NOTA À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA
São do amplo conhecimento da comunidade universitária da UFSC as repercussões geradas no âmbito do movimento de paralisação dos docentes e técnico-administrativos, bem como as ações promovidas por um grupo de estudantes ao longo dos últimos meses. A gravidade da situação se reflete em atitudes de desrespeito, agressão, violência e abusos condenáveis sob todos os aspectos. Atitudes rechaçadas por importantes setores da Instituição e da sociedade.
O mais recente episódio neste sentido partiu do Comitê Catarinense contra a criminalização dos movimentos sociais, formado por 31 entidades/ pessoas. Trata-se de documento intitulado “Reitor da UFSC: um cargo em vacância”. Na ausência de argumentos que lhes sirvam para atacar a instituição, o foco se volta para o Reitor, conferindo à atuação do comitê um caráter pessoal.
A respeito deste fato é importante esclarecer:
1. Representantes do Comitê foram recebidos no gabinete, pelo Reitor em exercício, na tarde da quinta-feira, 10 de novembro, quando formalizaram um pedido de audiência com o Reitor da UFSC;
2. Em resposta obtiveram o compromisso de que a audiência poderia ser marcada, a depender unicamente do retorno do Professor Lúcio Botelho nesta sexta-feira, 11;
3. Adicione-se que, anterior ao encontro em que foi formalizado o pedido de audiência, dois membros da Diretoria da Apufsc, – associação pertencente ao Comitê – a Secretária Geral, Bartira Cabral da S. Grandi e o Diretor de Política Sindical, Clarílton Ribas, vinham mantendo contato com o Gabinete do Reitor a fim de definir a melhor data para a audiência requerida. Portanto não houve qualquer postergação como é alegado no documento do comitê;
4. Mesmo tendo havido a indicação da realização da audiência, o Comitê divulgou, no mesmo dia o documento em que relaciona uma série de aspectos mentirosos, falaciosos e no sentido oposto à disposição demonstrada pela administração em recebê-los.
5. Há que se registrar ainda a ausência total de causa, uma vez que os processos em andamento encontram-se em fase de investigação, e que a alegada criminalização do movimento será ou não confirmada somente na esfera judicial. Os procedimentos até agora adotados referem-se a medidas institucionais em defesa do patrimônio e da integridade das pessoas e da instituição.
Diante dos fatos acima relatados, a Administração da UFSC deixa clara sua permanente disposição para dialogar, desde que a interlocução se dê no estrito limite da seriedade, da responsabilidade e da honestidade, preservando o caráter institucional das relações e não admitindo em qualquer hipótese ataques pessoais, sobretudo baseados em mentiras, provocações e atos que desqualificam a administração da Universidade.
Florianópolis, 11 de novembro de 2005
Professor Lúcio José Botelho
Reitor da UFSC