Professor da UFSC lança livro durante programação de congresso sobre modernismo
O livro Inventário de sonhos usados: Goya plagia Didi-Huberman, de autoria do professor do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas, Raul Antelo, será lançado nesta quinta-feira, 20 de outubro, às 19 horas, no Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina, como parte da programação da etapa brasileira do Congresso Intercontinental Modernismo Brasileiro 100 Anos: crítica, heranças, perspectivas (CIMBr-100Anos).
Descrito pelo próprio autor como uma “aventura do pensamento”, o livro tem prefácio do professor-pesquisador Alexandre Nodari e teve sua primeira versão como texto-base do último curso que Raul Antelo ministrou na pós-graduação em Literatura na Universidade Federal de Santa Catarina, na primavera de 2018. Segundo o ensaísta, “não basta vir ao mundo, é necessário também aventurar-se”, pois “onde há aventura, não há continuidade; há, contudo, saltos e os saltos se dão pelas potências”, aponta. Em saltos, o autor cumpre o propósito de explicitar e desenvolver, a partir da arte de Francisco de Goya (1746-1828), uma política da “visão”, aquilo que Carl Einstein concebia como “exigência”, isto é, como aquilo que recusa o “visível”.
Em Inventário de sonhos usados, a leitura do professor Raul Antelo lida com várias artes – as artes plásticas, mas não menos com a literatura, e até mesmo a filosofia – demonstrando que a questão da separação das artes, de sua autonomia ou hierarquia, perde importância, pois existe uma comunidade das artes que configura o problema compartilhado: “Em arte, tanto na pintura como na música, não se trata de reproduzir ou inventar formas, mas de captar as forças. É por este viés que nenhuma arte é a rigor figurativa”.