Vestibular UFSC/2009: atenção para as dicas do último dia

08/12/2008 17:42

Fotos: Paulo Noronha/Agecom

Fotos: Paulo Noronha/Agecom

Depois de enfrentar Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Matemática, Geografia, Biologia e a Redação chega a vez das provas de Química, Física e História, que encerram o Vestibular da UFSC 2009.

Márcio Montenegro, professor de Física do Cursinho Pré-Vestibular da UFSC, acredita nos tópicos relacionados à conservação de energia, quantidade de movimento e indução magnética para a prova de 2009. Ele também aconselha seus alunos a começarem pela prova de Física, assinalando aquilo que têm segurança da resposta. “Se tiver dúvida marquem só a alternativa que têm certeza. Assim a questão não é perdida. Depois é interessante fazer as de Química e História, marcando sempre o que considera mais fácil, para então rever as provas”. O professor entende que o vestibular tem se voltado mais a questões relacionadas ao dia-a-dia. “A prova tem contextualizado as teorias da Física”.

Otávio Augusto Auler Rodrigues, professor de História e coordenador do Cursinho, aponta a integração dos conteúdos como característica dos últimos concursos. “Relacionando democracia, feminismo e direitos civis temos movimentos como Maio de 68 e a Primavera de Praga – também ocorrida no ano de 1968”. Outro palpite é a chegada da família real ao Brasil, que completou 200 anos em 2008 e não apareceu no vestibular do ano passado. “Acredito que o fato pode ser abordado agora”.

O professor Oto Luna enumera outras datas de acontecimentos históricos: os 20 anos da queda do Muro de Berlin (1989), os 70 anos do começo da 2ª Guerra Mundial (1939) e os 60 da criação da OTAN (1949). “O principal, no entanto, não é guardar datas; é lembrar sempre, de forma coerente, o processo histórico, já que um fato acaba desencadeando outro”. Oto justifica: “a prova da UFSC está, a cada ano, fazendo com que o aluno raciocine mais; está deixando de lado a decoreba para valorizar o pensar”.

O professor Leoni Carmo Garcia, que leciona Química, também percebe a integração dos conteúdos mencionada por Otávio. “Há alguns anos as questões eram isoladas. Agora, além de abrangentes e voltadas ao cotidiano, elas também se tornaram mais difíceis e trabalhosas”. Sobre os tópicos mais visados ele cita tabela periódica, distribuição eletrônica, termoquímica. “Molaridade e diluição de soluções sempre cai”, avisa.

O coordenador comentou ainda que em 2008 o Cursinho agregou cerca de 1000 alunos – 700 em Florianópolis, distribuídos em oito turmas, e 300 em Curitibanos. Com aulões para a revisão dos conteúdos nos dias das provas, o Cursinho já conseguiu arrecadar duas toneladas de donativos, que serão destinados às vítimas das enchentes no Estado.

Outras informações sobre o Vestibular UFSC 2009: www.vestibular2009.ufsc.br.

Por Cláudia Schaun Reis/ Jornalista na Agecom

UFSC abre processo seletivo simplificado para professor substituto para o Colégio de Aplicação

08/12/2008 15:58

A UFSC através do Edital N° 082/DDPP/2008 torna público a abertura de inscrições com vista ao Processo Seletivo Simplificado para contratação de Professor Substituto, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária nos termos da Lei n° 8.745/93. São sete vagas para o Colégio de Aplicação (CA) da UFSC.

As inscrições devem ser efetivadas no período de 10, 11 e 12/12/2008 e 15 e 16/12/2008. Caso não haja candidatos inscritos, o prazo de inscrição ficará automaticamente prorrogado por igual período.

Horário: das 10h às 12h e das 14h às 17h, na Secretaria do CA

Taxa de Inscrição

R$ 20,00 (vinte reais), que deverão ser creditados na Conta Única do Tesouro Nacional, Banco do Brasil, Agência 4201-3, conta corrente 170500-8, código de recolhimento 153 163 152 37 288 836. Esta taxa, uma vez recolhida, não será restituída em hipótese alguma.

Documentos:

No ato da inscrição o candidato deverá apresentar cópia do Curriculum Vitae, comprovantes dos requisitos exigidos no presente edital e comprovante de recolhimento da taxa de inscrição.

Somente serão aceitos diplomas de Graduação e Pós -Graduação reconhecidos pelo MEC. Os diplomas de Graduação e Pós-Graduação obtidos em instituição estrangeira, serão aceitos mediante sua revalidação no Brasil. A revalidação do diploma estrangeiro deverá ser comprovada no ato da inscrição.

Todas as sete vagas são para o Colégio de Aplicação e o Regime de Trabalho de 40 horas semanais.

Campo de Conhecimento: Biologia.

Nº de vagas: 2

Requisitos: Licenciatura Plena em Biologia.

Campo de Conhecimento: Geografia.

Nº de vagas: 1

Requisitos: Licenciatura Plena em Geografia.

Campo de Conhecimento: Supervisão Escolar.

Nº de vagas: 1

Requisitos: Licenciatura em Pedagogia com habilitação em Supervisão Escolar.

Campo de Conhecimento: Língua Estrangeira – Alemão.

Nº de vagas: 1

Requisitos: Licenciatura Plena em Língua Estrangeira Alemão

Campo de Conhecimento: História.

Nº de vagas: 2

Requisitos: Licenciatura Plena em História

Colégio de Aplicação: colegioaplicacao@ca.ufsc.br

fone (48) 3721- 9561

Voleibol feminino da UFSC é campeão metropolitano de Florianópolis

08/12/2008 15:30

O voleibol feminino da UFSC, equipe composta por acadêmicas da universidade e membros da comunidade, se sagrou campeão metropolitano de Florianópolis/2008, ao vencer por 3×0 a AABB na final da competição, realizada sábado, dia 29 de novembro.

Foram 8 jogos, 8 vitórias, nenhum set perdido.

O ano foi positivo para o vôlei feminino, que subiu ao pódio nas quatro competições que disputou em 2008: ouro no Campeonato Metropolitano, ouro no Torneio do SESI (tetracampeão), prata na XXI Copa Unisinos (o campeonato universitário do Mercosul) e bronze nos Jogos Universitários Catarinenses (JUCs).

A seleção da UFSC integra um projeto de extensão universitária do professor Ricardo Lucas Pacheco (CDS/UFSC) e está sob o comando do técnico Mario Luiz C. Barroso.

O projeto inclui o voleibol masculino, que conquistou o vice-campeonato no Metropolitano 2008 e também bronze no JUCs.

Contatos: Mario – 9973-7817 e mario@m17.com.br

Grupo aposta na pesquisa e na ciência para prevenir catástrofes naturais

08/12/2008 12:27

Será lançado no dia 17 deste mês em Blumenau o Grupo Técnico Científico (GTC) instituído pelo governo do Estado para trabalhar na avaliação de catástrofes naturais e propor projetos preventivos de pesquisa que visem à redução dos efeitos produzidos por esses desastres em Santa Catarina. Oficializado na manhã desta segunda-feira (08/12) no Palácio do governo, o GTC é um subgrupo do Grupo de Reação criado na semana passada pelo decreto nº 1.940, assinado pelo governador Luiz Henrique da Silveira.

Universidades, secretarias de Estado, instituições e empresas públicas participam do grupo, que vai atuar nas áreas de geotécnica e solos, meteorologia e clima, hidrologia, geoprocessamento, urbanismo, monitoramento e educação ambiental, gestão florestal e tecnologia da informação, procurando estudar e diminuir o impacto de enchentes, inundações, deslizamentos, enxurradas, ciclones, tornados, furacões, ressacas, mudanças climáticas, secas e estiagens.

A coordenação geral do GTC é do professor Antônio Diomário de Queiroz, presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), cabendo a coordenação técnica a Zenório Piana, também da Fapesc, e a Hugo José Braga, da Epagri/Ciram.

Completam o grupo representantes da Secretaria de Desenvolvimento Social, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Universidade da Região de Joinville (Univille), Universidade Regional de Blumenau (Furb), Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Pela UFSC, participam os professores Edson Ramos Tomazzoli e Luiz Fernando Scheibe.

De acordo com o coordenador do GTC, Diomário de Queiroz, uma das ações imediatas deverá ser a realização de estudos sismológicos sobre a eventual relação dos deslizamentos com a colocação de dutos de gás natural no Vale do Itajaí. A instalação de um radar meteorológico para a análise mais acurada do clima também está nos planos do grupo. “Nosso trabalho se enquadra numa ação preventiva de avaliação de causas e efeitos, utilizando a inteligência universitária para melhorar a capacidade de antever fenômenos naturais e até mudanças climáticas importantes para o país”, diz ele.

No evento de hoje, o governador Luiz Henrique reforçou a necessidade de contar com as competências nacionais e internacionais para prevenir, na medida do possível, as catástrofes naturais que têm prejudicado o Estado nos últimos anos. Pesquisadores americanos e alemães vêm trabalhando como voluntários em estudos sobre o clima na região sul do Brasil, e organismos como o Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), o Instituto Aeroespacial Brasileiro e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) estão sendo contatados para ajudar nas pesquisas. “Nossas universidades dispõem de gente competente, grupos de estudos e laboratórios qualificados para fazer um bom trabalho nesta área”, ressalta Diomário de Queiroz.

Mais informações com o presidente da Fapesc e coordenador do GTC, Antônio Diomário de Queiroz, nos fones (48) 3215-1210, 3215-1212 e 9963-2200.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

Última sessão de 2008 do Círculo de Leitura de Florianópolis com Salim Miguel

08/12/2008 12:24

O escritor Salim Miguel foi o convidado da 39ª edição do Círculo de Leitura de Florianópolis, a última de 2008, realizada na Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi. Aos 84 anos, falou, claro, de leituras, do que está lendo agora, dos autores que admira e da fantástica convivência com os livros ao longo da vida. Nascido no Líbano, ele chegou ao Brasil aos três anos e, após morar em São Pedro de Alcântara e Antônio Carlos, em Santa Catarina, sua família fixou residência em Biguaçu, onde se estabeleceu com um pequeno comércio.

