A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo selecionou pela primeira vez em seus 34 anos de existência um longa-metragem catarinense na Mostra Competitiva Novos Diretores. Trata-se do filme “A Antropóloga” de Zeca Nunes Pires, produzido pela Mundo Imaginário e distribuído pela Imagem Filmes.
Para a competição de novos diretores foram selecionados 100 filmes dos mais variados países (Alemanha, EUA, Austrália, Singapura, Portugal, Suiça, Coréia, França, Índia, Irã e outros) e 8 filmes de produção Brasileira. O presidente do juri (veja relação e dados abaixo) é ALAN PARKER, diretor de filmes como: Quando as Metralhadoras Cospem (1975). Dirigiu Asas da Liberdade (1984), vencedor do Grande Prêmio do Júri em Cannes, e foi nomeado para o Oscar de Melhor Diretor pelos longas-metragens O Expresso da Meia Noite (1978) e Mississipi em Chamas (1988). Sua filmografia também inclui Fama (1979); Pink Floyd: The Wall (1982); Os Commitments – Loucos Pela Fama (1991, 15ª Mostra); e A Vida de David Gale (2003, 27ª Mostra). Fundou e presidiu o UK Film Council, órgão do governo britânico para o Cinema, e foi nomeado Cavaleiro da Ordem em 2002 por seus serviços prestados à indústria cinematográfica britânica.
De 22 de outubro a 4 de novembro, acontece em São Paulo a tradicional Mostra Internacional de Cinema. Durante duas semanas, a 34ª Mostra Internacional de Cinema propicia que cinéfilos acompanhem mais de 400 títulos dos mais variados países e de diversas cinematografias que estarão sendo exibidos em mais de 20 espaços, entre cinemas, museus e centros culturais espalhados pela capital paulista.
A seleção que dá um apanhado do que o cinema contemporâneo mundial está produzindo e quais as tendências, temáticas, narrativas e estéticas estão predominando ao redor do mundo. “O Estranho Caso de Angélica”, filme de Manoel de Oliveira coproduzido pela Mostra, abre o evento no próximo dia 21, no Auditório do Ibirapuera. Exposições de fotos de Wim Wenders e de storyboards originais de Akira Kurosawa também são destaques da programação.
Veja: www.mostra.org/index.html e www.aantropologa.com.br
JÚRI
ALAN PARKER
Nasceu em Islington, Londres, em 1944. Iniciou a carreira como redator de publicidade e começou a dirigir comerciais nas décadas de 1960 e 1970. Como romancista e cartunista, publicou os livros Bugsy Malone, Puddles in The Lane e O Beijo do Ladrão e os quadrinhos Hares in the Gate, Making Movies e Will Write and Direct for Food. Em 1974, dirigiu para a BBC o filme The Evacuees. No ano seguinte, realizou seu primeiro longa-metragem, Quando as Metralhadoras Cospem (1975). Dirigiu Asas da Liberdade (1984), vencedor do Grande Prêmio do Júri em Cannes, e foi nomeado para o Oscar de Melhor Diretor pelos longas-metragens O Expresso da Meia Noite (1978) e Mississipi em Chamas (1988). Sua filmografia também inclui Fama (1979); Pink Floyd: The Wall (1982); Os Commitments – Loucos Pela Fama (1991, 15ª Mostra); e A Vida de David Gale (2003, 27ª Mostra). Fundou e presidiu o UK Film Council, órgão do governo britânico para o Cinema, e foi nomeado Cavaleiro da Ordem em 2002 por seus serviços prestados à indústria cinematográfica britânica.
ANA LUIZA AZEVEDO
Nasceu em Porto Alegre em 1959. Foi assistente de direção em filmes como o curta-metragem Ilha das Flores (1989), a minissérie Luna Caliente (2000) e os longas Tolerância (2000, 24ª Mostra), O Homem que Copiava (2003), Bens Confiscados (2004, 28ª Mostra), Meu Tio Matou um Cara (2005) e Sal de Prata (2007). Realizou os programas especiais para a TV Dia de Visita (2001), para a Rede Globo, e O Bochecha (2002), para a RBS. Dirigiu o documentário média-metragem Ventre Livre (1994, 18ª Mostra) e os curtas Barbosa (1988), Três Minutos (1999) e Dona Cristina Perdeu a Memória (2002, 26ª Mostra). Seu longa-metragem Antes que o Mundo Acabe (2009, 33ª Mostra) recebeu seis prêmios no Festival de Paulínia, incluindo Melhor Direção e o Prêmio da Crítica.
