Curso de Jornalismo comemora 30 anos

27/03/2009 16:18

Na próxima segunda-feira, dia 30, às 15h, acontecerá o primeiro entre vários eventos que serão realizados em comemoração aos 30 anos do Curso de Jornalismo da UFSC. Será uma aula inaugural ministrada por quatro convidados que tiveram participação ativa na criação e no desenvolvimento da graduação: Paulo José da Cunha Brito, César Valente, Moacir Pereira e Maria Elena Hermosilla.

Os profissionais abordarão sua trajetória e como enxergam a formação do curso superior e do mercado de trabalho. A aula será realizada no auditório do Centro de Comunicação e Expressão (CCE).

“O evento está aberto não só aos atuais alunos do curso, mas também a todos que por aqui passaram”, diz o coordenador do curso, Áureo Moraes. A coordenadoria do curso e a chefia do departamento de Jornalismo estão também preparando um vídeo e um livro, que trarão depoimentos de fundadores, ex-alunos e professores.

Mais informações com o professor Áureo Moraes, coordenador do curso, pelos fones (48) 3721-6597 e 9621-9552 ou pelo e-mail aureo@cce.ufsc.br.

Um pouco de história

O Curso de Jornalismo da UFSC é o mais antigo de Santa Catarina. Nasceu em 8 de março de 1979, durante a ditadura, sob um regime em que alunos e professores tinham igualdade de direitos de decisão.

Segundo seu primeiro coordenador, professor Moacir Pereira, o lema era “liberdade, consciência crítica e responsabilidade”. Os primeiros anos foram de intensa participação na vida política do Estado. Mas quando a primeira turma se formou, em 1982, foram observadas deficiências do ponto de vista técnico e científica. O curso funcionava com espaço físico reduzido, tinha poucos equipamentos e quase nenhuma estrutura laboratorial.

Em 1984 constatou-se a inviabilidade de um projeto estritamente político e muitos professores deixaram a universidade. O curso, que se tornara conhecido nacionalmente como inovador, viveu um período de desânimo.

A reconstrução começou em 1988, sem que a formação política fosse descartada, mas com cuidado para que não se sobrepujasse às outras. “Em matéria de jornalismo, competência técnica e espírito crítico têm que ser a mesma coisa”. Com base neste lema, em 1991 foi implantado o projeto Universidade Aberta, que hoje já não existe mais. Inicialmente era um programa de rádio, feito por alunos bolsistas supervisionados pelos professores, cobrindo as notícias da UFSC.

O projeto se expandiu, o curso ganhou equipamentos e outras mídias foram contempladas. O site Universidade Aberta, com atualização diária de notícias sobre a UFSC, foi um marco no processo acadêmicos dos estudantes de jornalismo da UFSC.

Em 2006, o curso recebeu conceito máximo (nota 5) no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).

Entrevista

Moacir Pereira, primeiro coordenador do curso

Maria Luiza Gil O que levou vocês a criarem o curso de jornalismo na UFSC?

Moacir Pereira Múltiplos foram os motivos que me motivaram a insistir na criação do Curso de Jornalismo na UFSC. O primeiro era de ordem legal. O exercício do jornalismo, pelo Decreto-Lei 972, de 1969, exigia formação universitária. O segundo, de convicção pessoal sobre a importância da formação acadêmica. Terceiro, a constatação de que no Brasil inteiro os Estados tinham cursos superiores de Jornalismo.

Da Bahia até o Rio Grande do Sul, apenas Santa Catarina não tinha Curso de Jornalismo. Finalmente, o convencimento de que só a Universidade poderia garantir consciência crítica, conhecimentos universais, postura ética e habilitação técnica. Tendo exercido a presidência do Sindicato dos Jornalistas entre 1975 e 1978, constatei em congressos e eventos nacionais de jornalistas que os melhores profissionais estavam entre aqueles que tinham formação universitária.

Maria Luiza Gil Quais foram as maiores dificuldades que os fundadores encontram para a formação deste novo curso?

Moacir Pereira Muitas foram, também, as dificuldades. Começava com a contestação de vários jornalistas, alguns colunistas famosos, que se opunham ostensivamente à idéia. “Jornalista nasce feito, traz o sangue nas veias”, alegavam. Os precedentes também não ajudavam. Um grupo de trabalho concluiu pela não instalação do Curso em 1973.

Outro estudo do jornalista Adolfo Zigelli também não recomendava à Reitoria a nova habilitação. Não fora a visão do reitor Caspar Erich Stemmer e o curso não teria sido criado. Ele foi determinante e determinado. Procurou agilizar tudo no Conselho Federal de Educação e no MEC. E ofereceu as condições mínimas – ainda que precárias – para instalação da Coordenação do Curso no prédio da Imprensa Universitária. Havia, ainda, a má vontade dos empresários, contrários ao curso superior. Alegavam que não havia mercado de trabalho. Quer dizer: o cenário geral era recheado de obstáculos a superar.

Maria Luiza Gil Qual a importância da formação acadêmica para o profissional jornalista?

Moacir Pereira Não consigo vislumbrar o exercício do jornalismo sem a formação acadêmica. É preciso muito mais, como leitura, atualização constante, domínio das novas tecnologias, aprimoramento ético e outras condições humanas e profissionais. Mas uma boa universidade sempre fará o diferencial.

Prova maior? Inúmeros profissionais que hoje brilham nos principais veículos de comunicação do Rio, São Paulo e Brasília e que passaram pelo curso de jornalismo da UFSC. Exemplo mais vivo: a jornalista Sônia Bridi, formada pela UFSC, e a primeira correspondente da Rede Globo na China. Há outros, igualmente expressivos.

Sou francamente favorável à formação acadêmica, portanto, ao diploma superior, e ao registro profissional. Jornalismo é atividade muito séria, de múltiplas responsabilidades, para ser exercido por quem não tem habilitação. Você pode até encontrar outros profissionais que atuam bem no jornalismo. Mas eles formam exceção. No geral, os bons jornalistas saem das universidades.

Aos que se opõem ao diploma, alegando que os cursos formam com deficiências, recomendo examinar os outros profissionais. Além disso, a universidade é o caminho, a base, não o fim de tudo na formação e no exercício profissional.

Por Maria Luiza Gil / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Grupo folclórico dos Açores se apresenta na UFSC

27/03/2009 13:23

13ª Açor, realizada em Laguna, em novembro de 2006

13ª Açor, realizada em Laguna, em novembro de 2006

No período de 01 a 12 de abril o Grupo Folclórico da Casa do Povo de São João da Ilha do Pico, no Arquipélago dos Açores, estará em Santa Catarina em uma viagem de intercâmbio. Eles farão uma apresentação na UFSC no dia 2 de abril de às 12h30min na Concha Acústica. Neste mesmo dia o grupo fará uma visita à sede do Núcleo de Estudos Açorianos (NEA) da UFSC e após a apresentação fará um tour pela cidade de Florianópolis.

O projeto de intercâmbio do grupo é uma retribuição à visita que o Grupo Folclórico Mixtura da cidade de Bombinhas fez ao arquipélago no ano de 2007. A cidade de Bombinhas tem um protocolo de germinação com a cidade das Lajes do Pico/Açores/Portugal, que torna as cidades irmãs. Esta germinação foi conduzida pelo NEA com objetivo de aproximar cada vez mais a gente dos Açores com a nossa gente aqui do litoral. Hoje há várias cidades no litoral catarinense que possuem este protocolo de cooperação atuando em diversas áreas (cultura, folclore, comercial e tecnológico) e outras cidades estão em fase de concretização desta germinação.

O grupo é composto de 50 pessoas entre tocadores e dançarinos e está acompanhando o grupo o Diretor da Cultura da cidade das Lajes do Pico/Portugal. A visita do Grupo ao litoral catarinense dará oportunidade para várias pessoas poderem assistir a um espetáculo belíssimo do folclore açoriano. Será ministrado um workshop de dança com grupos do litoral, o que também oportunizará às pessoas que compõe o Grupo conhecerem as heranças culturais trazidas pelos açorianos há mais de 260 anos.

A Visita do Grupo Casa do Povo de São João a Santa Catarina está sendo organizada em parceria com as instituições Associação Folclórica Mixtura, Prefeitura de Bombinhas através da Fundação Municipal de Cultura e Secretaria de Turismo, Instituto Boimamão/Bombinhas/SC e Núcleo de Estudos Açorianos/UFSC. As apresentações e receptivo do Grupo estão sob a coordenação da Associação Folclórica MIXTURA de Bombinhas.

