Letras-Libras da UFSC forma os primeiros professores de Língua de Sinais no Brasil
Os professores formados em Libras (Língua Brasileira de Sinais) já estão no mercado de trabalho. A primeira formatura do curso a distância de Letras-Libras da UFSC ocorreu na última quinta-feira, 20 de janeiro, em Salvador. O polo da Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi o primeiro dentre os nove polos do curso que iniciou em 2006. A solenidade foi bilíngue, com tradução simultânea de Libras para Português e vice-versa.
A Libras foi inistituída segunda língua oficial no Brasil em 2006, por meio do decreto 5.626. No mesmo ano, teve início o curso a distância de licenciatura em Letras-Libras da UFSC, que contava com nove polos de ensino e 495 alunos, a maioria surdos. Em 2008, foi incluída a habilitação de bacharel em tradução e interpretação de língua de sinais. Um ano depois, começou o curso presencial de Letras-Libras na UFSC.
Os 39 alunos do polo da Bahia receberam grau do professor Arnoldo Debatin Neto, vice-diretor do CCE e representante do reitor. Uma das idealizadoras do curso e patronesse da turma, a professora Ronice Muller de Quadros, falou em seu discurso sobre a necessidade dos formados continuarem lutando para fortalecer o respeito à língua de sinais e ao direito dos surdos no Brasil e no estado da Bahia. “Espalhamos sementes por todo o país por meio do Letras-Libras. Vocês, formandos, cresceram, criaram raízes e agora tornaram-se árvores que gerarão frutos e espalharão outras sementes. É um sonho realizado”, disse a professora emocionada.
O discurso dos oradores da turma foi um dos mais especiais. Os dois oradores, um surdo e outro ouvinte, fizeram o discurso simultaneamente, um em Língua de Sinais e o outro em Português. Com isso mostraram que as duas línguas podem coexistir, respeitando as individualidades tanto de surdos quanto de ouvintes.
A solenidade foi transmitida pelo site da Videoconferência do CCE e poderá ser vista a partir de fevereiro em www.videoconferencia.cce.ufsc.br
A transmissão e a formatura acabaram antes do previsto, devido a uma queda de energia elétrica.
Fonte: matéria produzida pela aluna de jornalismo Andressa Dreher, bolsista do estúdio de videoconferência do CCE, com fotos de Roberto Dutra Vargas
Outras informações: 3721-9986