Informativo Necat: edição atual traz análises sobre conjuntura internacional, brasileira e catarinense

06/10/2025 11:34

O Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat), do Departamento de Economia e Relações Internacionais (DERI) do Centro Socioeconômico (CSE) da UFSC, lança a edição nº 43 do seu informativo (setembro/2025), reunindo análises sobre a conjuntura brasileira e internacional, reflexões sobre ensino de economia e um panorama atualizado da economia e do mercado de trabalho de Santa Catarina.

No eixo internacional, destacam-se a leitura de José Luis Fiori sobre as sanções dos EUA, seus efeitos geopolíticos e as implicações para o Brasil e os BRICS em um cenário multipolar; o ensaio de Paul Krugman sobre a rejeição de segmentos da direita ao progresso científico e econômico – com ênfase em vacinas, energia renovável e autonomia do Banco Central; e a avaliação de Michael Roberts a respeito dos 80 anos da ONU, seus limites diante das disputas hegemônicas e a crescente irrelevância da governança multilateral.

No campo da conjuntura brasileira, Paulo Nogueira Batista Jr. e Manoel Casado defendem a prática da soberania econômica, analisando acordos como Mercosul-União Europeia e seus potenciais efeitos sobre a reindustrialização; Paulo Kliass discute a escalada do gasto com juros da dívida pública e as restrições que impõe ao investimento e às políticas sociais; e Luis Felipe Miguel aborda a responsabilização judicial de golpistas, enfatizando o reforço institucional da democracia.

Em ensino econômico, Eleutério F. S. Prado apresenta uma crítica ao “homo economicus” a partir da psicanálise lacaniana e da economia política, explorando implicações teóricas e ideológicas dessa figura na ciência econômica.

Na seção dedicada à economia catarinense, os indicadores mostram que a produção industrial de Santa Catarina avançou 1,1% em julho de 2025, com desempenho superior ao nacional em períodos recentes e destaques para produtos de metal, minerais não metálicos e máquinas e equipamentos. O comércio varejista ampliado cresceu 0,6% no mês, mantendo patamar elevado no ano, puxado por materiais de construção, hiper e supermercados e outros artigos de uso pessoal e doméstico. Já o setor de serviços expandiu 0,9%, recuperando parte das perdas anteriores, com ênfase em atividades profissionais, administrativas e de informação e comunicação.

No mercado de trabalho, o estado registrou saldo de 2,7 mil novas vagas formais em julho (0,1%), com liderança do setor de serviços e crescimento acumulado do estoque de vínculos de 3,2% no ano, acima da média nacional. Houve leve retração do salário médio de admissão (-0,3%), com predominância de contratações em faixas de até dois salários mínimos. Regionalmente, Vale do Itajaí e Oeste lideram a geração de empregos, com destaque setorial para a indústria alimentícia, a construção e serviços de teleatendimento.

O Informativo Necat está disponível para leitura e pode ser acessado neste link.

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