Contatos do Grupo: Rua Corrupião, 305 – Bombas – Bombinhas/SC, Fone(47) 3369-1361 ou (47) 9602-4349 afolmix@hotmail.com

O GRUPO

O Grupo Folclórico da Casa do Povo de São João atuou em público pela primeira vez em 07 de agosto de 1993. É composto atualmente por 38 elementos: oito tocadores, 24 bailarinos e seis vozes, sendo essencialmente os bailarinos, jovens com idades compreendidas entre os oito e 23 anos, os tocadores e vozes, são, na sua maioria, de idade mais adulta. No ano de 2007 lançou o seu 1º CD por ocasião do 24º Aniversário da Casa do Povo de São João.

O Grupo já atuou em todas as Freguesias da Ilha do Pico. Participou de diversos festivais, já se apresentou em sete das nove Ilhas dos Açores, faltando o Corvo e Santa Maria. Atuou também na Ilha da Madeira, Continente Português e Espanha.

O Grupo tem variado repertório, sendo que algumas danças também são executados por outros Grupos da Ilha, nomeadamente o Pézinho e a Chamarrita do Pico/Portugal.

Na sua indumentária, usa algumas peças típicas da Freguesia de São João, como seja alparcas ou (Albarcas) em sola, meias de lã de Ovelha e Chapéu de palha. Os trajes dos elementos masculinos e femininos representam o traje do pastor e pastora de São João.

O Grupo tem como objetivo principal dignificar, mostrar e representar os hábitos e costumes, através da cultura de um povo, mantendo sempre viva a tradição, preservando de alguma forma a nossa cultura. Ainda fazem parte dos objetivos os intercâmbios a título de permuta com outros grupos, o que se torna salutar e estimulante para os seus componentes.

SERVIÇO

Apresentação na UFSC: 02/04/2009 às 12h30 horas

Local: Concha Acústica da UFSC

Informações: NEA/UFSC 48 3721 8605 ou 9982 8938.

OUTRAS CIDADES QUE O GRUPO ATUARÁ

01/4 Bombinhas (afolmix@hotmail.com,cultura@bombinhas.sc.gov.br, boimamão@bombinhas.sc.gov.br) (47) 9602 4349 / 9968 7899 / 9923 0835

2/4 Florianópolis (joi@nea.ufsc.br) (48)9982-8938

03 e 5/4 Bombinhas (afolmix@hotmail.com, cultura@bombinhas.sc.gov.br, boimamão@bombinhas.sc.gov.br) (47) 9602-4349 / 9968 7899 / 9923 0835

6/4 Garopaba (wilfredocultura@ibest.com) (48) 3354-1777

6/4 Sombrio (clairfermiano@hotmail.com) (48) 3533-1409

7/4 Tijucas (cultura@tijucas.sc.gov.br) (48) 9626-8007

8/4 Itajaí (acyr@itajai.sc.gov.br) (48) 9101-1669

9/4 Gov. Celso Ramos (48)3262-0434 e (48) 8813-2224

10/4 Porto Belo (47) 3369-5638

fonte: Núcleo de Estudos Açorianos (NEA)

Secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão visita a Agecom

27/03/2009 12:32

O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Duvanier Paiva Ferreira, aproveitou visita feita a Florianópolis para conhecer a Agência de Comunicação da UFSC nesta quinta (26/03). Ele recebeu os números mais recentes do Jornal Universitário, o calendário feito com imagens do Laboratório de Microscopia e outros materiais, e conheceu o trabalho realizado pela equipe de jornalistas, fotógrafos e dos profissionais que cuidam da identidade visual da universidade.

Duvanier Ferreira esteve na capital catarinense para participar da etapa regional sul da Conferência Nacional de Recursos Humanos da Administração Pública Federal, realizada na UFSC entre os dias 25 e 27 de março, cujos subsídios serão levados para a etapa nacional do evento, marcada para o período de 6 a 9 de julho em Brasília.

O objetivo da conferência é ampliar o debate sobre a política de recursos humanos que vem sendo implementada pelo governo federal. Em sua fala, na abertura da etapa regional sul, Duvanier Ferreira defendeu “o fortalecimento da inteligência estratégica governamental e a adoção de novas praticas de interlocução e participação” no âmbito das relações entre governo, funcionalismo e sociedade.

Ao se propor a abrir um amplo espaço de diálogo com os gestores públicos e representantes da sociedade civil organizada, o governo está falando em comunicação. E, na UFSC, a Agecom responde por uma política pública de comunicação que divulga a produção institucional e serve de canal entre a universidade e a comunidade. Duvanier elogiou o trabalho da agência e a cobertura que fez da etapa regional da Conferência de Recursos Humanos.

Por Paulo Clóvis Schmitz/ Jornalista na Agecom

Legenda da foto: (da dir p/ esq) Moacir Loth, diretor da Agecom, Elza Maria Meinert, diretora do Departamento de Desenvolvimento de Potencialização de Pessoas (DDPP), Luiz Henrique Vieira Silva, pró-reitor da Pró-reitoria de Desenvolvimento Humano e Social (PRDHS) e Duvanier Paiva Ferreira, secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Conferência discute gestão por competências e avaliação de desempenho

27/03/2009 12:08

O último painel da etapa regional sul da Conferência Nacional de Recursos Humanos da Administração Pública trouxe quatro palestrantes para discutir o tema Sistemas e Processos em Gestão de Pessoas. Diogo Joel Demarco e Simone Velasco, representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, apresentaram o panorama da Gestão de Pessoas e Avaliação de Desempenho nos órgãos do governo. Demarco destacou a gestão por competências, que visa ao desenvolvimento do conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes requeridas dos servidores para os objetivos das instituições.

Segundo Diogo Joel Velasco, coordenador geral de desenvolvimento de pessoas da Secretaria de Recursos Humanos, o país ainda está na fase inicial de implantação da gestão por competências. “Não temos ninguém recrutando por competências ou fazendo a mobilidade de servidores por competências”, afirmou Velasco.

A gestão de pessoas e a avaliação de desempenho são medidas previstas na Lei 11.784, de 22 de setembro de 2008, que tem como objetivos promover a melhoria da qualificação dos serviços públicos e subsidiar a política de gestão de pessoas, principalmente quanto à capacitação, desenvolvimento no cargo ou na carreira, remuneração e movimentação de pessoal.

Simone Velasco, assessora do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, explicou como funciona a avaliação de desempenho proposta pela lei. O ciclo de avaliação consta de sete etapas e começa com a publicação das metas globais e estabelecimento de compromissos de desempenho.

Paulo Henrique Rodrigues dos Santos, representante da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras), avaliou a relação do Estado com os servidores como conservadora. Segundo ele, a metodologia da avaliação de desempenho proposta pelo governo é a mesma do setor privado e tem caráter punitivo. O representante da federação afirma que a mudança na gestão de pessoas é um processo demorado e não é alterado apenas com decretos.

Suzana Tolfo, professora adjunta do Departamento de Psicologia da UFSC, afirmou que a principal crítica aos Recursos Humanos refere-se à falta de estratégia, mas isso pode ser mudado com a gestão por competências. Assim como Paulo Henrique, ela concorda que é um desafio mudar as culturas organizacionais burocráticas.

O painel “Sistemas e processos em gestão de pessoas” foi o último apresentado na conferência. Hoje (27/03), grupos temáticos de discussão se reúnem durante a manhã e apresentam seus trabalhos em uma plenária às 14h30. O encerramento da conferência será às 18h.

Por Andréia Lubini / Bolsista de Jornalismo na Agecom

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UFSC sedia Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano Regional

27/03/2009 11:43

Acesse: www.xiiienanpur.ufsc.br

Acesse: www.xiiienanpur.ufsc.br

A Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano Regional (Anpur) realizará seu encontro nacional na UFSC, de 25 a 29 de maio. O XIII ENAnpur discutirá o tema ´Planejamento e Gestão do Território: escalas, incertezas e conflitos`, em conferências, mesas-redondas, sessões temáticas e livres. Esta é a primeira vez que o evento é realizado em Santa Catarina.

Durante os cinco dias do evento cerca de 350 trabalhos serão apresentados nas sessões temáticas durante o período da tarde. Outros 50 temas serão abordados nas sessões livres, à noite, além daqueles que serão debatidos pela manhã nas mesas-redondas.