Desde cedo, Salim lia tudo o que lhe caía nas mãos, dos folhetins de Michael Zevaco a Eça de Queiroz, passando por Arthur Schopenhauer (As dores do mundo) e Machado de Assis. Na venda do pai, conheceu figuras que mais tarde viraram personagens de seus romances, e na livraria de João Mendes, poeta cego de Biguaçu, passava horas lendo em voz alta para manter o livreiro ligado ao mundo da literatura.

Círculo de Leitura: divulgação do livro

Círculo de Leitura: divulgação do livro

De lá para cá, a vida foi uma sucessão de eventos que acabaram por tornar Salim Miguel o decano das letras catarinenses. Ele foi um dos líderes do movimento conhecido como Grupo Sul, que agitou a vida cultural de Florianópolis de 1947 e 1958. Entre 1957 e 1958, ajudou a escrever o argumento e o roteiro do primeiro longa-metragem catarinense, O preço da ilusão. Em 1964, foi preso (“para averiguações”) pelos militares e retido no quartel da Polícia Militar por 48 dias. Libertado, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na Agência Nacional, nas revistas Fatos e Fotos e Tendências e na adaptação de livros para roteiros de cinema (casos de A cartomante, de Machado, e Fogo morto, de José Lins do Rego), ambos com Eglê Malheiros e Marcos Farias.

Ainda no Rio, Salim editou, ao lado de Eglê, Cícero Sandroni, Fausto Cunha e Laura Sandroni, a revista Ficções, que se tornou referência no jornalismo literário brasileiro. De volta a Santa Catarina, em 1980, ajudou a organizar, para o governo do Estado, o Prêmio Nacional Cruz e Souza, o mais importante do País à época. De 1983 a 1991, dirigiu a Editora da UFSC, e em 1996 assumiu a superintendência da Fundação Franklin Cascaes, onde lutou para criar uma política cultural no município de Florianópolis.

Durante todo esse período, Salim Miguel intercalou uma atividade intensa como animador cultural e escritor. Estreou com Velhice e outros contos, em 1951, e até o próximo livro, o romance Jornada com Rupert, foram mais 23 títulos. Um deles, Nur na escuridão, lançado originalmente pela Topbooks, do Rio de Janeiro, teve a quinta edição revista e lançada há pouco pela Record, com distribuição nacional.

No momento, Salim está lendo Almanaque Machado de Assis, de Luiz Antônio Aguiar, e o Dicionário de Machado de Assis, de Ubiratan Machado, edição da Academia Brasileira de Letras que reúne mais de 2 mil verbetes, quase 500 fotos, alguns episódios inéditos e itens não assinalados na bibliografia do bruxo carioca. Há pouco tempo, ele também leu Os irmãos Karamabloch, de Arnaldo Bloch, sobre a trajetória da família Bloch (Editora Bloch, revista Manchete e TV Manchete).

O Círculo de Leitura é um projeto que permite ao convidado e aos presentes discutirem informalmente sobre os livros que estejam lendo, as leituras do passado e as influências de outros autores sobre o seu trabalho. Escritores e jornalistas como Oldemar Olsen Jr., Fábio Bruggemann, Inês Mafra, Mário Pereira, Maicon Tenfen, Cleber Teixeira, Dennis Radünz, Rubens da Cunha, Renato Tapado, Raimundo Caruso, Nei Duclós, Mário Prata e Zahide Muzart foram alguns dos participantes das etapas anteriores do projeto.

Vestibular UFSC/2009: cobertura pode ser acompanhada na Rádio Ponto UFSC

08/12/2008 07:56

A Rádio Ponto, do Curso de Jornalismo, está presente na cobertura do Vestibular UFSC/2009. Nos três dias de prova, 21 repórteres, alunos do curso, informam sobre as condições de trânsito, movimentação nos locais de prova e dicas para os candidatos em boletins ao vivo de diversos locais, nas cidades de Florianópolis Joinville, e Chapecó.

Logo após o término das provas, nos três dias, o presidente da Comissão Permanente do Vestibular, professor Júlio Szeremeta, dará uma entrevista para a rádio comentando as principais ocorrências.

A rádio pode ser sintonizada na freqüência 106,1 FM, no campus universitário, ou através do link www.radio.ufsc.br. A cobertura tem a supervisão do professor Eduardo Meditsch, do Departamento de Jornalismo.

Vestibular UFSC/2009: segundo dia tem provas de Biologia, Geografia e Matemática

08/12/2008 07:36

Fotos: Jones Bastos e Cláudia Reis/Agecom

Fotos: Jones Bastos e Cláudia Reis/Agecom

A segunda-feira (8/12) marca o segundo dia de provas do Vestibular da UFSC. Serão verificados hoje conhecimentos relativos à Biologia, Geografia e Matemática. A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) reforça o horário de fechamento dos portões – 14h45min – e a proibição de itens como relógio, boné, óculos escuros e eletrônicos.

Dicas do Cursinho Pré-Vestibular da UFSC

“Acredito nas questões ligadas ao meio ambiente – como fontes de energia alternativas -, a recente mudança do fuso horário nos Estados do Acre e Amazonas (que agora têm diferença de apenas uma hora em relação a Brasília), e o Pará (que passou a utilizar o horário da capital federal) e os conflitos de terra”, ressalta André Peron, professor de Geografia do Cursinho Pré-Vestibular da UFSC.

Ele frisa como essencial a análise de mapas, tabelas e gráficos. “Esses elementos são freqüentemente utilizados pela Geografia, e devem ser bastante aproveitados, pois muitas vezes a resposta da questão está ali”.

Daniel Torres, professor de Matemática, cita estatísticas do vestibular da UFSC: matrizes, determinantes, sistemas, progressão aritmética, progressão geométrica, geometria plana e espacial e trigonometria sempre apareceram no concurso nos últimos 30 anos. E ressalta: “revisar as propriedades de matrizes, determinantes e logaritmos é importante porque acaba facilitando a resolução das questões, poupando tempo do candidato”.

Gabaritos e abstenções

O índice de abstenções é divulgado diariamente pela Coperve. Assim como aconteceu no ano passado, o gabarito de todas as provas será divulgado apenas no dia seguinte à finalização do concurso – portanto, na quarta-feira, dia 10/12, a partir de 9h. As respostas serão disponibilizadas no site www.vestibular2009.ufsc.br.

Mais informações no site www.vestibular2009.ufsc.br e também junto à Comissão Permanente do Vestibular (Coperve), pelo fone (48) 3721-9200 .

Vestibular UFSC/2009: Família, leitura e escrita foram os temas da Redação

07/12/2008 20:28

Os vestibulandos que realizaram a prova de Redação do vestibular da UFSC neste domingo, dia 7, tiveram duas opções de temas. Sobre o tema ´Família` foi possível optar por fazer um texto dissertativo, narrativo ou uma carta.

Três fragmentos subsidiavam os candidatos para desenvolverem o segundo tema da Redação. Os fragmentos falavam sobre a palavra, a leitura e a escrita, sendo que dois deles foram extraídos de livros do Vestibular 2009: “O código das Águas”, de Lindolf Bell, e “ Vôo da Guará Vermelha”, de Maria Valéria Rezende.

Este ano a nota mínima de Redação foi elevada para 4.

Por Alita Diana/Jornalista da Agecom

Vestibular UFSC/2009: abstenção no primeiro dia é de 12,71%

07/12/2008 19:37

Fotos: Jones Bastos / Agecom

Fotos: Jones Bastos / Agecom

O índice de abstenção no primeiro dia do Vestibular UFSC/2009 foi de 12,71%, o que corresponde a 3.927 candidatos que deixaram de fazer as provas. No ano passado o índice final do primeiro dia foi de 11.54% (3.532 candidatos não compareceram). O presidente da Comissão Permanente do Vestibular (Coperve/UFSC), professor Julio Szeremeta, informou que neste início do concurso tudo ocorreu dentro do esperado.

Mesmo nas cidades mais atingidas pelas chuvas, como Itajaí e Blumenau, o índice de não comparecimentos se manteve dentro do padrão. Em Itajaí, o índice foi de 14,61 (no ano passado ficou em 14,54) e em Blumenau foi de 12,56% (em 2008 foi de 9,96%, mas o número de inscritos era maior). A cidade com mais alto índice de abstenção foi Joinville, com 23,02% ― o que repete o que aconteceu no ano passado, quando o percentual foi de 22,09.

Os dados foram repassados pela Coperve no final da tarde desse domingo, sem que ainda o levantamento de ocorrências relacionadas a eletrônicos estivesse contabilizado. Mas o presidente da Comissão Permanente do Vestibular mantém o alerta sobre a proibição do uso de itens como relógio, boné, óculos escuros e eletrônicos (calculadora, telefone celular, MP3, MP4, MP5-player, ipod ou qualquer tipo de aparelho do gênero).

Nesta segunda-feira serão realizadas as provas de Biologia, Geografia e Matemática. Na terça serão aplicadas as provas de Física, História e Química. Os gabaritos serão divulgados somente na quarta-feira, dia 12, a partir de 9h, no site Vestibular UFSC/2008.

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Vestibular UFSC/2009: provas iniciam em dez cidades catarinenses

07/12/2008 15:57

Fotos: Jones Bastos/Agecom

Fotos: Jones Bastos/Agecom

Iniciaram às 15h deste domingo as provas do Vestibular UFSC/2009. Os candidatos respondem as questões de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, de Língua Estrangeira e Redação. Além disso, devem mostrar conhecimentos na questão discursiva interdisciplinar. Hoje a partir de 20h a Comissão Permanente do Vestibular (Coperve/UFSC) divulga a abstenção do primeiro dia de provas.

O vestibular da UFSC prosseguem até terça-feira. Na segunda será a vez das provas de Biologia, Geografia, Matemática, e de uma nova questão discursiva interdisciplinar. O concurso encerra na terça, com as disciplinas de Física, História e Química, além de nova questão discursiva.

Os gabaritos serão liberados somente na quarta-feira (10/12), pela manhã, no site www.vestibular2009.ufsc.br.

O fotógrafo Jones Bastos, da Agência de Comunicação, acompanhou os momentos finais de chegada dos candidatos aos locais de provas nos campus da UFSC em Florianópolis. Os portões fecham todos os dias às 14h45min. Este ano a UFSC oferece 4.571 vagas em 70 cursos, incluindo as habilitações. Estão inscritos 30.870 candidatos.

