Professor da Engenharia Mecânica relembra quase cinco décadas na UFSC
Ainda em 2020, deve sair a aposentadoria do professor Walter Lindolfo Weingaertner, após 44 anos de docência no Departamento de Engenharia Mecânica (EMC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Se a esse período for somado o período de graduação na mesma instituição, o professor gaúcho se aproxima de meio século de ligação com a UFSC.
“Com exceção do último ano, quando fui colocado diante de novos desafios, como o ensino a distância e atendimento de alunos pela internet, passei mais de um terço do tempo de minha vida dentro das instalações da Universidade ou trabalhando para a Universidade, inclusive sábados e domingos. Com certeza foi mais tempo que o dedicado a qualquer outra atividade que tenho realizado, como dormir, estar com a família ou outra atividade de lazer”, diz Walter, natural de Panambi (RS).
Em 1971, iniciou a graduação em Engenharia Mecânica. Em 1974 e 1975, trabalhou na empresa Brasmont Engenharia e Montagens, primeiro na construção da Ponte Colombo Machado Salles e depois na obra de um tanque de amônia em Rio Grande. No último ano do curso, durante o estágio recebeu a primeira proposta de emprego, porém aceitou a sugestão de permanecer na UFSC para fazer mestrado com contrato de Auxiliar de Ensino. Em 1977 tornou-se docente na instituição.
Dois anos depois, o professor Walter foi fazer doutorado na maior universidade tecnológica da Alemanha, a Rheinisch Westfälisch Technische Hochschule Aachen (Universidade Técnica de Aachen). A cooperação com a RWTH Aachen foi estabelecida durante a gestão do Reitor Caspar Erich Stemmer, na década de 70. Já a parceria com o Fraunhofer-Institut für Produktionstechnologie – IPT (Instituto Fraunhofer de Sistemáticas de Produção) foi iniciada por Walter, a partir do seu doutorado.
“Vi a oportunidade de nossos alunos poderem ser aproveitados na disciplina de Estágio Profissionalizante do Curso de Engenharia Mecânica da UFSC. Depois das primeiras experiências, a ideia mostrou ser um sucesso. Pelo fato de nossos alunos estarem no laboratório 40 horas por semana, com dedicação exclusiva, eram muito mais eficientes que os colegas alemães que apenas cumpriam as 17 horas contratadas. O programa cresceu e o Serviço de Intercâmbio Acadêmico Alemão reconheceu o meu esforço me concedendo o Primeiro Prêmio de Cooperação Brasil Alemanha”, destaca.
Ao retornar à UFSC, o docente do EMC assumiu a coordenação do Laboratório de Usinagem e Máquinas Ferramenta (USIMAQ), nos anos 90 transformado em Laboratório de Mecânica de Precisão (LMP). “Meu sítio em Rancho Queimado foi palco de muitas comemorações com os colaboradores do LMP”, relembra.
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Texto: Heloisa Dallanhol/ Equipe de Divulgação EMC/UFSC