Os assuntos, desde mudanças climáticas em diversas escalas até os conflitos em cidades latino-americanas, estão diretamente ligados ao objetivo de buscar idéias e soluções no âmbito urbano regional.

Fundada em 1983, a Anpur realiza encontros nacionais de dois em dois anos, desde 1986, e busca a congregação de programas universitários de pós-graduação que desenvolvam a pesquisa sobre planejamento urbano regional. O principal evento da entidade é o encontro nacional, o ENAnpur, que este ano será em Florianópolis.

O ENAnpur congrega profissionais, pesquisadores, professores e estudantes de diferentes áreas. São esperados mais de mil participantes, entre geógrafos, arquitetos, sociólogos e historiadores.

As conferências são destaque do evento e serão realizadas no auditório Garapuvu, no Centro de Eventos da UFSC:

Dia 25, às 18h:

‘Planejamento e gestão do território’, com a geógrafa Bertha Becker, professora Emérita da UFRJ e membro da Academia Brasileira de Ciências.

Dia 26, às 11h:

“América Latina: do berço ao túmulo do Neoliberalismo?’, com

Emir Sader, professor de sociologia e diretor do Laboratório de Políticas Públicas da UERJ.

Dia 28, às 11h:

‘Planejamento e gestão espacial da pobreza’, com Ananya Roy, professora e chefe do departamento de Planejamento Urbano Regional da Universidade de Berkeley, Califórnia/EUA.

Para inscrições e mais informações sobre o ENAnpur acesse:

http://www.xiiienanpur.ufsc.br

Por Erich Casagrande/Bolsista de Jornalismo da Agecom

Conferência Nacional debate a necessidade de transformar recursos humanos em gestão de pessoas

27/03/2009 11:16

Integrando os painéis da Conferência Nacional de Recursos Humanos da Administração Pública, regional sul, realizada no auditório da Reitoria da UFSC, na tarde de quinta-feira, dia 26, foi apresentado de 14h às 16h: Sistemas e processos em gestão de pessoas, tendo como painelistas Maria do Socorro Mendes Gomes e Cláudio Cavalcanti.

Maria do Socorro focou sua fala na necessidade de mudança de nomenclatura e de visão de “recursos humanos” para “gestão de pessoas”. Lembrou que as organizações privadas consideram que a inteligência, competência e habilidades das pessoas é que as definem. Mudanças recentes de denominação já aconteceram nestas organizações, sugerindo que as pessoas, mais que recursos humanos, são valor agregado, ou não, às instituições.

“No serviço público a alteração do conceito é mais delicada que na iniciativa privada. Parte dos que são terceirizados são tratados do ponto de vista da gestão de contratos e os servidores com contrato temporário também são tratados de forma diferente”, ressaltou.

A área de recursos humanos deve ser considerada estratégica na organização, pelo que administra e pelo papel de motivar, entre outras atribuições. Não deve se constituir em uma área específica: cada servidor público que coordena uma equipe de trabalho está fazendo gestão de pessoas. É necessário ter uma rede na instituição que trabalhe com estes conceitos, se não as ações serão esquizofrênicas.

Mendes Gomes enfatizou que as chefias devem ser capacitadas para a gestão de conflitos, desenvolvimento de potencialidades, entre outras tarefas ligadas ao conceito de gestão de pessoas. “Essas mudanças de atitude se refletem na política de avaliação de desempenho, vinculado às metas estratégicas da instituição.

No momento em que se pensa no conceito de gestão de pessoas é necessário que as áreas de recursos humanos tenham que cada vez menos lidar com a folha de pagamento”.

O grande desafio, concluiu, é motivar servidores que têm uma garantia de estabilidade, decorre, portanto, que o perfil do chefe deve ser mudado nas instituições.

Cláudio Cavalcante falou que as inovações tecnológicas não substituem as inovações gerenciais. Citou os dois grandes marcos da Tecnologia da Informação (TI) do governo federal:

Sistema de Administração de Recursos de Informação e Informática ( SISP) e o Comitê Executivo do Governo Eletrônico (CEGE), ligados ao Ministério do Planejamento. Lamentou que a terceirização tivesse sido feita sem controle e salientou a necessidade de locar pessoas permanentemente para trabalhar em gestão da TI.

Por Alita Diana/jornalista da Agecom

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Último dia para se inscrever nos cursos e oficinas de arte do primeiro semestre

27/03/2009 09:59

O Departamento Artístico Cultural da UFSC está com inscrições abertas até hoje para os cursos e oficinas de arte do primeiro semestre deste ano. As inscrições deverão ser feitas até às 18h, na sede do DAC, na Igrejinha da UFSC, Praça Santos Dumont, Trindade.

Ao todo são oferecidos 15 cursos e oficinas. Estão abertas cerca de 270 vagas em modalidades como teatro (para adolescentes, jovens e adultos); canto coral; mandala; recreação e lazer; figurino para teatro e cinema; atividades do projeto Arte na Escola e atividades musicais e de pintura para pessoas especiais. Não será cobrada mensalidade, apenas uma taxa de inscrição por curso/oficina no valor de R$ 40 (material não incluso).

Essas atividades e o número de vagas podem ser ampliados com a confirmação de outros cursos e oficinas, que serão divulgados oportunamente. Há atividades que já estão em andamento desde o início do mês, e outras que ainda vão iniciar. Veja a relação dos cursos e oficinas de arte, incluindo cronograma, horário e outros detalhes, no site do DAC, no link http://www.dac.ufsc.br/destaques_cursos_oficinas.php#topo

Algumas atuações do DAC

O Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à Secretaria de Arte e Cultura da UFSC, desenvolve atividades de Arte e Cultura com ações de ensino, pesquisa, produção e extensão, tais como:

– Exposições periódicas de arte contemporânea e encontros com o artista, na Galeria de Arte da UFSC, com pauta semestral aberta para seleção de interessados.

– Produção cinematográfica, parcerias e apoio a produções catarinenses.

– Apresentações do Coral da UFSC em eventos e escolas da comunidade e projetos de musicoterapia.

– Montagens teatrais, apresentadas na cidade e região e/ou em festivais estaduais, nacionais e internacionais.

– Projeto 12:30, com eventos semanais de música, teatro e dança na Concha Acústica, no Teatro da UFSC. Inscrições abertas para apresentações de artistas e grupos.

– Midiateca Arte na Escola – Pólo UFSC: com acervo de DVDs, livros e materiais pedagógicos sobre Arte para consulta e empréstimos.

Para mais detalhes, veja os links dos projetos e atividades no site do DAC ou acompanhe as Notícias publicadas em www.dac.ufsc.br

Serviço:

O QUÊ: Relação de cursos e oficinas de Arte do DAC

QUANDO: Primeiro Semestre de 2009.

INSCRIÇÕES: Até sexta (27/03), às 18h.

ONDE: DAC – Igrejinha da UFSC, Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis.

QUANTO: Taxa única semestral de R$ 40 (material não incluso).

CONTATO: Informações: www.dac.ufsc.br ou no link http://www.dac.ufsc.br/destaques_cursos_oficinas.php#topo

Telefone: (48) 3721-9348 e 3721-9447

Fonte: [CW] DAC-SECARTE-UFSC, com informações dos cursos e oficinas.

Relações Internacionais da UFSC tem sua primeira aula magna

27/03/2009 09:42

Alunos e professores lotaram o auditório do CSE

Alunos e professores lotaram o auditório do CSE

Nesta quarta-feira (25/3), foi realizada aula magna para celebrar a abertura do curso de graduação em Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina.

A palestra, ministrada pelo professor da Unicamp, Sebastião Carlos Velasco, contou com a presença de autoridades docentes da Universidade, do embaixador Abelardo Arantes Júnior, representante do Ministério das Relações Exteriores em SC, Tibério da Costa Mitidieri, diretor de Cooperação Internacional e representante do Secretário Especial de Articulação Internacional do Estado de SC, Henry Uliano Quaresma, diretor de Relações Industriais e Institucionais da FIESC, Amauri Bogo, secretário de Cooperação Institucional e Internacional da Udesc e João Rogério Sanson, conselheiro e representante do Conselho Regional de Economia de SC.