CARLO DI CARLO
Crítico e diretor de cinema, nasceu em Bolonha, Itália, em 1938. Começou a trabalhar como crítico de cinema na década de 1950 e foi editor da revista Film Selezioni entre 1959 e 1963. Dirigiu seu primeiro curta-metragem, La ‘menzogna’ di Marzabotto (1961), em resposta a um panfleto neonazista que negava o Massacre de Marzabotto, e estreou como diretor de longas-metragens com Per Questa Notte (1977). Trabalhou como assistente de direção de píer Paolo Pasolini em filmes como Mamma Roma (1962, 26ª Mostra) e A Raiva (1963, 26ª Mostra), e começou a trabalhar com Michelangelo Antonioni in 1965. Foi curador das versões italianas de filmes como Blow Up – Depois Daquele Beijo (1966) e Profissão: Repórter (1975). Começou a dirigir filmes para a RAI nos anos 1970, realizando, entre outros, filmes como L’invasione del Teatro (1979) e La Ragazza con Gli Occhiali Neri (1986). Escreveu e editou vários livros, dedicando parte de sua atividade como crítico e acadêmico à obra de Antonioni. Editou, entre outros, os livros Il Deserto Rosso (1964) e Il Primo Antonioni (1973). Também dirigiu o longa-metragem Un film per Monte Sole. L’uomo la Terra la Memoria (1995) e o documentário Antonioni Su Antonioni (2008), em exibição na 34ª Mostra.
MICHEL CIMENT
Nasceu em Paris em 1938. Um dos críticos franceses há mais tempo em atividade, é editor da revista de cinema Positif. Ao longo de sua carreira, escreveu em outros importantes veículos de crítica, como o jornal Le Monde e as revistas Le Point e Sight & Sound. É presidente honorário da Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema) e desde 1990 atua como consultor na seleção do Festival de Berlim. Leciona como professor honorário de Estudos Americanos na Universidade Paris 7. Escreveu 15 livros sobre cinema e grandes diretores, como o livro de entrevistas Passeport pour Hollywood (1992). Codirigiu quatro documentários biográficos, sobre Elia Kazan, Billy Wilder, Joseph L. Mankiewicz e Francesco Rosi. Foi condecorado Cavaleiro da Legião de Honra da França. Sua carreira é tema do documentário Michel Ciment, A Arte de Partilhar Filmes, de Simone Lainé, exibido na 34ª Mostra.
MIKI MANOJLOVIC
Nasceu em Belgrado, na antiga Iugoslávia, em 1950. Ator sérvio, cresceu em uma família de atores e estudou na School of Dramatic Art em Belgrado. Estrelou várias peças teatrais e filmes do cinema iugoslavo, e tornou-se um dos atores mais célebres do país. Nos anos 1990, ficou conhecido mundialmente, e participou de produções em toda a Europa. Atuou em filmes como Tango Argentino (1992) e A América dos Outros (1995, 19ª Mostra), ambos de Goran Paskaljevic; Quando Papai Saiu em Viagem de Negócios (1985, 25ª Mostra) e Undergroud – Mentiras de Guerra (1995, 19ª Mostra), de Emir Kusturica; Os Amantes Criminais (1999, 23ª Mostra), de François Ozon; Irina Palm (2007, 31ª Mostra), de Sam Garbarski; e A Dama do Mar (2007, 31ª Mostra), de Nora Hoppe. Também participa da 34ª Mostra com ator no longa-metragem Just Between Us, de Rajko Grlic.
SAMUEL MAOZ
Nasceu em Tel Aviv, Israel, em 1962. Em 1982, aos 20 anos, participou da Guerra do Líbano. Depois da guerra, estudou Cinematografia na Universidade de Tel-Aviv, trabalhou como cameraman e como diretor de arte para cinema e TV. Como diretor, associou-se à produção de documentários, séries de TV e peças de teatro. Dirigiu a peça Maestro e Margarita, os filmes para TV The Insufferable Lightness (2005) e The King Lives (1999), e o média-metragem Total Eclipse (2000). Em 2007, começou o processo de produção de Lebanon (2009), seu primeiro longa, exibido no encerramento da 33ª Mostra e vencedor do Leão de Ouro em Veneza. O roteiro, baseado em suas experiências pessoais, descreve o trauma da tripulação de um tanque israelense numa vila libanesa no começo da guerra.
