Residente do HU ressalta benefício de diagnóstico e tratamento da hanseníase

30/07/2021 16:35

Apesar de ser uma doença muito antiga e ainda muito estigmatizada, a hanseníase é curável, com medicações fornecidas regularmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh) possui um Ambulatório de Hanseníase para acolher, tratar e acompanhar os pacientes e seus familiares. Uma vez iniciado o tratamento, a transmissão se interrompe.

A médica residente do ambulatório Fernanda Ramos Paes e Lima explica que a hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada por uma micobactéria conhecida como Bacilo de Hansen. “É uma doença característica de países em desenvolvimento, sendo que o Brasil é o primeiro do mundo em diagnóstico de novos casos, com 27.874 casos novos em 2019. Em Santa Catarina, o dado mais recente (2018) revela 122 novos casos de Hansen”, relata. “Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor, pois o tratamento cura a doença, interrompe a transmissão e previne sequelas”, diz.

Segundo ela, a hanseníase pode acometer qualquer pessoa, atingindo mais homens adultos, pessoas com influência genética e pessoas com baixa imunidade, como as portadoras do vírus HIV e pacientes em tratamento para cânceres. “A transmissão acontece por meio de contato respiratório prolongado com paciente em estágio avançado da doença e não tratado”, explicou Fernanda Lima, lembrando que, uma vez iniciado o tratamento, a transmissão se interrompe. O contato com a pele do doente e objetos de uso comum não provocam a transmissão.

O diagnóstico é clínico, feito por médico capacitado em reconhecer os sintomas de hanseníase, como lesões de pele mais claras e avermelhadas, com perda da sensibilidade, sensação de dormência nos braços e pernas, por exemplo. Em alguns casos, pode-se solicitar exame adicional chamado baciloscopia, mas nem sempre será positivo e mesmo um resultado negativo não afasta a doença.

O tratamento é feito por meio de comprimidos fornecidos no SUS em todo território nacional. As doses mensais são supervisionadas por profissional da saúde e as demais de uso diário domiciliar. A quantidade das medicações associadas para o tratamento bem como sua duração dependem da gravidade da doença, durando em média de seis a doze semanas.

 

Unidade de Comunicação do HU

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