UFSC na Mídia: Projeto leva laboratório e cientistas para escola da rede pública
Um experimento realizado em casa com a parceria da filha de 4 anos fez com que a professora Regina de Sordi, do Departamento de Farmacologia, tivesse uma ideia que hoje dá vida a um projeto de extensão realizado por pesquisadores da área. O ‘Pequenos Grandes Cientistas’ leva o laboratório, a experimentação e o fazer científico para o público infantil do primeiro ano, em uma articulação com a EBM Adotiva Liberato Valentim e com financiamento da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciências. O assunto foi tema de uma reportagem da TV Barriga Verde.
O professor Daniel Fernandes, também do Departamento de Farmacologia, explica que a ideia é levar aos alunos dos anos iniciais experimentos de curta realização e que se relacionam com as grandes áreas da ciência como química, física e biologia. “Nossa proposta é colocar crianças e jovens como verdadeiros cientistas, explorando sua capacidade de interpretação e reinventando a visão de quem pode fazer ciência no mundo”, conta.
As crianças recebem um caderno de experimentos elaborado pelos integrantes do projeto e planejado de forma específica para o público-alvo. O caderno tem a descrição dos experimentos aplicados na escola, para que os alunos aprendam e sintam como é trabalhar com o método científico de forma descontraída e divertida. O material conta, ainda, com atividades e desenhos para colorir relacionados à ciência. Outros materiais didáticos também foram confeccionados como jogos de memória, bingo temático e banners com a divulgação do projeto.
“Nosso maior objetivo é apresentar a ciência às crianças e estimular a curiosidade, a criatividade e o questionamento para tornar as nossas pequenas crianças de hoje nos grandes cientistas de amanhã”, comenta. “Poucas iniciativas da área têm como público-alvo as crianças, e na opinião da equipe do projeto, este é um público importante a ser abordado pois eles têm um grande poder transformador”.
Os impactos das atividades já são sentidos. Segundo Fernandes, a realização do projeto modificou positivamente a rotina da escola e das crianças. É visível, por exemplo, o quanto elas ficam entusiasmadas nos dias das atividades, sendo participativas e demonstrando grande interesse e curiosidade.
O professor explica que o emprego do método científico é trabalhado em todas as atividades, estimulando-as a questionarem, formularem hipóteses e imaginarem os resultados. “Muitas crianças comentaram que ‘estavam muito felizes’ e ‘agora gostavam de Ciências’. Tivemos retornos de alguns pais que disseram que os filhos relataram em detalhes as experiências e agora falavam que queriam ser cientistas. O projeto se mostrou inclusivo permitindo também a participação de algumas crianças com transtorno do espectro autista nas atividades”, reforça Fernandes.
Este foi o primeiro ano do projeto e, diante do sucesso, há planos de expansão, tanto para mais turmas na mesma escola como para outras escolas municipais de Florianópolis. “A expansão do projeto vai depender principalmente da captação de recursos e gerenciamento do tempo dos docentes envolvidos no projeto”.
Uma das atividades que as crianças mais gostaram de executar foi com a mistura de cores. Cada criança recebia tubos de ensaio, pipetas Pasteur e cores primárias para misturar e descobrir como podiam produzir outras cores.
“Elas também participaram de um jogo de tabuleiro desenvolvido pelo projeto, e dependendo da casa que caem, as crianças executam um experimento”, lembra o professor. Um exemplo é o experimento de solubilidade, onde colocam em um frasco água e óleo para ver como estes líquidos não se misturam e então pingam um corante aquoso que passa pela camada de óleo sem se misturar.
As crianças também observam pequenos insetos, plantas, células do sangue e outras pequenas estruturas em lupas e microscópios (algumas fotos abaixo). Depois da execução dos experimentos, os resultados são anotados em cadernos de experimentos.
Amanda Miranda, jornalista da Agecom/UFSC
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