Hall da Reitoria sedia mostra ´Circulando em outras dimensões`

05/07/2010 11:00

Florianópolis recebe a exposição inédita no Estado ´Circulando em outras dimensões`. A abertura acontece nesta segunda, 5/7, às 19h30min, no hall da Reitoria da UFSC. A visitação, aberta até 23 de julho, é gratuita e aberta à comunidade.

A mostra é composta por gravuras digitais em grandes formatos: 144 centímetros por 108. A ideia é a de uma circulação de imagens, uma troca de experiências entre artistas de diferentes áreas e regiões, que se expressam por um único meio – a gravura digital.

São 30 artistas de diferentes áreas: instaladores, gravadores, pintores, fotógrafos, video makers etc, que criaram uma imagem para ser impressa em gravura digital.

Mas, cada cidade que recebe a exposição acrescenta imagens produzidas pelos artistas locais. Assim o evento adquire significação diferente dependendo de onde estiver montada.

O projeto iniciou com artistas paulistas na Galeria Gravura Brasileira, em São Paulo e expandiu-se para o SESC de Santos, de Ribeirão Preto, e para a Galeria Colorida, de Lisboa, Portugal. Ao mesmo tempo em que esta edição é realizada em Florianópolis, haverá uma mostra do circulando em outras dimensões na Eslováquia, com artistas brasileiros e eslovenos.

O projeto é coordenado pela artista Regina Carmona, de São Paulo, e conta com parcerias de curadores das cidades visitadas, como em Florianópolis, cuja curadoria está aos cuidados da artista Flávia Fernandes. O projeto está sendo trazido para Santa Catarina pela Associação dos Artistas Plásticos de Santa Catarina (Aaplasc)-, numa parceria de trabalho com o Departamento Artístico Cultural (DAC), da Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte) da UFSC.

Artistas da mostra em Florianópolis:

De Florianópolis: Flávia Fernandes, Giacomo Picca, Leylah Navarro, Ivan de Sá, Helenita Peruzzo, Neno Brazil, Cezar Silveira, Rafael Rodrigues, Diego de Los Campos, Janga Neves, Sandra Fávero, Bebeto Nascimento.

De São Paulo Regina Carmona, Reinaldo Batista, Christophe Spoto, Claudia Braga, Lucila Meirelles, Luciano Bortoletto, Laurita Salles, Julia Carmona, Ângela Barbour, Natália Corte Real, Solange Sandoval, Renata Barros, Rosa Esteves, Sueli Vital, Ângela Lotaif, Claudia Tatit, Lelena Santana, Gustavo Ferro.

Quatro oficinas de arte

Na edição da exposição em Santa Catarina, serão apresentadas obras- imagens de artistas paulistas e catarinenses, e serão realizadas quatro oficinas de arte, com um dia de duração cada uma. Estes encontros serão ministrados por alguns artistas que participam da mostra, entrelaçando, dessa maneira, a experiência da exposição com os aprendizados de teoria e prática artística.

As oficinas oferecidas em Florianópolis serão focados em imagens contemporâneas e serão oferecidas por artistas paulistas: Oficina de Aquarela, ministrada por Christophe Spoto; Oficina de construção de

imagens, observação e fotográficas, com Julia Carmona Duval;

Fluxos Urbanos, com Lucila Meirelles e Oficina A Imagem Contemporânea, ministrada por Regina Carmona.

Para saber mais sobre as oficinas e se ainda há vagas, os interessados devem acessar http://noticiasdodac.blogspot.com/2010/06/estarao-abertas-partir-do-dia-28-de.html ou entrar em contato com o Departamento Artístico Cultural (DAC) da UFSC, pelos telefones (48) 3721-9348 ou 3721-9447.

Serviço:

O QUÊ: Exposição Circulando em outras dimensões

QUANDO: Abertura dia 5 de julho, segunda-feira às 19h30min. Visitação até 23 de julho.

ONDE: No hall da Reitoria da UFSC, Trindade, Florianópolis-SC

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.

CONTATO: Flávia Fernandes ou DAC: (48) 3721-9348 e 3721-9447

Visite: www.circulandoemoutrasdimensoes.blogspot.com e www.dac.ufsc.br

Fonte: [CW] e José Fontenele – Assessoria de Imprensa do DAC.SeCArte.UFSC, com material dos organizadores

Projeto 12:30 recebe músico Mustache Maia

05/07/2010 10:59

O Projeto 12:30 encerra a programação do primeiro semestre deste ano com o músico Mustache Maia & The Blues Sensations. A apresentação será nesta quarta-feira, 7 de julho, na Concha Acústica da UFSC. A entrada é gratuita e aberta à comunidade.

Mustache Maia é vocalista, baixista e compositor. Natural de Porto Alegre (RS), começou na cena musical gaúcha como baixista, participando da antológica Ecos do Mississipi, em 1988. Em 1990, montou a Blues Band, que fez shows no Teatro de Câmera, festivais e muitas casas no interior do estado do Rio Grande do Sul.

Com sua composição em português Nego Blues, junto com sua banda Old Friend`s Blues, Mustache se classificou e gravou o CD do I Festival de Música de Porto Alegre, consagrando o blues como um estilo de música popular. Gravou também um show especial para a televisão (TVE/RS Programa Palcos da Vida), que rendeu um CD e um DVD ao vivo.

Após uma turnê em Florianópolis (SC), fixou residência na capital de Santa Catarina, onde foi convidado para cantar e tocar baixo na Floripa Blues Band, do guitarrista argentino Léo Vazquez. Em agosto de 2001, no Tim Blues Festival, participou com a Old Friend`s Blues e Floripa Blues Band e na última noite, no Teatro do CIC, tocou ao lado de Big Gilson Big Allanbik e convidados, no tributo a John Lee Hooker.

Desde 2002, junto com seu amigo e idealizador Jorge Hornos, elaborou o Projeto Lendas do Blues, o qual consiste em shows especiais sobre grandes artistas do blues negro norte-americano (Tributos a Freddie King, Albert King, Muddy Waters, Buddy Guy e a B.B King já realizados com sucesso).

Convidado por Sérgio Duarte, gaitista de São Paulo, participou do IV Harmonica e Blues, cantando para gaitistas de todo país no palco do Mr. Blues. Foi também convidado especial no Bourbon Street, no IV aniversário da Revista Blues`n`Jazz, fazendo sucesso com seu repertório cantado em português.

Já organizou e produziu três eventos: o 1º MercoBlues que vai para 2ª edição; o 1º Encontro do Blues Ilhéu, que já tem três edições e o 1º Floripa Blues Festival, que está fazendo a 2ª edição neste ano. Atualmente é acompanhado pela The Blues Sensations, Diego”Garga” Pedrotti na bateria ou Marcelo Frias (Ex-Secos & Molhados), Rick Boy Slim na guitarra, Fidel Piñero no Trompete e Pedrinho Castro no Sax Tenor.

Projeto 12:30

O Projeto 12:30 é realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e apresenta semanalmente atrações de cunho cultural de música, dança e teatro. As apresentações acontecem todas as quartas-feiras, ao ar livre, na Concha Acústica, e, quinzenalmente, às quintas-feiras, no Projeto 12:30 Acústico, no Teatro da UFSC. Artistas e grupos interessados em se apresentar no projeto dentro do campus da UFSC devem entrar em contato com o DAC através dos telefones (48) 3721-9348 / 3721-9447 ou por e-mail, enviando mensagem para projeto1230@dac.ufsc.br.

Serviço:

O QUÊ: Show de Mustache Maia & The Blues Sensations

QUANDO: Dia 7 de julho, quarta-feira, às 12h30min.

ONDE: Projeto 12:30, na Concha Acústica da UFSC, em Florianópolis.

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.

CONTATO Projeto: projeto1230@dac.ufsc.br e (48) 3721-9348 ou 3721-9447

Visite: www.dac.ufsc.br

Fonte: Stephanie Pereira – Acadêmica de Jornalismo, Assessoria de Imprensa do Projeto 12:30; DAC; SeCArte; UFSC, com material institucional e fornecido pela banda.

Especial Pesquisa: universidade desenvolve estudo sobre conservação da araucária e uso sustentável do pinhão

02/07/2010 19:47

Meta é colaborar com uso e conservação da espécie

Meta é colaborar com uso e conservação da espécie

Árvore típica da região Sul, a araucária está ameaçada de extinção. Mas sua semente, o pinhão, além de ser uma fonte de renda para diversos agricultores, tem forte significado cultural e valor na alimentação. O projeto ´Fundamentos para a conservação da araucária e uso sustentável do pinhão`, coordenado pelo professor Maurício Sedrez dos Reis, do Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais da UFSC, tem como objetivo gerar conhecimentos para aproveitar esse potencial. A pesquisa tem apoio financeiro da Fapesc e integra as ações do Programa Biodiversidade do Estado de Santa Catarina.

O trabalho será desenvolvido por pesquisadores da UFSC, Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Floresta Nacional de Três Barras (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade). No projeto a equipe destaca que o uso do pinhão tem favorecido a conservação da araucária e contribui também com a manutenção da Floresta Ombrófila Mista, vegetação em que esse tipo de árvore é predominante.

Ecologia da araucária

O estudo leva em conta a necessidade de manutenção dos processos ecológicos da araucária e da Floresta Ombrófila Mista, assim como possibilidades de que os agricultores familiares usem a vegetação nativa na geração de trabalho e renda.

Serão sete ações de pesquisa. As atividades incluem trabalhos envolvendo demografia (como a espécie se distribui), fenologia (estudos sobre a araucária e suas relações com o ambiente) e diversidade genética, entre outros. De acordo com a equipe, as análises sobre estrutura populacional, crescimento, regeneração natural, mortalidade, biologia reprodutiva, organização da diversidade genética e fluxo gênico, interações com a fauna, evidências de domesticação, entre outros, são fundamentais para compreensão da ecologia da araucária nos ambientes de ocorrência atual em Santa Catarina.

O projeto permitirá também análises sobre a cadeia produtiva e impactos da extração de pinhões sobre a fauna e sobre a regeneração da espécie – aspecto ainda desconhecido e fundamental para estabelecimento de critérios para uma orientação sustentável no processo de coleta, visando à manutenção da biodiversidade.

“A coleta reduz as sementes que seriam utilizadas pela fauna como alimento e causa problemas na regeneração das populações naturais da araucária, pois compromete a probabilidade de surgirem novas plantas”, lembra o professor Maurício Sedrez dos Reis. Segundo ele, são praticamente inexistentes estudos que buscam estabelecer o percentual de pinhões que deveria ser extraído da floresta sem que a dinâmica de regeneração seja afetada.

A pesquisa ainda contempla análises sobre produtividade do pinhão em diferentes populações de araucária; uso e exploração histórica e atual; sistemas de manejo adotados por agricultores familiares e caracterização da cadeia produtiva em Santa Catarina.

A expectativa é estabelecer políticas públicas associadas à conservação e uso da araucária, gerando orientações para uso sustentável do pinhão, manejo da paisagem, regulamentações sobre época e intensidade de coleta e ações de fomento de uma cadeia produtiva sustentável.

“Diante do cenário de paisagem em que se encontra a araucária, com remanescentes florestais distribuídos de forma extremamente fragmentada, são fundamentais informações sobre a espécie, para que sejam delineados planos que garantam a continuidade de suas populações”, alerta o coordenador.