O diretor do Centro Sócio-Econômico (CSE), José Araújo Oliveira, fez um breve discurso parabenizando os alunos e agradecendo os presentes. Em seguida, a reitora em exercício, Maria Lúcia de Barros Camargo declarou oficialmente aberta a solenidade.

O embaixador Abelardo Arantes Júnior manifestou-se contra a intolerância, defendeu o respeito às etnias e incentivou a mobilização dos líderes mundiais a favor da cultura para a paz.

Velasco enalteceu a importância do curso para a UFSC e falou do panorama atual da área de Relações Internacionais no Brasil. O professor ressaltou a pouca idade brasileira nesse campo e falou da importância de novos profissionais na área.

Uma das calouras de Relações Internacionais, Joice Petry, é estudante da Escola Superior de Administração e Gerência (Esag) e ingressou na primeira turma de 2009. “Tomei conhecimento do curso conversando com uma amiga. Na verdade, resolvi cursar apenas porque tinha minhas tardes livres”. Após o primeiro mês de aula, Joice já faz uma avaliação positiva. “Depois dessas primeiras semanas eu estou gostando muito. Os professores se empenham em prender a nossa atenção e nos dão muita coisa para ler. Estou com boas expectativas, sim”, completa.

Autoridades presentes à mesa

Autoridades presentes à mesa

A graduação em Relações Internacionais na UFSC foi inaugurada no primeiro semestre de 2009. Serão admitidos através do vestibular 80 alunos por ano, sendo divididos em 40 estudantes por turma. O profissional formado em RI será capaz de analisar fenômenos econômicos e políticos, participar de negociações internacionais e outros assuntos ligados à política e economia. Atuará em agências governamentais, empresas e organizações internacionais.

Mais informações pelo telefone 3721-9384 ou pelo site www.cse.ufsc.br.

Por Paulo Rocha Azevedo/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Foto: Paulo Noronha/ Agecom

Seminário na UFSC aborda gestão e docência a distância

27/03/2009 09:18

A Coordenadoria da Universidade Aberta do Brasil na UFSC realiza, nos dias 6 e 7 de abril, o Seminário de Gestão e Docência em EaD 2009. A ação integra o Programa Anual de Capacitação Continuada do Sistema da Universidade Aberta do Brasil e disporá de 200 vagas para participantes.

O objetivo do seminário, segundo os organizadores, é o de criar um espaço de reflexão e de aprofundamento sobre a temática Gestão e Docência em EaD, visando a capacitação continuada e a discussão das questões relacionadas com os cursos de graduação e pós-graduação oferecidos pela UFSC na modalidade a distância. A participação dos agentes envolvidos nos processos de gestão e ensino-aprendizagem, juntamente com especialistas convidados e representantes institucionais oportunizam o avanço das práticas e o diálogo reflexivo, essenciais para o aprimoramento do sistema.

O público-alvo do seminário são os coordenadores de Pólos de Apoio Presencial da UAB, professores envolvidos na docência e na gestão dos cursos de graduação e pós-graduação, servidores técnico-administrativos, tutores e estudantes da EAD-UFSC.

A mesa-redonda de cada temática será coordenada e relatada pelo responsável da UFSC e terá dois convidados externos. A duração será de duas horas cada, com 45 minutos de apresentação e 1h15min de discussão, privilegiando assim a interação com o público e a participação dos diversos atores envolvidos. A carga horária do seminário será de 20h.

Interessados em participar do seminário devem inscrever-se até o dia 31 de março pelo formulário eletrônico.

www.ead.ufsc.br/portal/2009/03/24/seminario-de-gestao-e-docencia-em-ead/

Mais informações pelo fone 3721-8325.

MEC apresenta à Andifes nova proposta de acesso às universidades

26/03/2009 17:47

O Ministro da Educação Fernando Haddad recebeu, no dia 25 de março, em seu gabinete, os reitores Amaro Lins (UFPE), Edward Madureira Brasil (UFG), João Cousin (FURG), respectivamente, presidente, 1º e 2º vice-presidentes da Andifes, as reitoras Malvina Tuttman (Unirio) e Maria Lúcia Cavalli (UFMT), membros da Comissão de Desenvolvimento Acadêmico (CDA), o reitor Alan Barbiero (UFT), a presidente do Fórum dos pró-reitores de Graduação (Forgrad) Sandramara Matias Chaves e o secretário executivo da Associação, para apresentar a proposta do Ministério da Educação (MEC) sobre a alteração do modo de acesso às universidades federais, tradicionalmente feito por meio do vestibular. O ministro apresentou a proposta de unificação dos vestibulares acompanhado de membros da sua equipe: secretária de Educação Superior Maria Paula Dallari, secretário executivo José Henrique Paim, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), Reynaldo Fernandes e a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda.

Fernando Haddad considera a passagem do ensino médio para o superior “traumática e anômala”. Segundo ele, o sistema de acesso é “pouco inteligente e ineficiente”. Sua preocupação com essa questão parte, primeiramente, da influência que o vestibular exerce sobre o Ensino Médio. De acordo com o ministro, está na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação que o vestibular seja feito com vistas ao Ensino Médio, fato que não ocorre atualmente: “O Enem não sinaliza nada para a educação básica, e o vestibular sinaliza muito mal”, afirmou.

Depois de estudos e discussões preliminares, o MEC anunciou que a nova forma de acesso consistiria em um “Enem modificado”. O diretor do Inep Reynaldo Fernandes explicou que a prova teria quatro grupos de questões, divididas em Linguagens e Códigos (português e inglês), Matemática e Estatística, Ciências da Natureza (biologia, química, física), Ciências Humanas (história, geografia, ciências sociais, economia) e uma redação, aplicadas em dois dias. Reynaldo Fernandes resumiu o caráter do processo seletivo: “Seria o conteúdo dos exames vestibulares, mais a forma de perguntar do Enem”.

Realizada a prova, o aluno teria um boletim de desempenho, que apresentaria nas universidades de seu interesse (previamente informadas na inscrição), pleiteando vaga em determinado curso. Modelo semelhante é usado nos Estados Unidos, com o SAT (Scholastic Assessment Test). A expectativa do MEC é que o novo sistema atenda ao desejo de reorganização do Ensino Médio e avalie a capacidade de interpretação e de utilização do conhecimento técnico na resolução de problemas práticos do cotidiano. Fernando Haddad garantiu ainda que está preservada a autonomia das Ifes para aderir ou não ao novo processo seletivo.

O 2º vice-presidente da Andifes, reitor João Cousin (FURG) saudou a iniciativa do ministro e afirmou que ela traz mais justiça. A presidente da CDA Malvina Tuttman ressaltou a importância da participação da Andifes nas questões técnicas pertinentes à elaboração da prova e a necessidade de rapidez da discussão, para implantar as mudanças ainda neste ano, como deseja o ministro. O reitor Alan Barbiero (UFT) levantou preocupação com uma possível resistência regional, questionando se universidades de estados menos desenvolvidos teriam suas vagas ocupadas prioritariamente por estudantes de outras regiões. O 1º vice-presidente da Andifes reitor Edward Madureira Brasil (UFG) sinalizou preocupação com a segurança requerida para aplicação de tal prova, de caráter nacional. A reitora Maria Lucia (UFMT) apoiou a idéia, que ela considera “fundamental para a mudança de mentalidades”.

Essa foi a primeira reunião formal entre Andifes e MEC para discussão do tema da mudança dos vestibulares, ainda não conclusiva. O que ambas as partes acertaram é que o MEC deve encaminhar documento básico com a proposta, que a Andifes encaminhará para apreciação de todas as universidades federais. Na seqüência, deve ser marcada uma reunião na associação, com a presença do ministério, para continuar a discussão da matéria. O presidente da Andifes afirmou que este é um tema de interesse da entidade, que está sempre disposta a debater o aprimoramento da forma de acesso às universidades federais. Ele também entende que os tradicionais vestibulares têm características positivas e grande credibilidade frente à opinião pública.

Fonte: Andifes – 26 de março de 2009

VESTIBULAR 2009: UFSC divulga sexta chamada

26/03/2009 15:15

O Departamento de Administração Escolar da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgou a sexta chamada de calouros 2009 no Edital nº 14. Os seis contemplados, sendo um com classificação sub judice, devem realizar sua matrícula no período de 26 a 31 de março, no Departamento de Administração Escolar (DAE).

Veja o Edital nº 14 completo no endereço http://notes.ufsc.br/aplic/comunica.nsf?OpenDatabase.