Arley Reis / Jornalista da Agecom

UFSC oferece módulo de capacitação sobre técnicas histológicas

07/12/2008 15:04

Estão abertas as inscrições para o módulo de capacitação ´O uso de técnicas histológicas para o preparo de tecidos animais em atividades didáticas e de pesquisa`. O curso será realizado das 8h30min às 12h no período de 15 a 18 de dezembro, resultando em uma carga horária de 14h.

O objetivo deste módulo de capacitação é ensinar técnicas que ajudem na montagem e manutenção de um laboratório de Histologia. Entre os conteúdos programados estão os princípios éticos no uso de animais de laboratório, manuseio dos equipamentos de um Laboratório de Histologia, noções de segurança no trabalho laboratorial e descarte de material tóxico.

O curso é direcionado para servidores docentes e técnico-administrativos da UFSC que ocupem cargos de Técnico de laboratório, Biólogo ou Engenheiro de Aqüicultura, e será ministrado pelas professoras Kieiv Resende Sousa de Moura e Eliane Maria Goldfeder, ambas da UFSC.

As fichas de inscrição podem ser retiradas nas secretarias do Centro Ciências Biológicas (CCB), Centro de Ciências da Saúde (CCS) e do Centro de Ciências Agrárias (CCA).

As inscrições devem ser realizadas até o dia 10 de dezembro, e as vagas são limitadas.

Mais informações pelo telefone (48) 3721-9690.

Por Luíza Fregapani/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Fapesc financia estudo para prevenir doença na banana

05/12/2008 16:55

Em busca de inovação tecnológica

Em busca de inovação tecnológica

Antes de registrar seis mortes em virtude das chuvas que deixaram cerca de 500 pessoas desalojadas e 300 desabrigadas, o município catarinense de Luís Alves tinha boa parte de sua população dedicada a cultivar bananeiras. Em condições normais, as árvores já sofriam com uma doença que causa o secamento parcial ou mesmo total de suas folhas. Com os alagamentos, o excesso de umidade tanto na atmosfera quanto no solo cria um ambiente propício para o fungo que provoca o mal-de-sigatoka e pode destruir os bananais.

Mas nem tudo são más notícias: a doença vem sendo monitorada por um sistema informatizado que alerta produtores e técnicos do setor quando o risco de propagação do fungo aumenta. Assim eles podem tomar medidas urgentes e evitar serem pegos de surpresa, inclusive por espécies de difícil controle, como a “sigatoka negra” que causou estragos em 2004.

Neste ano R$ 35.180,00 foram investidos no desenvolvimento do sistema pela Fapesc (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina). Os recursos provem

da Chamada Pública Ciências Agrárias, que contemplou, com um total de R$5,5 milhões, 65 pesquisadores, entre eles Márcio Sonego, da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina).

O projeto que ele coordena na Estação Experimental de Urussanga “prevê ações piloto no litoral sul de Santa Catarina e a expansão para as demais regiões produtoras”, nas suas palavras.

SC tem cerca de 30 mil hectares ocupados com bananais comerciais, cultivados em pequenas propriedades rurais no litoral norte, sul e centro. Estima-se que para 5 mil famílias rurais a comercialização de bananas seja a principal fonte de renda. Mais de 60% da produção é vendida para outros Estados e parte é exportada, atestando a boa qualidade da fruta produzida em Santa Catarina.

Ainda é possível melhorar a eficiência do controle do mal-de-sigatoka em bananais catarinenses mediante o sistema de informações espaciais, capaz de reduzir o custo de produção da banana e diminuir as pulverizações de agrotóxicos, minimizando riscos ambientais e à saúde humana.

“O agricultor pode tomar a decisão de adotar defensivos agrícolas da melhor maneira possível e aplicá-los somente quando necessário, gastando menos com mão de obra, horas-máquinas e insumos”, explica Hamilton Justino Vieira, agrônomo do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram).

A página Epagri/Ciram na Internet divulgará online o registro de dados meteorológicos e a previsão do tempo para as áreas bananeiras. “Esses dados vão ser transmitidos de hora em hora, armazenados num banco de dados e poderão ser acessados na Internet”, diz Vieira. “Mediante cadastramento, os bananicultores podem receber as informações via e-mail ou no celular, por torpedos. Se eles estiverem associados em grupos de produtores, o benefício é maior.”

Ele acrescenta: “Com este trabalho, vamos implementar mais estações agro-meteorológicas e fazer uma inovação tecnológica substancial que será uma ferramenta útil para tomada de decisão dos agricultores.” Resultados parciais do projeto foram apresentados na XVIII Reunião Internacional da Associação para a Cooperação nas Pesquisas sobre Banana no Caribe e na América Tropical, ocorrida no Equador, em novembro de 2008. No mesmo mês começou a liberação das últimas parcelas de financiamento a estudos sobre Ciências Agrárias por parte da Fapesc.

Por Heloisa Dallanhol / Programa de Jornalismo Científico da Fapesc

UFSC define atividades nos feriados do final e ano e estabelece horário especial de verão

05/12/2008 16:10

O Gabinete do Reitor está divulgando nesta sexta-feira (5/12) os atos administrativos disciplinando os horários de funcionamento da UFSC nos feriados de final de ano, bem como estabelecendo o tradicional horário de verão.

As atividades foram suspensas nos dias 24, 26 e 31 de dezembro; e no dia 2 de janeiro. O Memorando Circular 013/GR/2008, assinado pelo reitor Alvaro Prata, enviado aos dirigentes das unidades, salienta que a medida foi tomada seguindo diversas Portarias do Ministério de Planejamento e Gestão que orienta as atividades no serviço público federal nos feriados e pontos facultativos.

O horário especial de verão entrará em vigor de 22 de dezembro de 2008 a 20 de fevereiro de 2009. Neste período o funcionamento da UFSC será das 13 às 19 horas de segunda a quinta-feira; e das 7 às 13 horas na sexta-feira. A medida foi tomada através da Portaria número 1593/GR/2008, levando em conta a necessidade de racionalizar o consumo de energia elétrica, água e serviços de telefonia, bem como compatibilizar a jornada de trabalho na UFSC com os demais órgãos de serviço público.

Os documentos assinados pelo reitor estão orientando as chefias para que as horas de trabalho sejam compensadas futuramente de acordo com as necessidades de cada setor. Também exclui dos direitos à jornada especial os setores considerados essenciais para o funcionamento da Universidade.

Congresso Brasileiro de Saúde Mental: autor de lei da Reforma Psiquiátrica defende a aplicação integral do texto

05/12/2008 16:01

O professor e político mineiro Paulo Delgado defendeu, na conferência ´Reforma Psiquiátrica no Brasil`, a conclusão de um processo de mudanças no sistema de saúde mental que integre os pacientes à sociedade e acabe com os manicômios. Segundo ele, “com a reforma o paciente ficará solto e o psiquiatra ficará preso ao conhecimento daquele”. A conferência aconteceu na manhã desta quinta-feira, no auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, e fez parte da programação do I Congresso Brasileiro de Saúde Mental.

Autor da lei que instituiu a reforma no Brasil, em 2001 – embora o movimento exista desde a década de 70 -, Delgado acredita que muito ainda deve ser feito para a sua total aplicação. “A lei dá condições para o médico conhecer o paciente, mas faltam espaços para isso”, defende. Segundo ele, o usuário do sistema de saúde mental precisa ser visto como qualquer outro paciente, por isso não seria necessário o seu isolamento em manicômios.

“O SUS (Sistema Único de Saúde) seria um dos sistemas de saúde mais eficientes do mundo, se fosse aplicado na íntegra”, afirmou Paulo. O professor reiterou ainda a importância de princípios do SUS, descritos na Lei Orgânica da Saúde de 1990, como a universalidade (a saúde é um direito de todos) e a eqüidade (o acesso à saúde deve ser adequado às disparidades sociais).

“Está acabando a vida livre, está nascendo a vida de farmácia”. Para o político, as pessoas estão perdendo a autonomia e tudo é motivo para internação, mas ele alertou: “Não podemos com o tratamento acalmar a sociedade, é preciso que as pessoas também se cuidem”.

Reforma

O início do movimento da Reforma Psiquiátrica data dos anos 70. Mesmo contemporânea do “movimento sanitário”, que reivindicou mudanças na gestão da saúde no Brasil, ela possui uma história própria e se insere em um contexto internacional de mudanças pela superação de antigas práticas na saúde mental. A reforma ainda está em processo e compreende um conjunto de transformações, como a aprovação de novas leis e a mudança de postura em instituições hospitalares.

Paulo Delgado

Natural da pequena cidade de Lima Duarte, em Minas Gerais, Paulo representou o estado por 20 anos como deputado federal. Aprovou leis como a da Reforma Psiquiátrica – 10.216 de 2001 – e das Cooperativas Sociais – 9.867 de 1999. Ele é ainda um dos responsáveis pela fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980.

Por Júlio Ettore Suriano / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Alunos do Programa de Pós-Graduação em Odontologia são premiados em congresso no Rio de Janeiro

05/12/2008 15:39

Participantes do mestrado em Radiologia Odontológica na UFSC, Saulo Leonardo Sousa Melo e Anne Caroline Costa Oenning, foram premiados, respectivamente, com o 2º lugar nos trabalhos em forma de painel, e com o 3º lugar nos trabalhos de tema livre. No evento, que ocorreu entre 13 e 15 de novembro, a UFSC foi representada por três alunos do mestrado que apresentaram oito trabalhos.

Saulo apresentou o painel Aspecto radiográfico de raios de sol em um caso de lesão reativa. Integrado ao programa desde 2007, ele conta que o painel foi originado por um caso que acompanhou no mês de agosto durante trabalhos em uma clínica particular em Florianópolis. A paciente, que já concluiu o tratamento, apresentava um tumor na boca, situação bastante rara que pode ser detectada precocemente através de uma tomografia de feixe cônico.

Saulo explica que esse tipo de exame é bastante moderno e possibilitado por um equipamento que, embora seja bastante caro, é um grande aliado para o diagnóstico de lesões ósseas. “Uma máquina assim custa em torno de 500 mil reais, mas compensa. Como foi provado nesse caso, podemos detectar enfermidades desse tipo precocemente e proceder com o tratamento adequado”.