Mais informações: Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais / (48) 3721-5322 / msedrez@gmail.com

Por Fernanda Burigo / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Fotos: Adelar Mantovani, Alexandre Mariot e Camila Vieira da Silva.

Saiba Mais:

A araucária

O pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia) é a única espécie do gênero araucária encontrada no Brasil. Esta árvore é símbolo do estado do Paraná e das cidades de Curitiba e Araucária. A distribuição se concentra nos estados do Sul do Brasil, mas também ocorre em regiões mais altas do Sudeste, com exceção do Espírito Santo, e em pequenas manchas na Argentina e no Paraguai.

É a espécie que prevalecia na Floresta Ombrófila Mista e possui grande importância ecológica. Seus pinhões servem de alimento para pequenos animais no inverno, época do ano com escassez de frutos e néctares.

Reservas esgotadas

Historicamente a araucária foi alvo de exploração predatória devido ao seu valor madeireiro. A Floresta Ombrófila Mista, formação típica da espécie, que representava aproximadamente 30% da cobertura florestal de Santa Catarina no século XIX, também foi reduzida e fragmentada por conta da expansão da fronteira agrícola e pecuária no século XX. Essa destruição ocorreu em todo Sul do Brasil. Atualmente, os remanescentes florestais de araucária representam apenas 1 a 4% da sua área de ocorrência inicial.

Produto madeireiro

A exploração da araucária, concentrada entre o início do século XX e a década de 1970, teve impactos expressivos na economia brasileira. Por um longo período foram exportadas madeiras serradas e laminadas para vários países. Esta ação intensificou-se a partir de 1934, tendo seu auge nas décadas de 50 a 70, e fez com que as reservas fossem praticamente esgotadas em São Paulo. Estima-se que entre 1958 e 1987 foram exportados mais de 15 milhões de m³ de madeira, fazendo com que a araucária fosse o produto madeireiro mais importante do Brasil até a década de 70.

Ameaça de extinção

Como consequência dessa exploração, associada à destruição parcial do ambiente em que se desenvolve a araucária, a espécie está ameaçada, segundo Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. É classificada como vulnerável na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção do Estado do Paraná e como criticamente ameaçada pela Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas da International Union for Conservation of Nature (IUCN).

Pinhão

O uso do pinhão como fonte de alimento é uma característica cultural forte. Essa semente é aproveitada desde os povos indígenas que habitavam as áreas de ocorrência da araucária. O pinhão é também uma importante fonte de renda para agricultores familiares. Muitos proprietários rurais mantêm e manejam populações de araucária em suas propriedades não apenas pelo significado cultural e valor alimentício, mas também pela possibilidade de geração de renda.

Dados do IBGE indicam que foram retiradas, no ano de 2007, na região Sul do Brasil, 4.615 toneladas de pinhão, que rendem preço médio de R$ 1,13 o quilo. O maior volume de comercialização ocorre nos meses de junho e julho, já que o pinhão é componente essencial em festas do Sul do país e juninas.

Fonte: Projeto ´Fundamentos para a conservação da araucária e uso sustentável do pinhão`:

Saiba Mais:

Objetivos Gerais:

– Fundamentar ações para uso sustentável do pinhão em remanescentes florestais com Araucária angustifólia em Santa Catarina.

– Estudar estratégias e modelos de conservação e domesticação para Araucária angustifólia em Santa Catarina

Objetivos específicos:

– Caracterizar a estrutura populacional de Araucária angustifólia em Santa Catarina

– Avaliar a regeneração natural e crescimento do diâmetro dos indivíduos em populações da espécie

– Avaliar o padrão espacial de Araucária angustifólia

– Avaliar aspectos da fenologia reprodutiva em populações da espécie

– Avaliar a produtividade de pinhões em populações de araucária em duas regiões de Santa Catarina

– Caracterizar a diversidade e estrutura genética em populações da espécie em Santa Catarina

– Caracterizar a estrutura genética interna (escala fina) da espécie

– Caracterizar o fluxo gênico histórico e contemporâneo em populações da espécie

– Estudar ocorrência local de variedades / tipos (variação intra-específica), e suas variações morfológicas, em populações de Araucária angustifólia

– Analisar o conhecimento a respeito de variações de manejo e unidades de paisagem relacionadas aos tipos

– Inferir sobre os graus distintos de domesticação da espécie e as

características que têm sido modificadas por ações humanas

– Avaliar o impacto da extração de pinhões sobre a fauna

– Identificar e analisar os canais de comercializações e a cadeia produtiva do pinhão em Santa Catarina

Leia outras matérias de pesquisa:

– Tese gera fundamentos para regulamentação do uso da bracatinga, espécie nativa da Mata Atlântica

– Tese comprova potencial do “asfalto de borracha”

– Método de controle da gordura trans desenvolvido na UFSC é premiado

– Projeto do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos valoriza derivados da abóbora

– Estudo traça perfil de jogadores brasileiros que foram para grandes times de outros países

– Tese mostra que fazendas produtoras de madeira de reflorestamento podem colaborar com recomposição da fauna e flora

– UFSC constrói centro avançado de petróleo, gás e energia no Sapiens Parque

– Estudo sobre trabalho doméstico recebe menção honrosa no Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero

– UFSC amplia estrutura laboratorial para monitoramento de ambientes aquáticos

Reitoria entrega certificado para melhor aluno de Engenharia Química no Enade 2008

02/07/2010 18:11

Fotos: Paulo Noronha/ Agecom

Fotos: Paulo Noronha/ Agecom

Solenidade no gabinete da reitoria, na quarta-feira (30/06), entregou a Rodrigo Fregulia Fáveri o certificado de melhor aluno concluinte de Engenharia Química no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), de 2008.

Natural de Araranguá, Fáveri é mestrando de Engenharia Química na UFSC e trabalha como engenheiro de desenvolvimento de produtos, em Joinville.

O Enade tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.

Estiveram presentes na cerimônia a Pró-Reitora de Ensino de Graduação, Yara Muller, o Diretor de Gestão e Desenvolvimento Acadêmico, Carlos Pinto, a Diretora de Integração Acadêmica e Profissional, Sandra Ferreira, o Pró-Reitor de Assuntos Estudantis, Cláudio Amante, e o Diretor do Departamento de Assuntos Estudantis, Dalton Barreto, além do coordenador do curso de graduação em Engenharia Química, Carlos Alberto Dantas, e o sub-chefe do departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, José Antônio Ribeiro de Souza.

Por Felipe Costa/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Lucio Gregori debate mobilidade urbana na UFSC

02/07/2010 17:40

Na próxima segunda e terça (05 e 06/07) o Programa de Educação Tutorial de Geografia da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) promove o I Seminário de Geografia Urbana e o II Seminário Interuniversitário do Plano Diretor Participativo “Mobilidade e qualidade de vida”.

Durante toda a segunda haverá mesas redondas no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina. Pela manhã o debate reunirá os professores de arquitetura da UFSC Lino Peres e Arnoldo Debatin, além de Victor Khaled, do Movimento Passe Livre de Florianópolis.

Outro que estará nas discussões é o engenheiro Lucio Gregori, que foi secretário de Transportes entre 1990 e 1992, durante a gestão de Luiza Erundina (então no PT) na prefeitura de São Paulo. Na capital paulista, ele foi o idealizador da municipalização dos transportes coletivos por ônibus e da tarifa zero.

No período da tarde participarão da mesa-redonda Jacqueline Virti (Serviço Nacional Aprendizagem do Transporte), Hélio Carvalho (Fórum da Cidade) e Carlos Roberto Vieira (arquiteto do Etufsc, da UFSC).

Na terça haverá minicursos, que ocorrerão das 8h às 12h na Faculdade de Educação (Faed) da Udesc, no Itacorubi. Marcelo Pommar e Carolina Cruz, ambos do Movimento Passe Livre de Florianópolis, ministrarão o curso ´A Luta Pelo Direito à Cidade e a Tarifa Zero`, enquanto Jacqueline Virti vai comandar o curso ´Participação popular no processo de qualificação do transporte público` e Lucio Gregori ´Transportes urbanos: uma questão política`.

Outras informações pelo blog: seminariomobilidadeurbana.wordpress.com ou com a professora Vera Lucia Nehls Dias: (48)3321-8538 ou 9915-7218.

Fonte: Ricardo Medeiros/ Jornalista

Após Pensamento do Século XXI, Cozarinsky apresenta ´Apontamentos para uma biografia imaginada`

02/07/2010 17:14

Depois de palestrar sobre o ´Elogio da Contaminação`, dentro do Ciclo O Pensamento do Século XXI, o cineasta, dramaturgo, romancista, contista e ensaísta argentino radicado na França Edgardo Cozarinsky apresenta, encerrando a Mostra Cozarinsky, `Apontamentos para uma biografia imaginada´, filme de sua autoria. A exibição acontece no auditório do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da UFSC, às 18h30 desta sexta (02), e será seguida de debate com o multiartista.

A Mostra Cozarinsky é uma promoção do Curso de Cinema, e foram exibidos, desde o dia 30, algumas das mais representativas obras do cineasta, como ´A guerra de um homem só` ou ´Boulevares do crepúsculo`.

Em crítica ao primeiro desses filmes, que narra a ocupação de Paris sob os alemães, mas que é uma poderosa reflexão sobre o poder e a história, Pascal Bonitzer considera que “Cozarinsky inverteu – genialmente, não hesito em dizê-lo – o princípio do documentário: aqui são as imagens que constituem o comentário da voz. […] Daí resulta paradoxalmente que este filme expressamente baseado em mentiras (pelo menos em dois tipos de mentira: aquelas, triviais, da propaganda, e as mais sutis, da literatura) surja como a descrição mais verdadeira, mais rica e a mais cativante da época da Ocupação.”

Sua estética tem a importância de criar cinema no paradoxo contemporâneo de fazer a arte do novo e do arquivo. O cinema de Cozarinsky revela a imagem no sentido do movimento e da memória, do presente e da história. Sobre essa estética o professor Raul Antelo, consultor da mostra e interlocutor de Cozarinsky na conferência escreve:

– Na semana passada, estiveram reunidos em Serpa, no Alentejo, um grupo de cineastas experimentais para pensarem a questão da imagem-arquivo. Tratava-se, segundo os organizadores, de um tema encontrado, um ready-made, para problematizar o filme-compilação ou filme-de-montagem, que atravessa a história do cinema, a partir das vanguardas dos anos vinte. Um século de imagens narrado a partir de imagens anteriores, dando ênfase à teoria da ´imagem em movimento´. O desafio era, portanto, tomar a imagem-arquivo, em parte como uma imagem ´de arquivo´, mas também como uma imagem nova, uma releitura da História que, realizando-se, anula, ao mesmo tempo, o próprio objetivo histórico, como no cinema de Yervant Gianikian e Angela Ricci-Lucchi ou no de Edgardo Cozarinsky, cineastas que tendem uma ponte que vai de Jean-Luc Godard a Harmut Bitomsky. Todos esses artistas, presentes em Serpa, têm um ponto em comum: o arquivo é o lugar do qual eles partem, como antes deles, e na arte, Warburg ou Richter.

