Ponto de carona facilita mobilidade dos estudantes do CCA
Desde meados de 2009 funciona no Centro de Ciências Agrárias (CCA) um setor especialmente utilizado para as pessoas solicitarem carona. O ponto de carona surgiu da idéia de um aluno do Centro Acadêmico de Agronomia, e logo foi incorporada pelos outros CA’s. O objetivo é facilitar a mobilidade dos alunos que moram perto do centro e ajudar também a diminuir a quantidade de carros que circulam por lá. A partir do momento que foi institucionalizado, o ponto de carona funciona na saída do centro, indicado por uma placa semelhante à sinalização de um ponto de ônibus.
Como informa Gabriel Gonçalves de Souza (atual presidente do CA de Agronomia) o ponto é bastante utilizado em função da grande quantidade de alunos que moram nas regiões da Lagoa, Rio Tavares, Barra da Lagoa, ou Joaquina, bem como aqueles que se deslocam do CCA para o campus central. “No início nós combinávamos de vir juntos de casa, sem ser um ponto de carona oficial. A gente começou a reunir grupos para a vinda até a UFSC, e o pessoal acabava marcando a volta também. Depois pedimos a placa para a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE)”. O aluno da nona fase diz que o ponto nasceu como uma alternativa ao uso de carro no CCA. “A gente tinha um problema aqui no centro que era a grande quantidade de carros e poucas vagas para estacionamento. Mas em vez de arrumar vaga só para carros pensamos numa alternativa para evitar o automóvel. Com uma iniciativa dos estudantes e apoio dos professores a gente pediu a placa”.
Bruna Bonaldo Genoário, aluna de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Patrícia Rodrigues e Angélica Ferreira da Rosa, de Engenharia de Alimentos, contam que utilizam frequentemente o ponto de carona e falam que o tempo de espera depende muito do dia. Elas comentam que a demora fica entre vinte e trinta minutos, os professores sempre ajudam. “A gente pega carona para Lagoa, pois moramos lá. Mais pela manhã. Às vezes a gente tem aula bem cedo daí não dá tempo de esperar pela carona, mas quando temos aula depois das oito horas, acordamos as sete e conseguimos vir com amigos. Mas a volta para a casa normalmente é de carona”, explica Bruna.
Edemar Roberto Andreatta, diretor do CCA, explica que do ponto de vista da administração do Centro, o ponto de carona cumpre sua função. “Foi uma iniciativa dos estudantes que agora funciona perfeitamente, inclusive com as caronas dadas pelos professores”. Da parte dos estudantes, Souza conta que todos ajudam, e explica como ele também passou a dar carona: “Estou há quatro anos e meio aqui; nos dois primeiros anos eu não tinha carro, e fiquei todo esse tempo indo e vindo todos os dias de carona. Depois eu comprei carro, mas eu não gosto de fazer esse percurso sozinho porque é perda de tempo. Hoje em dia eu dou carona. Tenho uma lista na última folha do caderno com uma divisão de caronas para a Lagoa e para o Rio Tavares”, finaliza.
Matéria e fotos por José Wilson Fontenele/bolsista de jornalismo da Agecom