Ajuda a quem quer parar de fumar

28/05/2015 16:09

Que fumar faz mal todo mundo sabe – mas como parar? Servidores da UFSC interessados em conseguir apoio podem contatar a Divisão de Serviço Social (DiSS) – Atenção ao Servidor/DAS/Segesp para obter auxílio no combate ao vício.

“O primeiro passo é uma conversa para avaliar o melhor encaminhamento para uma ajuda, que pode ser a rede pública ou por meio de um plano de saúde”, afirma a assistente social da DiSS, Lucia Goreti Gobatto Junkes. “Nós acessamos a rede e procuramos se um posto de saúde próximo da residência do servidor oferece o serviço. Já a Unimed tem um programa de cessão de tabagismo, com acompanhamento individual ou em grupo, dependendo do que for melhor para cada paciente.”

Segundo Lucia, se o servidor não for associado, pode ser atendido pela equipe multiprofissional da Unimed por meio de uma vaga social, com indicação da DiSS. “Quem já é atendido pelo plano não paga a coparticipação, como ocorre em outras consultas.”

No dia 31 de maio, domingo, é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco, iniciativa para encorajar fumantes a terem um dia de abstinência. “Nós estamos de portas abertas para acolher quem quer parar de fumar”, diz Lucia.

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Dependência

De acordo com a psicóloga do Departamento de Atenção à Saúde (DAS), Eliane França Pereira, o cigarro provoca três tipos de dependência: física, psicológica e comportamental. “A nicotina pode levar à dependência física devido à dose diária que o organismo está acostumado a receber; na sua falta, há a síndrome de abstinência, com sintomas de inquietação, irritabilidade, dificuldade de concentração, tristeza, dor de cabeça, tonturas, alterações no sono, entre outros.”

Em relação à dependência psicológica, fumar pode ser “uma válvula de escape, uma forma inadequada de lidar com emoções, ansiedade, estresse e solidão”. O cigarro é associado à rotina e aos hábitos do tabagista na dependência comportamental. “Fumar e tomar um cafezinho torna-se um comportamento automático, sem que a pessoa se dê conta dele”.

Eliane avalia que as dependências psicológica e comportamental “são mais difíceis de conduzir, pois exigem mudanças de comportamento mais intensas; mas há melhora com o tratamento adequado, em geral, médico e psicológico”.

Para a psiquiatra Ana Paula Werneck de Castro, “o quadro de dependência é caracterizado pela tolerância à substância, quadro de abstinência e comportamento compulsivo de consumo da substância, por necessidade tanto física quanto psicológica, mesmo tendo conhecimento de seus efeitos prejudiciais à saúde”.

Considerado um transtorno mental e de comportamento decorrente do uso de substâncias psicoativas, o “tabagismo ocasiona doenças e problemas de saúde diversos, que podem levar ao afastamento do servidor, prejudicando assim o desempenho no trabalho e a qualidade de vida de forma geral”, conforme Eliane.

Ana Paula relata que a nicotina do tabaco causa “dependência química igual à dependência de drogas como heroína ou cocaína. O tabagismo é causa de quase 50 diferentes doenças incapacitantes e fatais, e 90% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em fumantes”.

 

Experimentação

“Muitos são os fatores que levam uma pessoa a experimentar um cigarro, é uma necessidade humana a busca pelo prazer, por alterar comportamento e emoções”, opina a psiquiatra Ana Paula. “Além da busca pelo prazer, outros fatores são decisivos, como quando as pessoas buscam no tabagismo uma forma de aliviar suas tensões ou de aceitação social.”

O começo do vício ocorre principalmente na adolescência. “É um momento gerador de muitas angústias, de autoafirmação e busca por respostas. A nicotina, presente no tabaco, é considerada uma droga psicoativa  ou seja: ao ser inalada, ela leva a alterações no comportamento e no estado emocional, além de causar dependência.”

Pais ou responsáveis, parentes, professores, ídolos e amigos também exercem uma grande influência no comportamento das pessoas. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (IBGE, 2012) mostram que 29,8% dos estudantes brasileiros que frequentavam o 9º ano do ensino fundamental informaram que pelo menos um dos responsáveis era fumante. “O consumo de tabaco pelos pais ou responsáveis e a atitude permissiva desses diante do uso por seus filhos promovem a aceitação social do tabaco entre as crianças, adolescentes e jovens, e contribuem para incentivar o uso.”

 

Mais informações na DiSS, pelo telefone (48) 3721-4270.

Mais informações na Unimed, pelo telefone (48) 3216-8999 e pelo e-mail medicinapreventiva@unimedflorianopolis.com.br.

 

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