Por Raquel Wandelli/jornalista na Secarte

Professores da UFSC lançam livros sobre planejamento estratégico

02/07/2010 11:42

Está marcado para o dia 5, segunda-feira, a partir das 18h30, na livraria Livros & Livros, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, o coquetel de lançamento do livro “Estratégias em diferentes contextos empresariais: Fundamentos, modelos e perspectivas” (editora Atlas), de Manuel Portugal Ferreira, Maurício Fernandes Pereira, Fernando Antônio Ribeiro Serra e Gilberto de Oliveira Moritz.

No mesmo evento, Maurício Fernandes Pereira lança “Planejamento estratégico: Teorias, modelos e processos”, também da editora Atlas. No primeiro, os autores explicam como atuar melhor estrategicamente frente às movimentações dos concorrentes, dos clientes no mercado e dos agentes reguladores para conseguir um melhor desempenho das organizações.

Cada capítulo começa com uma introdução conceitual seguida dos artigos acadêmicos, com exemplos e aplicações práticas. O planejamento estratégico traz a experiência prática para o desenvolvimento do processo de planejamento em organizações reais e estabelece o propósito de direção que a organização deverá seguir para aproveitar as oportunidades e evitar os riscos.

Mais informações pelo telefone (48) 3222-1244.

Dança e atividades físicas mobilizam idosos no campus

02/07/2010 11:34

Uma atividade diferente animou, na manhã desta sexta-feira (02/07), a área próxima ao Lago da UFSC, no campus da Trindade. Cerca de 30 idosos, sob a coordenação da professora Marize Amorim Lopes, participaram de exercícios aeróbicos e de dança, com o apoio de alunos do Centro de Desportos da Universidade. Uma senhora de 94 anos, Adelina Nascimento, foi homenageada com um “Parabéns pra você” e uma salva de palmas por ser a mais antiga participante do Programa de Atividades Físicas do CDS, criado há 25 anos.

Marize Lopes desenvolve o programa desde 1985 e informa que este trabalho tem melhorado a qualidade e a expectativa de vida dos idosos. “A evasão é baixa e as pessoas vêm tanto dos bairros próximos à UFSC quanto do continente, dos municípios de São José e Palhoça”, diz ela. Ao todo, o grupo envolve 650 pessoas e conta com a participação de acadêmicos de Educação Física, que ajudam as turmas de ginástica, hidroginástica, natação, vôlei e jogos coletivos. O programa também mantém um grupo folclórico que atua há 21 anos na Grande Florianópolis.

Homenageada em 2009 com o Troféu Amigo da UFSC, Marize Lopes está fazendo o seu doutorado em cima da importância das atividades físicas para pessoas da terceira idade. Ela também programou para o dia 20 de julho um evento em que vai tentar trazer de volta pessoas que já passaram pelo programa. “Elas precisam se redescobrir como seres cidadãos e participantes”, afirma.

Só no grupo de dança há cinco pessoas com mais de 80 anos, e é raro, segundo Marize, os participantes apresentarem problemas sérios de saúde, graças ao empenho com que se dedicam às atividades físicas. “Eles são assíduos, afetivos e demonstram carinho e respeito uns pelos outros”, conta. Neste trabalho, ela tem a parceria das professoras Tânia Rosane Benedetti e Vera Lúcia Torres.

Atividades culturais – De acordo com Cléia Silveira Ramos, do Departamento de Cultura e Eventos, a iniciativa faz parte das comemorações dos 50 anos da UFSC e será realizada até dezembro, na primeira sexta-feira de cada mês – a exceção será agosto, quando a atividade será na segunda sexta-feira, por causa do calendário letivo. “Aqui, o trabalho pode ser visto por mais gente”, afirma. Ela destaca que o Programa de Atividades Físicas do CDS beneficia tanto ex-funcionários da instituição quanto pessoas de fora que têm interesse em se manter ativas e socialmente integradas.

A intenção é aproveitar o cinquentenário da instituição para realizar, no mesmo local, eventos culturais, fazendo o melhor uso possível de um espaço privilegiado dentro do campus. A ideia é programar as atividades a partir das 11h30, quando muitos alunos, docentes e servidores técnico-administrativos estão se dirigindo ao Restaurante Universitário, que fica ali perto.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

Paradigma Cinearte abre programação de julho com cinco curtas catarinenses

02/07/2010 10:38

O recém-lançado espaço de cinema de Florianópolis Paradigma Cinearte exibe em sua programação de abertura cinco curtas do diretor catarinense Zeca Pires, seguidos de bate-papo com o cineasta. A primeira sessão aconteceu na quinta-feira, dia 1 de julho, e uma próxima será realizada na quinta-feira, dia 8 de julho, às 20h.

Curtas de Zeca Pires aborda temas bem característicos do Estado, como as histórias da Festa do Divino, a farra do boi e a Ilha da Magia. “A iniciativa dos idealizadores do Paradigma Cinearte é muito importante, principalmente pela estrutura diferenciada dos outros locais de entretenimento que oferecem a mesma proposta”, ressalta o cineasta.

Zeca Pires é um reconhecido diretor catarinense, com curtas produzidos

desde a década de 1990. É professor de cinema e diretor do

Departamento Artístico Cultural (DAC), ligado à Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte) da UFSC. Está finalizando o primeiro longa, com o título A Antropóloga, em grande parte filmado na Costa da Lagoa. O filme será lançado no segundo semestre de 2010.

Saiba mais sobre os curtas:

Perto do Mar: Episódio dos curtas catarinenses, produzido pela TVi e exibido para todo o Estado de Santa Catarina pela RBS-TV. Baseado no conto O Velho da Praia Vermelha, do escritor catarinense Salomão Ribas Jr.

Ilha: Mariana recebe uma carta do pai que não a vê há 22 anos. Ele está muito debilitado e tem um último pedido para a filha.

Caminhos do Divino: Um documentário sobre a festa mais popular do litoral catarinense, que mescla depoimentos sobre a importância

cultural do culto ao Divino Espírito Santo, contando a história e as

origens da tradição.

Farra do Boi, o Documentário: Filme sobre a polêmica em torno da farra do boi, que acontece em feriados como a Páscoa e o Natal, em Santa Catarina, e que consiste na perseguição e morte de um boi pelos

participantes. Trata das origens da festa na Ilha dos Açores e da

repressão iniciada nos anos 80, mostrando opiniões contrárias e

favoráveis. São exibidas imagens da perseguição ao boi, mas não há

cenas de tortura ou morte. Depoimentos de pescadores, historiadores,

jornalistas, da psicóloga Nise da Silveira e da atriz Lucélia Santos.

Manhã: Filmado no interior do Estado, narra o cotidiano de um leiteiro cujas tarefas são violentas e equivocadamente interrompidas.

Sobre o Paradigma Cinearte:

O Paradigma Cinearte surgiu como uma alternativa ao circuito das produções hollywoodianas exibidas nas salas de cinemas tradicionais de Florianópolis e conta com o apoio da Paradigma, empresa de softwares e informática. O espaço fica no Corporate Park, na SC 401.

Semanalmente são exibidas duas sessões em uma sala equipada com tecnologia de última geração com capacidade para 120 pessoas. Com o objetivo de oferecer mais comodidade aos visitantes, o Paradigma Cinearte disponibiliza reserva de ingressos através de seu site, que podem ser retirados até 15 minutos antes de cada sessão.

Mais informações e a programação completa no site www.paradigmacinearte.com.br

Serviço:

O QUÊ?: Cinco curtas catarinenses de Zeca Pires abrem programação de julho do Paradigma Cinearte

QUANDO: Dias 1º e 8 de julho de 2010, às 20 horas.

ONDE: Paradigma Cinearte, Rodovia José Carlos Daux (SC 401) n° 8600 sala 2 bloco 8 Centro Empresarial Corporate Park, Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis-SC

QUANTO: Inteira: R$ 12,00 e meio R$ 6,00

CONTATO: Contato Paradigma Cinearte: (48) 3239-7777ou www.paradigmacinearte.com.br – Contato Zeca Pires: (48) 3721-9348 e 9971-7951 ou pelo e-mail zecapires@dac.ufsc.br

CONTATO: Assessoria: Fábrica de Comunicação – www.fabricacom.com.br –

(48) 3027-6000

Fonte: [CW] DAC/ SeCArte / UFSC, com material fornecido pela assessoria do evento.

Leia também entrevista do cineasta Zeca Pires para a Agecom

Abertas inscrições para festival de música da Grande Florianópolis

02/07/2010 09:36

Este é o ano da música na Universidade Federal de Santa Catarina. Depois do UFSCtok, organizado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), a Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte) lança o Festival de Música da UFSC.

As inscrições estão abertas até o dia 12 de julho, das 14h às 18h, na SeCArte, que fica no prédio da Editora, 2º andar. Dentre os concorrentes, serão selecionadas 20 composições para participar da 1ª Mostra Musical em comemoração aos 50 anos da Universidade, que deverá ocorrer nos dias 28 e 29 de agosto, na Praça da Cidadania, em frente ao prédio da Reitoria. As composições vencedoras terão sua música gravada em CD e DVD alusivos à comemoração dos 50 anos da UFSC.

Poderão participar estudantes universitários, professores e técnico-administrativos dos campi de Florianópolis, Curitibanos, Joinville e Araranguá, bem como compositores, músicos, intérpretes e comunidade em geral da Grande Florianópolis, desde que satisfaçam as condições previstas no regulamento. Dos selecionados, dez vão se apresentar no primeiro dia e os outros dez no segundo.

O festival tem como objetivo promover a integração e troca de experiências entre músicos e comunidade cultural e difundir a música como um dos meios essenciais de expressão cultural. “Queremos incentivar o surgimento de novos valores e propiciar a afirmação de nomes já reconhecidos no cenário musical da Grande Florianópolis”, afirma a secretária de Cultura e Arte Maria de Lourdes Borges.

Cada proponente poderá inscrever até três músicas de composição própria, sem nenhuma restrição de estilo, das quais uma será selecionada para ser apresentada no palco do festival, que será montado em lona pela organização dos 50 anos da UFSC. Para a inscrição é preciso preencher o formulário que se encontra disponível no site www.secarte.ufsc.br; um CD contendo a gravação de até três composições, incluindo letra e partitura, além do rider técnico de som. Deve ser feita pessoalmente ou encaminhada para o endereço: Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima, Prédio da Editora Universitária, 2° andar, Florianópolis, SC, CEP: 88040970. E-mail para contato: festivaldemusica@reitoria.ufsc.br.

No site da SeCArte serão divulgados os nomes dos eleitos pela comissão de seleção, presidida por Marco Valente, músico e coordenador do Projeto 12:30, do Departamento Artístico Cultural da UFSC.

Por Raquel Wandelli / Jornalista na SeCArte

Departamento de Projetos de Extensão recebe propostas para seminário da Região Sul

02/07/2010 09:24

O Departamento de Projetos de Extensão da UFSC está recebendo propostas de ações de extensão a serem apresentadas no 28° Seminário de Extensão Universitária da Região Sul (SEURS). O evento será realizado de 8 a 10 de setembro, na Udesc, em Florianópolis.

