: O estrangeiro, Calígula, e O Mito de Sísifo. E outros quatro trabalham o lado positivo com as obras: A peste, O estado de sítio, Os justos, e O homem revoltado.

Dois livros de Albert Camus foram pontos principais da fala de Nilson Adauto. O primeiro livro é O Mito de Sísifo e O homem revoltado. O Mito de Sísifo fala sobre como

Professor Nilson A. G. da Silva palestra sobre Camus – foto: Wagner Behr/Agecom/UFSC

Camus via a vida dos homens. Para ele a vida era tal como este mito: seguir uma rotina diária, sem sentido próprio, determinada por instâncias como a religião e o sistema capitalista de produção. No mundo administrado, levantamos de manhã, trabalhamos, comemos, reproduzimos e tudo isso não faz o menor sentido, já que se refere a modos de pensar que são impostos ao indivíduo sem que ele participe desse modo de vida, como se não tivéssemos escolhas. A vida é chata, sem sentido e o mais sensato a se fazer é se matar, como de fato, Camus o fez.

O palestrante apresentou um vídeo documentário sobre o olhar de Albert Camus. O vídeo Une tragédie du bonheur (em tradução literal Uma tragédia de Felicidade) aborda, sob um ângulo pessoal e sensível, a questão da felicidade e da dimensão trágica da vida, segundo Camus. Nele, o escritor tenta desmistificar a imagem negativa da felicidade, em que não devemos nos culpar por sermos felizes, mesmo com a tristeza ao nosso redor.

Já O revoltado traz a história filosófica sobre a revolta do homem e faz referências a importantes pensadores, quando menciona o niilismo, o surrealismo e o existencialismo. André Breton, Pierre Naville, Sade, Nietzsche e Dostoiévski são citados em várias oportunidades e o leitor precisa ter, pelo menos, noção do que cada um pensava a respeito das crenças e necessidades sociais. Camus trabalhava o absurdo, sem defini-lo. Para ele o absurdo era um desejo de dar forma para o mundo.

Confira a programação do evento para o restante da semana:

http://secult.ufsc.br/files/2013/08/Programa%C3%A7%C3%A3o-Quem-faz-Cem-Anos-ou-.pdf. 

Informações: secult@contato.ufsc.br – Fone: 3721 2376 / 3721 8304

Andressa Prates/ Estagiária de Jornalismo/UFSC

andressa.pratesfreitas@gmail.com