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A paisagem de Florianópolis já passou por muitas mudanças. No começo dos anos 80, a cabeceira da ponte Hercílio Luz abrigava um matagal com destino incerto, para o qual havia vários projetos sobre como utilizá-lo. Em 1986, sua maior parte, que pertencia à Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap), era especulada para construção de prédios. Por meio de ambientalistas e moradores dos arredores, surgiu o sonho de um parque aberto à comunidade – seu principal idealizador era o professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Etienne Luiz Silva, falecido em 1997.

O Parque da Luz foi sendo construído de forma coletiva pelo público que o frequentava, e que, aos poucos, ia modificando seu espaço. Em 1985, foi erguida pela primeira vez uma placa no terreno, com uma frase de Eienne Silva: “esta área é de todos”. A partir de então, as pessoas, cada vez mais, aproximavam-se da causa e tornavam-se parte da história, ao construir, voluntariamente, um espaço público.

Como uma homenagem ao professor Etienne, sua companheira Elaine Martins organizou em um livro com textos, fotografias e memórias dos que viram o parque nascer e crescer: a obra “Parque da Luz, Espaço em Movimento” conta a história pelos olhos de quem a viveu. Entre seus colaboradores há professores vinculados à UFSC como GIlka Girardello, do Centro de Ciências da Educação (CED), e Armando de Melo Lisboa, chefe do Departamento de Economia e Relações Internacionais.

O lançamento do livro, organizado pela Associação dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc), será nesta quinta-feira, 27 de março, às 17h, no próprio Parque da Luz, onde o sonho idealizado por muitos, após esforço e persistência, tornou-se realidade e patrimônio histórico da capital catarinense.

Matheus Alves / Estagiário de Jornalismo da Agecom / UFSC
matheusalvesdealmeida@gmail.com

Claudio Borelli / Revisor de Textos da Agecom / Diretoria-Geral de Comunicação / UFSC
claudio.borrelli@ufsc.br