De acordo com as regras do seminário, serão selecionados, por universidade participante, até 10 oficinas, 10 pôsteres estendidos (apresentação oral) ou pôsteres convencionais (apresentação em banner) e cinco vídeos-relatos de ações realizadas ou em desenvolvimento.

As propostas devem ser encaminhadas ao DPE/UFSC por meio de

memorando de uma página contendo:

1) Título da ação;

2) Nome do coordenador;

3) Número de registro no SIRAEx;

3) Tipo de apresentação

( ) Oficina

( ) Pôster estendido

( ) Pôster convencional

( ) Vídeo-relato

4) Resumo (500 caracteres);

5) Público-alvo.

Dependendo do número de propostas encaminhadas, poderá haver uma seleção de projetos por comissões designadas nas Unidades de Ensino.

Fonte: Departamento de Projetos de Extensão / (48) 3721-8305 ou dpe@prpe.ufsc.br

Nona edição do Congresso Internacional Fazendo Gênero aguarda 4 mil participantes

02/07/2010 09:07

O grupo, seus eventos e publicações

O grupo, seus eventos e publicações

Acontece de 23 a 26 de agosto na UFSC o Congresso Internacional Fazendo Gênero 9. O encontro, organizado pelo Instituto de Estudos de Gênero (IEG), discute nesta edição a experiência contemporânea de permanente cruzamento de fronteiras. ´Diásporas, Diversidades, Deslocamentos` é a temática que será abordada.

Na última edição, em 2008, participaram 2.700 pessoas. Esse ano, em função do interesse de acadêmicos brasileiros e de outros países no maior encontro da América Latina da área, o número de vagas é de 4 mil.

“Além dos palestrantes de diversos países que convidamos, muitos pesquisadores, a maioria da América Latina, demonstra interesse, também encaminha seus trabalhos e propõe simpósios para o encontro”, conta Mara Coelho de Souza Lago, uma das coordenadoras do IEG.

O projeto Fazendo Gênero reúne pesquisadores de todo o mundo a cada dois anos. O primeiro desses encontros, ainda de âmbito nacional, aconteceu em 1994, organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura da UFSC.

Desde então, com o objetivo de consolidar um espaço permanente de debates e de trocas interdisciplinares, o Instituto de Estudos de Gênero organiza novos eventos que resultam em publicações de anais, livros, coletâneas e números especiais de revistas acadêmicas.

O instituto

Com sede no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), O Instituto de Estudos de Gênero (IEG) foi criado após uma reunião de avaliação do Fazendo Gênero 6, em 2004, por pesquisadoras envolvidas com o feminismo e com estudos de gênero. O objetivo era centralizar as atividades que vinham sendo realizadas na UFSC.

Inicialmente envolvendo apenas o Centro de Comunicação e Expressão (CCE) e o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), hoje o IEG abrange também o Centro de Ciências da Saúde (CCS) e o Centro Sócio-Econômico (CSE). A meta é estreitar os vínculos entre trabalhos de diversas áreas acadêmicas com os movimentos sociais comprometidos com os direitos das mulheres e com a promoção da igualdade de gênero.

Atualmente coordenado pelas professoras Joana Maria Pedro, Mara Coelho de Souza Lago e Zahidé Lupinacci Muzart, o IEG tem como principais atividades a realização dos encontros Fazendo Gênero, a publicação da Revista Estudos Feministas (REF) e a manutenção do Portal de Publicações Feministas. O setor integra núcleos de pesquisa e laboratórios que atuam no campo dos estudos de gênero, buscando a consolidação dessa área de concentração no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas.

O instituto tem a meta de ser um espaço permanente de pesquisa, organizando e disponibilizando um acervo de publicações sobre gênero e teorias feministas, apoiando as atividades docentes e discentes na universidade e fora dela. A partir da geração e divulgação desse conhecimento, sua equipe procura colaborar com a instrumentalização de políticas públicas.

Saiba Mais:

Estudos de gênero na UFSC

Os trabalhos iniciaram em 1984, com a criação do Núcleo de Estudos da Mulher. A equipe se reestruturou como Núcleo Interdisciplinar de Estudos de Gênero, a partir do 1° Encontro de Estudos sobre a Mulher, em 1989, mesmo ano em que foi realizado o 3° Encontro Nacional de Mulher e Literatura – um salto qualitativo na consolidação dos estudos na universidade e que resultou no primeiro Fazendo Gênero, em 1994.

Esse campo cresceu significativamente na universidade nos últimos 20 anos, com a abertura de disciplinas em cursos de graduação e de pós-graduação, a criação de linhas de pesquisa e a implantação da área de concentração Estudos de Gênero, do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas. Como resultado, foi acumulada uma vasta produção acadêmica e estruturada a Revista de Estudos Feministas. Atualmente o IEG conta com a participação de diversos centros da UFSC e também da Udesc.

Revista Estudos Feministas

É um periódico interdisciplinar de circulação nacional e internacional que publica artigos, ensaios e resenhas. Desde 1999, um núcleo de professoras da UFSC é responsável pela edição da revista, considerada uma das principais publicações da área e indexada nos principais bancos e fontes de referência científicas internacionais. A REF está disponível em
www.scielo.com.br, no portal feminista (www.ieg.ufsc.br) e no portal de periódicos da UFSC.

Outras publicações:

No site do IEG também estão disponibilizados livros eletrônicos, teses, dissertações e volumes de outras revistas que tratam da temática de gênero: o Caderno Pagu, publicação do Núcleo de Estudos de Gênero da Universidade estadual de Campinas; o Caderno Espaço Feminino, publicação da Universidade Federal de Uberlândia; a revista Gênero, periódico semestral de circulação nacional da Universidade Federal Fluminense e a revista latino-americana da Universidade Estadual de Ponta Grossa, que publica semestralmente artigos científicos relacionados à área de geografia, gênero e sexualidades.

Gênero e Diversidade na Escola

É um projeto destinado à formação de profissionais da área de educação, abordando as temáticas de gênero, sexualidade e relações étnico-raciais. Em 2009, com apoio do Ministério da Educação e da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, o IEG organizou um curso de ensino a distância para professores de educação infantil, ensino fundamental e médio, envolvendo 10 polos no país.

Seis meses depois, uma equipe do instituto lançou o livro ´Práticas Pedagógicas e Emancipação: Gênero e Diversidade na Escola`, que traduz as ações desenvolvidas no projeto. “São tratadas questões transversais sobre diferenças que ocorrem nas escolas. O livro traz informações mais explícitas e sistematizadas, para quem tem que lidar com essas questões no cotidiano”, explica Mara Lago. Para ela, ao participar do projeto, o IEG reforçou seu papel na formação, transmissão e divulgação dos conhecimentos de ponta que produz na área de gênero no Brasil.

Núcleos e laboratório na UFSC

– Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH)

– Núcleo de Pesquisa Modos de Vida, Família e Relações de Gênero (Margens)

– Núcleo de Estudos Sobre Agricultura Familiar (NAF)

– Núcleo de Antropologia Audiovisual e Estudos da Imagem Grupo de Antropologia Urbana e Maritima (Navi)

– Núcleo de Estudos e Pesquisas em Serviço Social e Relações de Gênero (Nusserge)

– Núcleo de Estudos de Modos de Subjetivação e Movimentos Contemporâneos (NUR)

– Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividade (NIGS)

Mais informações: www.ieg.ufsc.br; (48)3721-6440; estudosdegenero@gmail.com

Por Natália Izidoro / Bolsista de jornalismo na Agecom

Especial Pesquisa: universidade desenvolve estudo sobre conservação da araucária e uso sustentável do pinhão

02/07/2010 08:48

Meta é colaborar com uso e conservação da espécie

Meta é colaborar com uso e conservação da espécie

Árvore típica da região Sul, a araucária está ameaçada de extinção. Mas sua semente, o pinhão, além de ser uma fonte de renda para diversos agricultores, tem forte significado cultural e valor na alimentação. O projeto ´Fundamentos para a conservação da araucária e uso sustentável do pinhão`, coordenado pelo professor Maurício Sedrez dos Reis, do Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais da UFSC, tem como objetivo gerar conhecimentos para aproveitar esse potencial. A pesquisa tem apoio financeiro da Fapesc e integra as ações do Programa Biodiversidade do Estado de Santa Catarina.

O trabalho será desenvolvido por pesquisadores da UFSC, Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Floresta Nacional de Três Barras (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade). No projeto a equipe destaca que o uso do pinhão tem favorecido a conservação da araucária e contribui também com a manutenção da Floresta Ombrófila Mista, vegetação em que esse tipo de árvore é predominante.

Ecologia da araucária

O estudo leva em conta a necessidade de manutenção dos processos ecológicos da araucária e da Floresta Ombrófila Mista, assim como possibilidades de que os agricultores familiares usem a vegetação nativa na geração de trabalho e renda.

Serão sete ações de pesquisa. As atividades incluem trabalhos envolvendo demografia (como a espécie se distribui), fenologia (estudos sobre a araucária e suas relações com o ambiente) e diversidade genética, entre outros. De acordo com a equipe, as análises sobre estrutura populacional, crescimento, regeneração natural, mortalidade, biologia reprodutiva, organização da diversidade genética e fluxo gênico, interações com a fauna, evidências de domesticação, entre outros, são fundamentais para compreensão da ecologia da araucária nos ambientes de ocorrência atual em Santa Catarina.

O projeto permitirá também análises sobre a cadeia produtiva e impactos da extração de pinhões sobre a fauna e sobre a regeneração da espécie – aspecto ainda desconhecido e fundamental para estabelecimento de critérios para uma orientação sustentável no processo de coleta, visando à manutenção da biodiversidade.

“A coleta reduz as sementes que seriam utilizadas pela fauna como alimento e causa problemas na regeneração das populações naturais da araucária, pois compromete a probabilidade de surgirem novas plantas”, lembra o professor Maurício Sedrez dos Reis. Segundo ele, são praticamente inexistentes estudos que buscam estabelecer o percentual de pinhões que deveria ser extraído da floresta sem que a dinâmica de regeneração seja afetada.

A pesquisa ainda contempla análises sobre produtividade do pinhão em diferentes populações de araucária; uso e exploração histórica e atual; sistemas de manejo adotados por agricultores familiares e caracterização da cadeia produtiva em Santa Catarina.

A expectativa é estabelecer políticas públicas associadas à conservação e uso da araucária, gerando orientações para uso sustentável do pinhão, manejo da paisagem, regulamentações sobre época e intensidade de coleta e ações de fomento de uma cadeia produtiva sustentável.

“Diante do cenário de paisagem em que se encontra a araucária, com remanescentes florestais distribuídos de forma extremamente fragmentada, são fundamentais informações sobre a espécie, para que sejam delineados planos que garantam a continuidade de suas populações”, alerta o coordenador.

Mais informações: Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais / (48) 3721-5322 / msedrez@gmail.com

Por Fernanda Burigo / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Saiba Mais:

A araucária

O pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia) é a única espécie do gênero araucária encontrada no Brasil. Esta árvore é símbolo do estado do Paraná e das cidades de Curitiba e Araucária. A distribuição se concentra nos estados do Sul do Brasil, mas também ocorre em regiões mais altas do Sudeste, com exceção do Espírito Santo, e em pequenas manchas na Argentina e no Paraguai.

