Sistema de rastreamento por chip controla circulação de roupas nas unidades do HU

30/12/2020 17:10

Todas as novas roupas usadas no HU têm chip para rastreamento (Foto: Divulgação)

Todas as roupas usadas por pacientes e profissionais de saúde, incluindo o enxoval cirúrgico, no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC) estão recebendo um chip que permite o rastreamento do material. Na prática, é possível saber quantas peças foram para cada unidade, para onde foram enviadas, onde devem estar no momento e quantas são encaminhadas para a lavanderia após o uso.

Trata-se da tecnologia RFID (radio frequency identification – identificação por radiofrequência), termo genérico usado para as tecnologias que usam a frequência de rádio para captura e controle de dados. É mais ou menos o mesmo sistema usado pelas lojas de varejo para controlar a chegada e saída dos equipamentos. A diferença é que no HU o sistema é usado para controlar a circulação das peças dentro da instituição.

De acordo com a assistente em administração do Setor de Hotelaria Hospitalar, Marta Rodrigues dos Santos, esta é uma das tecnologias aplicadas na Lavanderia do hospital com o objetivo de controlar a circulação de enxovais, controlar a vida útil de cada peça utilizada pelos pacientes e trabalhadores, agilizar o serviço oferecido pela lavanderia, além de otimizar a troca de peças quando necessário.

Segundo ela, além do RFID, é utilizado o sistema LavaSigma, que permite o registro imediato das coletas de roupas sujas em todos os setores, informando o peso coletado, horário e funcionário que realizou a coleta. Da mesma forma tem-se o peso de roupa limpa enviado ao hospital, definindo-se assim o índice de sujidade que varia de 12% a 15%, preservando a rotatividade das peças.

“Essas tecnologias vêm ao encontro da necessidade cada vez maior de conhecimento dos dados de produção e gerenciamento das informações indispensáveis para a fiscalização plena dos serviços prestados, a busca por melhores práticas, gestão de insumos e fornecimento de dados para planejamentos futuros da instituição”, explicou Marta Rodrigues.

Controle

O supervisor de hotelaria da lavanderia contratada, Rosemar Pereira, explicou que atualmente todas as peças novas estão equipadas com o chip e, gradualmente, a empresa que faz o serviço está implantando o chip nas peças que já estavam no hospital.

Na prática, o setor de rouparia controla quantas peças devem ser encaminhadas em cada turno para cada unidade. Na hora de entregar a quantidade prevista no sistema, o funcionário passa a peça de roupa (lençol, avental ou qualquer outra peça) sobre a bancada, que já está equipada com uma antena. Ao passar sobre a bancada, o sistema registra no computador qual peça de roupa está sendo movimentada (um avental laranja, por exemplo).

Segundo ele, ao fazer a comparação com os dados do sistema, é possível saber se uma peça está no lugar para o qual foi enviado ou se houve algum problema, como o uso em outra unidade ou mesmo a evasão (retirada do local sem controle). “Quando todas as peças estiverem com o chip instalado teremos controle de tudo o que é enviado para as unidades”, explicou Rosemar.

A Chefe do Setor de Hotelaria Hospitalar Mara Sérgia Coelho explica que essas estratégias de gestão do enxoval fazem parte da implementação do projeto de terceirização da lavanderia planejado em 2019. Em 2021 as ações terão continuidade, como exemplo, a entrega protocolada dos conjuntos privativos.

 

Unidade de Comunicação Social/ HU-UFSC-Ebserh

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