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A Universidade Federal de Santa Catarina é a 5ª instituição brasileira mais bem qualificada pela nova edição do Ranking Web of World Universities ( Webometrics – http://www.webometrics.info), de julho de 2011,  e a 6ª na América Latina. No levantamento publicado no mês de julho de 2001 ocupa a 206ª posição ( em janeiro do ano passado estava na 240ª posição). A UFSC permanece como terceira federal mais bem colocada.

As variações ocorrem também entre as grandes universidades americanas, que ocupam os primeiros lugares na lista do Webometrics. No topo do levantamento permanece o Massachusetts Institut of Technology.

Entre as brasileiras, a Universidade de São Paulo (USP) permanece como primeira, melhorando a posição: agora é a 43ª instituição do ranking, quando em janeiro deste ano ocupava o 51º lugar. A seguir estão a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no 150º lugar, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) na 158ª colocação, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 170º lugar.

O Webometrics é uma pesquisa realizada desde 2004 pelo Cybermetrics Lab, um grupo de pesquisa pertencente ao Conselho Superior de Investigações Científicas, ligado ao Ministério da Educação da Espanha. É publicada duas vezes por ano – janeiro e julho. O instituto monta o ranking a partir da análise do material disponibilizado nos sites das universidades. Para os organizadores, a presença de uma instituição de ensino e pesquisa na internet é um indicativo de sua excelência e de seu comprometimento com a disseminação do saber.

A pró-reitora de Pesquisa e Extensão da UFSC, professora Débora Peres Menezes, lembra mais uma vez que as flutuações são frequentes nestes levantamentos. “Qualquer classificação baseada em dados momentâneos está sujeita a oscilações, uma vez que depende apenas de fotografias instantâneas e não de dados analisados de forma sistemática e estatística”. “O importante é que estamos mundialmente muito bem colocados ”, complementa. Em sua opinião, ainda que rankings gerem polêmicas e devam ser vistos com cuidado, são importantes mecanismos de visibilidade das universidades. “A divulgação de uma boa posição serve como um incentivo aos nossos docentes e pesquisadores e acaba por atrair bons estudantes para a UFSC, o que se reflete num circulo virtuoso. Temos procurado divulgar o bom desempenho da UFSC tanto no Webometrics como em outras avaliações internacionais e nacionais”, destaca a pró-reitora.
O professor Adilson Luiz Pinto, do Departamento de Ciência da Informação, diretor do Núcleo de Apoio e Acompanhamento da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão é um especialista nesse tema. Para ele este índice é relevante para a divulgação da universidade, pois indica que estamos bem consultados pelo mundo virtual, mas acredita que este índice poderia ser melhorado a partir do momento que contemplarmos (dentro da incubadora de periódicos) os repositórios institucionais. Para isso acontecer teríamos que alterar a nomenclatura do portal para algo em que pudéssemos agregar estes conteúdos e um entendimento maior do que viria a ser este conglomerado informacional. Outro aspecto importante, para o pesquisador, é a divulgação de nossos recursos informacionais em vários ambientes, não somente em formato texto— por exemplo, a Revista Extensio da PRPE/UFSC teve um número gerada em formato pdf/a e mp3 (em conjunto) e teve muitos acessos neste número, em especial pelo Japão e Estados Unidos (devido ao mp3).

Outro dado é que as “grandes” universidades de acesso já fazem coisas muito avançadas em se “mostrarem” na web e na Internet, como por exemplo, visitas guiadas e interativas em seus sites, disponibilidade das defesas de teses e dissertações (filmadas) em tempo real ou armazenada para consultas, materiais didáticos em áudio/vídeo. Todos estes elementos e fazem com que elas tenham um índice mais significativo. Infelizmente as instituições de ensino superior brasileiras ainda estão um passo atrás dos EUA, Japão, Coréia do Sul, Austrália e algumas europeias. Nesta vertente, a divulgação dos nossos sumários também não ajuda, pois os editamos só em português, principalmente nas revistas. Seria interessante lançar páginas das revistas em inglês e espanhol, o que não seria muito complicado de se fazer.
Um detalhe interessante, ressalta Adilson, é que no inicio dos anos 2000 a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) era um exemplo no mundo, enquanto muitas universidades ainda estavam discutindo as OPAC´s (Catálogos Online de Bibliotecas) ela já disponibilizava textos científicos na íntegra, comprando recursos ou simplesmente escaneando textos, uma atitude que fez com a USP também adotasse em sua política de democratização da informação.

Por Arley Reis e Alita Diana/jornalistas da Agecom

Acompanhe os dados:

10 primeiras no ranking mundial:

1 Massachusetts Institute of Technology
2 Harvard University
3 Stanford University
4. Cornell University
5. University of California Berkeley

6  University of Michigan
7. University of Winsconsin Madison
8. University of Washington
9. University of Minnesota
10. University of Pennsylvania

10 brasileiras mais bem colocadas no ranking :

43  Universidade de São Paulo
150  Universidade Federal do Rio Grande do Sul
158   Universidade Estadual de Campinas
170     Universidade Federal do Rio de Janeiro

206 Universidade Federal de Santa Catarina
260Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
265 Universidade Federal de Minas Gerais
323 Universidade de Brasília
384 Universidade Federal do Paraná

454 Universidade Federal da Bahia

10 primeiras no ranking latino-americano

43Universidade de São Paulo
49 Universidad Nacional Autónoma de México

150 Universidade Federal do Rio Grande do Sul
158Universidade Estadual de Campinas
170  Universidade Federal do Rio de Janeiro

206 Universidade Federal de Santa Catarina

247  Universidad de Chile
260  Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
265 Universidade Federal de Minas Gerais
278 Universidad de Buenos Aires

A UFSC nas quatro últimas edições do ranking Webometrics:

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