É a espécie que prevalecia na Floresta Ombrófila Mista e possui grande importância ecológica. Seus pinhões servem de alimento para pequenos animais no inverno, época do ano com escassez de frutos e néctares.

Reservas esgotadas

Historicamente a araucária foi alvo de exploração predatória devido ao seu valor madeireiro. A Floresta Ombrófila Mista, formação típica da espécie, que representava aproximadamente 30% da cobertura florestal de Santa Catarina no século XIX, também foi reduzida e fragmentada por conta da expansão da fronteira agrícola e pecuária no século XX. Essa destruição ocorreu em todo Sul do Brasil. Atualmente, os remanescentes florestais de araucária representam apenas 1 a 4% da sua área de ocorrência inicial.

Produto madeireiro

A exploração da araucária, concentrada entre o início do século XX e a década de 1970, teve impactos expressivos na economia brasileira. Por um longo período foram exportadas madeiras serradas e laminadas para vários países. Esta ação intensificou-se a partir de 1934, tendo seu auge nas décadas de 50 a 70, e fez com que as reservas fossem praticamente esgotadas em São Paulo. Estima-se que entre 1958 e 1987 foram exportados mais de 15 milhões de m³ de madeira, fazendo com que a araucária fosse o produto madeireiro mais importante do Brasil até a década de 70.

Ameaça de extinção

Como consequência dessa exploração, associada à destruição parcial do ambiente em que se desenvolve a araucária, a espécie está ameaçada, segundo Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. É classificada como vulnerável na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção do Estado do Paraná e como criticamente ameaçada pela Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas da International Union for Conservation of Nature (IUCN).

Pinhão

O uso do pinhão como fonte de alimento é uma característica cultural forte. Essa semente é aproveitada desde os povos indígenas que habitavam as áreas de ocorrência da araucária. O pinhão é também uma importante fonte de renda para agricultores familiares. Muitos proprietários rurais mantêm e manejam populações de araucária em suas propriedades não apenas pelo significado cultural e valor alimentício, mas também pela possibilidade de geração de renda.

Dados do IBGE indicam que foram retiradas, no ano de 2007, na região Sul do Brasil, 4.615 toneladas de pinhão, que rendem preço médio de R$ 1,13 o quilo. O maior volume de comercialização ocorre nos meses de junho e julho, já que o pinhão é componente essencial em festas do Sul do país e juninas.

Fonte: Projeto ´Fundamentos para a conservação da araucária e uso sustentável do pinhão`:

Saiba Mais:

Objetivos Gerais:

– Fundamentar ações para uso sustentável do pinhão em remanescentes florestais com Araucária angustifólia em Santa Catarina.

– Estudar estratégias e modelos de conservação e domesticação para Araucária angustifólia em Santa Catarina

Objetivos específicos:

– Caracterizar a estrutura populacional de Araucária angustifólia em Santa Catarina

– Avaliar a regeneração natural e crescimento do diâmetro dos indivíduos em populações da espécie

– Avaliar o padrão espacial de Araucária angustifólia

– Avaliar aspectos da fenologia reprodutiva em populações da espécie

– Avaliar a produtividade de pinhões em populações de araucária em duas regiões de Santa Catarina

– Caracterizar a diversidade e estrutura genética em populações da espécie em Santa Catarina

– Caracterizar a estrutura genética interna (escala fina) da espécie

– Caracterizar o fluxo gênico histórico e contemporâneo em populações da espécie

– Estudar ocorrência local de variedades / tipos (variação intra-específica), e suas variações morfológicas, em populações de Araucária angustifólia

– Analisar o conhecimento a respeito de variações de manejo e unidades de paisagem relacionadas aos tipos

– Inferir sobre os graus distintos de domesticação da espécie e as

características que têm sido modificadas por ações humanas

– Avaliar o impacto da extração de pinhões sobre a fauna

– Identificar e analisar os canais de comercializações e a cadeia produtiva do pinhão em Santa Catarina

Leia outras matérias de pesquisa:

– Tese gera fundamentos para regulamentação do uso da bracatinga, espécie nativa da Mata Atlântica

– Tese comprova potencial do “asfalto de borracha”

– Método de controle da gordura trans desenvolvido na UFSC é premiado

– Projeto do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos valoriza derivados da abóbora

– Estudo traça perfil de jogadores brasileiros que foram para grandes times de outros países

– Tese mostra que fazendas produtoras de madeira de reflorestamento podem colaborar com recomposição da fauna e flora

– UFSC constrói centro avançado de petróleo, gás e energia no Sapiens Parque

– Estudo sobre trabalho doméstico recebe menção honrosa no Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero

– UFSC amplia estrutura laboratorial para monitoramento de ambientes aquáticos

Por que rotular a revisão da Lei de Direitos Autorais no Brasil?

01/07/2010 18:46

Por Marcos Wachowicz

O Brasil vivencia um amplo processo de revisão da lei autoral, que agora se encontra aberto à sociedade com a consulta pública que o Governo Federal do texto base para a alteração da Lei de Direito Autoral (Lei nº 9.610/98), elaborado por uma pluralidade de especialistas por solicitação do Ministério da Cultura.

A consulta pública é, sem dúvida, uma oportunidade ímpar para a discussão democrática e o aprimoramento sobre qual tutela jurídica seria a mais adequada aos direitos autorais em face das novas tecnologias, do acesso à cultura e das novas formas de criação.

Por que rotular? E qual a necessidade de se criar estereótipos?

O processo de revisão da lei necessita de mecanismos que promovam informação e possibilitem o entendimento para formulação de conceitos novos, que enfrentem a complexidade do uso das novas tecnologias, que permitam o desenvolvimento das potencialidades do ser humano na sociedade da informação.

Com certeza, o primeiro passo não pode ser o exercício de se rotular ou criar estereótipos.

O editorial do jornal O Globo do último domingo, sob o título “Os perigos na alteração da lei autoral”, linearmente rotula a proposta de mudança como sendo notabilizada por um pensamento dirigista e intervencionista polarizado pelo Ministério da Cultura para mal informados, e que, portanto, tem de ser examinada e debatida com a atenção e profundidade necessárias.

A princípio há que se ter claro que, a oportunidade de revisar a legislação autoral não pode ser afastada sob o manto do medo e dos perigos de se almejar a modernização do sistema legal.

Igualmente a oportunidade de revisar a lei autoral brasileira por meio de uma análise profunda não deve se pautar em pensamentos reducionistas, que buscam antes de tudo rotular ideologicamente a proposta para desqualificá-la, ou o que é pior ainda, que a iniciativa de revisão já amplamente discutida e aguardada pela sociedade brasileira nos últimos anos seja tratada como mais uma questão político-partidária dentro de um ano eleitoral.

Com efeito, tudo isto torna difícil uma atenção e uma informação adequada sobre as questões realmente importantes e centrais da proposta de revisão.

O movimento para a revisão da lei brasileira não é fato isolado no cenário internacional.

Brasil e Alemanha inauguraram no dia 14 de junho, oficialmente, o debate sobre revisão das respectivas leis de Direitos Autorais.

No Brasil, o Governo Federal colocou em consulta pública o texto base da reforma da lei autoral e, na Alemanha, a Ministra da Justiça Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, pronunciou na Academia de Ciências de Brandenburg, em Berlim, um discurso notável sobre a necessidade de reforma do Direito de Autor alemão.

No entendimento da Ministra da Justiça alemã a principal questão é a necessária adaptação da lei à realidade da Internet; nesse sentido é que está sendo elaborado naquele país o 3º pacote legislativo nesta matéria, a partir da transposição da Diretriz sobre os Aspectos do Direito de Autor e Direitos Conexos na Sociedade da Informação.

Os debates na Alemanha se assemelham em muito aos que estão sendo desenvolvidos e travados no Brasil. A questão crucial na Alemanha é como proteger a propriedade intelectual como um pré-requisito para a diversidade cultural, a criatividade e o desempenho acadêmico. Ficou patente que não se pode na Sociedade da Informação linearmente transferir os instrumentos jurídicos concebidos a mundo analógico para o mundo digital.

É fato que os opositores da revisão da lei fundamentam sua argumentação nos perigos de que, com a digitalização, todos os conteúdos protegidos por direitos autorais se multiplicarão massivamente na internet de forma absolutamente descontrolada. Porém, não se pode negar que a digitalização dos conteúdos intelectuais (estejam ou não protegidos pelo Direito Autoral) e sua difusão pela Internet criam um enorme potencial social de acesso ao conhecimento, à educação, ao intercambio cultural.

A oportunidade de revisar a legislação autoral não pode ser tolhida apenas sob o temor do risco de digitalização.

O que estamos vendo na internet é o surgimento de novas formas de uso criativo de obras intelectuais dentro das redes sociais e das comunidades virtuais.

É preciso ficar claro que a Internet aproxima o autor com o seu público sem a necessidade de intermediários.

A tecnologia da informação possibilita um constante dialogo entre autores/criadores com seus leitores. Torna-se cada vez mais comum, o estabelecimento de um contato direto com autor, no sentido de se solicitar deste que venha liberar o uso parcial de um texto ou a cópia de uma foto.

O direito de autor não pode ser considerado um estado de exceção para fundamentar posições extremas, como aquelas contidas nas inúmeras campanhas antipirataria nas quais se pretende introduzir o medo em pessoas comuns, com a indução do entendimento de que estariam se transformando em falsificadores, piratas e criminosos, pelo simples fato de utilizar os recursos tecnológicos disponíveis em seus computadores, celulares, Ipods, câmeras de vídeo. Tudo na esperança de dissuadir todos os usuários da internet, numa visão apocalíptica de que, se não agirem desta maneira, estaremos todos acabando com o direito autoral e com o desenvolvimento.

A bem da verdade, o ato de rotular ou estereotipar, antes de analisar e informar, sempre evocam visões distorcidas da realidade e apocalípticas de um futuro que, se tornam instrumentos poderosos para manter modelos de negócios ultrapassados, com o intuito de colocar toda uma sociedade sob uma pressão, e assim, torná-la refém, sob o manto da ignorância e da desinformação, como sendo toda ela potencialmente criminosa por atos de pirataria. Tudo para impedir que as pessoas experimentem novas formas de criar, de usar e de transformar criativamente músicas e imagens.

O Direito Autoral e o desenvolvimento

O direito autoral na sociedade da informação deve ser sim um instrumento de desenvolvimento que venha ampliar políticas públicas de difusão da cultura, promovendo a educação e o conhecimento.

A dimensão pública do direito autoral tem papel preponderante quando se aborda a questão de políticas públicas para a preservação cultural e promoção da diversidade cultural do povo brasileiro.

Isto porque a preservação do patrimônio cultural do país passa necessariamente pela criação e manutenção de políticas públicas que fomentem a diversidade cultural, e o direito de autor deve servir como um instrumento legal de sustentação destas políticas.

Se pensar de maneira inversa, ou seja, de que o bem intelectual é um produto das indústrias criativas que será posteriormente consumido pelas massas, pela sociedade, estaremos reduzindo a obra intelectual a mero bem de consumo. Ora, o bem intelectual não é um bem de consumo, tal qual um eletrodoméstico, porque ele tem valores e significados culturais que extrapolam uma relação privada de consumo, que é justamente aquilo que faz com que o direito de autor não seja banalizado. Vale dizer: a expressão artística e cultural que tem de estar presente na obra.

