Reumatologista do HU alerta para importância de exame para detectar osteoporose
A osteoporose é uma condição assintomática que deixa os ossos frágeis e porosos e, à medida que progride com o avançar da idade, aumenta o risco de fraturas, especialmente do quadril e da coluna. A ausência de sintomas faz com que seja importante que o público em geral e os profissionais de saúde se conscientizem sobre a detecção precoce da doença e seu tratamento.
A orientação é da reumatologista do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh), Andressa Miozzo Soares, que falou sobre o tema no Dia Mundial e Nacional da Osteoporose, lembrado em 20 de outubro. “É importante saber que a doença existe para prevenir problemas no futuro. O diagnóstico pode ser feito por meio do exame de densitometria óssea e, se for diagnosticada num estado inicial ou mesmo numa fase de osteopenia (que significa, em termos gerais, pré-osteoporose), podemos prevenir que aconteça uma situação mais grave, a fratura”, disse.
Segundo ela, se não for feito o exame, como a doença é assintomática, o paciente só vai ficar sabendo que tem osteoporose quando sofrer alguma fratura óssea. Nestes casos, há risco de perda de qualidade de vida, imobilização e até mesmo aumento de mortalidade, dependendo da área atingida. “Toda mulher com 65 anos ou mais, ou que estiver na menopausa e apresentar algum fator de risco, bem como homens com mais de 70 têm de fazer a densitometria, independente de sintomas”, explicou. Segundo ela, a osteoporose é mais comum em mulheres e em pessoas de descendência caucasiana.
Além da idade, da menopausa e de descendência como fator de risco, também é importante observar casos de histórico familiar de osteoporose ou fraturas e uso de remédios que provoquem perda de massa óssea. “Há também alguns fatores que chamamos de modificáveis, como o tabagismo, o sedentarismo, o etilismo, baixo peso e baixa ingestão de cálcio na dieta”, disse.
Ela explicou que, embora a doença tenha consequências graves para a pessoa, o tratamento é bem simples, com medicamentos que são bem tolerados pelos pacientes e considerados eficazes. A reumatologista do HU lembrou, ainda, que a pessoa com osteoporose, por não ter sintomas, pode ter uma vida normal até que sofra uma fratura. “Quando isso ocorre, aumenta-se a taxa de mortalidade e também a morbidade, que representa uma piora na qualidade de vida, pois a recuperação é difícil, a pessoa pode ter redução na mobilidade e ter uma vida prejudicada em função disso”.
Além disso, os hábitos de vida saudáveis desde a infância e adolescência podem ajudar a prevenir o aparecimento da osteoporose na velhice. “Exercícios físicos, boa alimentação, boa ingestão de cálcio e vitamina D podem ajudar a ter um osso de melhor qualidade”. Segundo ela, o HU participa da cadeia de cuidado nesta área acompanhando os pacientes idosos internados e nos ambulatórios, mesmo quando atendidos em outras especialidades e no tratamento dos casos mais graves.
“Os casos iniciais podem ser acompanhados nas unidades de saúde e aqui, para o reumatologista e endocrinologista, ficam casos mais graves, com fratura, falhas nos tratamentos convencionais, por exemplo”. Além deste atendimento especializado, o HU contribui para a formação de profissionais, com uma vaga de residência para Reumatologia, que dura dois anos após a residência médica em clínica médica e a formação em Medicina.
Unidade de Comunicação do HU