Seminário de Mobilidade Urbana apresenta soluções para o transporte coletivo
Uma das preocupações das entidades responsáveis pelo desenvolvimento da Região Metropolitana de Florianópolis (RMF) é a mobilidade urbana. Pensando nisso, o Observatório da Mobilidade Urbana da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolveu um projeto de pesquisa que busca melhorias para o Transporte Coletivo de Florianópolis. Para a divulgação da proposta, o Observatório promoveu na segunda-feira, dia 21 de maio, o seminário ‘Transporte Coletivo na Região Metropolitana da Grande Florianópolis’, no Auditório Teixeirão, do Departamento de Engenharia Elétrica da universidade.
O evento, que iniciou às 13h, contou com palestras de pesquisadores que abordaram apontamentos de falhas no sistema de transporte urbano relacionados com a acessibilidade, a emissão de poluentes, a responsabilidade estatal no transporte coletivo e acentuaram o debate em relação à integração do transporte público na RMF. Além disso, os pesquisadores apresentaram propostas de melhorias baseadas no exemplo de transporte coletivo de outros países, especialmente os aplicados na Europa, como também de projetos que foram implantados em cidades do Brasil, como o caso de Joinville.
Propostas para a Região Metropolitana de Florianópolis
Segundo o coordenador do Observatório, Werner Kraus, um dos principais desafios da mobilidade em Florianópolis é a questão do congestionamento. A cidade, que possui aproximadamente 480 mil habitantes, tem inúmeros problemas relacionados a isso devido quantidade de automóveis que circulam na região.
Para a resolução desse problema, o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) propõe que o sentido de tráfego de veículos na Ponte Hercílio Luz, assim que ela for reinaugura, seja misto e de mão única conforme o fluxo de veículos nos horários de pico (como, por exemplo, no período da manhã sentido continente-centro e a tarde no sentido centro-continente). O Observatório da Mobilidade Urbana da UFSC, alerta que a proposta do Deinfra não resolve completamente o problema. Por isso, a melhor solução seria a Ponte ser utilizada somente para o tráfego do transporte coletivo, pedestres e ciclistas.
Um dos pontos altos do evento foi a discussão em torno da ampliação da acessibilidade no transporte público. Por isso, o Observatório trouxe a arquiteta Carolina Stolf para falar sobre o projeto implantado em Joinville. A proposta, que já está sendo estudada pelo grupo da UFSC, é a inclusão de ônibus de piso baixo nas licitações da Região Metropolitana de Florianópolis.
Além dessas alternativas para melhorar o transporte coletivo da região, uma outra proposta que estudada é a possibilidade de criar um sistema único de transporte para a RMF, englobando Biguaçu, Palhoça e São José. Isso permitirá que o valor gasto com passagens seja menor e, com isso, a população opte pelo uso do transporte coletivo.
Todas as propostas apresentadas no Seminário seguem as diretrizes do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis (Plamus).
Aline Souza / Estagiária de Jornalismo na Agecom / UFSC
Pipo Quint / Agecom / UFSC