A preservação da diversidade cultural é de fundamental importância, e com uma legislação inadequada, poder-se-á correr o risco de retirar do povo o direito de criar a sua própria cultura, bem como negar à sociedade a condição básica de acesso a essa cultura. Pode-se mesmo chegar ao ponto de suprimir-se a existência de uma cultura de massa advinda da base popular, dos próprios indivíduos que integram esta massa como criadores de seus próprios bens culturais.

O Estado tem um papel importantíssimo de proporcionar o surgimento destes espaços culturais de criação, e também de proporcionar a recuperação do espaço público de discussão e tratamento do bem intelectual que cada vez mais se torna privatizado. Além de traçar políticas públicas que sejam portadoras de principio democráticos, de inclusão política, tecnológica e cultural do cidadão.

Assim a proposta de Revisão da Lei de Direitos Autorais pretende promover o equilíbrio entre interesses público e privado, harmonizando as limitações da lei brasileira com a realidade social, econômica e cultural do país, sem descumprir com os compromissos internacionais do Brasil. E, dotar o artigo 46 de clareza para facilitar o seu entendimento pela sociedade.

Marcos Wachowicz

Professor de Direito da UFSC

Centro de Ciências Jurídicas

Florianópolis/SC – Brasil

CEP. 88.036.970

fone:(55)48-3721-9292

www.cpgd.ufsc.br

www.direitoautoral.ufsc.br

Artista total Cozarinsky fala hoje na UFSC sobre contaminação na arte

01/07/2010 12:40

O público de Florianópolis tem a oportunidade de ouvir hoje, quinta-feira, às 18h30min, pela primeira vez em Santa Catarina, o multiartista e pensador argentino radicado na França Edgardo Cozarinsky. Cineasta, ator, romancista, contista, dramaturgo e ensaísta, o premiado Cozarinsky vai expor sua estética inovadora na conferência “Elogio da Contaminação”, dentro do Ciclo O Pensamento no século XXI, promovido pela Secretaria de Cultura e Arte em parceria com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFSC. A conferência ocorre no Bosque da Ilha, no segundo andar do Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

Durante a Mostra Cozarinsky, promovida pelo Curso de Cinema no auditório do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC a título de ilustração à conferência, estão sendo exibidos desde o dia 30 algumas das mais representativas obras do cineasta, como A guerra de um homem só ou Boulevares do crepúsculo. O próprio Cozarinsky participa do encerramento da mostra na sexta-feira, dia 2, às 18h30min, no mesmo auditório, com a projeção de Apontamentos para uma biografia imaginada, seu filme de2010. Ao final, os espectadores terão a oportunidade de conversar com este sofisticado criador, dublê de cineasta experimental e de escritor.

Em crítica ao primeiro desses filmes, que narra a ocupação de Paris sob os alemães, mas que é uma poderosa reflexão sobre o poder e a história, Pascal Bonitzer considera que “Cozarinsky inverteu – genialmente, não hesito em dizê-lo – o princípio do documentário: aqui são as imagens que constituem o comentário da voz. […] Daí resulta paradoxalmente que este filme expressamente baseado em mentiras (pelo menos em dois tipos de mentira: aquelas, triviais, da propaganda, e as mais sutis da literatura) surja como a descrição mais verdadeira, mais rica e a mais cativante da época da Ocupação.”

A promoção é iniciativa da Secretaria de Cultura e Arte juntamente à Pro-Reitoria de Pós-Graduação da UFSC, como parte do ciclo Pensamento do século XXI.

Sua estética tem a importância de criar cinema no paradoxo contemporâneo de fazer a arte do novo e do arquivo. O cinema de Cozarinsky revela a imagem no sentido do movimento e da memória, do presente e da história. Sobre essa estética o professor Raul Antelo, consultor da mostra e interlocutor de Cozarinsky na conferência de hoje escreve:

– Na semana passada, estiveram reunidos em Serpa, no Alentejo, um grupo de cineastas experimentais para pensarem a questão da imagem-arquivo. Tratava-se, segundo os organizadores, de um tema encontrado, um ready-made, para problematizar o filme-compilação ou filme-de-montagem, que atravessa a história do cinema, a partir das vanguardas dos anos vinte. Um século de imagens narrado a partir de imagens anteriores, dando ênfase à teoria da ´imagem em movimento´. O desafio era, portanto, tomar a imagem-arquivo, em parte como uma imagem ´de arquivo´, mas também como uma imagem nova, uma releitura da História que, realizando-se, anula, ao mesmo tempo, o próprio objetivo histórico, como no cinema de Yervant Gianikian e Angela Ricci-Lucchi ou no de Edgardo Cozarinsky, cineastas que tendem uma ponte que vai de Jean-Luc Godard a Harmut Bitomsky. Todos esses artistas, presentes em Serpa têm um ponto em comum: o arquivo é o lugar do qual eles partem, como antes deles, e na arte, Warburg ou Richter.

Data:

1° de julho, quinta, às 18h30, no auditório do Bosque da Ilha, do Centro de Cultura e Eventos, conferência Elogio da contaminação com Edgardo Cozarinsky.

2 de julho, sexta, às 18h30 – Filme: Apuntes para una biografía imaginada (2010), com a presença de seu autor, Edgardo Cozarinsky.

Por Raquel Wandelli/jornalista na Secarte

Copa do Mundo ajuda no trabalho da Clínica de Odontopediatria da UFSC

01/07/2010 11:08

Em clima de Copa do Mundo, a clínica de Odontopediatria da UFSC decorou seu espaço e na terça-feira (29/6) atendeu as crianças com bandeiras do Brasil e enfeites verdes e amarelos. Todo o semestre, em uma das aulas desta disciplina da 8ª fase do Curso de Odontologia, o ambiente é enfeitado. No segundo semestre, em geral essa dinâmica acontece na semana do dia das crianças.

Os atendimentos são gratuitos e ocorrem nas terças e quartas-feiras, de 13h30min a 17h. São feitas, em média, 90 consultas por dia – sempre agendadas – mas também há o setor de urgência. Na clínica os tratamentos variam entre profilaxia, extração de dentes, tratamento de canal e até cirurgias. As consultas são feitas em duplas e orientadas por seis professores e uma psicóloga. “Ter uma psicóloga aqui é o nosso diferencial”, afirma a professora Joeci de Oliveira.

“Até essa fase os alunos nunca tiveram contato com crianças e não sabem como começar. Há crianças hiperativas, outras estão com medo. Ás vezes, os próprios alunos têm mais que elas”, explica a psicóloga Rosa Maria Areal. Para acabar com o medo dos pacientes, a psicóloga orienta os alunos e ensina técnicas de relaxamento, como brincadeiras, técnicas de respiração, como contar histórias e um trabalho com um álbum de fotos que ajuda as crianças a entenderem melhor o que é cada tratamento.

“A consciência corporal é muito importante. Muitas crianças não sabem o que têm na boca. Nós usamos espelhos e luz para que elas conheçam e tenham mais noção desta parte do corpo, e consequentemente percam o medo”, afirma Areal. Também são utilizadas técnicas de remoção de hábitos – parar de chupar o dedo, chupeta e o uso da mamadeira.

O trabalho com crianças pode ser bastante complicado. Em alguns casos, além do medo da criança, há a insegurança da mãe. “Uma criança fácil é como um adulto. É a criança difícil que ensina a gente de verdade. Sem essa experiência aqui, você não conseguiria atender lá fora”, afirma a estudante Ângela Giacomin.

O estudante Milton Cougo acredita que para trabalhar com odontopediatria é preciso realmente gostar. A situação clínica e emocional é muito difícil, em sua opinião. “Houve um caso em que a criança não parava de gritar e não foi possível realizar o tratamento de canal”, lembra.

Larissa Valente, uma das pacientes da terça-feira passada (29/6), foi extrair o dente. A pequena paciente já foi atendida pela clínica pelo menos cinco vezes. “Eu estou sempre calma, mas hoje fiquei nervosa para tirar o dente. Eles me contaram uma história e a anestesia nem doeu”, contou Larissa. Sua mãe, Elaine Cristina Valente, que tem mais duas filhas, se sente beneficiada pelo serviço. Os alunos também aprovam a experiência: “É muito gratificante chegar ao final do semestre e ver todo o aprendizado e superação”, diz Cougo.

Mais informações pelo telefone (48) 3721-9532.

Por Fernanda Burigo / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Fotos: Maria Luiza Gil

Curso gratuito para professores de matemática do ensino médio

30/06/2010 18:01

O Departamento de Matemática da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceira com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), promoverá o Curso de Atualização para Professores de Matemática do Ensino Médio no Estado do Santa Catarina. Podem participar professores que atuam no ensino médio nas escolas públicas e privadas.

O curso é gratuito e será ministrado de 19 a 23 de julho, no Departamento de Matemática da UFSC. As inscrições podem ser feitas até o dia 14 de julho, no site www.mtm.ufsc.br/ensinomedio.

A programação pode ser conferida no endereço www.mtm.ufsc.br/ensinomedio/programacao-jul-2010.pdf.

Mais informações pelo telefone (48) 3721-9221 ou pelo e-mail ensinomedio@mtm.ufsc.br.

Margareth Rossi/Jornalista da Agecom

Ministério da Ciência e Tecnologia aprova R$ 8,9 milhões para laboratórios e equipamentos de pesquisa na UFSC

30/06/2010 16:44

Laboratório Central de Microscopia Eletrônica

Laboratório Central de Microscopia Eletrônica

A UFSC obteve 8,9 milhões no último edital do CT-Infra, Fundo de Infraestrutura do Ministério da Ciência e Tecnologia. Os recursos são direcionados a viabilizar compra de equipamentos, implantação, ampliação e modernização de laboratórios de pesquisa em instituições públicas de ensino superior.

Entre 10 subprojetos encaminhados pela UFSC à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), agência do MCT, oito foram aprovados. Os recursos permitirão a implantação do Instituto do Mar e Biodiversidade, do Centro de Pesquisa em Energias Renováveis e Práticas Sustentáveis e do Instituto de Pesquisa em Saúde e Medicina Translacional, entre outros núcleos de grande porte direcionados ao desenvolvimento científico e tecnológico (veja relação de projetos aprovados abaixo).

Para pleitear recursos do CT-Infra, a UFSC parte das necessidades e prioridades especificadas em um plano estratégico pensado por uma comissão para que a Universidade amplie seu perfil de excelência na produção de ciência e tecnologia. Em um segundo momento, um outro grupo é formado por professores dos 11 centros de ensino da UFSC e coordenado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão, para elaboração do projeto institucional que é encaminhado ao Ministério de Ciência e Tecnologia.

“O CT-Infra é uma das principais fontes de recursos para infraestrutura da pesquisa de grande porte no país. Esperamos que essa linha de financiamento se mantenha com a regularidade que tem apresentado”, destaca o diretor do Departamento de Projetos de Pesquisa, da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão da UFSC, professor Jorge Mário Campagnolo.

