Ex-aluna do CEART recebe menção máxima de academia francesa em seu doutorado
Andrea Eichenberger, egressa do Curso de Licenciatura em Artes Visuais do CEART/UDESC, obteve no dia 29 de junho, na Université Paris VII – Paris Diderot, aprovação em seu doutorado com a menção “Très Honorable avec Félicitations du Jury à l’Unanimité”. Andrea vive entre Brasil e França e atua em Paris como fotógrafa e pesquisadora. Sua tese, intitulada “Images d’indiens: d’objet à sujet. La photographie chez les Guarani du village Yynn Morotĩ Wherá à Santa Catarina (sud du Brésil)”, apresenta a vivência e a prática fotográfica de Andrea com os índios Guarani de Biguaçu, inserida no processo de revitalização cultural e de afirmação identitária daquela comunidade.
A tese foi orientada pelo professor Pascal Dibie, da Université Paris VII, em co-tutela com a professora Carmem Silvia Rial, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ambos estudiosos da Antropologia Visual. A professora Sandra Ramalho, do Departamento de Artes Visuais do CEART/UDESC, e o professor Acácio Piedade, do Departamento de Música, foram convidados para participar da defesa. Sandra foi convidada também para ser a presidente da banca. Acácio Piedade encontra-se em Paris, fazendo um pós-doutorado e, embora seja da área da música, foi chamado por conta da sua formação em Antropologia.
De acordo com a professora Sandra, alguns procedimentos em defesas de doutorado, na França, diferem das do Brasil. Quando a banca delibera, após a apresentação da tese, a arguição e a defesa final, seus membros optam por uma de três possibilidades: não aprovar, aprovar com restrições – o que obriga o doutorando a refazer algumas questões -, e aprovação sem restrições, na íntegra.
No caso de aprovação sem restrições, pode-se: aprovar, simplesmente (concede-se a menção “Honorable”), aprovar sem necessidade de alterações, quando é muito boa (recebe a menção “Très Honorable”) ou, quando raro, é tida como excepcional (recebe a menção “Très Honorable avec Félicitations du Jury à l’Unanimité”). Para que isto ocorra, há, no ato, uma votação secreta em que cada membro – geralmente cinco pessoas – escreve “oui” ou “non”. Se a votação for unânime, isto é, todos os membros votarem “oui”, é concedida a honraria máxima, como aconteceu com Andrea.
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Fonte: Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)