Administração Central da UFSC alerta para os prejuízos com a ocupação da reitoria
Reunião hoje (26) dos pró-reitores da UFSC com o reitor Alvaro Prata e o vice-reitor Carlos Alberto Justo da Silva, concluiu que a ocupação da reitoria da instituição pelos estudantes traz enormes prejuízos para a comunidade universitária, principalmente para os alunos, já que a universidade não poderá pagar as bolsas, que dependem do funcionamento da reitoria (acesso a documentos, computadores e demais equipamentos).
Com a ocupação, a Administração Central vê-se obrigado a retirar todas as propostas já aceitas e previamente acordadas em reuniões e apresentadas pelo reitor, inclusive, na assembléia dos estudantes. Os pró-reitores, reitor e vice-reitor avaliaram que estavam atendendo a praticamente todas as reivindicações do movimento estudantil.
Interpretou-se que, em função da invasão, as negociações foram encerradas unilateralmente, mesmo assim a Administração Central mantém as portas abertas para uma solução visando à liberação dos acessos à reitoria e desocupação daquele espaço público.
De acordo com os pró-reitores, haverá sérias consequências para o conjunto dos estudantes, agravando os problemas que já existem com o fechamento do Restaurante Universitário e da Biblioteca Universitária e comprometendo os vários setores da instituição.
A UFSC, com a ocupação, também vê-se impedida de honrar vários compromissos que dependem do funcionamento normal das pró-reitorias. “A sociedade está absolutamente incomodada com a radicalização”, observa Prata. “A reitoria foi tomada”, completa, ressalvando que a Administração Central está buscando decisões de consenso para enfrentar a realidade. Já na próxima terça-feira, 30, o Conselho Universitário será chamado a se posicionar novamente sobre a atual crise.
Após a reunião, da qual participaram secretários, Procuradoria-Geral e Central de Segurança, a Administração participou também de um encontro com os diretores dos centros de ensino da UFSC.