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Cerimônia de abertura ocorreu no Auditório Garapuvu. Foto: Salvador Gomes/Agecom/UFSC

Uma solenidade no Centro de Cultura e Eventos, realizada nesta terça-feira, 24 de outubro, marcou a abertura oficial da 20ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepex) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Com feira de ciências, rotas temáticas, minicuros, palestras, seminários e atrações culturais, a Sepex prossegue até dia 27 no campus de Florianópolis. A Sepex ocorre no contexto da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), cujo tema nesta edição é Ciências básicas para o desenvolvimento sustentável. Logo após a cerimônia de abertura, foi realizado um seminário de apresentação das principais pesquisas da UFSC envolvendo canabinoides.

A programação de palestras da Sepex prossegue nesta quarta-feira, 25 de outubro, com o tema Energia limpa e agricultura carbono zero, enfrentando o aquecimento global, e na quinta-feira, dia 26, com debate sobre ações afirmativas na UFSC. As palestras serão realizadas no Auditório Garapuvu, a partir das 18h30.

A mesa da solenidade de abertura da Sepex foi integrada pelo reitor Irineu Manoel de Souza; o pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Jacques Mick; a pró-reitora de Graduação e Educação Básica, Dilceane Carraro; a pró-reitora de Extensão, Olga Regina Zigelli Garcia; a pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade, Leslie Sedrez Chaves; o superintendente de pós-graduação da pró-reitoria de Pós-graduação, Rui Daniel Prediger e a presidente da comissão permanente de organização da Sepex, Camila Pagani.

Foto: Salvador Gomes/Agecom/UFSC

Camila agradeceu a todos que se envolveram na organização da Sepex, que ela considera “a grande oportunidade de divulgar o que fazemos na Universidade”. A professora Leslie Sedrez Chaves disse que a Sepex cumpre a importante tarefa de fazer a interlocução da UFSC com a sociedade. “A pandemia mostrou como é importante um país ter a ciência bem desenvolvida”, disse Leslie, afirmando que a promoção da equidade será a chave para o enfrentamento dos desafios que se apresentam em todas as áreas.

O professor Rui Prediger mencionou a participação ativa da pós-graduação universitária na Sepex e citou a boa avaliação do conjunto de programas da Universidade: na última avaliação da Capes, 40% dos programas de pós-graduação da UFSC atingiram nível de excelência, com notas 6 ou 7, a maior possível.

Para o professor Jacques Mick, a Sepex proporciona maior conexão com a comunidade, e é o momento mais importante para divulgação científica da Universidade, definida como ação estratégica pela atual gestão. De acordo com ele, a UFSC tem atualmente mais de 700 grupos de pesquisa e mais de 3 mil projetos em execução. A qualidade da pesquisa da Universidade tem sido reconhecida pelos atores sociais: o valor de projetos de pesquisa apoiados por empresas e instituições mais do que dobrou no último ano.

A professora Olga Zigelli Garcia afirmou que a Sepex é “a materialização de nosso elo com a sociedade”, lembrando que, para muitos estudantes do ensino básico, o evento representa a primeira oportunidade de conhecer a Universidade. A professora Dilceane Carraro disse que a Sepex é a síntese da essência da UFSC, com a apresentação das ações de ensino, pesquisa e extensão. “Isso é o que a gente é: uma instituição que produz e divulga o conhecimento.”

Foto: Salvador Gomes/Agecom/UFSC

O reitor Irineu Manoel de Souza cumprimentou os presentes e parabenizou a equipe organizadora, mencionando o desafio que é realizar um evento dessa natureza. “Apesar de todas as críticas que recebemos, a Universidade consegue permanecer como maior patrimônio da sociedade.” O reitor lembrou que as universidade públicas são responsáveis por mais de 90% da ciência e tecnologia produzida no Brasil.

De acordo com ele, a UFSC é uma grande universidade, com cerca de 35 mil alunos, mais de uma centena de cursos de graduação e cerca de 150 cursos de pós-graduação, com boa posição em rankings nacionais e internacionais de qualidade. “A Sepex é uma forma de mostrar para a sociedade todas as dimensões da UFSC”, afirmou Irineu.

Pesquisas com canabinoides

Professor Erik Amazonas apresentou as pesquisas com cannabis medicinal veterinária desenvolvidas na UFSC Curitibanos. Foto: Salvador Gomes/Agecom/UFSC

Na sequência da solenidade de abertura, os professores Jacques Mick e Rui Prediger permaneceram na mesa para moderar o debate sobre “Pesquisas com canabinoides na UFSC”. O seminário teve a participação de 15 pesquisadores dos campi de Curitibanos, Araranguá e Florianópolis. De acordo com Jacques Mick, as pesquisas com extratos de cannabis apresentam as características multicampi e multidisciplinar, além de forte conexão com a comunidade.

Foram apresentados no evento os estágios atuais das pesquisas com cannabis medicinal veterinária desenvolvidas em Curitibanos; aspectos fitossanitários e de desenvolvimento da planta de maconha conduzidas no Centro de Ciências Agrárias (CCA); potencial terapêutico de canabinoides para diminuição da dor, da dependência de drogas e da compulsão por comida desenvolvidas no Centro de Ciências, Tecnologias e Saúde (CTS), em Araranguá, e pesquisas com canabinoides associados às terapias de tratamento de câncer, potencial para controle de inflamações, tratamentos do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e de doenças neurodegenerativas conduzidas no Centro de Ciências Biológicas (CCB).