Seminário no CFH debate temas sobre transgêneros nos dias atuais

24/10/2014 17:29
Exposição com obras de arte e citações ficou exposto no hall do CFH

Exposição com obras de arte e citações ficou exposto no hall do CFH. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Foi realizado nesta quinta-feira, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), o Trans Days NIGS 2014, organizado pelo Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividade. O evento teve três rodas de discussões, duas delas sobre o uso do nome social dos transgêneros, a exibição do filme canadense Laurence Anyways, conferências e uma exposição de obras artísticas no hall do CFH.

Em uma das rodas, Arianna Sala, pós-doutorando em Antropologia pela UFSC e consultora do MEC na área de educação e diversidade sexual, apresentou uma pesquisa com dados sobre o a utilização dos nomes sociais nas universidades brasileiras. Em muitas delas, não há uma legislação para emitir carteiras de estudante com nome social ou fazer a chamada nas aulas. A exceção fica na Univerisdade Federal da Bahia, onde, a partir de 2015, os alunos transsexuais poderão adotar o nome social em todos os registros e documentos da universidade.

Entre outros palestrantes estavam a atriz transsexual Maitê Schneider que irá apresentar em Curitiba a peça de teatro interativa “Escravagina”. Márcia Rocha, empresária e primeira travesti da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e representante da Comissão da Diversidade Sexual da OAB, também esteve presente em uma roda de discussão. Márcia contou que a decisão de não tomar hormônios e fazer a mudança de sexo durante a adolescência foi fundamental para o sucesso da sua carreira profissional, já que “a sociedade não dá oportunidades para transgêneros, o que acaba gerando desempregos e marginalização”, acrescentou Márcia.

Felipe Freitas/Estagiário de Jornalismo da Agecom/UFSC

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