Santa Catarina foi um dos primeiros estados brasileiros a receber o tomógrafo, e em Florianópolis apenas duas máquinas fazem esse tipo de exame, em clínicas particulares. Saulo comenta ainda que equipamentos desse tipo devem demorar a chegar ao sistema público de saúde e às universidades, pois além do alto custo, sua função é muito específica, e geralmente as instituições não priorizam esse tipo de investimento.

Anne Caroline Costa Oenning também é aluna do mestrado há um ano, e participou do congresso apresentando um caso clínico de um paciente portador de uma enfermidade rara denominada Hipofosfatemia Vitamina D resistente. O caso foi trazido à UFSC por uma cirurgiã-dentista do interior do Estado e após análise dos exames no Ambulatório de Patologia Bucal do HU, o paciente recebeu tratamento completo nas dependências do Hospital Universitário.

No trabalho de Anne, apresentado em uma conferência denominada Avaliação Radiográfica e Tomográfica de um caso de hipofosfatemia vitamina D resistente, o público se mostrou bastante interessado, por se tratar de uma patologia rara. Anne explica que o tema mais abordado durante sua apresentação foi a importância da atuação do cirurgião dentista na prevenção de doenças e na manutenção da saúde geral do paciente. Seu trabalho também foi premiado com o terceiro lugar na categoria tema livre. “É uma premiação de grande importância para a UFSC por levar o nome da instituição ao maior congresso de Radiologia Odontológica do País. Além disso, dois dos seis prêmios foram entregues a mestrandos da Universidade. Isso fortalece e aumenta a credibilidade do curso diante da comunidade acadêmica nacional e outras instituições de pesquisa.”

Gabriela Bazzo / Bolsista de Jornalismo na Agecom

UFSC entrega título de Professor Emérito a quatro doutores

05/12/2008 15:21

O Conselho Universitário da UFSC concede nesta sexta-feira, dia 5, título de “Professor Emérito” aos doutores Leonor Scliar Cabral, Paulo Henrique Blasi, Berend Snoeijer e Nelson Back. A cerimônia será realizada no Auditório Guarapuvu, no Centro de Cultura e Eventos, às 20 horas. A cerimônia poderá ser acompanhada pela internet no site http://www.eventos.ufsc.br/vivo.htm.

Leonor Scliar Cabral pautou sua produção científica no estudo da lingüística, campo onde seu nome é uma referência internacional. Em sua trajetória profissional foi eleita por dois mandatos presidente da Internacional Society of Applied Psycholinguistics, instituição onde atualmente é Presidente de Honra. Também presidiu a União Brasileira de Escritores em Santa Catarina e da Associação Brasileira de Lingüística – Abralin. Possuí dezenas de livros publicados no Brasil e no exterior.

Paulo Henrique Blasi é uma referência na área de Direito Administrativo. Coordenou por vários anos o curso de Direito da UFSC, onde conquistou o reconhecimento dos acadêmicos por sua maneira marcante de conduzir os estudos e disseminar as idéias. Foi Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil da Seção de Santa Catarina, conselheiro estadual e federal da ordem e fundador do Instituto Catarinense de Direito Administrativo.. Distinguiu-se ainda como advogado e conferencista. Recebeu do município de Florianópolis o titulo de cidadão honorário.

Berend Snoeijer imprime sua competência na área da Engenharia Mecânica, atuando no âmbito de Engenharia de Materiais e metalurgia com ênfase em Instalações e Equipamentos Metalúrgicos. Possui doutorado em Maschinenbau pela Technische Universität Hannover (1973). No exercício do magistério na UFSC merece destaque, entre outras realizações, a atuação como fomentador de uma experiência bem sucedida de implantação e operacionalização do Curso Cooperativo de Engenharia de Materiais.

O engenheiro e professor Nelson Back é destaque na área de modelagem de produtos, através de estudos e pesquisas na área de Engenharia Mecânica, com ênfase na Metodologia de Projeto. Professor permanente da UFSC, atua no Núcleo de Desenvolvimento Integrado de Produtos – NeDIPM e também nas áreas de gerenciamento de projeto de desenvolvimento de produto, gestão de conhecimento e projeto de máquinas agrícolas. Acumula distinções ao longo da carreira, como a medalha.

Por Mara Cloraci/jornalista na Agecom

O grupo de teatro do Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) mostra trabalho no I Congresso de Saúde Mental da UFSC

05/12/2008 14:46

Nesta sexta-feira, dia 5 de dezembro, o grupo de teatro, cinema e terapia para usuários do Centro de Apoio Psicossocial apresentou a peça ´Ou ou o que é um louco?`, na Concha Acústica da UFSC. A peça mostra situações que ajudam a desfazer os clichês associados à oposição normalidade e loucura.

O grupo de teatro, cinema e terapia para usuários do CAPS surgiu em 1997 e criou um espaço em que as pessoas diagnosticadas com algum transtorno mental pudessem participar de maneira livre, como um grupo de amigos. O objetivo é integrar os participantes à sociedade, fazendo com que se sintam capazes de criar e interpretar atitudes que refletem suas vidas.

O CAPS é um serviço da Prefeitura Municipal de Florianópolis integrado à rede municipal de saúde e ligado ao SUS. Atende a população a partir de 18 anos, com grave sofrimento psíquico. São pessoas que passaram por internação psiquiátrica ou têm dificuldades graves de socialização. O objetivo do serviço é a reabilitação psicossocial.

O grupo produziu também a peça ´Surtos ou manual de internação involuntária`, e o documentário ´Surtos`, este último produzido com recursos do Proext Cultura 2007, uma iniciativa do Ministério da Cultura e da Petrobrás que apóia projetos culturais de universidades públicas voltados à inclusão social.

A peça ´Ou ou o que é um louco?` tem duração média de 40 minutos, porém o tempo pode variar porque o espetáculo é aberto para improvisações, o que torna cada apresentação diferente e única.

O grupo de teatro do Centro de Apoio Psicossocial ensaia todas às quintas-feiras, às 14h.

Mais informações sobre o I Congresso de Saúde Mental no site: http://www.congressodesaudemental.ufsc.br/

Mais informações sobre o grupo de teatro, cinema e terapia para usuários do CAPS pelo telefone (48) 3228-5074.

Por Luíza Fregapani / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Congresso Brasileiro de Saúde Mental promove oficina sobre trabalho pedagógico-terapêutico

05/12/2008 14:04

José Setemberg faz a sua segunda participação no Congresso Brasileiro de Saúde Mental nesta sexta-feira, 5 de dezembro, às 15h30min. O palestrante, que é usuário do sistema de saúde mental, apresentará a ‘Oficina de Sensibilização: Mosaico de experiências sobre a Tecnologia Social Encontro’. Junto com Larissa Cristina Sena Cardoso, discutirá o que é o Projeto Encontro, uma atividade de extensão da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), desenvolvido pelo Instituto Silvério de Almeida Tundis (ISAT).

As ações do Projeto Encontro começaram em 2002, no Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro, em Manaus (AM). Através do projeto, hoje é realizado um trabalho pedagógico-terapêutico com os 49 pacientes do Centro, buscando a inserção social dos usuários do sistema de saúde mental através de diversos serviços de apoio, como encontros para a formação de vínculos afetivos, debates para construção de novas propostas para a saúde e educação, oficinas para promoção de mudanças no paradigma da atenção em saúde, oficinas para estimular o processo criativo, entre outros. Atualmente, as atividades também são desenvolvidas na comunidade urbana do Bairro da Chapada, em Manaus, e na área indígena Sateré-Mawé, no município de Maués, com orientações sobre uso de álcool e outras drogas e sobre a exclusão social de pessoas com transtorno mental.

José também ministrou uma oficina no primeiro dia do evento, quarta-feira, 3 de dezembro, com o tema ‘O trabalho Cooperativo de Usuários’, onde abordou as atividades que os usuários de Centros de Atenção Psicossocial podem desempenhar na sociedade.

Além de atuar no controle social, fiscalizando os serviços de saúde, cobrando reformas dos hospitais e denunciando maus tratos, José afirma que os usuários podem colaborar de outra forma, participando do planejamento de políticas públicas, ajudando outros usuários que estão passando por experiências semelhantes às já vividas por eles, orientando as famílias dos pacientes, e também dentro das Universidades: “Nós podemos cooperar não só no controle social, mas também fazendo projetos de pesquisa e participando do planejamento das aulas dos cursos de graduação que envolvam saúde mental, como uma forma de participar da formação de profissionais melhores e mais bem preparados”. Segundo ele, os alunos precisam ter contato com os usuários, saber o que precisam e como se sentem em relação aos tratamentos. “Isso sim é um trabalho cooperativo, não podemos apenas reclamar que os psicólogos, enfermeiros e psiquiatras não nos tratam de maneira adequada”.

Ação e pesquisa

José Setemberg Ferreira Rabelo nasceu e mora em Manaus. Ele vivenciou a precariedade do sistema de atenção em saúde mental após sucessivas internações no único manicômio da cidade, o Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro. Depois de quase dez anos de internação, em 2002 teve contato com o Programa Encontro.

Hoje é terapeuta comunitário e um dos fundadores do Instituto Silvério de Almeida Tundis (ISAT). Também faz parte do grupo de pesquisa “Saúde, Interculturalidade e Inserção Social” (SIIS) e do “Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa em Enfermagem e Saúde” (NIPES), ambos da Universidade Federal do Amazonas. Neste último, junto com seus parceiros, finalizou, recentemente, uma pesquisa de ‘Análise da Saúde Mental no Estado do Amazonas’ (ASMAM), financiada pelo CNPq. Também exerce, atualmente, a função de Vice-Presidente da Comissão de Saúde Mental do Conselho Estadual de Saúde.

Há três anos Setemberg não é internado, e concorda com essa medida somente em casos realmente necessários, destacando que ela deve ser acompanhada de muitos cuidados: “O paciente precisa ser bem assistido, ter acompanhamento terapêutico individual e periódico, apoio à família, atividades de distração e medicamentos controlados”. É contra internações em que o paciente fica isolado e defende uma reforma no sistema. Ressalta, ainda, que nos manicômios a sensação é de que não se é mais cidadão: “Em muitos hospícios, o tratamento é ‘moral’, mecânico, a base de ordens e gritos, sem explicações e orientações. Não se pode escolher a comida que se quer comer, nem a roupa que se quer vestir. Não se tem liberdade e perde-se a cidadania.”, avalia José Setemberg.