Outras informações pelos telefones (48) 3721-6553, 3721-6533, 3721-6547 e 3721-9331.

Calouros convocados para efetivarem matrícula de 26 a 31 de março:

ENGENHARIA CIVIL

ALISSON LUIZ MINELLA – Segundo semestre

ENGENHARIA DE PRODUCAO ELETRICA

LUANDRO PEDREIRA VIEIRA – Segundo semestre

ENGENHARIA QUIMICA

HELLEN ALMEIDA RIBEIRO FREIRE – Segundo semestre

ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMACAO

GUSTAVO TODESCATO DASSI – Segundo semestre

SISTEMAS DE INFORMACAO (noturno)

JÉSSICA SCHENEIDER SCHMIDT – Segundo semestre

Candidato com classificação sub judice com medida liminar para matrícula a ser realizada no DAE, no período de 26 a 31 de março:

ENGENHARIA CIVIL

AGNES PRAEIRO SAKAI – Segundo semestre

Margareth Rossi / jornalista da Agecom

Conferência discute planos de carreira e assistência à saúde dos servidores federais

26/03/2009 14:19

Segundo Carneiro, desafio é criar uma política transversal

Segundo Carneiro, desafio é criar uma política transversal

A manhã do segundo dia (26/03) da Conferência Nacional de Recursos Humanos da Administração Pública, regional sul, realizada no auditório da Reitoria da UFSC, foi marcada por painéis e debates envolvendo questões cruciais para os servidores públicos, como os planos de cargos e carreiras e a assistência à saúde, previdência e benefícios aos trabalhadores desta área.

Representando a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, organizadora do evento, o técnico Rafael de Souza Moreira fez uma explanação do quadro caótico encontrado pelo atual governo no âmbito do serviço público federal e destacou avanços alcançados, que, se não resolveram os problemas existentes, melhoraram a gestão de pessoal e reduziram a distância entre a situação vigente e a que seria considerada ideal pelos servidores e pela sociedade.

Existem hoje, segundo Moreira, 129 carreiras dentro do serviço público, fora os planos especiais de cargos (PECs) e outros níveis de classificação dos funcionários federais. As remunerações estão defasadas em relação ao setor privado, existe pouca abertura para negociações com entidades representativas dos servidores e há muitos trabalhadores terceirizados e temporários exercendo funções historicamente desempenhadas por funcionários de carreira. Além disso, inúmeros obstáculos técnicos, conceituais, jurídicos, constitucionais, políticos e administrativos impedem avanços e mudanças nos regimes que norteiam as relações do Estado com seu quadro funcional.

“É preciso acabar com o patrimonialismo, transcender o modelo burocrático rígido implantado nas últimas décadas, buscar avaliações de desempenho mais fidedignas e recompor a força de trabalho dentro do governo”, prega o representante do ministério. Ele coloca entre os desafios do sistema a profissionalização do serviço público, a adoção de critérios justos de remuneração e a busca de “um ambiente de inovação e criatividade na administração pública federal”. As sugestões dos grupos de trabalho que se reunirão na sexta-feira serão levadas para Conferência Nacional de Recursos Humanos da Administração Pública, programada para o período de 6 a 9 de julho em Brasília.

Luiz Fernando Silva, da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Contsef), foi aplaudido ao apontar as distorções de gestão do segmento pelo governo. Para ele, a evolução tecnológica e a mudança do aparelho de Estado nas últimas décadas não foram acompanhadas pela melhoria de desempenho no serviço público. “Devido a desvios de função, cerca de 70% dos servidores exercem hoje funções não previstas em seu cargo de origem”, denuncia. “Não há perspectivas de crescimento funcional e muitos cargos de nível superior foram transferidos para servidores terceirizados, uma herança nociva do governo passado”.

O sindicalista defende a criação de diretrizes gerais que sejam observadas em todas as carreiras e o fim da crença equivocada de que o servidor público é um mero serviçal do Estado. Na gratificação de desempenho, ele diz ser necessário levar em conta a realidade social de cada região. E defende que a Contsef e a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão lutem pelo retorno da ascensão funcional dentro do serviço público, com o devido controle interno, para que haja possibilidade de crescimento do funcionário dentro da carreira.

Saúde e previdência – No painel sobre a assistência à saúde, previdência e benefícios do servidor público, outro representante do Ministério do Planejamento, Sérgio Martins Carneiro, expôs as medidas que o governo federal vem tomando para reduzir as deficiências de alcance e atendimento do funcionalismo na questão da saúde e assistência social. Hoje, ainda há pouca informação e notificação sobre os agravos ao trabalho nas repartições federais e não existe um perfil médio dos servidores que demandam atenção na área da saúde, o que dificulta as ações do governo neste campo.

“De 2003 para cá, 12 mil novos servidores vêm entrando no sistema a cada ano”, informa Carneiro. Para dar conta desse contingente e daquele que está há muito tempo na ativa, ele diz que o governo criou a coordenação-geral de Seguridade Social e Benefícios ao Servidor e elaborou o Manual de Perícia do Servidor, para instruir os funcionários sobre como proceder quando necessitassem de atendimento. Segundo ele, um dos desafios do ministério é criar uma política transversal que facilite a colaboração entre os órgãos de governo, visando a conhecer melhor a demandas dos servidores e tentar solucioná-las.

Gustavo Soares Filho, do Ministério da Previdência e Assistência Social, fez uma explanação sobre o regime de contribuição e aposentadoria dos servidores públicos federais, e Nelci Dias da Silva, dirigente sindical vinculada à Secretaria de Saúde de Porto Alegre, pediu o fim da terceirização no serviço público federal e condenou a última reforma previdenciária, que “não foi discutida com a sociedade”. Ela criticou sobretudo o fim da integralidade e da paridade na aposentadoria dos servidores e pregou uma nova reforma, que “recupere os direitos perdidos nos últimos anos”.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

Foto: Jones João Bastos

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Servidores técnico-administrativos escolhem três de seus representantes no Conselho Universitário

26/03/2009 14:15

Foto: Jones Bastos / Agecom

<b>Foto: Jones Bastos / Agecom</b>

Nesta quinta-feira, dia 26 de março, a partir das 7h, está sendo realizada a eleição que definirá os três dos seis representantes dos servidores técnico-administrativos no Conselho Universitário(CUn), órgão máximo deliberativo e normativo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Os eleitos vão cumprir mandado de dois anos e representar os interesses dos 4.306 servidores. Simultaneamente, ocorre a eleição dos quatro representantes da Comissão Interna de Supervisão da Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (CIS).

A eleição tem três postos eleitorais: no Hospital Universitário (HU), no Centro de Ciências Agrárias (CCA) e no Hall da Reitoria, e encerra-se às 18h, exceto no HU, que será às 19 horas. O movimento de eleitores na Reitoria é constante, mas segundo o presidente da comissão eleitoral, Arnaldo Podestá, a expectativa quanto ao número de votos é baixa. Para ele, serão no máximo 900 votos, o que representa 20,9% dos servidores.

Os candidatos Pedro Anastácio da Silva Filho, do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ); Miguel Arcângelo Broering, da Pró-Reitoria de Ensino e Graduação (PREG); e Nilton Cezar Pereira, do Centro Tecnológico (CTC, e seus respectivos suplentes, já estão pré-eleitos, considerando que são três vagas para três candidatos. O resultado oficial será divulgado logo após o período de votação.

O Conselho Universitário é formado por 58 representantes mais os seus respectivos suplentes. Técnico-administrativos e alunos têm direito a seis votos cada, enquanto os professores somam 34 votos. Há ainda um voto da Educação Básica da UFSC e cinco representantes da comunidade externa.

Como o número de representantes é par, o reitor, presidente do Conselho, tem direito a dois votos em caso de empate.

Por Erich Casagrande/bolsista de jornalismo da Agecom

Curso de Jornalismo comemora 30 anos

26/03/2009 13:52

Na próxima segunda-feira, dia 30, às 15h, acontecerá o primeiro entre vários eventos que serão realizados em comemoração aos 30 anos do Curso de Jornalismo da UFSC. Será uma aula inaugural ministrada por quatro convidados que tiveram participação ativa na criação e no desenvolvimento da graduação: Paulo José da Cunha Brito, César Valente, Moacir Pereira e Maria Elena Hermosilla.

Os profissionais abordarão sua trajetória e como enxergam a formação do curso superior e do mercado de trabalho. A aula será realizada no auditório do Centro de Comunicação e Expressão (CCE).