Foi a partir de recursos do CT-Infra, por exemplo, que a UFSC montou seu Laboratório Central de Microscopia Eletrônica (LCME). Inaugurado em 2007, o setor reúne cinco supermicroscópios que permitem a observação de estruturas na escala do nanômetro – o bilionésimo de metro (ou um milímetro dividido um milhão de vezes). O projeto de quase R$ 5 milhões foi financiado pela Finep, por meio do CT-Infra (R$ 4,6 milhões) e contou também com recursos da própria universidade (R$ 400 mil).

“Os recursos do CT-Infra mudaram o perfil da produção científica na UFSC”, complementa o professor Campagnolo, lembrando que boa parte dos projetos é elaborada priorizando a visão de compra de equipamento e implantação de laboratórios multiusuários, que permitem o uso por diferentes equipes e integram pesquisadores de diferentes áreas.

Saiba Mais:

Subprojetos aprovados na Chamada Pública MCT/Finep/ Proinfra / 01-2009

– Sistema Integrado de Biotecnologia / Fase 2 / R$ 1.467.293,00

– Criação do Instituto de Pesquisa em Saúde e Medicina Translacional / R$ 885.271,00

– Complementação e Manutenção do Laboratório Central de Microscopia Eletrônica / R$ 1.028.642,00

– Centro de Pesquisa e Documentação da Universidade Federal de Santa Catarina / R$ 959.895,00

– Centro de Pesquisa Multiusuário em Exercício Físico, Saúde e Desempenho Esportivo / R$ 486.624,00

– Implantação do Centro de Pesquisa em Energias Renováveis e Práticas Sustentáveis / R$ 971.760,00

– Infraestrutura Multiusuária de Caracterização de Nanoestruturas/ R$ 1.787.964,00

– Instituto do Mar e Biodiversidade da Universidade Federal de Santa Catarina / R$ 1.021.419,00

Mais informações:

Professor Jorge Mário Campagnolo / Diretor de Projetos de Pesquisa

Fone: 3721-9437

E-mail: campagnolo@reitoria.ufsc.br

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Fotos: Cláudia Reis / Jornalista da Agecom

Abertas inscrições para o Programa Novos Talentos da Capes

30/06/2010 16:40

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) recebe até o dia 23 de julho propostas de Instituições Públicas de Ensino Superior para o Programa Novos Talentos.

Na UFSC as propostas devem ser encaminhadas ao Departamento de Projetos de Extensão, pelo e-mail dpe@reitoria.ufsc.br, até as 9h do dia 6 de julho, para que possam ser consolidadas no projeto final a ser encaminhado à Capes.

O Edital contempla o apoio a atividades extracurriculares como cursos e oficinas, que deverão ser realizados período de férias das escolas públicas ou em horário que não interfira na frequência escolar.

As ações deverão ocorrer nas dependências de universidades, laboratórios e centros avançados de estudos e pesquisas, museus e outras instituições, inclusive empresas públicas e privadas. O objetivo é colaborar com o aprimoramento e atualização de professores e alunos da educação básica.

As instituições podem enviar um projeto institucional com até quatro subprojetos, cada um deles com três atividades extracurriculares.

Os valores de referência estimados são de até R$ 15 mil por atividade; R$ 45 mil por subprojeto, considerando três atividades; totalizando R$ 180 mil por projeto institucional.

As propostas deverão contemplar:

1. Título do projeto;

2. Informações sobre os participantes, conforme item 3 do Edital (particularmente as escolas parceiras e o público alvo)

3. E-mail e telefone para contato;

4. Endereço para correspondência;

5. Docentes-pesquisadores participantes do(s) grupo(s) proponente(s) com os links dos respectivos currículos lattes;

6. Detalhamento do projeto (justificativa, objetivos, metodologias, tecnologias, ações previstas, estratégias de seleção de participantes, sistemática de avaliação, resultados esperados);

7. Linhas gerais do cronograma a ser cumprido;

8. Orçamento previsto

Mais informações no site http://prpe.ufsc.br/extensao/novos-talentos/.

Luiz Fernando Scheibe recebe carinho e reconhecimento com prêmio Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos

30/06/2010 16:23

Fotos: Maria Luiza Gil / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Fotos: Maria Luiza Gil / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Com o auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas repleto, o professor Luiz Fernando Scheibe recebeu na noite dessa terça-feira, 29/6, o prêmio Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos. Na mesma solenidade, o CFH homenageou outros 15 docentes que em sua trajetória colaboraram com a produção de conhecimentos no campo das ciências humanas, formaram gerações de profissionais, professores e estudiosos.

“Com simplicidade e muito carinho fazemos essa homenagem ao professor Scheibe e a outros pesquisadores que desenvolveram a pesquisa do Centro de Filosofia e Ciências Humanas”, destacou a diretora da unidade, professora Roselane Neckel.

“Nada foi feito sozinho, contou com a colaboração de diversas pessoas, e muitas estão aqui”, disse o professor Luiz Fernando Scheibe, que também agradeceu a sua família a “força, o amor e o carinho”. Sua esposa, Leda Scheibe, filhos e diversos netos acompanharam a cerimônia prestigiada por estudantes e professores do CFH e de outros centros de ensino.

Em sua fala, Scheibe destacou a importância da visão interdisciplinar na abordagem dos desafios que se colocam para as áreas das humanidades. Ressaltou a importância da criação na UFSC do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas. Demarcando seu perfil humanista, defendeu o questionamento das visões de mundo que privilegiam capital e lucro e salientou a necessidade de produção de conhecimentos em benefício da sociedade.

O professor defendeu a redefinição das relações de poder e a superação dos preconceitos. Scheibe recuperou a colaboração de colegas pesquisadores do Centro de Filosofia e Ciências Humanas no levantamento de desafios a serem enfrentados no século XXI e lamentou cenários atuais que demonstram o “triunfo de velhas barbáries”.

Citou preocupações clássicas de sua área, a geografia, como o êxodo rural, a pauperização das famílias camponesas, o crescimento desordenado das cidades, as tragédias climáticas, a enganosa defesa de posições individuais para solução de problemas globais, como as mudanças climáticas. E reafirmou a necessidade de assegurar o desenvolvimento humano a partir de uma perspectiva interdisciplinar, da visão de “civilizar a terra” .

O reitor Alvaro Prata parabenizou o Centro de Filosofia e Ciências Humanas por inovar na entrega do prêmio Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos, homenageando um conjunto de docentes. Destacou a dedicação de Luiz Fernando Scheibe e lembrou de sua liderança marcante na implantação do recente curso de Geologia da UFSC. Salientou também a visão humanística do professor, seu esforço em defesa das causas sociais e na formação de recursos humanos.

Convidada a falar sobre o colega, a chefe do Departamento de Geociências, professora Ângela da Veiga Beltrame, apresentou a trajetória de Luiz Fernando Scheibe, que nasceu no Rio Grande do Sul e veio para Florianópolis em 1965, para trabalhar no antigo Laboratório de Solos, da Secretaria de Agricultura de Santa Catarina. Scheibe entrou na UFSC em 1966, como assistente da cadeira de geologia, pouco depois fez concurso e tornou-se professor da instituição, construindo sua trajetória acadêmica e de pesquisador.

Professores homenageados pelo Centro de Filosofia e Ciências Humanas:

– Luiz Fernando Scheibe – Admissão na UFSC: 1966

– Sílvio Coelho dos Santos – Admissão na UFSC: 1961 (in memoriam)

– Gerusa Maria Duarte – Admissão na UFSC: 1969

– Remy José Fontana – Admissão na UFSC: 1976

– Mara Coelho de Souza Lago – Admissão na UFSC: 1969

– Selvino José Assmann – Admissão na UFSC: 1976

– Rafael Raffaelli – Admissão na UFSC: 1980

– Ilse Scherer Warren – Admissão na UFSC: 1983

– Joana Maria Pedro – Admissão na UFSC: 1983

– Esther Jean Langdon – Admissão na UFSC: 1982

– Rafael José de Menezes Bastos – Admissão na UFSC: 1984

– Paulo Henrique Freire Vieira – Admissão na UFSC: 1982

– Maria Bernadete Ramos Flores – Admissão na UFSC: 1987

– Walquíria Krüger Corrêa – Admissão na UFSC: 1984

– Alberto Oscar Cupani – Admissão na UFSC: 1980.

O Prêmio Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos

Integrado à agenda de comemorações dos 50 anos da Universidade Federal de Santa Catarina, o prêmio é um reconhecimento a docentes da instituição por suas contribuições para o avanço do conhecimento e formação de recursos humanos.

Já foram premiados os professores Raul Antelo (Centro de Comunicação e Expressão), Wagner Figueiredo (Centro de Ciências Físicas e Matemáticas), Markus Vinícius Nahas (Centro de Desportos); Ivete Simionatto (Centro Sócio-Econômico) e Luiz Fernando Scheibe (Centro de Filosofia e Ciências Humanas).

Até o final do ano, mais seis pesquisadores serão homenageados, contemplando os 11 centros de ensino da universidade. A promoção do prêmio é da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão da UFSC.

Mais informações sobre o Prêmio Destaque Pesquisador:

Professor Jorge Mário Campagnolo – Diretor de Projetos de Pesquisa

Fone: 3721-9437

E-mail: campagnolo@reitoria.ufsc.br

Professor Ricardo Rüther – Diretor do Núcleo de Apoio e Acompanhamento

Fone: 3721-9846

E-mail: ruther@reitoria.ufsc.br

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Fotos: Maria Luiza Gil / Bolsista de Jornalismo na Agecom

UFSC expõe experiências com estágios no maciço do Morro da Cruz

30/06/2010 13:25

As relações e trocas entre professores da rede estadual de ensino e estagiários de cursos de licenciatura da Universidade Federal de Santa Catarina vêm facilitando a rotina nas escolas do maciço do Morro da Cruz, em Florianópolis. “Como as escolas estão abandonadas e enfrentam problemas como falta de material, estrutura precária, salários baixos e deficiências de atualização, o estágio representa uma esperança para os professores, porque agrega novos conhecimentos e práticas de ensino e dá mais ânimo para quem está em sala de aula”, afirma o professor Fábio Machado Pinto, do Centro de Educação da UFSC.

Parte do resultado dessa experiência está sendo exibida na Mostra Ambiental das Escolas do Maciço do Morro da Cruz, uma exposição montada no hall da reitoria da UFSC que vai até dia 2, sexta-feira, reunindo cerca de 40 trabalhos de professores e alunos e um painel histórico das seis edições anteriores do evento. Hoje (30/06), a partir das 19h, no auditório da reitoria, ocorre a mesa redonda “Os projetos da UFSC no maciço do Morro da Cruz”, que vai apresentar as experiências de grupos de pesquisa, laboratórios e núcleos que desenvolveram ou desenvolvem projetos de extensão nesta área da capital catarinense.

Os professores e estagiários presentes no painel desta manhã, que fez parte da programação da mostra, relataram episódios envolvendo especialmente atividades na área da educação física. Nas escolas Lucia Mayvorne (no maciço), Celso Ramos (centro) e Getúlio Vargas (Saco dos Limões), os estagiários notaram o apreço dos alunos pela escola, mas uma grande falta de capacidade de concentração, o que dificulta o aprendizado, e a aceitação da violência como condição para a própria sobrevivência no ambiente onde estão inseridos.