Mais informações sobre o ISAT pelo telefone (92) 3584-4473 ou com José Setemberg (92) 8199-6067

Por Tifany Ródio / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Curso pré-vestibular da UFSC é instrumento de inclusão social

05/12/2008 10:56

Cursinho da UFSC já aprovou mais de 900 alunos em cinco anos

Cursinho da UFSC já aprovou mais de 900 alunos em cinco anos

O curso pré-vestibular da UFSC tem apenas cinco anos, mas já se consolidou como um projeto de inclusão social que atende a estudantes sem recursos financeiros para freqüentar cursinhos particulares de preparação para o acesso à universidade. Nesse período, já aprovou mais de 900 alunos, sendo 150 em engenharias e 200 na área de ciências humanas, alcançou um índice de 25% de aprovação em instituições públicas e mudou a vida de pessoas que, graças à universidade ou a programas de inclusão universitária, passaram a ter um novo padrão de renda familiar.

Neste domingo e segunda-feira, em função do Vestibular 2009 na UFSC, o curso realiza seu VI Aulão Solidário, no Centro de Cultura e Eventos, com mais de 900 vagas. As aulas serão das 8h às 12h e a inscrição se dá por meio do site http://www.cursinho.ufsc.br, mas o aluno deverá levar R$ 3,00 por cada dia do aulão e um quilo de alimento, a serem encaminhados às vítimas das enchentes em Santa Catarina. Haverá a participação de 25 professores, que vão abordar questões referentes às disciplinas de matemática, física, química, biologia, geografia, história, gramática, literatura, inglês e espanhol. Além dos alunos do cursinho, são esperados muitos estudantes da rede pública de ensino que vão participar do Vestibular 2009 da Universidade Federal.

Criado em 2003, o pré-vestibular da UFSC nasceu com o objetivo de beneficiar um público que tem dificuldades para entrar em universidades públicas, privadas e programas de inclusão universitária, como o Prouni. A própria resolução que implantou o curso previa a ampliação anual da quantidade de vagas, o que vem sendo seguido à risca. O número de alunos matriculados subiu de 120 para 700, devendo bater em mais de 1.000 no ano de 2009. Uma prova de sua eficiência e qualidade está no fato de que, em 2007, 125 dos 485 matriculados conseguiram aprovação na UFSC, 15 passaram na Udesc, 120 entraram em universidades privadas e 70 foram aprovados na Cefet/SC. Isso significa que 68% tiveram sucesso nos concursos de que participaram.

O coordenador do curso pré-vestibular, Otávio Augusto Auler Rodrigues, informa que foi ali que surgiu a política de ações afirmativas da Universidade, hoje solidificada na instituição. Na seleção, a coordenação leva em conta se o aluno vem de escola pública e tem carência sócio-econômica, utilizando o mesmo sistema que rege a isenção para o vestibular a pessoas com dificuldades para arcar com o pagamento da taxa de inscrição. A maioria dos matriculados é da Capital e municípios próximos, mas no dia 10 deste mês será inaugurado o cursinho de Curitibanos, no meio-oeste do Estado, onde em 2009 a UFSC fará o primeiro vestibular no campus em construção.

Além das atividades presenciais, o curso mantém a modalidade a distância, com aulas transmitidas para dois pólos em Florianópolis: a Associação de Moradores de Canasvieiras e a comunidade do Morro da Caixa (Fundação Casan, no continente), somando 40 alunos. São aulas em tempo real, ministradas de segunda a sexta-feira, das 18h30 às 22h, com uso de telão multimídia e caixas de som. Para 2009 estão previstas uma parceria com a Secretaria de Estado da Educação e a expansão do cursinho para as cidades de Camboriú, Joaçaba, Jaraguá do Sul, São José e Palhoça. Utilizando auditórios de escolas estaduais, o pré-vestibular da UFSC pode dobrar assim, em pouco tempo, o número de alunos beneficiados.

“O Ministério da Educação considera, em seus relatórios, que a UFSC mantém o pré-vestibular social que mais aprova no Brasil”, diz Otávio Rodrigues. A aprovação de 25% dos candidatos não fica muito a dever aos cursinhos privados, cujo índice é de 35% no caso do vestibular da Universidade Federal. O coordenador cita como diferenciais do curso a experiência dos professores com o vestibular, o fato de dispor de material didático próprio e a possibilidade de oferecer os mesmos recursos disponibilizados pelos congêneres privados. Além disso, há o empréstimo de livros exigidos no vestibular, aulas de aprofundamento aos sábados e simulados com questões discursivas. “A grande diferença do curso é a gratuidade, aliada ao fato de ocorrer na UFSC, o que, para o aluno, já faz uma grande diferença”, ressalta Rodrigues.

Mais informações podem ser obtidas no site www.prevestibular.ufsc.br e nos fones (48) 3721-8319 e 8834-0706 (celular do coordenador).

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

NETI forma primeira turma de leitura e escrita para adultos

05/12/2008 09:48

NETI: fazendo amizades

NETI: fazendo amizades

O Núcleo de Estudos da Terceira Idade da UFSC (NETI) forma, no dia 9 de dezembro, às 17h, no Templo Ecumênico, a sua primeira turma do curso de ´Leitura e Escrita para adultos`. Segundo a professora Ângela Maria Alvarez, que coordena o Núcleo, a finalidade é possibilitar a aprendizagem de idosos e adultos por meio de uma perspectiva pedagógica que considera a participação dos adultos e idosos.

O grupo de docentes é assessorado pelas professoras do Centro de Educação Maria Hermínia Laffin, do Departamento de Metodologia de Ensino da UFSC, e Leyli Abdala, servidora do Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI). Os alunos são estimulados a estudar outros conteúdos, ampliando, assim, seus conhecimentos. O primeiro grupo de formandos é composto de 45 alunos em quatro turmas. Uma delas funciona no Conselho Comunitário do Rio Tavares. As aulas são ministradas por monitores do núcleo apoiadas por bolsistas do

curso de Pedagogia e conta com o apoio da Fepese.

Ângela salienta que a metodologia aplicada vem atraindo estudantes de várias regiões da Ilha. Nair de Pádua Fiúza, moradora dos Ingleses, por exemplo, diz que veio participar do curso “para melhorar minha vida e a saúde”. Nair adiantou que conseguiu fazer amizades, passou a conhecer coisas que não sabia e teve contato com professores atenciosos.

Já João Afonso da Rocha, pescador aposentado, disse que estudou somente até a terceira série do primário, pois para ser pescador não precisava muita escola. No entanto, Rocha sentiu a necessidade de estudar, uma vez que tem viajado com grupos de terceira idade com outra cultura. “Aqui fiz amigos, adquiri conhecimento e não pretendo parar”, completou. Francisca do Nascimento é natural de São João Batista e mudou-se para Vargem Grande, em função da morte do marido. Sofrendo de profunda depressão, buscou no NETI alguma atividade para preencher o tempo. Assim aproveitou o curso para alfabetizar-se, pois não teve oportunidade de estudar muito na infância. Ela, que vai fazer o curso de monitor do Núcleo, se diz agradecida

pela acolhida que teve.

Margarida Luíza V. Nascimento mora na Trindade, mas veio de Três Riachos. “Meu pai me tirou da escola para trabalhar na roça. Depois casei e só agora com os filhos grandes tive condições de voltar aos estudos. Tentei aprender em outros cursos de alfabetização de adultos, mas não consegui escrever nas apostilas”. Margarida está liderando um grupo para que a universidade abra curso de primeiro e segundo grau para adultos. “Há muita gente na minha condição que não está podendo estudar nos cursos oferecidos pelo governo, mas que pretende tirar o segundo grau”.

Por José Antônio de Souza/jornalista na Agecom

Foto:Jones João Bastos

Livro publicado pela UFSC “organiza a casa” na construção civil

05/12/2008 09:24

Engenheiros, gestores, técnicos, profissionais em segurança e saúde do trabalhador e outros profissionais ligados à indústria da construção têm agora à disposição a segunda edição revista e ampliada do livro Aplicando 5S na construção civil – Senso de Utilidade, Organização, Limpeza, Segurança, Autodisciplina, de Edinaldo Favareto Gonzalez, publicado pela Editora da UFSC – EdUFSC.

O 5S, concebido originalmente no Japão, tem como principal função “organizar a casa”. Segundo Favareto, que nasceu na paranaense Maringá, é formado pela UEM e mestre pela UFSC, onde cursou Engenharia de Segurança do Trabalho, a facilidade de implantação, aliada a um retorno imediato, faz com que o programa seja uma ferramenta bastante difundida em escritórios, fábricas, estabelecimentos comerciais, locais públicos, bem como em canteiro de obras, mantendo sempre a idéia dos 5 sensos, com objetivo de deixar o ambiente livre de materiais inúteis, organizado, limpo e seguro.

A obra mostra, passo a passo, a implantação do Programa 5S e como realizar sua manutenção. Exibe as vantagens para as empresas que fazem a opção pelo sistema. No que se refere à prevenção de acidentes de trabalho, apresenta o melhor perfil para o coordenador do programa, ferramentas de qualidade que podem auxiliar na implantação e dicas gerais. “Trata-se de uma ferramenta importante para organizar e gerenciar melhor o canteiro de obras”, diz o autor.

Favareto, segundo o pesquisador e Chefe de Serviço Técnico da Fundacentro de Santa Catarina, Artur Carlos da Silva Moreira, propõe uma metodologia simples, de aplicação comprovadamente efetiva e de fácil adaptação a outras empresas e regiões.

Aplicando 5S na construção civil (edição revista e ampliada)

Edinaldo Favareto Gonzalez

EdUFSC; R$ 14,00, 74 págs.

Fones do autor: 48 – 3225-3382; 8404-4510; e-mail: edinaldofg@yahoo.com.br

Reflexos e caminhos do mundo do trabalho diante das novas tecnologias

05/12/2008 09:13

Da Chave de Fenda ao Laptop – Tecnologia Digital e Novas Qualificações: Desafios à Educação, mostra que é possível instaurar processos de formação humana que concorram para a superação da forma capital de relações sociais. Este é o sexto livro do professor Lucídio Bianchetti e integra a Coleção Dimensões do Trabalho da Rede Inter-Universitária de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho (Unitrabalho), sendo publicado em co-edição com a Editora da UFSC (EdUFSC) e Editora Vozes. A segunda edição, revista e atualizada, vai ser lançada na próxima quarta-feira, dia 10, às 19h30min, na Barca dos Livros, Lagoa da Conceição, rua Senador Ivo d´Aquino.