“O evento está aberto não só aos atuais alunos do curso, mas também a todos que por aqui passaram”, diz o coordenador do curso, Áureo Moraes. A coordenadoria do curso e a chefia do departamento de Jornalismo estão também preparando um vídeo e um livro, que trarão depoimentos de fundadores, ex-alunos e professores.

Mais informações com o professor Áureo Moraes, coordenador do curso, pelos fones (48) 3721-6597 e 9621-9552 ou pelo e-mail aureo@cce.ufsc.br.

Um pouco de história

O Curso de Jornalismo da UFSC é o mais antigo de Santa Catarina. Nasceu em 8 de março de 1979, durante a ditadura, sob um regime em que alunos e professores tinham igualdade de direitos de decisão.

Segundo seu primeiro coordenador, professor Moacir Pereira, o lema era “liberdade, consciência crítica e responsabilidade”. Os primeiros anos foram de intensa participação na vida política do Estado. Mas quando a primeira turma se formou, em 1982, foram observadas deficiências do ponto de vista técnico e científica. O curso funcionava com espaço físico reduzido, tinha poucos equipamentos e quase nenhuma estrutura laboratorial.

Em 1984 constatou-se a inviabilidade de um projeto estritamente político e muitos professores deixaram a universidade. O curso, que se tornara conhecido nacionalmente como inovador, viveu um período de desânimo.

A reconstrução começou em 1988, sem que a formação política fosse descartada, mas com cuidado para que não se sobrepujasse às outras. “Em matéria de jornalismo, competência técnica e espírito crítico têm que ser a mesma coisa”. Com base neste lema, em 1991 foi implantado o projeto Universidade Aberta, que hoje já não existe mais. Inicialmente era um programa de rádio, feito por alunos bolsistas supervisionados pelos professores, cobrindo as notícias da UFSC.

O projeto se expandiu, o curso ganhou equipamentos e outras mídias foram contempladas. O site Universidade Aberta, com atualização diária de notícias sobre a UFSC, foi um marco no processo acadêmicos dos estudantes de jornalismo da UFSC.

Em 2006, o curso recebeu conceito máximo (nota 5) no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).

Entrevista

Moacir Pereira, primeiro coordenador do curso

Maria Luiza Gil O que levou vocês a criarem o curso de jornalismo na UFSC?

Moacir Pereira Múltiplos foram os motivos que me motivaram a insistir na criação do Curso de Jornalismo na UFSC. O primeiro era de ordem legal. O exercício do jornalismo, pelo Decreto-Lei 972, de 1969, exigia formação universitária. O segundo, de convicção pessoal sobre a importância da formação acadêmica. Terceiro, a constatação de que no Brasil inteiro os Estados tinham cursos superiores de Jornalismo.

Da Bahia até o Rio Grande do Sul, apenas Santa Catarina não tinha Curso de Jornalismo. Finalmente, o convencimento de que só a Universidade poderia garantir consciência crítica, conhecimentos universais, postura ética e habilitação técnica. Tendo exercido a presidência do Sindicato dos Jornalistas entre 1975 e 1978, constatei em congressos e eventos nacionais de jornalistas que os melhores profissionais estavam entre aqueles que tinham formação universitária.

Maria Luiza Gil Quais foram as maiores dificuldades que os fundadores encontram para a formação deste novo curso?

Moacir Pereira Muitas foram, também, as dificuldades. Começava com a contestação de vários jornalistas, alguns colunistas famosos, que se opunham ostensivamente à idéia. “Jornalista nasce feito, traz o sangue nas veias”, alegavam. Os precedentes também não ajudavam. Um grupo de trabalho concluiu pela não instalação do Curso em 1973.

Outro estudo do jornalista Adolfo Zigelli também não recomendava à Reitoria a nova habilitação. Não fora a visão do reitor Caspar Erich Stemmer e o curso não teria sido criado. Ele foi determinante e determinado. Procurou agilizar tudo no Conselho Federal de Educação e no MEC. E ofereceu as condições mínimas – ainda que precárias – para instalação da Coordenação do Curso no prédio da Imprensa Universitária. Havia, ainda, a má vontade dos empresários, contrários ao curso superior. Alegavam que não havia mercado de trabalho. Quer dizer: o cenário geral era recheado de obstáculos a superar.

Maria Luiza Gil Qual a importância da formação acadêmica para o profissional jornalista?

Moacir Pereira Não consigo vislumbrar o exercício do jornalismo sem a formação acadêmica. É preciso muito mais, como leitura, atualização constante, domínio das novas tecnologias, aprimoramento ético e outras condições humanas e profissionais. Mas uma boa universidade sempre fará o diferencial.

Prova maior? Inúmeros profissionais que hoje brilham nos principais veículos de comunicação do Rio, São Paulo e Brasília e que passaram pelo curso de jornalismo da UFSC. Exemplo mais vivo: a jornalista Sônia Bridi, formada pela UFSC, e a primeira correspondente da Rede Globo na China. Há outros, igualmente expressivos.

Sou francamente favorável à formação acadêmica, portanto, ao diploma superior, e ao registro profissional. Jornalismo é atividade muito séria, de múltiplas responsabilidades, para ser exercido por quem não tem habilitação. Você pode até encontrar outros profissionais que atuam bem no jornalismo. Mas eles formam exceção. No geral, os bons jornalistas saem das universidades.

Aos que se opõem ao diploma, alegando que os cursos formam com deficiências, recomendo examinar os outros profissionais. Além disso, a universidade é o caminho, a base, não o fim de tudo na formação e no exercício profissional.

Por Maria Luiza Gil / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Odontologia da UFSC promove seminário para mudar currículo

26/03/2009 13:47

Para Efigênia, formação precisa ser mais generalista

Para Efigênia, formação precisa ser mais generalista

Professores, representantes dos estudantes de graduação e alunos da pós-graduação, além de profissionais da área, participam hoje (26), a partir das 8h, no auditório do CCS, do seminário “A integralidade de odontologia: organização das clínicas”, promovido pelo Departamento de Odontologia da UFSC. O curso pretende buscar subsídios para modificar o currículo da graduação, atendendo às novas diretrizes curriculares nacionais, que apontam para a necessidade de novas metodologias de ensino-aprendizagem, de uma matriz curricular capaz de garantir uma formação de profissionais generalista e com visão crítica, postura ética e sensibilidade social.

A abertura do evento foi feita pelo pró-reitor de Assuntos Estudantis, Cláudio José Amante, que salientou a importância das mudanças que poderão acontecer a partir do seminário. Já a palestra principal foi dada pela professora Efigênia Ferreira e Ferreira, do Departamento de Odontologia Preventiva e do curso de pós-graduação em Odontologia, da Universidade Federal de Minas Gerais. Ferreira salientou a necessidade de se estar motivado para as mudanças que vão ser feitas.

E essa motivação, acrescentou Ferreira, precisa ser estimulada nos alunos, de forma que eles se tornem profissionais inseridos no contexto da nova abordagem da odontologia no país e no mundo. Segundo Efigênia, as escolas devem ampliar seus currículos para um atendimento generalista dos pacientes, observando a odontologia como parte de um sistema mais complexo de saúde.

Na opinião da professora, 80% dos pacientes atendidos nas clínicas das faculdades são vinculados ao Sistema Único de Saúde, SUS. “Eles serão os pacientes dos futuros profissionais nos consultórios particulares. Essa é a oportunidade de irem formando clientela e exercitando uma nova forma de abordagem nos tratamentos da saúde bucal”, salientou. O modelo de atendimento generalista está centrado na filosofia que rege o SUS, um sistema que ela considera bom, mas que peca pela falta de formação de recursos humanos.

Já o professor Mauro Caldeira de Andrade, chefe do Departamento de Estomatologia, observou que para os professores é um desafio a ser enfrentado. “Todas as mudanças encontram resistências, e o seminário pretende exatamente estimular a discussão e motivar os professores para as alterações que devem ser feitas, pois a visão mais ampla da odontologia atende às necessidades internacionais, uma vez que estamos vivendo numa sociedade globalizada”, lembrou Andrade.

Mais informações pelos fones (48) 3721-9520 e 3721-9532, com o professor Mauro ou Daniela Lemos.

