Reitor fala de avanços e desafios da UFSC a alunos de pós-graduação
O reitor da UFSC, Alvaro Toubes Prata, conclamou os novos alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, em palestra realizada nesta segunda-feira (28/2) no auditório do Centro de Educação (CED), a aproveitarem a oportunidade de estudar numa das principais instituições de ensino superior do país. “O desafio de vocês é se preocuparem com si próprios, mas também com o curso, com a Universidade e com o Brasil”, afirmou. Ele traçou um diagnóstico positivo do futuro do país e destacou a expansão do ensino superior, que é necessária para guindar o Brasil ao rol das cinco maiores potências do mundo ainda nesta década.
Na palestra “A pesquisa e a pós-graduação no Brasil e na UFSC”, Alvaro Prata mostrou números que justificam seu otimismo com o futuro. “Já somos o 13º país em produção científica e a expansão dos campi em todo o território nacional demonstra a preocupação do governo com a educação superior”, destacou. Mesmo assim, é preciso avançar, porque apenas 10% das universidades são públicas, sendo que, destas, somente 3% são federais. Além disso, 63% dos alunos estudam à noite, ou seja, estão vinculados a instituições pagas e de menor porte.
Um dos desafios das instituições superiores é reduzir a evasão e a insegurança dos acadêmicos em relação à carreira, porque apenas 57% dos alunos concluem o curso que começaram. Outra distorção é que 35% dos alunos de terceiro grau no país então nos cursos de Administração, Direito e Pedagogia. “Devemos repensar algumas coisas em relação a esses dados”, disse o reitor, sugerindo que as universidades precisam se adaptar às novas demandas do mercado e às exigências da sociedade em relação à educação superior.
Prata também alertou para outra distorção brasileira: a pós-graduação é melhor que a graduação, que é melhor que o ensino médio, que é melhor que a educação básica. Por outro lado, as instituições se internacionalizam, aumentam sua inserção social, investem na educação a distância e, através do Reuni, se reestruturam e expandem para regiões antes carentes de opções no ensino superior.
“Neste sentido, a pós-graduação em Ciência da Informação, que é muito conceituada em nossa universidade, tem um papel importante”, ressaltou o reitor. Ele também estimulou os alunos a publicarem artigos em revistas especializadas e aprenderem uma língua estrangeira, “preparando-se para a crescente internacionalização do país e das universidades”.
Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista da Agecom