SERGE AVEDIKIAN
Nasceu na Armênia em 1955, estudou no Conservatório de Artes Dramáticas em Meudon, França, e mudou-se para Paris em 1971. Em 1976, criou uma companhia teatral e produziu várias peças, trabalhando sempre paralelamente com teatro, cinema, dirigindo curtas, e como ator de TV. Dirigiu, entre outros, os curtas-metragens M`sieurs Dames (1997), Terra Emota (1999), Lux Aeterna (1999), Ligne de Vie (2003) e Un Beau Matin (2005). Participa da 34ª Mostra com o curta Chienne d`histoire (2010), vencedor do prêmio de melhor curta-metragem no Festival de Cannes, e como ator do filme Vidas Paralelas (2009), de Hovhannes Galstyan.
LISTA DE FILMES CONFIRMADOS
SEÇÃO: Competição de novos diretores
A ANTROPÓLOGA, de Zeca Nunes Pires / BRASIL
A ÁRVORE, de Julie Bertucelli / FRANÇA, AUSTRÁLIA
A CASA DE PALHA, de Yeo Siew Hua / SINGAPURA, NEPAL, MALÁSIA
A ESPADA E A ROSA, de João Nicolau / PORTUGAL, FRANÇA
A GRAÇA, de Bonifacio Angius / ITÁLIA
A ROTA DAS TINTAS, de Pamela Valente / FRANÇA
A VALSA DAS FLORES, de Alyona Semenova, Alexander Smirnov / RÚSSIA
A VIZINHA, de Naghmeh Shirkhan / CANADÁ, EUA
ABEL, de Diego Luna / MÉXICO
ADEUS TIBET, de Maria Blumencron / ALEMANHA
ALÉM DA LUZ, de Ivy Goulart / BRASIL
ALÉM DESTE LUGAR, de Kaleo La Belle / SUÍÇA
AMIZADE!, de Markus Goller / ALEMANHA
AMOR LÍQUIDO, de Marco Luca Cattaneo / ITÁLIA
AZUL DA COR DO MAR, de Donatella Maiorca / ITÁLIA
BEYOND, de Pernilla August / SUÉCIA, FINLÂNDIA
BI, NÃO TENHA MEDO, de Dang Di Phan / VIETNAM, FRANÇA, ALEMANHA
BLOOMINGTON, de Fernanda Cardoso / EUA
BRILLIANTLOVE, de Ashley Horner / REINO UNIDO
CAMPONESES DO ARAGUAIA – A GUERRILHA VISTA POR DENTRO, de Vandré
Fernandes / BRASIL
CLUBE DO SUICÍDIO, de Olaf Saumer / ALEMANHA
COLHEITA, de Marc Meyers / EUA
COMERCIAL, de Alex Miranda / BRASIL
CORAÇÃO ACELERADO, de Eunhee Huh / CORÉIA
DAS KIND – A CRIANÇA, de Yonathan Levy / FRANÇA
DAVID WANTS TO FLY, de David Sieveking / ALEMANHA, ÁUSTRIA, SUÍÇA
DEPOIS DE TODOS ESSES ANOS, de Lim Kah Wai / MALÁSIA, CHINA, JAPÃO
DISTANT THUNDER, de Zhang Jiarui / CHINA
DRAMA, de Matias Lira / CHILE
ELSEWHERE, de Frédéric Pelle / FRANÇA
ESTAÇÕES DE CHUVA, de Majid Barzegar / IRÃ
EU SOU JESUS, de Valerie Gudenus, Heloisa Sartorato / ITÁLIA
EXÉRCITO PERMANENTE, de Thomas Fazi, Enrico Parenti / ITÁLIA
EXIT THROUGH THE GIFT SHOP, de Bansky / REINO UNIDO
FILMANDO HARISCHCHANDRA, de Paresh Mokashi / ÍNDIA
GIGOLA, de Laure Charpentier / FRANÇA
GOL A GOL, de Fábio Allon, Adriano Esturilho / BRASIL
HAMMADA, de Anna Maria Bofarull / ESPANHA
HERMANO, de Marcel Rasquin / VENEZUELA
HISTÓRIAS DA ADOLESCÊNCIA 1 – O FIM DA INOCÊNCIA, de Beatrice Bakhti /
SUÍÇA, HISTÓRIAS DA ADOLESCÊNCIA 2- A CRISE, de Beatrice Bakhti /
SUÍÇA
HISTÓRIAS DA ADOLESCÊNCIA 3 – AS ILUSÕES PERDIDAS, de Beatrice Bakhti /SUÍÇA
HISTÓRIAS DA ADOLESCÊNCIA 4 – ADULTOS MAS NEM TANTO…, de Beatrice
