Mães da UFSC: Renata Fontanella Sander
Renata Fontanella Sander
Graduada em Odontologia, mestrado em Odontologia, especialização em Prótese Dentária
Mãe da Maria Clara (1 ano e 2 meses), grávida de 8 meses
O processo de amamentação com a minha primogênita foi uma deliciosa surpresa. Durante a gestação ouvi tantos comentários do estilo “torce para que ela queira mamar”, “espero que você tenha bastante leite”, “tomara que teu leite não seque”! Eu até imaginava que a amamentação era uma questão de sorte, assim ao acaso. Talvez até envolva sorte, mas o que de fato eu percebi foi que esse processo envolve informação, orientação profissional e uma questão de instinto por parte do bebê e de perseverança e doação por parte da mãe.
Minha baixinha fez a pega direitinho, e, como contei com a maravilhosa orientação da minha doula e a experiência da minha irmã, fui mantendo a pega e orientando a pequena. Se eu tive dores? Sim, eu tive, e ainda tenho, porque hoje ela morde!
Depois de cinco meses, a Maria Clara teve diagnóstico de alergia à proteína do leite. Foi desafiador, minha filha não poderia ser privada desse benefício, e isso exigiu que eu aderisse a uma dieta restrita de alimentos sem leite, já que a minha alimentação influencia diretamente o leite que eu produzo. Não foi fácil, mas optei por fazer a dieta de forma criteriosa, assim foi possível manter a amamentação e curar a alergia o mais breve possível.
Mas, com tudo isso, o que mais me surpreendeu foi o vínculo que a amamentação estabelece entre mãe e filho. Não havia choro que o aconchego do seio não acalmasse, também por esse motivo estabelecemos a amamentação em livre demanda.
Hoje minha bebê está com mais de um ano de idade e já é considerada a irmã mais velha! Em breve terá uma irmãzinha! E, contrariando muitos conselhos, mas seguros da nossa decisão e orientados pelo nosso médico, vamos manter a amamentação de ambas até quando for possível, pois só observamos benefícios físicos e emocionais para toda a família.