UFSC firma acordos institucionais de dupla diplomação com universidades da França e Bélgica

01/07/2015 09:22

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) finalizou recentemente acordos institucionais de dupla diplomação, em convênios firmados com duas universidades francesas: École Supérieure d’Eletricité (Supélec) e o Institut National Polytechnique de Toulouse, através da École Nationale Superieure d’Electrotechnique, d’Eletronique, d’Informatique, d’Hydraulique et des Télécommunications (INP-ENSEEIHT). Esses programas estão restritos aos alunos do curso de graduação em Engenharia de Controle e Automação, que também tem um outro acordo em processo de finalização com uma universidade da Bélgica. Há também um acordo em andamento entre a UFSC e outra universidade francesa, o qual beneficiará alunos do curso de Engenharia de Alimentos.

Os acordos preveem diferentes modalidades de intercâmbio, as quais permitem ao aluno optar receber dois diplomas de Engenharia ou, ainda, um diploma de Engenharia pela UFSC e uma titulação de pós-graduação pelas universidades estrangeiras. Possibilidades de estágio também estão previstas.

Outros cursos de graduação podem também submeter suas propostas de convênio, separadamente. O Programa Internacional de Dupla Diplomação da UFSC é regulamentado pela resolução normativa 37/CUn/2013, e o processo passa pela aprovação do Colegiado de Curso, Conselho de Unidade, Câmara de Graduação, Secretaria de Relações Internacionais (Sinter), e ainda recebe parecer da Procuradoria Federal/UFSC.

O secretário de Relações Internacionais, Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, ressalta que o trâmite do processo em diversas instâncias é necessário pela complexidade da emissão de duplo diploma de graduação. “Cada convênio é um processo, e eles passam por todo esse trâmite porque a universidade está autorizando o aluno a ter uma formação diferente da configuração original do curso no qual ele ingressou”, explica Pinheiro. “Trata-se de vagas públicas, e é preciso que haja um processo seletivo público daquele estudante que irá prestar o duplo diploma  tanto para os alunos estrangeiros que vêm complementar o seu curso na UFSC como para os nossos alunos que irão complementar seu curso na universidade estrangeira”, complementa o secretário.

O estudante formado por um programa de dupla diplomação está automaticamente habilitado para exercer sua profissão em ambos os países, ficando pendente apenas o seu cadastro nos conselhos profissionais. O secretário da Sinter explica que programas como este levarão a currículos cada vez mais similares entre países. “A tendência é a internacionalização. Com isso, a educação superior tende a ter uma horizontalidade muito maior, uma certa padronização de currículos e ementas de disciplinas, algo que já está muito padronizado na Europa. A tendência é que os programas de duplo diploma sejam o germe da horizontalização de currículos no mundo inteiro”, acrescenta Pinheiro.

“A dupla diplomação é condição fundamental para uma internacionalização eficiente e duradoura dos cursos de graduação, oferecendo a estudantes e professores o contato continuo, permanente e de qualidade com as mais diversas experiências de formação acadêmica pelo mundo afora”, salienta o pró-reitor adjunto de Graduação, Rogério Luiz de Souza. “É um verdadeiro protocolo diplomático internacional entre cursos de graduação em que as diversidades se aproximam, as barreiras do preconceito são rompidas, e as diferenças dialogam, aprendem, ensinam e produzem conjuntamente”, analisa Souza.

Daniel Ferreira Coutinho, professor do Departamento de Automação e Sistemas, foi o autor das propostas com a Supélec e com o INT-ENSEEIHT. A primeira proposta aprovada, com a Supeléc, foi submetida em agosto de 2014 e aprovada no início de 2015.

“Institucionalmente, são convênios de grande importância para a Universidade em seu processo de internacionalização. O maior ganho para o aluno é poder tomar contato com outra cultura, outra forma de aprendizagem, para seu próprio amadurecimento enquanto pessoa. A universidade tem que formar cidadãos, muito mais que profissionais. É também uma forma de incentivar o estudante a querer se desenvolver, melhorar seu desempenho acadêmico,” ressalta Coutinho.

A Supélec, também conhecida como École Supérieure d’Électricité, é uma Grande École de Engenharia e uma referência nas áreas de Eletricidade, Energia e Ciência da Informação. Fundada em 1894 em Paris para o desenvolvimento da Eletricidade na Europa, a escola admite anualmente cerca de 500 estudantes que são distribuídos entre seus três campi (Gif-sur-Yvette – Região de Paris, Rennes – Bretagne , Metz – Lorraine).

O INP-ENSEEIHT é também uma Grande École francesa, referência nas áreas de Engenharia Elétrica, Eletrônica, Ciências da Computação, Hidráulica e Telecomunicações. Fundada em 1907, o instituto é um dos sete componentes do Institut National Polytechnique de Toulouse.

 

Mayra Cajueiro Warren
Jornalista/Diretoria-Geral de Comunicação
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