Petrobras mostra vantagens do reuso da água na indústria
No segundo e último dia do VII Workshop sobre Gestão e Reuso da Água na Indústria, realizado no hotel Majestic, em Florianópolis, boa parte da programação foi tomada por palestras de técnicos da Petrobras, que mostraram aos 110 inscritos, representando 41 instituições e empresas de vários estados brasileiros, as práticas voltadas para o reaproveitamento da água em diferentes processos da empresa.
Seja no tratamento em instalações terrestres, onde a água que seria descartada é utilizada em procedimentos de re-injeção para a produção de itens não comestíveis (mamona e girassol ornamental, por exemplo) no nordeste do país, seja no abastecimento de banheiros das unidades da empresa, a água é um bem que a Petrobras trata com atenção, segundo os palestrantes que falaram na manhã desta sexta-feira.
Um exemplo são as novas instalações do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), no Rio de Janeiro, onde a água da chuva captada nos telhados e nos pisos externos é usada nos sanitários e na manutenção dos jardins. Depois disso, novamente tratada, ela é despejada na baía da Guanabara, segundo o palestrante Marcel Mello.
O professor Cláudio Mudado Silva, da Universidade Federal de Viçosa, mostrou como as fábricas de celulose conseguem reduzir o consumo e reaproveitar a água utilizada no processo industrial. Já a unidade da Bayer em Belford Roxo (RJ) investiu R$ 4,5 milhões na racionalização do uso de recursos naturais, por meio do tratamento das águas do rio Sarapuí, que abastece a indústria.
O uso de tecnologias avançadas nas indústrias têxtil, de refrigerantes e de laticínios vem reduzindo o desperdício de água potável em diferentes regiões do país, e permitindo o aproveitamento da água da chuva em processos secundários como a lavação de carros.
O VII Workshop sobre Gestão e Reuso da Água na Indústria é uma realização dos departamentos de Engenharia Química e de Engenharia de Alimentos da
Universidade, com apoio da Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina (Feesc).
Por Paulo Clóvis Schmitz/Jornalista da Agecom