Rede de Telemedicina chega a um milhão de exames em 2011

12/05/2011 09:21

No mês de abril de 2011, o Sistema Catarinense de Telemedicina e Telessaúde atingiu o total de um milhão de exames realizados. A tecnologia catarinense é a maior e mais avançada Rede Pública de Telemedicina do Hemisfério Sul e já está disponível em quase 100% dos municípios do Estado. São 287 cidades, de um total de 293, beneficiadas pelo sistema. Estes serviços vão de laudos à distância de eletrocardiogramas até o acesso a exames de análises clínicas e de alta complexidade, como tomografia e ressonância magnética.

O Sistema de Telemedicina é uma rede estadual baseada numa infraestrutura tecnológica especialmente criada para oferecer de maneira ágil e distribuída serviços de atenção à saúde no contexto do SUS. Os exames, realizados em qualquer cidade catarinense cadastrada no sistema, são imediatamente disponibilizados para serem analisados por especialistas, sem limitação geográfica. Logo após o laudo, o resultado pode ser visualizado pelo médico e pelo próprio paciente na cidade de origem.

Dessa forma, além de diminuir o tempo de acesso aos laudos, a Telemedicina possibilita a redução do custo desses exames e evita viagens desnecessárias. Tomando apenas os eletrocardiogramas digitais realizados até janeiro de 2011, estima-se que os pacientes atendidos tenham deixado de viajar mais de 13 milhões de quilômetros.

O Sistema Catarinense de Telemedicina começou em 2005, através de uma parceria entre a Secretaria do Estado da Saúde e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O primeiro eletrocardiograma digital foi instalado na cidade de Quilombo, na região Oeste, gerando o primeiro diagnóstico à distância através da Rede. A infraestrutura tecnológica foi desenvolvida na íntegra em Santa Catarina pelo Instituto Nacional para a Convergência Digital (INCoD), parte do Departamento de Informática e Estatística do Centro Tecnológico da UFSC. Essa tecnologia é toda baseada em software livre, sem dependência de nenhum tipo de produto comercial, totalmente integrada aos processos do SUS e passível de ser adaptada e estendida de acordo com as necessidades do gestor de saúde.

A partir daí, hospitais públicos foram gradualmente incorporados à rede. O encaminhamento de soluções para diferentes problemas médicos, através do suporte a distância para resultados de exames de alta complexidade nos hospitais, trouxe grandes avanços para a saúde pública. “Eu uso a Telemedicina diariamente, de manhã, de tarde, de noite e de madrugada. Não só para os exames de rotina no Hospital Regional de São José, como para pacientes internados e de emergência. E nos sobreavisos e plantões a gente usa em casa, tendo acesso direto aos exames que são feitos no hospital, e de imediato já posso dar o laudo”, conta o médico neurorradiologista Daniel Chaves. Hoje já são 13 hospitais ligados à rede.

Outra conquista importante foi a integração à Telemedicina do Laboratório Central de Análises Clínicas, o LACEN, o que aconteceu em março de 2008. Antes, os laudos eram feitos em Florianópolis e enviados pelo correio para as outras cidades do Estado. Agora, as vigilâncias epidemiológicas de cada município têm acesso aos laudos via sistema. Dessa forma, os resultados chegam muito mais rapidamente à mão do paciente. Se antes os profissionais de saúde esperavam, em média, mais de um mês para ter acesso a um exame enviado, hoje aguardam no máximo duas semanas.

Mais informações 372- 8000 ou marina@telemedicina.ufsc.br

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