“As novas tecnologias que agregam à matéria, além de energia e massa, informação, e trazem uma mudança qualitativa fundamental nas possibilidades de dilatar o tempo livre e os processos de formação humana, desgraçadamente continuam subordinadas à forma capital de relações sociais”, diz o professor Gaudêncio Frigotto, da Universidade Federal Fluminense.

No livro, Bianchetti constata que há duas verdadeiras barreiras dificultando que todos os países e todas as pessoas tenham acesso, possam desfrutar dos benefícios que as novas tecnologias da inteligência já criadas poderiam disponibilizar. As primeiras referem-se à nova divisão internacional do trabalho em que, devido a investimentos e outros fatores, há países que produzem tecnologia e outros que são “incluídos” no mundo globalizado, na condição de consumidores.

Por outro lado existe um baixo nível de instrução e de educação no conjunto da população causado pela necessidade da luta renhida pela subsistência e pelo pouco investimento público em educação, fatores que dificultam a absorção e utilização de novas tecnologias. “Esse conjunto de fatores nos permite entender o atraso, o subdesenvolvimento, a inserção tardia e dependente do Brasil no cenário mundial, resultando na exclusão individual e coletiva. A existência de ilhas de excelência e de automação, evidenciam muito mais as carências do conjunto da população do que as virtudes de indivíduos ou grupos”.

No entanto, Bianchetti reconhece que negar hoje essas tecnologias seria o equivalente a negar a história. “Aos pesquisadores cabe a constatação de que a resistência existe, seja pela dificuldade de as pessoas trabalharem a adesão, a passagem de uma tecnologia(analógica) à outra (digital), seja pela forma como estão sendo compulsoriamente levadas a encarar a mudança num curtíssimo espaço de tempo.

Lucídio explica que, através do livro, desenvolve um relato e uma análise do processo e dos resultados das transformações tecnológicas, organizacionais e gerenciais de uma empresa de telecomunicações. A determinação de, num curto espaço de tempo, os trabalhadores terem que se adaptar aos novos e crescentes desafios da reestruturação produtiva, nos seus aspectos tecnológicos e organizacionais, fornecem, segundo o autor, um excelente mirante para compreender as batalhas a serem enfrentadas por pessoas, grupos, instituições, países e até blocos para ingressar ou se manter no conjunto dos incluídos.

Em síntese, o pesquisador da UFSC empreende uma profunda análise “das novas tecnologias de informação e comunicação e seu papel estratégico no redimensionamento das categorias de espaço e tempo”. Ele focaliza, neste sentido, “as relações entre informação e conhecimento, alertando para a facilidade com que são apreendidas como equivalentes”, criticando, finalmente, o “conceito de sociedade do conhecimento”, vulgarizado nos dias de hoje.

O que mais chama a atenção do autor “é a que a tendência delineada para o futuro, a médio prazo, não é a transformação de especialistas em generalistas, mas sim a supressão dessas duas categorias, dando lugar a uma outra categoria de especialistas:’a dos especialistas em informática, uma vez que tudo será feito a partir de softwares”.

Bianchetti, que pesquisou durantes anos os novos reflexos das novas tecnologias, sobretudo na área das telecomunicações, a nova realidade exige uma mudança radical no mundo do trabalho: “Desde o trabalhador Centralizado até aquele que fica na mais remota ponta da operadora, ambos deverão ter, como pré-requisito, o domínio de informática”. Ou seja, repetindo palavras de um analista de sistemas por ele entrevistado, “não há mais telecomunicações sem informática”.

O livro é um exaustivo estudo sobre as mudanças das novas tecnologias nos processos de formação humana. Professor e pesquisador do Centro de Ciências da Educação da UFSC, onde coordena o Programa de Pós-Graduação em Educação, Lucídio constrói uma ponte da pedagogia com as ciências tecnológicas. Aponta, principalmente, as implicações da informática na vida do trabalhador. O desafio, segundo o educador, não é combater a tecnologia, mas sim, instaurar processos que superem os estragos da máquina sobre a humanidade. Para fazer tal análise, teoriza também sobre a humanidade. Para fazer tal análise, teoriza também sobre as relações entre informação e conhecimento.

Da chave de fenda ao laptop já começou a despertar atenção nacional, fazendo sucesso, por exemplo por exemplo, no 25º Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpoc), em Caxambu do Sul (MG). O seu conteúdo também foi apresentado pelo autor em setembro, em Londres, durante a Conferências Mundial sobre Trabalho, Emprego e Novas Tecnologias. Suas obras têm tido excelente aceitação do público. A Unitrabalho, considerando a expectativa criada e a qualidade da obra, espera realizar a segunda edição já em maio de 2002.

Lucídio, doutor em História e Filosofia da Educação, é professor adjunto no Centro de Ciências da Educação da UFSC. Gaúcho de Passo Fundo, além de dezenas de artigos publicados em revistas e coletâneas, é autor, co-autor, organizador e co-organizador de vários livros, os quais destacam-se Angústia no vestibular; Trama & Texto. Leitura Crítica. Escrita Criativa, volumes I e II; Interdisciplinaridade. Para além da filosofia do sujeito (5ª edição); e Um olhar sobre a diferença. Interação, trabalho e cidadania (4ª edição). O auge da produção, Lucídio já encaminhou os originais de um novo livro à EdUFSC.

OUTRAS PALAVRAS

“Creio que o seu trabalho se constitui numa importante contribuição para a nossa reflexão coletiva, que mistura tantas áreas, desafia a muitos e assusta alguns, mais especialmente nós mesmos, os “educadores” (Nelson Pretto, diretor da Faculdade de Educação da UFBA, na contracapa do livro).

“É um livro que se soma à recente literatura nacional e internacional sobre a temática das transformações no campo do trabalho e os desafios que estão sendo postos à educação” (Professor Celso João Ferretti, da PUC/SP e FCC/SP).

“Na área de informática e telecomunicações o tempo ruge” (Frase de um engenheiro da empresa pesquisada).

“É difícil deixar de concluir que não dá para chamar alguém de qualificado, tendo ele como suporte desta qualificação um monitoramento à distância. Certamente é um eufemismo afirmar que este generalista preconizado é alguém qualificado” (Lucídio Bianchetti, em Da chave de fenda ao laptop).

Três denúncias

Em Da chave de fenda ao laptop, Lucídio Bianchetti expõe três pensamentos em tom de denúncia:

“A estratégia ativa dos empresários, com a anuência dos governantes, tem sido a de continuar enquadrando a escola e de exigir dela aquilo que afirmam ser a sua função no novo contexto produtivo e organizacional deste início de século: formar o trabalhador com a qualificação de transferibilidade, de adaptabilidade às mudanças estratégicas racionalizadoras desencadeadas pelas novas formas de acumulação do capital”.

“O uso mercantil da informação, ou indo mais direto, a sua transformação em mercadoria, redimensiona toda a relação com o estoque de informações, com o possuidor – tanto humano como mecânico – e com os meios, provocando e conformando transformações no processo de produção e circulação. Podemos afirmar que a informação apresenta a dupla face de constituir-se como esfera produtora de mercadorias, mas também de entrar na esfera da circulação, ela própria, enquanto mercadoria”.

Por fim cabe realçar que, com o potencial disponibilizado pelas novas tecnologias de informação e comunicação, tanto as instituições formais de ensino quanto os trabalhadores deverão estar alerta às atividades e funções de intermediação. Todas as atividades e funções que são passíveis de terem os seus conhecimentos e procedimentos objetivados nos softwares já estão ou serão submetidas ao processo de “desintermediação”, cujo resultado prático é a eliminação de postos de trabalho”.

Segue entrevista com o autor:

Como um pedagogo conseguiu entender tanto de tecnologia? Como a

educação chegou tão perto das chamadas ciências exatas? Como foi, enfim, possível esta ponte humanizadora?

A tua questão faz muito sentido, especialmente se levarmos em conta as relações que predominaram entre as ciências e os campos do conhecimento no decorrer da história e particularmente no período de supremacia do paradigma taylorista-fordista, materializando-se nas primeira e Segunda revoluções industriais. Isto em termos de mundo da produção. Se falarmos do mundo do conhecimento, do mundo acadêmico, o paradigma em supremacia é o do positivismo funcionalista. Ambos se complementam, fecham.

Nesse período da história partiu-se para a exacerbação do especialismo e da fragmentação do processo de trabalho e dos campos do conhecimento. Priorizou-se a parte em detrimento do todo. As relações entre o mundo do trabalho e da educação mantinham uma estreita aproximação, embora não num patamar de igualdade de influências. Pode-se falar de dependência, de funcionamento a reboque do campo da educação ao mundo do trabalho. No livro O que é Taylorismo, Luzia M. Rago e Eduardo Moreira afirmam que “embora originariamente a organização ´científica´ do trabalho tivesse se limitado à esfera da produção e visasse incidir especificamente sobre a classe operária, paulatinamente o taylorismo invade outros espaços do social, penetrando nos mais ocultos recantos…” (p.96).

Dentre estes “recantos” podemos destacar enfaticamente a universidade, onde os campos de conhecimento e no próprio interior destes, caminhou-se para uma especialização, uma fragmentação sem precedentes na história. Uma das decorrências dessa superespecialização, foi a perda da visão de totalidade, de conjunto.

E assim, cada esfera – no caso da esfera da produção e da educação – passava a preocupar-se com seu pequeno feudo, parecendo nada ter a ver uma com a outra. E caminhou-se tanto para a escavação de poços lado a lado até que alguns autores como é o caso de George Gusdorf, Jean Piaget, Cristóvam Buarque, Hilton Japiassú e Enio Candiotti, no âmbito da academia, passaram a reivindicar a necessidade de, além da abertura de poços, ser necessário escavar galerias; passaram a falar na necessidade de uma visão interdisciplinar, para conseguir dar conta da complexidade que caracteriza o estágio científico e tecnológico da nossa época. Em outras palavras: nenhuma ciência, nenhuma disciplina, sozinhas, seriam capazes de dar conta de explicar qualquer fenômeno.

