Semana do Meio Ambiente discute ciclovias e mobilidade urbana em Florianópolis

09/06/2016 10:40

Um debate sobre a situação das ciclovias em Florianópolis foi realizado na noite da última terça-feira, 7 de junho, no auditório do Centro Socioeconômico (CSE). O evento faz parte da Semana do Meio Ambiente UFSC 2016, que tem como objetivo promover a discussão de temas relacionados ao desenvolvimento sustentável. A mesa foi mediada pelo diretor do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), Arnoldo Debatin Neto, e teve como palestrantes a arquiteta Ingrid Etges Zandomeneco; a professora Dora Orth, do Observatório de Mobilidade da UFSC; e o representante do site Pedala Floripa, Audálio Júnior.

A questão gera discussões em Florianópolis. De acordo com a Política Nacional de Mobilidade Urbana, os municípios devem priorizar os meios de transportes não motorizados – dest_sem_meio_ambientecomo bicicletas, skates e patins – aos automóveis, e dar preferência ao uso do transporte coletivo. No entanto, um relatório divulgado pelo Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis (Plamus) aponta que, na região, 48% da população utiliza carros ou motocicletas como principal meio de transporte, frente à média nacional de 32%. Em cidades como o Rio de Janeiro, por exemplo, somente 21% da população usa veículos automotores para se locomover.

Com o tema “Ciclovias: boas para você e para o nosso meio ambiente”, a palestra de Audálio Júnior mostrou que um dos principais motivos pelo qual as pessoas não utilizam a bicicleta é a falta de infraestrutura. Uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) mostrou que 77% dos usuários do transporte coletivo e 71% dos motoristas de carro das cidades de Florianópolis, Laguna, Balneário Camboriú, Lages e Joinville utilizariam a bicicleta caso existisse melhor estrutura viária.

Atualmente, a malha cicloviária de Florianópolis tem 77 quilômetros de extensão: 24,8km são de ciclovias – separação física da faixa dos carros; 32,4km de ciclofaixas – pista ocupada por ciclistas e motoristas, separada apenas por uma delimitação no chão; 19,8km de calçadas partilhadas – pista preferencial para ciclistas nas calçadas; e 10,1km de calçadas compartilhadas – ciclistas e pedestres circulam livremente pelo espaço. Um dos maiores problemas está na Rodovia SC-401, no Norte da Ilha, onde ciclistas ocupam metade do acostamento da rodovia como ciclofaixa, o que aumenta os riscos para os ciclistas.

O Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) promove audiências públicas nos bairros da cidade para discutir melhorias na mobilidade urbana. Para mais informações, acesse o site do IPUF..

Bruno Rosa Ramos/Estagiário de Jornalismo da Agecom/UFSC

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