UFSC vai desenvolver modelo de precificação com impacto em tecnologias 5G e 6G
A UFSC será protagonista, junto com a Agência Nacional de Telecomunicações, no estudo da precificação do espectro de radiofrequências, bem público administrado pela Anatel que impacta nas tecnologias 5G e 6G, entre outras coisas. O Laboratório de Pesquisa em Sistemas Espaciais (SpaceLab) já começou a atuar no projeto, que terá a duração de 30 meses e investimento de R$943 mil, principalmente para o pagamento de bolsistas e formação de recursos humanos na área.
Segundo o professor Xisto Lucas Travassos Junior, responsável pela cooperação, o grupo, formado por economistas e engenheiros, irá desenvolver um modelo a partir do que a Anatel já utiliza, mas aperfeiçoado com base em práticas internacionais. A proposta é pensar nas novas tecnologias, como a 5G e 6G, prevista para ser lançada de forma comercial, mundialmente, em 2030.
O projeto começou efetivamente no dia 26 de dezembro e uma segunda reunião entre as equipes da UFSC e da Anatel já está agendada para o próximo dia 24. “ “É uma oportunidade para estabelecer colaboração entre a Anatel e a Universidade Federal de Santa Catarina, na qual os respectivos corpos técnicos poderão interagir e desenvolver soluções inovadoras para evoluir os modelos de precificação em função das necessidades da Agência”, disse o conselheiro diretor da Anatel Alexandre Freire.
De acordo com o professor da UFSC, o projeto tem duração de 30 meses, sendo que neste primeiro semestre a ideia é realizar um estudo de precificação em nível global, depois entender como o processo ocorre na Anatel. O objetivo final é o desenvolvimento de um modelo atualizado com base em aspectos técnicos, econômicos e com base interdisciplinar.
“O modelo final será entregue pensando em tecnologias atuais e futuras”, destaca.
A cooperação prevê a realização de workshops para divulgação interna e externa do resultado da pesquisa. Dentro os produtos previstos, além da revisão bibliográfica, haverá o levantamento de boas práticas internacionais, a avaliação da metodologia e das ferramentas atualmente utilizadas pela Anatel, com diagnóstico e identificação de pontos de melhoria, o estudo e aprimoramento da metodologia o e desenvolvimento de boas práticas e recomendações de precificação de espectro para tecnologias futuras.
A Anatel ressaltou que o projeto se relaciona diretamente com os Objetivos 16 e 17 da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, uma vez que tem por objetivo construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis, fortalecendo a capacidade institucional da Agência para o desenvolvimento sustentável.
Com informações da Anatel