Estudo identifica eco-ansiedade em estudantes da UFSC e outras cinco universidades públicas

Oito perguntas e respostas utilizadas no estudo apontam pessimismo geral e saúde mental afetada pelos problemas ambientais. (clique para ampliar)
A saúde mental de estudantes das áreas de Biologia de seis universidades públicas foi tema de um estudo publicado na terça-feira, 6 de setembro, no periódico internacional PLOS Biology. A pesquisa identificou um alto número de estudantes afetados pelo medo do colapso ambiental, conhecido como “eco-ansiedade” ou “luto ecológico”.
Esse sentimento é uma nova e crescente fonte de sofrimento mental, que pode afetar particularmente a próxima geração de biólogos conservacionistas, segundo explicam os pesquisadores, que oferecem, no artigo, estratégias de cuidado e empatia que educadores podem utilizar para ajudar a prevenir o agravamento da saúde mental dos alunos.
A pesquisa coletou informações por meio de um questionário de saúde mental respondido anonimamente por 250 estudantes de graduação em Ciências Biológicas durante o mês de março de 2022. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi uma das participantes, além das universidades federais de São Carlos (UFSCar), Pernambuco (UFPE), Juiz de Fora (UFJF), Piauí (UFPI) e a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF).
A maioria dos entrevistados considerou sua saúde mental recente como ruim, e afirmou que os problemas ambientais a afetam em algum grau. A maioria dos entrevistados disse que estudar e entender os problemas ambientais piorou sua saúde mental. No entanto, apesar do pessimismo geral, muitos entrevistados ainda se sentiam otimistas em trabalhar como biólogos e a maioria estava animada para buscar soluções para os problemas ambientais. Além disso, a maioria dos alunos afirmou que a opinião pessoal de seus professores influencia em algum grau suas perspectivas para o futuro.
O artigo tem autoria principal do pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Vinícius de Avelar São Pedro, e co-autoria de dois pesquisadores egressos do curso de graduação em Ciências Biológicas da UFSC – Larissa Trierveiler Pereira e Juliano Marcon Baltazar.
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