Notícias da UFSC

O Instituto de Pesquisa em Riscos e Sustentabilidade ( IRIS/CFH/UFSC), como parte das atividades  do convênio Capes/Bélgica promove, no miniauditório do CFH, na quinta-feira, 8 de novembro, às 14h30min, a palestra Instrumentos de ciência regulatória: as transformações no contexto europeu relacionadas a novas controvérsias , com Catherine Fallon, da Universidade de Liége, na Bélgica. A palestra será em inglês. Certificados de presença serão entregues a quem solicitar.  Mais informações em www.iris.ufsc.br  ou 3721-8631. Apoio: Programa de Pós-graduação em Sociologia Política e Programa de Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas.

Sobre o tema da palestra

A inovação não é externa à uma sociedade cujas instituições contribuem para dar uma forma específica para a sua materialização em sistemas tecnológicos. Estes processos operam através da construção progressiva de “coletivos políticos” associando os humanos e não humanos (seguindo as ideias de Bruno Latour). Isto pode ser analisado através do traçado de redes que ligam as diversas entidades que são afetados e mobilizadas por inovações: os cientistas, reguladores, políticos, indústria, trabalhadores, consumidores, etc., que estão envolvidos em um entrelaçamento contínuo da técnica, do natural e do social. Os peritos científicos sempre foram chamados pelos governos a fim de ajudá-los a definir  regulações técnica e socialmente aceitáveis que contribuam para dar uma forma específica a trajetória de desenvolvimento tecnológico. As recente crises alimentares  têm levado a  novas configurações institucionais de organização das condições de construção de assessoria  científica para os órgãos governamentais.  A apresentação irá se referir a recentes controvérsias na União Europeia (transgênicos) para analisar como essas novas configurações institucionais estão afetando as condições de produção de ciência regulatória.

 Catherine Fallon

Tem formação básica em ciência natural e obteve seu mestrado em Engenharia Bioquímica (MIT – EUA). Depois de vários anos de trabalho na indústria e na Comissão Europeia, investiu no campo de “Ciência e Sociedade”, realizando pesquisa nos aspectos sociais e políticos da descontaminação de solos, tratamento de resíduos radioativos, novas formas de conhecimentos peritos, especialmente em crises alimentares. Seu trabalho de doutorado focou na transformação da política de ciência na Bélgica, e o impacto da gestão política da mudança tecnoeconômica. Ela agora é professora de Políticas Públicas na Universidade de Liége (Bélgica). Suas  publicações se concentram na análise dos aspectos sócio-políticos da «Sociedade de Risco», a transformação da administração pública na Valônia e as modalidades de participação pública e seu impacto no processo de decisão.