Laboratório de Neurometria oferece serviço de ‘biofeedback’ para combate ao estresse
O Laboratório de Neurometria do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UFSC oferece um serviço de biofeedback, técnica de controle de estado funcional, para combate ao estresse. O programa, ainda pouco conhecido pela comunidade universitária, atende a quem procura conhecer o próprio cérebro, melhora na qualidade do bem-estar e tranquilidade, por métodos de coaching. Quem usufrui do serviço pode procurá-lo por conta própria ou por encaminhamento de médicos.
O atendimento é feito por meio de etapas. Primeiramente, o indivíduo passa por uma entrevista e recolhimento de análises clínicas e psicológicas, sendo feitos registros eletroencefalográficos (EEG), com o resultado da avaliação analisado matematicamente. Então, são agendadas sessões para a promoção da modelagem funcional, isto é, o reconhecimento de todo o sistema nervoso de quem está sendo avaliado. Por fim, são mostrados os resultados com retorno gráfico para que o indivíduo passe a controlar seu estado funcional.
“As pessoas que atendemos mostram melhora no bem-estar e mais tranquilidade no enfrentamento das pressões do dia a dia. Mencionam com frequência a melhora na capacidade de manter a atenção na execução de tarefas e redução no nível de ansiedade pelas pressões no trabalho. Temos um caso de uma jovem que estava há quatro anos afastada do trabalho por crises de ansiedade e pânico desencadeados por dificuldades de superar a demanda no trabalho, que evoluiu para depressão e evitação em sair de casa. Ela passou a justificar o seu enclausuramento pelo medo de animais que nunca a perturbaram anteriormente. Depois de um período de treinamento, esta pessoa retornou ao trabalho e deixou de mostrar medo pelos animais que a impediam de sair. Enfim, há melhora na qualidade de vida destas pessoas”, garantiu Odival Gasparotto, coordenador do projeto.
Apesar da metodologia de tratamento psicoterápico, nunca é incentivado pela equipe a interrupção ou alteração de medicamentos. Essa atribuição cabe unicamente ao médico responsável pelo acompanhamento de seu paciente, que pode ou não fazer a mudança após o fim do tratamento via biofeedback.
Quem costuma procurar o projeto é quem toma conhecimento por parte de outras pessoas que já passaram pelos serviços, ou por encaminhamento do Serviço de Atenção Psicológica (SAPSI), do Departamento de Psicologia. No entanto, os interessados em fazer parte do biofeedback podem entrar em contato com os organizadores através do e-mail odivalcg@gmail.com ou pelo telefone 3721-6171. O atendimento é gratuito.