Texto e foto: José Antônio de Souza

UFSC realiza reunião preparatória para conferência nacional da segurança pública

26/03/2009 13:17

Segurança pública: políticas mais consensuais

Segurança pública: políticas mais consensuais

Acontece hoje (26), às 14h30min, no auditório do Centro de Ciências Jurídicas da UFSC (CCJ), reunião de preparação para a Conferência Nacional da Segurança Pública, a 1ª CONSEG, que servirá de base para o Ministério da Justiça elaborar um Sistema Único de Segurança Pública, equivalente ao SUS. Na reunião serão formulados um princípio para a Segurança Pública e três diretrizes de políticas para o setor, que seguem diretamente para o Comitê Nacional e serão objeto de análise por ocasião do fechamento das proposições da conferência, que ocorrerá de 27 a 30 de agosto em Brasília”, conta Daniela Felix, organizadora do evento e membro do Universidade sem Muros, projeto de extensão coordenado pela professora Vera Regina Pereira de Andrade, do curso de Direito da UFSC.

De caráter interdisciplinar, o Universidade sem Muros busca humanizar o processo de prisonização, tornando menos dolorosas e danosas as condições presentes do cárcere e a vida futura do condenado, favorecendo a sua recepção na sociedade. O projeto se estende ao Complexo Penitenciário de Florianópolis e está sendo desenvolvido paulatinamente em outras instituições locais e regionais.

Além da reunião programada para hoje, já foram realizadas palestras com o professor da Fundação Getúlio Vargas, Theodomiro Dias Neto, que falou sobre “Introdução ao debate sobre a Segurança Pública” e “Segurança Pública: do modelo repressivo à ‘Nova Prevenção’”, termo que consiste de uma proposta de desmilitarização, repressão e belicismo para as polícias. “São políticas consensuais, mais humanizadas, tanto em termos de rever o papel das polícias na sociedade, como pensar que políticas de segurança pública não passam somente pela construção de mais vagas no sistema prisional, mas também por acesso à educação, à saúde, à previdência etc.”, esclarece Daniela Felix.

Theodomiro e "Nova Prevenção"

Theodomiro e "Nova Prevenção"

Para ela, Segurança Pública é “um assunto de extrema relevância nos dias de hoje. A sociedade clama por segurança por se sentir vulnerável a ações de pessoas ou grupos marginalizados socialmente “Todavia, desconhece e se isenta do debate sobre a temática e das responsabilidades na construção de políticas sociais para as políticas públicas”, conclui Felix.

Saiba mais sobre o Conseg: www.conseg.gov.br

Mais informações pelo site: www.universidadesemmuros.blogspot.com, ou com Daniela Felix pelo telefone (48) 9981-0668.

Por Maria Luiza Gil/bolsista de Jornalismo na Agecom

Fotos:Paulo Roberto Noronha

Conferência de Recursos Humanos defende avaliação e negociação coletiva

26/03/2009 11:19

Após discurso de Duvanier, Maria Gabriela aponta avanços

Após discurso de Duvanier, Maria Gabriela aponta avanços

A qualidade, a avaliação de desempenho, a negociação coletiva e a valorização profissional foram enfatizadas na abertura da Conferência Regional de Recursos Humanos da Administração Pública Federal. Os temas dominaram tanto os discursos oficiais como o primeiro painel sobre “democratização das relações de trabalho”.

O evento, organizado de forma conjunta pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e pela Pró-Reitoria de Desenvolvimento Humano e Social da UFSC, teve início ontem (25), às 18 horas, no auditório do Centro de Cultura e Eventos. Reunindo mais de 200 participantes, entre dirigentes e representantes dos trabalhadores, a Etapa Sul da Conferência prossegue até sexta-feira com mais quatro painéis, grupos de trabalho e elaboração de documentos que subsidiarão a Conferência Nacional marcada para Brasília, de 6 a 9 de julho.

As boas-vindas em nome da UFSC foram dadas pela pró-reitora de Pós-Graduação e reitora em exercício, professora Maria Lúcia de Barros Camargo. Integrou também a mesa o pró-reitor de Desenvolvimento Humano e Social, Luiz Henrique Vieira Silva. O secretário de Recursos Humanos do Ministério, Duvanier Paiva Ferreira, aproveitou para lançar um novo olhar sobre o serviço público. Além da avaliação e da auto-avaliação, devem ser levadas em conta o meio ambiente e as condições de trabalho. “Igualmente a equipe precisa avaliar as chefias e a sociedade o desempenho do serviço público”, sublinhou. Ele entende que o servidor ineficiente “deve ser excluído do serviço público”.

O primeiro painel, coordenado por Diogo de Marco, colocou frente a frente a assessora de Recursos Humanos do Ministério, Maria Gabriela Moyas Gannuny el Bayeh, e o coordenador da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras), Paulo Henrique Rodrigues Santos. Maria Gabriela apontou avanços e conquistas obtidas no atual governo. “O governo fala e o governo escuta. Essa é a proposta, essa é a diferença”. Ela destacou a negociação coletiva como o caminho para resolução dos conflitos entre o Executivo e os servidores. A prova da melhoria no relacionamento, segundo ela, é o crescimento dos acordos com a categoria. “A greve tem que deixar de ser o primeiro recurso”, alertou, defendendo o diálogo como ponto de partida para a negociação.

Paulo Henrique: mudança cultural é necessária

Paulo Henrique: mudança cultural é necessária

Já o representante da Fasubra apresentou um panorama histórico da relação patrão-empregado no Brasil. Concluiu que, mesmo no serviço público, a relação remonta à Era Vargas. “A oligarquia continua ocupando o espaço público”, assinalou. Paulo Henrique entende que o cenário só será alterado com uma mudança cultural, o que, na sua visão, “não pode ser feita apenas pela lei”. O sindicalista sublinha que a relação ainda é de mão única. “A gestão pública permanece amarrada a uma lei conservadora, onde o servidor não pode pensar”. Para ele, “grupos de elite” dominam o Estado. Acrescentou ainda que diante da resistência dos trabalhadores o governo aprofundou a terceirização.

Maria Gabriela definiu como essencial à melhoria do serviço público a democratização das relações de trabalho. Para ela, a saída é a consolidação de um sistema de negociação permanente entre o Poder Executivo e as entidades sindicais representativas dos servidores públicos. “A negociação é um instrumento estratégico de gestão pública e a negociação coletiva é uma exigência político-constitucional”, afirmou. “O impacto da greve no serviço público e na sociedade é severo. O caminho é o diálogo e o conceito é a negociação coletiva”, concluiu.

O secretário do Ministério, Duvanier Paiva Ferreira, frisou que a Conferência tem o papel de construir políticas públicas para a área. “Neste sentido, estamos dando passos estratégicos de forma participativa e coletiva”, avisou.

Outras informações podem ser obtidas no seguinte endereço: www.planejamento.gov.br/conferencia.Os conteúdos serão disponibilizados no portal do Sistema de Pessoal Civil (Sipec) : https://portalsipec.planejamento.gov.br

Fotos: Ivan Abreu

UFSC realiza prova de conhecimentos médicos para profissionais formados no exterior

26/03/2009 10:47

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizará uma prova de conhecimentos médicos para profissionais formados em universidades estrangeiras. A avaliação é dirigida para mais de 500 candidatos que solicitaram a revalidação de diplomas estrangeiros para exercerem legalmente a profissão no Brasil. As inscrições já foram encerradas. A prova será realizada para pessoas que se inscreveram em 2008. Nas primeiras semanas de abril novas inscrições serão abertas.

A prova objetiva será realizada no dia 26 de abril, no período das 8h às 12h, nas dependências do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade. No período da tarde será realizada a prova discursiva, das 15h às 19h. O exame exigirá conhecimentos de Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Obstetrícia e Ginecologia, Medicina Preventiva e Social.

Segundo o professor Maurício Pereima, coordenador do curso de Medicina, a medida visa regularizar a situação de muitos brasileiros que cursaram medicina no exterior e não podem exercer a profissão no Brasil. Da mesma forma, é função legal da UFSC validar diplomas estrangeiros, atendendo às exigências do Conselho Nacional de Educação.

Mais de 2 mil processos de validação de diplomas já tramitaram pelo curso de Medicina da UFSC. Segundo a secretária Tânia Fernandes, a maior procedência é de cursos realizados na Bolívia, Argentina, Uruguai, Equador e Peru. Na Europa há faculdades na Alemanha e Itália que também formam muitos médicos brasileiros. A UFSC é muita requisitada para validação de diploma estrangeiro em função da taxa cobrada. O requerente paga somente R$ 130, enquanto outras universidade federais recebem mais de R$ 500 para o mesmo procedimento.

