Cidade, cinema, literatura e comunicação na revista da EdUFSC

25/11/2014 09:38

A entrevista especial com o arquiteto, geógrafo e paisagista José Tabacow, ex-braço direito de Roberto Burle-Marx, é a estrela da edição nº 13 da revista Subtrópicos, publicada pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC). Há quase 20 anos morando em Florianópolis, faz propostas e críticas à ocupação desenfreada da Ilha, lamentando ainda a descaracterização total dos projetos de Burle-Marx desenvolvidos em SC. Na edição nº12, as páginas centrais foram reservadas à entrevista com o poeta e crítico literário Eurico Testa. Professor da Universidade de Gênova, autor de Ablativo, participou recentemente na UFSC de um congresso internacional sobre a poesia Italiana. Já na edição nº 11, o destaque de Subtrópicos ficou para o artigo de Alexandre Fernandez Vaz sobre os 50 anos do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha. “Apenas a grande arte é capaz de tanta expressão, só mesmo um Eisenstein dos Trópicos para catalisar tudo isso em narrativa tão universal, mas de um ponto de vista da periferia do Ocidente”, sintetiza.

Na nova edição da revista da EdUFSC, o escritor e editor Fábio Brüggemann denuncia o conservadorismo catarinense que coloca o Estado na “margem da produção artística e cultural brasileira”. Na mesma edição, Manoel Ricardo Lima analisa o livro de contos Entre Moscas, de Everardo Norões, e Kelvin Falcão Klein escreve sobre Teorias do símbolo, de Tzvetan Todorov. Já o professor Heron Moura, da UFSC, disseca a coletânea argentina Contos em Trânsito. Nestes textos, segundo o poeta, “cada detalhe fica à mostra, como um vidro quebrado mostra as pontas”.

E o tradutor e crítico literário Márcio Seligmann Silva apresenta uma profunda análise sobre o jornalismo cultural e a sua polêmica relação com a academia. No seu artigo, não só recupera a trajetória do jornalismo cultural, como também radiografa “o jornalismo como um todo”. Para ele, os jornais no “modelo tradicional” e a academia “fechada em si” estão com os dias contados. Em fase de “redesenhamento”, o autor é otimista e acredita que o jornalismo cultural tem tudo para se tornar aquilo que sempre almejou, ou seja, “um local privilegiado do debate sério sobre as grandes questões”.

A revista Subtrópicos, criada com o objetivo de aproximar a universidade da cidade, também oferece breves resenhas dos lançamentos da EdUFSC.  Na edição nº 13, recomenda Epistemologia da Geografia, do francês Paul Claval; Metodologia Científica e Educação, de Agripa Faria Alexandre; e Violências e Figuras Subjetivas: Investigações Acerca do Mal Incontrolável, organizado por Mériti de Souza, Francisco Martins e José Newton Garcia de Araújo. Na edição nº 11, os três lançamentos resenhados são: Mímesis: Desafio ao Pensamento, de Luiz Costa Lima; Histórias na Ditadura: Santa Catarina (1964-1985), organizado por Ana Lice Brancher e Reinaldo Lindolfo Lohn; e O Clamor de Antígona: Parentesco entre a Vida e a Morte, de Judith Butler. A Subtrópicos nº 12, além de anunciar a publicação pela EdUFSC de clássicos do filósofo Giorgio Agamben, dá ênfase aos lançamentos de Uma Floresta de Disputas: Conflitos sobre Espaços, Recursos e Identidades Sociais na Amazônia, de Edviges Maria Ioris; e A Arte do Urbanismo Conveniente: O Decoro na Implantação de Novas Povoações em Minas Gerais na Primeira Metade do Século XVIII, de Rodrigo Bastos.

 Subtrópicos celebra ainda uma nova edição do clássico A Geografia Cultural, de Paul Claval, com tradução de Luiz Fugazzola Pimenta e Margareth Pimenta. Na contracapa, a revista exibe ensaios de fotografia. Os últimos três trabalhos são assinados por Débora Klempous, Caio Cézar e Ricardo Wolffenbuttel.

Com a Subtrópicos, na opinião do diretor executivo Fábio Lopes, a EdUFSC “afirma-se” no debate cultural, político e científico da UFSC, da cidade e do Estado.

Com apoio do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH/UFSC), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Fecesc, o professor Itamar Aguiar lançou Confecom – Os interesses em jogo. Resenhada pela Subtrópicos, a obra faz um retrato da concentração dos meios de comunicação no País e denuncia que os gastos governamentais com publicidade e propaganda superam os investimentos em áreas sociais e estratégicas. A revista circula mensalmente nas versões eletrônica e impressa.

Moacir Loth/ Jornalista na Agecom/DGC/UFSC

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