Espécies invasoras ameaçam redes de polinização vitais para ecossistemas no Sul do Brasil

Área das dunas frontais da Lagoa da Conceição onde fica evidente a invasão do chorão-das-praias. Foto: Luiz Felipe Cordeiro Serigheli
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou o impacto de duas espécies invasoras nas redes de interação entre abelhas e plantas em ecossistemas costeiros do sul do Brasil: Carpobrotus acinaciformis (chorão-das-praias) e Apis mellifera (abelha-europeia). Com o título em inglês “Prepare for trouble and make it double: Effects of Carpobrotus acinaciformis and Apis mellifera invasion in floral visitor networks” (em português: “Preparem-se para a encrenca, encrenca em dobro: efeitos da invasão por Carpobrotus acinaciformis e Apis mellifera em redes de visitantes florais”), a pesquisa acaba de ser publicada na revista NeoBiota.
O artigo, que é assinado por Luiz Felipe Cordeiro Serigheli, Sofia Gabriele Marafon Bacca, Brisa Marciniak de Souza e Michele de Sá Dechoum, destaca como a interferência dessas espécies altera a estrutura das redes de polinização e, portanto, faz-se urgente controlá-las para restaurar a estabilidade desses sistemas ecológicos. O trabalho destaca que este é um tema relevante e que deve ser olhado com atenção, uma vez que as espécies invasoras, de forma geral, “representam uma das maiores ameaças aos sistemas ecológicos globais, impactando diretamente a biodiversidade e o funcionamento de ecossistemas ao redor do planeta”.
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