De qualquer maneira, diz Fábio Pinto, quando o estagiário apresenta novas opções de atividades – como xadrez e pingue-pongue – a reação é positiva e a adesão das crianças e adolescentes é maior. Um dos coordenadores da mostra e do fórum, ao lado da professora Luciana Mercassa, ele diz que a relação da UFSC com as escolas, professores e alunos é horizontal, sem imposições, o que facilita a troca de experiências e a busca de melhores condições de trabalho. É neste sentido que se rompem muitas barreiras para as práticas corporais, a dança e o esporte em geral.

A Mostra Ambiental das Escolas do Maciço do Morro da Cruz está sendo realizada sob a coordenação da Comissão de Educação do Fórum do Maciço do Morro da Cruz e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sociedade Contemporânea do CED.

Mais informações com a professora Luciana Marcassa, do CED, pelo fone 3721-2216 ou pelo e-mail lumarcassa@hotmail.com

Por Paulo Clovis/jornalista na Agecom

Mostra de Cinema Infantil tem encerramento com show de Arnaldo Antunes

30/06/2010 12:58

Após duas semanas de muita cultura, cinema e pipoca na 9ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, crianças e adultos divertem-se juntos no próximo domingo ao som do projeto Pequeno Cidadão. O show liderado pelo ex-titã Arnaldo Antunes marca o encerramento da Mostra e acontece no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC) neste domingo, 4/7, em dois horários: às 15h e às 18h.

Pequeno Cidadão é um show para crianças criado por quatro artistas de projeção nacional, a partir das músicas que criaram no convívio com os filhos, para fazê-los ninar, comer, brincar. Arnaldo Antunes divide o palco com Edgard Scandurra(ex-Ira!), Taciana Barros (ex-Gang 90) e Antonio Pinto (filho do cartunista Ziraldo e autor de inúmeras trilhas para cinema) tocam acompanhados de seus filhos em um show pra lá de animado e que pode ser curtido por toda a família.

As composições são fruto da vivência dos músicos como pais e como temas os truques para fazer os pequenos caírem no sono, pularem no sofá, tomarem leitinho, darem tchau à chupeta e até gostarem de lagartixa e rock`n`roll, e festejarem o brilho do Sol e da Lua e o canto do Uirapuru.

Recém-lançado, o CD ´Música psicodélica para crianças` alterna ritmos variados, de baladinhas ao forró e o pop rock.

Além dos idealizadores, o show conta com Andrei Ivanovic no baixo, Guilherme Ribeiro nos teclados, Mauricio Alves na percussão, Daniel Scandurra no violão e vocais, além dos músicos infantis: Luzia Silva (filha de Taciana Barros), Joaquim, Estela e Lucas (filhos de Edgard Scandurra), Brás e Tomé (filhos de Arnaldo Antunes) e Manuela e

Joaquim (filhos de Antonio Pinto).

Os ingressos para o show Pequeno Cidadão estão à venda nas bilheterias do TAC, do Teatro Pedro Ivo e do Centro Integrado de Cultura (CIC) e custam R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia).

Anúncio dos premiados

Antes do show serão anunciados os grandes vencedores da 9ª Mostra. No total, 73 curtas-metragens de 14 estados brasileiros concorrem a quatro prêmios-aquisição conferidos pela TV Brasil. A parceria com a emissora pública federal permitiu ampliar a premição este ano e elevá-la a um valor inédito no histórico da Mostra, que soma R$ 20 mil.

As categorias de Melhor Ficção e Melhor Animação serão escolhidas por um júri formado por profissionais de Cinema e Educação. O Melhor Filme será definido pelo júri popular; o Prêmio Especial, por um júri formado exclusivamente pelas crianças.

Neste domingo também será conhecido o projeto de longa-metragem vencedor do 3º Pitching, que terá participação assegurada no Fórum de Financiamento do BUFF Festival de Malmö, na Suécia, um importante canal no mercado audiovisual para a busca de financiamento estrangeiro e distribuição do filme no exterior.

Seis projetos são candidatos a buscar coprodução internacional: “As aventuras do avião vermelho” (RS), “A oitava princesa” (SP), “Corda bamba” (RJ), “O menino no espelho (MG), “O segredo do violinista” (SP) e “Teca e Tuti: Uma noite na biblioteca” (SP).

Os jurados do 3º Pitching avaliaram os candidatos no último sábado, em apresentação pública no Majestic Palace Hotel. A defesa dos projetos envolveu explanações sobre personagens, enredo, linguagem, estrutura narrativa, abordagem estética, parcerias já firmadas, além do estágio de desenvolvimento do projeto. Coordenada pela diretora do Festival Internacional de Cinema Infantil do Rio de Janeiro, Carla Esmeralda, a banca tem o desafio de identificar o filme de maior vocação para o mercado europeu.

Para o representante do BUFF Festival da Suécia, Mikael Svensson, o profissionalismo e a qualidade dos projetos apresentados tornam a tarefa difícil. “Antes de chegar aqui eu não esperava ver tanta qualidade nos projetos apresentados. Todos eles estão muito bem desenvolvidos, são projetos ambiciosos, e já estão muito bem orçados”,

destaca Svensson, que também atua como o representante sueco da Film Commission na Europa.

Mais informações: www.mostradecinemainfantil.com.br e imprensa@mostradecinemainfantil.com.br.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Mostra de Cinema Infantil

Cozarinsky, multiartista sem fronteiras, faz conferência nesta quinta na UFSC

30/06/2010 12:06

Nos últimos dois anos, ele alcançou brilhantismo em todos os gêneros literários e artísticos a que se dedicou, a ponto de as publicações culturais de circulação internacional elegerem 2010 como “o ano Cozarinsky”. Esse premiado escritor, cineasta, ator, dramaturgo e ensaísta, é o próximo convidado do ciclo O Pensamento no Século XXI, promovido pela Secretaria de Cultura e Arte e Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFSC. No dia 1° de julho, às 18h30, no Centro de Cultura e Eventos (segundo andar, Bosque da Ilha), Edgardo Cozarinsky profere a conferência ´Elogio da Contaminação` e no dia 2, também às 18h30, no auditório do Centro de Comunicação e Expressão, apresenta seu último filme, ´Apontamentos para uma biografia imaginária` (2010).

Autor de uma filmografia de marcada personalidade, o diretor será homenageado ainda pelo Ciclo Cozarinsky, que o Curso de Cinema da UFSC promove de 23 a 30 de junho, também no CCE, como parte da programação do Cineclube Rogério Sganzerla e da IV Semana de Cinema.

A título de preparação para a conferência, a mostra vai exibir cinco de seus filmes (com legendas em inglês ou espanhol), sucedidos por sessões de debate com comentários dos professores Raul Antelo (consultor do Ciclo O Pensamento no Século XXI), Joca Wolf, Jair Fonseca, Antônio Carlos dos Santos e Felipe Soares, conforme o cronograma abaixo.

Exemplos privilegiados da absoluta insustentabilidade da oposição entre “ficção e documentário” e entre as linhas de tempo, seus filmes encenam a defesa da contaminação cultural. “Mesmo nas descrições ou nas falas dos personagens, tempos e lugares costumam se misturar despudoradamente”, explica Soares, organizador da mostra.

Nascido em Buenos Aires em 1939, mas radicado em Paris desde 1974, quando recebeu um prêmio, Cozarinsky notabilizou-se este ano pela produção nas diversas expressões de sua maestria: no conto, com ´Burundanga`; no romance, com ´Lejos de donde`; no cinema, com ´Apontamentos para uma biografia imaginária` e no ensaio, com ´Blues`.

Responsável por uma vasta e transformadora obra, destacou-se em 2009 e 2010 pela publicação de ´Borges em/e/sobre cinema` (Iluminuras), que reúne ensaios e conversas com Jorge Luís Borges; ´A noiva de Odessa` (traduzido por Samuel Titã na revista Piaui) e ´Vodu urbano`, com prefácio de Susan Sontag (Iluminuras). Ainda em 2010 publicou, ´Galáxia Kafka`. A busca de uma linguagem própria, a reflexão política, a mescla de gêneros e formatos, a elegância e o refinamento de estilo marcam sua escrita.

Programação Cozarinsky:

– 23/06, quarta, às 18h30 – Filme: Bulevares do crepúsculo (1992); Debatedor: Prof. Luiz Felipe Soares

– 24/06, quinta, às 18h30 – Filme: Guerra de um homem só (1982); Debatedor: Prof. Raul Antelo

– 28/06, segunda, às 18h30 – Filme: Fantasmas de Tanger (1998); Debatedor: Prof. Jorge (Joca) Wolff

– 29/06, terça, às 18h30 – Filme: Ronda noturna (2005); Debatedor: Prof. Jair Tadeu Fonseca

– 30/06, quarta, às 18h30 – Filme: Zweig (1997); Debatedor: Prof. Antonio Carlos Santos

– 1° de julho, quinta, às 18h30, no auditório do Centro de Eventos, conferência Elogio da contaminação, pelo dramaturgo, cineasta e escritor Edgardo Cozarinsky.

– 02/07, sexta, às 18h30 – Filme: Apuntes para una biografía imaginada (2010); Debatedor: Edgardo Cozarinsky.

Por Raquel Wandelli/ Jornalista na SeCarte

www.secarte.ufsc.br

Imprensa Universitária da UFSC comemora 45 anos

30/06/2010 11:47

Fotos: Paulo Noronha/ Agecom

Fotos: Paulo Noronha/ Agecom

Nesta quarta, 30/06, a Imprensa Universitária realizou solenidade comemorativa aos 45 anos de relevantes serviços prestados à UFSC e à sociedade. Além dos resultados e da responsabilidade social do órgão, em pleno funcionamento desde o dia 12 de julho de 1965, o diretor João Luiz Laureano destacou a necessidade urgente de recursos humanos e investimentos em novos equipamentos. A gráfica é responsável por todos os impressos da UFSC e do HU, atendendo igualmente, com qualidade, às demandas da EdUFSC.

Antes dos “parabéns”, a equipe repassou um troféu em homenagem a Paulo Ávila, que há 40 anos atua como gráfico na Imprensa Universitária. A solenidade foi prestigiada por diretores setoriais e pelos pró-reitores João Batista Furtuoso (Infraestrutura), Luiz Henrique Vieira Silva (PRHDS) e Cláudio Amante (Assuntos Estudantis). Nos discursos, um desejo: “vida longa à imprensa”.

Inscrições para Mestrado Profissional em Administração Universitária terminam nesta quarta

30/06/2010 11:22

O Programa de Pós-Graduação em Administração Universitária (PPGAU) da UFSC inicia suas atividades no segundo semestre de 2010, com o oferecimento do Mestrado Profissional em Administração Universitária. Vinculado ao Centro Sócio-Econômico e ao Departamento de Ciências da Administração, o programa é desenvolvido em parceria com a Pró-Reitoria de Desenvolvimento Humano e Social (PRDHS).

As inscrições devem ser feitas até esta quarta, dia 30. São 25 vagas e podem se inscrever para o processo seletivo brasileiros ou estrangeiros residentes no país, que possuam diploma de curso superior. As linhas de pesquisa são ´Universidade e Sociedade` e ´Gestão Acadêmica e Administrativa`. As aulas iniciam no dia 9 de agosto.

Mais informações no site www.ppgau.ufsc.br, ou pelo telefone (48) 3721-6525.