Programa de Ações Afirmativas em debate na UFSC

26/11/2012 16:49

Debate se propõe a desmistificar a questão das cotas – foto Wagner Behr/ Agecom/UFSC

Discutir “O que são Cotas? – Desmistificando as Ações Afirmativas e os Desafios da Permanência de Estudantes na UFSC” é o enfoque do seminário que iniciou nesta segunda-feira, 26, no Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), e vai até o dia 27. O evento é uma iniciativa do Coletivo Kurima – Estudantes Negros e Negras da UFSC .

No primeiro dia participaram  do debate a reitora, Roselane Neckel, o presidente do Programa de Ações Afirmativas (PAA), Marcelo Tragtenberg, o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Lauro Mattei, a representante do Núcleo de Estudos Negros (NEN), Joana dos Passos, o diretor-executivo do Educação para Afrodescendentes (Educafro), frei Davi Raimundo dos Santos, o diretor de projetos do Instituto Cultural Steve Biko (Salvador/BA), Lázaro Cunha, a gestora na Coordenadoria de Políticas para Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura de Florianópolis, Ana Paula Cardozo da Silva, o vereador e professor do Instituto Estadual de Educação (IEE), Márcio José Pereira de Souza, o coordenador estadual de Igualdade Racial, Osvaldo Vargas, e o membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Igor de Barros Ferreira Dias.

Um dos objetivos do seminário, segundo Roberta Lira, integrante do Coletivo Kurima, é trazer os pontos positivos do sistema de cotas para a sociedade, não divulgados pelos meios de comunicação. Roberta diz que um dos problemas é a discriminação, pois o “aluno cotista não quer ser identificado” como tal. Todos os participantes da mesa de abertura ressaltaram, entre outros pontos, a importância do assunto e do envolvimento cada vez maior da comunidade acadêmica na discussão do Programa de Ações Afirmativas, que existe na UFSC há cinco anos e possui cerca de 1,1 mil cotistas negros e 5 mil de escola pública, dados mencionados por Tragtenberg. Frei Davi enfatizou a “necessidade de mudanças e adaptações necessárias aos alunos cotistas”, pois não basta apenas “gerar oportunidades, como já tem sido feito, e sim consciência”.

A reitora afirmou que “toda luta, toda revolução passa por um trabalho contínuo” e que “o discurso conservador no Brasil trouxe a invisibilidade do preconceito”. Para ela a “questão das ações afirmativas tem de ser enfrentada, pois a UFSC é pública e o ingresso por cotas é um direito”. Fez menção ao auditório que ao final da manhã estava repleto de participantes, principalmente de estudantes do ensino médio.

Confira a programação de Terça-Feira

Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH)

Diálogo sobre a Permanência de estudantes negros na UFSC e outras instituições (Docentes/Servidores)

8h30 – Frei Davi Raimundo dos Santos – Diretor Executivo da EDUCAFRO – Educação para Afrodescendentes

9h30 – Coffee Break

9h50 às 12h – Marília Soares – Psicóloga e Psicanalista – Mestre em Estudos Étnicos e Africanos – Universidade Federal da Bahia – UFBA

SAPSI – Centro de Filosofia e Ciências Humanas – CFH

Diálogo sobre a Permanência de Estudantes na UFSC (Estudantes)

8h30 – Ana Paula Cardozo Silva – Gestora Municipal na Coordenadoria de Políticas para Promoção da Igualdade Racial – Prefeitura de Florianópolis

9h30 – Coffee Break

9h50 às 12h – Lázaro Cunha – Diretor de Projetos do Instituto Cultural Steve Biko e Coordenador do Programa OGUNTEC – Programa de Fomento à Ciência e Tecnologia para Jovens Negros/as

Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas – CFH

13h40 às 16h15 – Roda de Conversa – Compartilhando Experiências

(Estudantes, docentes e servidores)

15h – Coffee Break

Apresentação Artística

16h30 – Encerramento

Informações: http://coletivokurima.wordpress.com ou http://www.facebook.com/coletivo.kurima/info

Rosiani Bion de Almeida/Agecom/UFSC

Tags: Coletivo Kurimaseminário ações afirmativas