Conheça os ‘livros humanos’ que participam de evento na biblioteca da UFSC nesta quarta
Imagine uma biblioteca na qual pessoas são consultadas ao invés de livros. Pois elas já existem, estão espalhadas em mais de 80 países e são chamadas de Bibliotecas Humanas. A Biblioteca Central (BU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Campus de Florianópolis, apresenta sua primeira edição nesta quarta-feira, 5 de abril, das 9h às 11h e das 14h às 17h, com nove “livros humanos” que tratarão de diferentes temas ao longo da programação.
A proposta é trazer à tona realidades que, por muitas vezes, estão distantes do cotidiano. Nas Bibliotecas Humanas, cada pessoa se oferece como um livro humano de maneira voluntária e gratuita. O funcionamento delas é muito simples: os usuários que acessam e consultam seu catálogo de opções, ao invés de encontrar livros, encontram pessoas com histórias para contar. Assim, eles podem ficar sentados cara a cara por um tempo determinado para ouvir e dialogar.
As bibliotecas humanas foram criadas por uma Organização Não-Governamental (ONG) de Copenhague, na Dinamarca, com o objetivo de reduzir a discriminação existente entre os jovens, questionando preconceitos e estereótipos, além de promover o diálogo, a tolerância e compreensão para pessoas de outras raças, culturas e religiões. A organização é literalmente uma biblioteca de pessoas que promove eventos nos quais os leitores/ouvintes têm acesso aos livros abertos e podem ter conversas sobre os mais variados temas.
No Brasil, a iniciativa existe, por exemplo, na Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), que em setembro de 2019 realizou um evento com o intuito de combater o preconceito e aproximar pessoas com relatos de vítimas de intolerância. Com o suporte de profissionais de psicologia e biblioteconomia, a Biblioteca Humana da UFAM também conta com a certificação da ONG dinamarquesa.