Mestrado em Fonoaudiologia está com inscrições abertas

20/09/2023 14:14

O Programa de Pós-Graduação em Fonoaudiologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) seleciona novos estudantes para seu curso de mestrado. São disponibilizadas 18 vagas para ingresso no primeiro semestre de 2024. Dessas, quatro vagas são reservadas para candidatos pretos, pardos e indígenas e uma para pessoa com deficiência. 

O programa conta com duas linhas de pesquisa. A primeira, Fonoaudiologia na Atenção Primária à Saúde, dedica-se ao estudo de políticas públicas da saúde e educação e da compreensão do processo saúde-doença relacionado a determinantes sociais. Já a linha Fonoaudiologia na Atenção à Saúde de Média e Alta Complexidade é focada nos agravos de saúde e na utilização de recursos atualizados e de dispositivos tecnológicos para o apoio diagnóstico e reabilitação fonoaudiológica

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 6 de outubro por e-mail. O edital, com as instruções para inscrições e demais informações sobre o processo seletivo, estão disponíveis no site do Programa de Pós-Graduação em Fonoaudiologia.

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Primeira dissertação da Fonoaudiologia traz dados sobre triagem auditiva neonatal

05/07/2022 09:29

Imagem de RitaE por Pixabay

O panorama da prevalência de doenças transmissíveis a partir de análises sobre a triagem auditiva neonatal é o objeto de estudo da primeira dissertação do Programa de Pós-graduação em Fonoaudiologia, que será defendida nesta terça-feira, 5 de julho, às 13h30, no Auditório do curso de Enfermagem. A pesquisa Saúde auditiva de neonatos: Panorama da prevalência de doenças transmissíveis e análise de indicador de qualidade em um serviço de triagem auditiva neonatal, de Eduarda Besen, foi orientada pela professora Patrícia Haas, com co-orientação de Karina Mary Paiva. O estudo surgiu a partir de uma demanda de serviço de atenção primária para verificar a frequência de Toxoplasmose, Rubéola congênita, Citomegalovírus, Sífilis congênita, Herpes e HIV e suas possíveis associações com resultados da Triagem Auditiva Neonatal Universal (Tanu).

Esse procedimento é assegurado como direito legal do recém-nascido e deve contemplar todos os bebês, com o objetivo de identificar a deficiência auditiva. “Os dados apresentados poderão fornecer subsídios para a reflexão sobre a atuação dos profissionais de saúde na atenção à saúde, para a promoção da integralidade do cuidado da população infantil e ampliação do seu acesso à saúde, além de efetivar e fortalecer a triagem garantindo a continuidade de assistência”, explicam as pesquisadoras.

O estudo chegou a dados que apontam um cenário de queda para os casos de sífilis congênita entre os anos de 2017 e 2021. O percentual variou de 1,55% para 1%, o que pode estar relacionado, de acordo com a pesquisa, com o aumento das medidas de prevenção primária que auxiliam na redução de casos das infecções congênitas.

Entre 2017 a 2019, verificou-se que 351 (1,7%) neonatos falharam na Triagem Auditiva Neonatal e 363 (1,7%) apresentavam sífilis congênita. Com relação à idade materna, houve maior frequência (53,5%) de mães com idades entre 20 e 29 anos na amostra. Ainda, na análise ajustada, os recém-nascidos com sífilis congênita apresentaram 3,25 vezes mais chance de falhar na triagem.

Outro dado do estudo é com relação a frequência da infecção congênita em neonatos nos últimos cinco anos: a sífilis congênita foi a mais frequente (1,59%), seguida pelo HIV (0,87%). A de menor observação foi a rubéola (0,029%). A pesquisa também constatou que, em 2021, os neonatos com possível transmissão vertical do HIV apresentam seis vezes mais chances de falhar na triagem auditiva.

Além disso, a primeira dissertação defendida no PPGFON também constatou que a redução nos indicadores de sífilis congênita pode estar relacionada com a abordagem da equipe multiprofissional. “Espera-se que o conhecimento produzido nesse estudo forneça subsídios para a reflexão sobre a atuação dos profissionais de saúde nos três níveis de atenção à saúde, para a promoção da integralidade do cuidado da população infantil e ampliação do seu acesso à saúde além de efetivar e fortalecer a triagem garantindo a continuidade de assistência”, apontam as pesquisadoras.

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