De outra parte assessores e gurus dos industriais e empresários em geral, com destaque para Peter Drucker, Peter Senge, Alvin Toffler, só para ficar nos mais ilustres, passaram a ´pregar´ que o período da história na qual do trabalhador se exigia apenas a execução de uma parcela de uma tarefa, estava ficando para trás. Era necessário pensar na formação de um trabalhador que fosse capaz de planejar, executar e avaliar. É óbvio que aqui não estou entrando na análise do que está determinando isto, pois o espaço é pouco para falar do quanto está em pauta a manutenção do modo de produção capitalista nesta jogada. É como diz David Harvey, no livro A condição pós-moderna: esta é uma mudança na aparência! No essencial, o modo de produção capitalista continua com sua lógica inalterada em termos de ser exploratório e excludente.

E assim, o tempo da especialização, da fragmentação, tanto no interior da academia quanto no interior da empresa, passaram a ser questionados na raiz. E tudo isto representou um grande desafio – e ainda representa – seja para a academia, seja para os donos das empresas e principalmente para os estudantes e trabalhadores. Ocorre que não se muda um paradigma, uma cultura profundamente arraigada, predominante por mais de um século, de uma hora para a outra. Nestas tentativas alguns sobrevivem e muitos são excluídos seja do mercado de trabalho, seja da academia e, no final, do próprio aproveitamento de tudo aquilo de bom que a humanidade no seu conjunto pode produzir. Continuamos a conviver com o descalabro representado pela produção coletiva apropriada e aproveitada por uma pequena minoria.

Ora, dar-se conta desta manifestação história no mundo da educação e da produção, não é algo que decorra de inspiração ou transplante. É necessário esforço, pesquisa, decisão e uma postura de tentar ser coetâneo ao tempo em que se está vivendo. Procurei fazer este esforço e no princípio da década de 90 do século passado, quando optei por fazer o meu doutorado, decidi que não o faria postando-me e olhando o mundo do interior da escola. Meio intuitivamente percebia um descompasso cada vez maior entre o mundo da educação e o mundo da produção. E o contencioso estava instaurado: os educadores acusavam os empresários de só se preocuparem com lucros; estes acusavam aqueles de estarem complemente desconectados do mundo no qual viviam. E assim cada um encastelado no seu posto acusava o outro. O resultado era: estudantes que se formavam com uma formação defasada e trabalhadores que ou eram despedidos ou sequer conseguiam empregos.

Durante anos desenrolou-se um diálogo de surdos, cada segmento com acusações pesadas ao outro e todos perdendo.Tendo isto presente é que procurei buscar espaço para desenvolver minha pesquisa de doutorado. Meu orientador deu-me integral apoio. Minha opção foi pelo setor de telecomunicações por intuir que ali estaria a possibilidade de encontrar o que havia de mais avançado e especialmente por localizar aí na junção entre o computador e o telefone a representação das agregações e potencializações das novas tecnologias, em progresso cada vez mais acelerado. Tinha presente a lição do velho K. Marx quando afirmava que se alguém quiser entender o mais atrasado deve pesquisar o mais adiantado. Por isso, dizia ele, fui pesquisar em Londres, pois esta me proporcionava a torre mais alta e privilegiada para observar o modo de produção capitalista. A TELESC, e particularmente o Centro de Gerência Integrada de Redes (CGIR) foi visualizada por mim como a minha Londres.

Evidentemente aí havia ainda obstáculos de não pouca monta para superar: ser liberado pela minha universidade para pesquisar numa empresa e ser aceito pela empresa para lá desenvolver meus estudos doutorais. Foi assim que se concretizou aquele famoso diálogo com os meus colegas de departamento e com o Gerente do CGIR. Ao comunicar meus colegas de academia que iria pesquisar numa empresa perguntaram-me: “O que é que você vai fazer lá?” E o gerente do CGIR, ao saber da minha formação perguntou-me: “Mas o que é que um Pedagogo vem fazer aqui?”.

É muito interessante pois não se passaram ainda oito anos deste diálogo e no entanto, acredito, que hoje a ninguém – nem na academia nem na empresa – ocorreria levantar novamente esta questão. Não que as relações entre ambas estejam fluídas e que da parte de todos haja a compreensão de que o muito que fizermos nessa direção, ainda será pouquíssimo para ajudar os atuais estudantes e trabalhadores a garantirem a sua entrada e permanência no chamado mercado de trabalho. Mas com certeza hoje há uma maior e mais abrangente compreensão de que há a necessidade de o mundo da produção e o mundo da educação se aproximarem mais, fertilizarem-se mutuamente, sem que um seja colocado a reboque do outro. É preciso, é imprescindível que se preserve a autonomia, que cada um faça a sua parte, mas com certeza isto não será conseguido se cada um virar as costas para o outro, continuando a cuidar do seu feudo ou a cavar o seu poço. O que é preciso entender é que a tecnologia não é um mal em si: tudo está na dependência dos interesses de quem a utiliza e de quem se apropria dos resultados da sua aplicação. Aqui não há espaço para neutralidade.

Com certeza a questão levantada por Sílvia Velho, no livro Universidade-empresa. Desvelando mitos, onde a autora pergunta: “Empresários e pesquisadores: desconhecidos ou inimigos ontem, hoje parceiros”? continua repercutindo, pois ainda há muitos entreves para serem superados na direção dos benefícios coletivos que advém da produção coletiva.

Quanto a parte da tua questão que se refere ao como um pedagogo pode vir a entender de tecnologia, no que me diz respeito só há uma resposta: pesquisa, pesquisa, pesquisa (lendo, observando e entrevistando!).

O que significa o trabalhador passar da tecnologia analógica à digital?. As novas tecnologias causaram desemprego? Por quê? Como enfrentar a tragédia?

Esta é uma questão muito interessante. Na sua resposta reside o desafio central a ser enfrentado por trabalhadores, empresários, estudantes, professores e governantes nos dias de hoje, pois da compreensão e da adesão – de forma não acrítica! – a este novo paradigma está a possibilidade de ser um excluído ou integrado digital ou de ser um analfabeto ou alfabetizado científico.

Atuar com ou em tecnologia analógica supõe que o trabalhador ou estudante ou quem quer que seja, utilize os sentidos (visão, tato, olfato…) como mediação para executar uma tarefa ou função. O trabalhador faz um trabalho sobre o concreto, utilizando os seus sentidos. Em telecomunicações por exemplo, ao concertar um equipamento o trabalhador segue circuitos para verificar onde se localiza o defeito. Ele abre o equipamento, verifica, testa, recoloca em funcionamento e este pode se dar num intervalo de 0 a 100 ou, em outras palavras, funcionar precariamente até o bom funcionamento. Os equipamentos geralmente são grandes são passíves de serem desmontados para verificação nas suas partes constitutivas.

A aprendizagem, a qualificação, para trabalhar com tecnologia analógica depende de muito treinamento, de longa prática e permanência num setor. A aprendizagem vem com o tempo e com a experiência.

O paradigma digital (onde as mensagens, sons, números… são transformados em DÍGITOS – 0 e 1; tem ou não tem; funciona ou não funciona) é complemente diferente. O que passa-se a exigir do trabalhador é a capacidade de abstração, pois os novos equipamentos são cada vez menores e montados em blocos, impossibilitando ou dificultando a sua abertura par a observação interna. A ação no equipamento pode ser dada a distância, virtualmente, através de um lap top. O telework torna-se possível. A maior parte dos consertos se dão por simulação. É neste contexto que ganha sentido a afirmação de Arthur Clarke, aquele do “2001, uma odisséia no espaço”, quando afirma que estamos vivendo uma época que se caracteriza pela “ implosão do tamanho e pela explosão da complexidade”.

A experiência e a permanência num posto de trabalho perdem a importância, uma vez que as mudanças são freqüentes. Se na analógica seguia-se linearmente circuitos, aqui a metáfora é a rede, a complexidade e não é mais possível depender de muito tempo para aprender. Por isso é possível despedir pessoas, trocar sem grandes prejuízos. A principal qualificação que se exige é a pessoa estar aberta para o novo, ter capacidade de abstração…

A grande dificuldade que vejo nisto tudo não é o fato de ter surgido uma nova tecnologia, mas sim o fato de isto estar acontecendo num curto espaço de tempo, impedindo ou dificultando que as pessoas façam o exercício da perda do velho e da necessária adesão ao novo. Os autores são unânimes em afirmar que estamos vivendo um tempo que experimenta um violento redimensionamento das categorias de espaço e tempo. O aqui-agora tornou-se o right now, o on line e nem todos estão preparados para enfrentar isto. Eric Hobsbawm, aquele do livro “A era dos extremos. O curto século XX”, afirma que a nossa época se caracteriza por mudanças tão rápidas que “ o mapa e o território já não coincidem”. Isto é, quando terminamos de desenhar o mapa, o território já não é mais o mesmo.

Por entrevistas, por experiências e por observações, posso afirmar que a solução para muitas pessoas em termos de deixar uma tecnologia e aderir a outra vai acontecer por ´decurso de aposentadoria´. Isto é, há pessoas que simplesmente não estão conseguindo assimilar esta nova forma de produzir a existência e o conhecimento, dadas a sua experiência, a sua formação em outra tecnologia, em outra época. E tudo isto causa muito sofrimento. Não é por nada que pululam livros sobre o stress e as doenças do trabalho e por outro lado, livros sobre motivação…

Por fim é preciso reafirmar que o problema não é tecnológico. O velho Marx já criticava os ludditas, aqueles que destruíam equipamentos que o problema não era o equipamento, mas sim a relação exploratória que fazia com que uns se apropriassem do esforço e dos furtos do trabalho dos outros. A tecnologia deveria ou poderia ser redentora, liberando as pessoas do trabalho sujo, degradante, desde que a relação fosse outra. É da essência do capitalismo explorar. Então quando se faz uma questão sobre tecnologia, é preciso que se situe época, lugar, quem se beneficia e quem é excluído. E isto tanto faz se é analógico ou digital… Que se reforce então que o problema do desemprego não é da tecnologia, mas sim da relação predominante que coloca o lucro acima das necessidades de TODOS os homens e mulheres. Hoje há tecnologia disponível para a inclusão de TODOS. Isto não está ocorrendo por questões outras e não pela tecnologia.

