SC desenvolve a maior rede de inclusão digital do País
O Governo Luiz Henrique, através da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de SC (Fapesc), ligada à Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, coordena e mantém o maior e mais eficiente programa de inclusão digital do País. Implantado pioneiramente no início dos anos 90, beneficia pela Rede Catarinense de Ciência e Tecnologia (RCT) mais de 20% da população de 5,5 milhões de habitantes do Estado. Ou seja, a RCT alcançou, em 2005, a meta de 1.110.000 usuários. Como as famílias catarinenses possuem, em média, cinco membros, uma pessoa de cada família tem acesso à Internet. Significa que a RCT pode estar chegando a 100% da população.
Ao anunciar os avanços da inclusão digital, o presidente da Fapesc, professor Rogério Portanova, sublinhou a prioridade dada à educação, à ciência, à tecnologia e à inovação. “Com a expansão da RCT, cumprimos um dos objetivos básicos da filosofia do governo de buscar, cada vez mais, a promoção da cidadania por intermédio da inclusão digital e social”, assinalou. Além de abarcar todo o ensino superior, permitindo o intercâmbio dos pesquisadores, a RCT cobre hoje praticamente toda a Rede Pública Estadual de Educação. De um universo de 1.331 escolas, 1.146 encontram-se com registro na RCT. Desse total, 989 escolas já foram conectadas e 157 estão com processo de conexão em andamento. Segundo Portanova, “só aí temos 900 mil pessoas atendidas, contemplando estudantes, professores e funcionários”.
Os coordenadores da RCT, professores Carlos Inácio Zanchin e Julíbio Ardigo, ratificam a preocupação com a educação. Lembram, por exemplo, que “2004 pode ser considerado o ano das escolas públicas na RCT”. Foram 500 novas escolas, isto é, mais de duas conexões por dia útil. O secretário de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia, Antônio Diomário de Queiroz, na época dirigindo a Fapesc (antiga Funcitec), entende que a inclusão digital permite, através da informação, proporcionar as condições para a transformação social. “A inovação social e o acesso às novas tecnologias precisam, necessariamente, criar impacto social, mudando a vida das pessoas para melhor”, completou. A RCT, na sua opinião, está atingindo o objetivo da sua criação: “vem viabilizando a inclusão social, via inclusão digital, do cidadão na sociedade da informação e do conhecimento”. Como a Internet é hoje ferramenta fundamental para pesquisa e troca de informações entre pesquisadores e instituições, a RCT tornou-se indispensável para o trabalho da comunidade científica do Estado. Diomário, reafirmando o papel científico da RCT, lembra que o problema inclui mais de 140 mil universitários, o que equivale a 90% do contingente.
A RCT é conceitualmente uma atividade cidadã. Sua estratégia, adotada desde a sua concepção, em 1998, compreende conexões não comerciais à Internet. Inclui, prioritariamente, escolas, universidades, laboratórios, centros e instituições de pesquisa, incubadoras, unidades de educação e saúde, hospitais, bibliotecas, museus e casas de cultura. “A condição é que todos possibilitem o acesso público à Internet, ou seja, escancarem as portas da informação para a população”, adverte o presidente da Fapesc, Rogério Portanova. Há três meses à frente da Fundação, na reunião de avaliação com a equipe e coordenadores de Projetos criou a expectativa de incluir na rede as comunidades pesqueiras do Estado, a exemplo do que já ocorre com os pequenos produtores rurais. “A informação é essencial para o pescador, inclusive para mantê-lo na atividade”.
Os registros de conexão via RCT apontam um crescimento superior a 2.200% desde a sua fundação. Só no ano passado o avanço foi de 80%. Os coordenadores ressaltam que “esta evolução se consolida não somente como um aumento do número de conexões efetuadas, mas, principalmente, pela qualidade dos serviços prestados que ocorreu em conseqüência da ampliação da banda dos circuitos principais e com a modernização da rede”. Os investimentos para o funcionamento da rede superam hoje R$ 1 milhão por mês.
A RCT tem corroborado, efetivamente, para o êxito da política de descentralização e interiorização do Governo Luiz Henrique. O secretário Diomário de Queiroz explica que a RCT “tem, ao longo de sua existência, especialmente no atual governo, capitalizado cada vez mais suas conexões de modo a chegar a todas as regiões do Estado”. Hoje as 30 Secretarias de Desenvolvimento Regional estão conectadas. As necessidades e novas demandas vêm sendo atendidas com a ampliação da banda de conexão, informam os técnicos da Fapesc.
A RCT está presente hoje nos 278 municípios do Estado de SC. O Ministério da Ciência e Tecnologia tem afirmado que a revitalização da CT&I é o caminho possível para o desenvolvimento regional e nacional. Coincide aí a política científica e tecnológica colocada em prática pelo Governador Luiz Henrique com a proposta do Governo Lula: priorizar a desconcentração científica e promover a regionalização da CT&I como saída para um crescimento mais justo e harmonioso.
Na linha da descentralização, o presidente da Fapesc, Rogério Portanova, respaldado pela filosofia da RCT, promete priorizar e caminhar para a desconcentração científica: “Vamos acabar com as panelinhas. Vamos abrir oportunidades para novos doutores. Iremos ao interior”. A RCT, de acordo com o diretor de Administração da Fapesc, Vlademir Piacentini, faz a ponte para a viabilização da política de descentralização do governo do Estado.
No ano passado, o hoje jornalista Felipe Bächtold resgatou, para concluir o curso de Jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina, a história da RCT. Na sua grande reportagem, intitulada “O Sistema Público de Internet de SC: Pioneirismo e Inclusão Digital”, confirma que a RCT é um “modelo de rede acadêmica no País”. A reportagem, que se assemelha aos originais de um livro, mostra o feito de um grupo de pesquisadores que conseguiu “convencer” diversas instituições sobre a importância da nova tecnologia. O atual coordenador da RCT, Carlos Zanchin, ouvido na reportagem, realça o sentido cidadão da rede: “inclusão digital é uma forma de inclusão social. Não basta levar água e esgoto às pessoas mais pobres; é preciso também levar informação”.
Mais informações:
– com os coordenadores da RCT Carlos Inácio Zanchin: (48) 215-1223 e
Julíbio David Arigo (48) 231-9301;
– com o presidente da Fapesc, Rogério Portanova: (48) 215-1212 / 9962-2083;
– com o secretário de Estado de Educação, Ciência e Tecnologia, Diomário de Queiroz:
(48) 221-6140 / 9969-1045;
– com o diretor de Administração, Vladimir Piacentini: (48) 215-1202;
– e-mail: fapesc@fapesc.rct-sc.br; site: http://www.fapesc.rct-sc.br .


























