Parceria entre Iphan e UFSC marca início da execução de projeto inédito nas fortalezas

01/12/2025 09:08

Vista noturna do Quartel da Tropa da Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim. Imagem: Joi Cletison Alves

A primeira obra que irá integrar um projeto inédito na história das fortalezas sob gestão da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), requalificando os monumentos, trazendo melhorias e novas atrações turísticas, será anunciada em evento nesta quarta-feira, 3 de dezembro, às 9h, na Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, em Governador Celso Ramos.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) fará o anúncio da programação dos Avanços do Patrimônio em Santa Catarina, em cerimônia oficial.

Essa ação vai integrar um projeto maior da UFSC: a Restauração das Fortificações Catarinenses #EuValorizoAsFortalezas, que prevê obras na fortificação, como recuperação de edifícios e novos espaços expositivos, atrações turísticas e comunicação visual, mas também soluções de acessibilidade e equipamentos renovados para atendimento ao público.

O anúncio desta quarta-feira envolve uma parceria entre Iphan e UFSC, gestora da Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim desde 1979, para obras de preservação, restauração e requalificação.

Nessa fase, serão investidos R$ 17 milhões com recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. Desse montante, R$ 15 milhões vão diretamente para as obras no Quartel da Tropa – o maior prédio da fortaleza – e trabalhos de arqueologia, além da criação de novos sanitários e da instalação de novas redes de infraestrutura hidráulica, elétrica e outras.

Ao todo serão investidos R$ 67 milhões

Os recursos serão transferidos do Iphan para a UFSC através de Termo de Execução Descentralizada (TED). Essa primeira intervenção de restauração e requalificação marca o início do projeto Restauração das Fortificações Catarinenses #EuValorizoAsFortalezas, criado em 2021, durante a pandemia de Covid-19, pela Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC) da Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (SeCArtE) da UFSC.

Vista da Nova Casa do Comandante da Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, 1999. Imagem: Alberto L. Barckert

Esse projeto, que transformará os patrimônios culturais sob gestão da UFSC, tem aporte total de R$ 67 milhões. Inicialmente, ele foi proposto pela Fundação de Amparo à Pesquisa e à Extensão Universitária (Fapeu), com orientação da CFISC, na Chamada Pública n° 1/2021 – Resgatando a história, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em 2022, a proposta foi aprovada pelo BNDES, com investimento de R$ 32,5 milhões. Como parte do processo para aprovação, a UFSC demonstrou ao banco a contrapartida de R$ 17,5 milhões já investida nas fortificações catarinenses pelo Iphan, pelo PAC anterior e pelo Fundo de Direitos Difusos. Até então, a soma estava em R$ 50 milhões. Com mais os recursos que serão anunciados nesta quarta-feira, o total chega aos R$ 67 milhões para investimentos exclusivos nas fortalezas.

Atrações musicais e novos espaços

O projeto Restauração das Fortificações Catarinenses #EuValorizoAsFortalezas será executado em três anos. O projeto prevê mais que obras nas fortificações. Há a previsão de 25 ações complementares, que envolvem desde apresentações culturais até montagem de um ônibus e uma embarcação, ambos movidos a energia elétrica gerada por sistema fotovoltaico para visitas à Ilha de Anhatomirim e Ilha de Ratones Grande. Também estão previstos novos usos para as fortalezas, que deverão receber mais atividades turísticas e de negócios, com auditórios para promoção de eventos e novos recursos de acessibilidade. Para a cerimônia desta quarta-feira, a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim será fechada ao público pela manhã.

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