Informações e entrevistas com Lucídio Bianchetti:

Fones 48 – 3721-9245, 3333- 1024 e 9107-5959; e-mail: lucidio@brasilnet.net

Outras informações com o coordenador da Coleção Dimensões do Trabalho, professor Antonio David Catanani, da Unitrabalho, e organizador do livro sobre o Fórum Mundial realizado em Porto Alegre: 51 – 9954-1425; 331-14076; 331-17552. E-mail: adcattani@uol.com.br

Da chave de fenda ao laptop – Tecnologia digital e novas qualificações: desafios à educação

Lucídio Bianchetti

Editora da UFSC, Editora Vozes e Unitrabalho, 2001

256 págs.; R$ 26,00

Por Moacir Loth/jornalista na Agecom

Encontro de capoeira na UFSC reúne crianças e adolescentes de projetos sociais

04/12/2008 12:33

O I Encontro Infantil de Capoeira será realizado no dia 5 de dezembro, das 9 às 17 horas, na Reitoria da UFSC e na Praça da Cidadania, em frente à Reitoria. O encontro reunirá cerca de 300 crianças da Grande Florianópolis que são vinculadas a algum projeto social.

Capoeira: saberes e experiências A programação acontecerá durante o dia inteiro, com danças infantis de hip hop, chorinho, jongo, rodas de capoeira e apresentação do bloco Africatarina, da Armação. Criado em 2004, o bloco é formado por crianças e adolescentes alunos de programas no Sul da Ilha, além de pais, professores e membros da comunidade.

O encerramento do encontro será marcado por um show de chorinho com o músico Wagner Segura e uma palestra sobre a história da música popular de Florianópolis com João Ponte, Presidente do Clube de Choro de Florianópolis.

O objetivo do evento é a troca de saberes e experiências entre educadores e educandos de projetos sociais de Florianópolis que desenvolvem atividades relacionadas a capoeira, música, dança, cinema e promovem palestras arte-educativas.

O encontro é realizado pelo Novo Horizonte Circularte, um projeto social que oferece aulas de teatro e capoeira a crianças e adolescentes carentes. Esse projeto é fruto de uma parceria entre o grupo de arte-educadores ‘Movimento Circularte’ e a ‘Sociedade Recreativa Esportiva e Cultural Novo Horizonte’.

O Novo Horizonte Circularte foi uma das instituições selecionadas no Edital Capoeira Viva, idealizado pelo Ministério da Cultura e promovido pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), com patrocínio da Petrobras.

Através desse edital, pessoas físicas, associações, fundações e outras instituições sem fins lucrativos que desenvolvam trabalhos de incentivo à capoeira recebem recursos financeiros para realizarem as atividades. Em 2008, um total de R$1,2 milhão foi dividido entre os 122 programas selecionados.

Mais informações com Camila Aschermann pelo telefone (48) 8404 7625 ou e-mail ping7pong@hotmail.com

Programação

9h: Abertura

9h20min: Intervenção – Caras e Bocas

9h30min: Contando a história da capoeira

10h: Maculelê ecológico

10h30min: Exposição mestres de capoeira

11h: Oficinas de capoeira

12h: Almoço

13h: Hip hop

13h30min: Puxada de rede

14h: Agora a capoeira é patrimônio cultural

14h30min: Oficinas de capoeira

15h30min: Grupo Africatarina

16h: Lanche

16h30min: Encerramento com roda de capoeira

17h: Florianópolis conta a historia do choro e Chorinho com Wagner Segura

Saiba mais:

Bloco Africatarina

Criado em 2004, o bloco é formado por uma bateria de 70 crianças e adolescentes; pela ala da comunidade com 300 foliões entre pais, professores das escolas parceiras e simpatizantes das ações sociais do grupo; pela harmonia, composta por 12 membros e colaboradores do grupo Africatarina; e pela ala das Ritinhas, com 8 crianças pequenas no abre-alas. O bloco foi idealizado com a meta de mostrar na arena carnavalesca os resultados dos cursos anuais oferecidos pelos projetos do Grupo Africatarina de Arte e Arte-Educação, que desenvolve atividades no Sul de Florianópolis.

Wagner Segura

Wagner Segura é músico, arranjador e compositor e participa ativamente da divulgação do chorinho em Florianópolis. Já integrou os conjuntos de choro “Vibrações” e “Nosso Choro” e gravou um CD solo independente chamado “Um Toque Seguro”.

Toca diversos instrumentos como violão, bandolim e cavaquinho. Produziu discos de todos os sambas-enredo da Embaixada Copa Lord, fez a trilha sonora dos filmes sobre Victor Meireles e Cruz e Souza e participou como músico e arranjador da gravação de discos de cantores como Zininho, Neide Mariarrosa, Jorge Coelho, Maria Helena, Brasil e Argentina (Deuri e convidados); Vida e Sonhos (Deuri), Anita Hoepcke, Paulinho Vidal, Bom Partido, Bar Fala Mané, Ed Júnior, Acordioníssimo (Irene Pavoni), Jorge Gibbon, Januário, Elias Marujo e outros.

Por Tifany Ródio/bolsista de Jornalismo na Agecom

Foto:Divulgação

UFSC entrega título de Professor Emérito a quatro doutores

04/12/2008 10:42

O Conselho Universitário da UFSC concede amanhã, dia 5, título de “Professor Emérito” aos doutores Leonor Scliar Cabral, Paulo Henrique Blasi, Berend Snoeijer e Nelson Back. A cerimônia será realizada no Auditório Guarapuvu, no Centro de Cultura e Eventos, às 20 horas.

Leonor Scliar Cabral pautou sua produção científica no estudo da lingüística, campo onde seu nome é uma referência internacional. Em sua trajetória profissional foi eleita por dois mandatos presidente da Internacional Society of Applied Psycholinguistics, instituição onde atualmente é Presidente de Honra. Também presidiu a União Brasileira de Escritores em Santa Catarina e da Associação Brasileira de Lingüística – Abralin. Possuí dezenas de livros publicados no Brasil e no exterior.

Paulo Henrique Blasi é uma referência na área de Direito Administrativo. Coordenou por vários anos o curso de Direito da UFSC, onde conquistou o reconhecimento dos acadêmicos por sua maneira marcante de conduzir os estudos e disseminar as idéias. Foi Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil da Seção de Santa Catarina, conselheiro estadual e federal da ordem e fundador do Instituto Catarinense de Direito Administrativo.. Distinguiu-se ainda como advogado e conferencista. Recebeu do município de Florianópolis o titulo de cidadão honorário.

Berend Snoeijer imprime sua competência na área da Engenharia Mecânica, atuando no âmbito de Engenharia de Materiais e metalurgia com ênfase em Instalações e Equipamentos Metalúrgicos. Possui doutorado em Maschinenbau pela Technische Universität Hannover (1973). No exercício do magistério na UFSC merece destaque, entre outras realizações, a atuação como fomentador de uma experiência bem sucedida de implantação e operacionalização do Curso Cooperativo de Engenharia de Materiais.

O engenheiro e professor Nelson Back é destaque na área de modelagem de produtos, através de estudos e pesquisas na área de Engenharia Mecânica, com ênfase na Metodologia de Projeto. Professor permanente da UFSC, atua no Núcleo de Desenvolvimento Integrado de Produtos – NeDIPM e também nas áreas de gerenciamento de projeto de desenvolvimento de produto, gestão de conhecimento e projeto de máquinas agrícolas. Acumula distinções ao longo da carreira, como a medalha.

Por Mara Cloraci/jornalista na Agecom

Moacyr Scliar fala na UFSC sobre as obras que marcaram a saúde mental ao longo da história

04/12/2008 09:34

O escritor, historiador, psiquiatra e autor de vários romances com as temáticas saúde e saúde mental, Moacyr Scliar, estará nesta sexta-feira, 5/12, no I Congresso Brasileiro de Saúde Mental. Ele ministra a palestra ´Abordagem Histórico-Literária em Saúde Mental: as obras que marcaram a saúde mental ao longo da história`, a partir de 14, no auditório Garapuvu. O congresso está sendo realizado desde quarta-feira, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC. A palestra é dirigida somente aos participantes do congresso.

Formado em 1963 pela UFRGS, Moacyr Scliar especializou-se no campo da saúde pública como médico sanitarista. Iniciou os trabalhos nessa área em 1969. Em 1970, freqüentou curso de pós-graduação em medicina em Israel. Posteriormente, tornou-se doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública. Já foi professor na faculdade de medicina da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Atualmente é um dos mais conhecidos escritores brasileiros da atualidade

Scliar publicou mais de setenta livros, entre crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil. Seu estilo leve e irônico lhe garantiu um público bastante amplo de leitores, e em 2003 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, tendo recebido antes uma grande quantidade de prêmios literários como o Jabuti (1988 e 1993), o Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) (1989) e o Casa de las Americas (1989).

Suas obras freqüentemente abordam a imigração judaica no Brasil, mas também tratam de temas como o socialismo, a medicina (área de sua formação), a vida de classe média e vários outros assuntos. O autor já teve obras suas traduzidas para doze idiomas.

Número um da psiquiatria em Cuba

Outro destaque do último dia do congresso é Raul Gil Sánchez, que vai falar sobre as redes e serviços de saúde mental em Cuba. Membro do Centro Comunitário de Saúde Mental de Havana, Cuba, Sánchez é considerado o número um da psiquiatria em Cuba. Ele fala a partir de 10h30min, no auditório Garapuvu.

Na sexta-feira o congresso reserva ainda espaço para discussões sobre arte e inclusão social, perspectivas em psicologia social e psiquiatria cultural, antropologia cultural e saúde mental, pesquisa qualitativa em saúde e o fenômeno das drogas. Volta também a debate a reforma psiquiátrica, no simpósio ´Análise e Perspectivas de 30 anos da reforma psiquiátrica`.

Mais informações: http://www.pauloamarante.net

Mais informações com o coordenador do projeto de pesquisa, o professor Walter Ferreira de Oliveira, (48) 9608 5271 / e-mail: walter@ccs.ufsc.br

Guilherme Machado – Esferamix – gulherme@esferamix.com.br 7811 5695