UFSC participa de projeto para formação e qualificação de trabalhadoras domésticas
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é uma das instituições participantes do programa Trabalho Doméstico Cidadão, iniciativa que tem como objetivo promover a formação e qualificação técnica das trabalhadoras domésticas, fortalecendo suas organizações representativas e assegurando a efetivação de direitos sociais e trabalhistas. A coordenação do projeto, que conta ainda com a parceria do Ministério das Mulheres e da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), se reuniu nos dias 6 e 7 de setembro, em Florianópolis.
Na ocasião, a equipe realizou a atividade Formação de Formadoras, dedicada à discussão de estratégias de educação popular voltadas para trabalhadoras domésticas, com a presença das formadoras nacionais e regionais. O grupo também preparou a programação da primeira atividade formativa geral, cuja estimativa é reunir cerca de 150 trabalhadoras em Recife (PE). A vice-reitora da UFSC, Joana Célia dos Passos, esteve presente no evento promovido em Florianópolis e relembrou seu envolvimento na primeira edição do Trabalho Doméstico Cidadão, no começo dos anos 2000. Em seu discurso, a professora deu apoio para a elaboração das estratégias de educação popular e destacou a importância do prorgama para a Universidade, uma vez que ele tem grande potencial para ser um “agente transformador das agendas de pesquisas, de modo a considerar mais efetivamente a experiência de mulheres, bem como as questões de raça e classe”.
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Situação do trabalho doméstico
Segundo Pesquisa Nacional por Amostra por Domicílio (Pnad) de dezembro de 2023, o país tem em atividade 6,08 milhões de empregados domésticos – assim considerados todos aqueles que prestam serviços em residências, como doméstica, jardineiro, motorista, mordomo. Destes, 5,539 milhões são mulheres (91,1%), e homens são apenas 540 mil (8,9%). Do total em atividade, apenas cerca de 1,4 milhão tem carteira assinada, de acordo com informações do eSocial de março de 2024, e a média salarial é de apenas um salário-mínimo. A grande maioria vive na informalidade. A informalidade é a precarização do trabalho, porque a pessoa não tem direitos previdenciários, auxílios por doença, por exemplo, e muito menos o direito à aposentadoria.
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