Bakhti / SUÍÇA
HUNTING & SONS., de Sander Burger / HOLANDA
IMAGENS EM PROGRESSO, de Vipin Vijay / ÍNDIA
IRMANDADE, de Nicolo Donato / DINAMARCA
JARDIM SONORO, de Nicola Bellucci / SUÍÇA
JEAN GENTIL, de Laura Amelia Guzmán, Israel Cárdenas / REPÚBLICA
DOMINICANA, MÉXICO, ALEMANHA
JO POR JONATHAN, de Maxime Giroux / CANADÁ
KARMA, de Prasanna Jayakody / SRI LANKA
LOST PARADISE IN TOKYO, de Kazuya Shiraishi / JAPÃO
MERLE HAGGARD: APRENDENDO A VIVER COM SI MESMO, de Gandulf Hennig / ALEMANHA
MEU MUNDO ACABOU EM RUANDA, de Katharina von Schroeder / ALEMANHA
MINHA PERESTROIKA, de Robin Hessman / EUA, REINO UNIDO
MODRA, de Ingrid Veninger / CANADÁ, ESLOVÁQUIA
MONTANHA DE SANGUE, de Philipp J. Pamer / ALEMANHA, ITÁLIA
MULHER-MOSCA, de Bernard Halut / BÉLGICA
NA CASA DE MEU MEU PAI HÁ LUGAR PARA TODOS, de Hajo Schomerus / ALEMANHA, SUÍÇA
NIGHT CATCHES US, de Tanya Hamilton / EUA
O EFEITO TEQUILA, de Leon Serment / MÉXICO
O HERDEIRO, de Michael Zampino / ITÁLIA
O INESPERADO, de Benoît Magne / FRANÇA
O MAR DE MÁRIO, de Reginaldo Gontijo, Luiz Fernando Suffiati / BRASIL
O PARAÍSO ELÉTRICO, de Michael Busch / ALEMANHA
O SAMBA QUE MORA EM MIM, de Georgia Guerra-Peixe / BRASIL, PORTUGAL
O SILÊNCIO, de Baran bo Odar / ALEMANHA
O SOLTEIRO, de Hao Jie / CHINA
ON THE PATH, de Jasmila Zbanic / BÓSNIA, ÁUSTRIA, ALEMANHA, CROÁCIA
OPERAÇÃO CASABLANCA, de Laurent Nègre / SUÍÇA, CANADÁ, FRANÇA
OS CAMINHOS DA MEMÓRIA, de José-Luis Penafuerte / BÉLGICA, ESPANHA
OS DOIS ESCOBARES, de Jeff Zimbalist, Michael Zimbalist / COLÔMBIA, EUA
OUTUBRO, de Daniel Vega, Diego Vega / PERÚ, ESPANHA, VENEZUELA
PEEPLI LIVE, de Anusha Rizvi / ÍNDIA
QUANDO PARTIMOS, de Feo Aladag / ALEMANHA
REVOLUÇÃO DA LUZ VERMELHA, de Sam Voutas / CHINA, AUSTRÁLIA
RONDO, de Olivier Van Malderghem / BÉLGICA, FRANÇA
ROSA MORENA, de Carlos Oliveira / BRASIL, DINAMARCA
SE EU QUISER ASSOBIAR, EU ASSOBIO, de Florin Serban / ROMÊNIA, SUÉCIA
SINFONIA DE KINSHASA, de Claus Wischmann / ALEMANHA
SOMBRA FLUTUANTE, de Jia Dongshuo / CHINA
SOMOS TODOS IGUAIS, de Eduardo Sodré / BRASIL
SONHOS DE DUAS PASSAGENS, de Alistair Banks Griffin / EUA
SOU TERRORISTA, de Valérie Gaudissart / FRANÇA
STREET DAYS, de Levan Koguashvili / GEÓRGIA
SUÉCIA HOJE, de Peter Magnusson / SUÉCIA
THE CHILD PRODIGY, de Luc Dionne / CANADÁ
THE FOUR TIMES, de Michelangelo Frammartino / ITÁLIA, ALEMANHA, SUÍÇA
THIRD STAR, de Hattie Dalton / REINO UNIDO
TIKIMENTARY – EM BUSCA DO PARAÍSO PERDIDO, de Duda Leite / EUA, BRASIL
TRANSFER, de Damir Lukacevic / ALEMANHA
TRÊS QUINTAIS, de Eric Mendelsohn / EUA
UDAAN, de Vikramaditya Motwane / ÍNDIA
UMA VIDA, TALVEZ DUAS, de Alessandro Aronadio / ITÁLIA
VESPA, de Diana Groó / HUNGRIA
VISTO/VIDA, de Elan Gamaker / ÁFRICA DO SUL
VOCÊS TODOS SÃO CAPITÃES, de Oliver Laxe / ESPANHA
WHISPERING, de Zhai Yinghao / CHINA