A organização da prova é do curso de Medicina em parceria com a Comissão Permanente do Vestibular (Coperve). O edital completo pode ser acessado no site http://www.medicina.ufsc.br/UserFiles/File/Medicina-Edital.doc

Mais informações pelos telefones (48) 3721-9499 e 3721-9536, com Maurício Pereima (coordenador do curso de Medicina) ou Tânia Fernandes (secretaria).

Por Paulo Fernando Liedke/Agecom

Departamento Artístico Cultural divulga relação de cursos e oficinas de arte para o primeiro semestre

26/03/2009 10:14

O Departamento Artístico Cultural da UFSC divulga a relação de cursos e oficinas de arte para o primeiro semestre deste ano. As inscrições deverão ser feitas no período de 25 a 27 de março, das 9h às 18h, na sede do DAC, na Igrejinha da UFSC, Praça Santos Dumont, Trindade.

Ao todo são oferecidos 15 cursos e oficinas. Serão abertas cerca de 270 vagas em modalidades como teatro (para adolescentes, jovens e adultos); canto coral; mandala; recreação e lazer; figurino para teatro e cinema; atividades do projeto Arte na Escola e atividades musicais e de pintura para pessoas especiais. Não será cobrada mensalidade, apenas uma taxa de inscrição por curso/oficina no valor de R$ 40 (material não incluso).

Essas atividades e o número de vagas podem ser ampliados com a confirmação de outros cursos e oficinas, que serão divulgados oportunamente. Há atividades que já estão em andamento desde o início do mês, e outras que ainda vão iniciar. Veja a relação dos cursos e oficinas de arte, incluindo cronograma, horário e outros detalhes, no site do DAC, no link http://www.dac.ufsc.br/destaques_cursos_oficinas.php#topo

Algumas atuações do DAC

O Departamento Artístico Cultural – DAC, vinculado à Secretaria de Arte e Cultura da UFSC, desenvolve atividades de Arte e Cultura com ações de ensino, pesquisa, produção e extensão, tais como:

– Exposições periódicas de arte contemporânea e encontros com o artista, na Galeria de Arte da UFSC, com pauta semestral aberta para seleção de interessados.

– Produção cinematográfica, parcerias e apoio a produções catarinenses.

– Apresentações do Coral da UFSC em eventos e escolas da comunidade e projetos de musicoterapia.

– Montagens teatrais, apresentadas na cidade e região e/ou em festivais estaduais, nacionais e internacionais.

– Projeto 12:30, com eventos semanais de música, teatro e dança na Concha Acústica, no Teatro da UFSC. Inscrições abertas para apresentações de artistas e grupos.

– Midiateca Arte na Escola – Pólo UFSC: com acervo de DVDs, livros e materiais pedagógicos sobre Arte para consulta e empréstimos.

Para mais detalhes, veja os links dos projetos e atividades no site do DAC ou acompanhe as Notícias publicadas em www.dac.ufsc.br

Serviço:

O QUÊ: Relação de cursos e oficinas de Arte do DAC

QUANDO: Primeiro Semestre de 2009.

INSCRIÇÕES: De 25 a 27 de março, das 9h às 18h.

ONDE: DAC – Igrejinha da UFSC, Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis.

QUANTO: Taxa única semestral de R$ 40 (material não incluso).

CONTATO: Informações: www.dac.ufsc.br ou no link http://www.dac.ufsc.br/destaques_cursos_oficinas.php#topo

Telefone: (48) 3721-9348 e 3721-9447

Fonte: [CW] DAC-SECARTE-UFSC, com informações dos cursos e oficinas.

Semana temática discute ´O SUS e o cidadão`

26/03/2009 10:13

Está sendo realizada esta semana (24 a 27 de março), na Unidade de Saúde do Saco Grande, a semana temática ´O SUS e o cidadão`. A promoção é da própria unidade, em conjunto com os residentes em Saúde da Família da UFSC. O objetivo é mobilizar a comunidade para uma reflexão a respeito do SUS e o papel do Programa Saúde em Família dentro desse sistema.

O encontro vai promover a discussão sobre o Sistema Único de Saúde, sua história e o controle social, além de divulgar os “20 anos do SUS que deu certo”. Serão também exibidos os filmes, ´Políticas Públicas de Saúde no Brasil` e ´Sicko´. Haverá ainda exposição da linha do tempo do SUS e sua história, além de apresentação musicalizada do cordel ´O dia em que o SUS visitou o cidadão` (todas as manhãs às 10h e todas as tardes às 15h).

Após as atividades nas salas de espera serão realizadas rodas de conversa com os usuários. Durante a semana também serão colhidos

depoimentos sobre a Unidade de Saúde do Saco Grande para a produção de um documentário a ser exibido no fechamento do encontro, em roda de conversa com a participação do professor Marco Da Ros, da UFSC, de funcionários da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, da comunidade e suas entidades representativas.

Na sexta-feira, 27/3, o grupo organiza uma conversa com integrantes da coordenação da residência, representantes da Secretaria de Saúde de Florianópolis, entidades comunitárias, líderes políticos e comunitários.

Humanização

Já foram realizadas três semanas temáticas. O trabalho é baseado nos princípios do SUS e da Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS -Modelo em Defesa da Vida). As ações são orientadas pelo planejamento estratégico participativo, sendo avaliadas permanentemente.

O trabalho busca minimizar a demanda reprimida por meio de grupos de atenção às necessidades dos usuários, atenção às sua necessidades e acolhimento de urgências. De acordo com os participantes, a meta é garantir momentos permanentes de diálogo, que busquem construir redes de solidariedade e promovam a cidadania, a autonomia e o controle social. Além disso, várias atividades de prevenção e promoção de saúde têm sido organizadas e mantidas. Entre elas, grupos de educação em saúde, brinquedoteca, trabalho em sala de espera e atividades na comunidade.

Mais informações: Jimeny Pereira, e-mail: jimeny_@hotmail.com

Teatro da UFSC recebe o espetáculo ´Choro e Poesia`, com o grupo Ginga do Mané e o poeta César Félix

25/03/2009 17:04

O espetáculo: clássicos do chorinho e poemas

O espetáculo: clássicos do chorinho e poemas

Nesta sexta-feira, dia 27, às 20h, o Teatro da UFSC recebe o espetáculo ´Choro e Poesia`, com o grupo Ginga do Mané e o poeta César Félix. Com uma hora e meia de duração, o espetáculo conta com músicas de clássicos do chorinho – como Jacob do Bandolin, Pixinguinha, Waldir Azevedo e Ernesto Narareth -, e, acompanhando as músicas, obras de poetas clássicos como Jorge Luís Borges, Carlos Pena Filho, Cruz e Sousa, Alberto Caeiro e Vladmir Maiakowski, declamadas pelo poeta acreano César Félix (Cesinha).

O público poderá apreciar um espetáculo diferente, onde o choro fortalece a forma poética e a poesia enriquece a música. Como dizem os artistas deste espetáculo: “Música e poesia, duas manifestações; músicos e poetas, duas ações; tudo girando em torno de um só espaço: o da Arte.” Haverá ingresso ao preço de meia entrada para os que levarem uma poesia no dia do espetáculo.

Sobre o Ginga do Mané

O nome do grupo faz alusão ao choro ´A Ginga do Mane`, do inimitável mestre Jacó do Bandolim, e também faz referência ao jeito florianopolitano de ser, que carinhosamente é chamado de “manezinho”.

A célula inicial do grupo nasceu nas aulas práticas ministradas no Centro Musical Wagner Segura, em Florianópolis, onde alguns dos integrantes foram alunos, ou ainda hoje, como é o caso da cavaquinhista Fernanda Silveira e do pandeirista Fabrício Gonçalves, são professores.

O Ginga do Mané é formado pelos músicos catarinenses Bernardo Sens (flauta), Fabrício Gonçalves (pandeiro), Fernanda da Silveira (cavaquinho) e Raphael Galcer (violão de sete cordas), que buscam mesclar a impetuosidade da juventude com a necessária dedicação e a responsabilidade de executar obras musicais tão elaboradas e vinculadas ao perfeccionismo, como exige a execução de um choro, um gênero genuinamente brasileiro.

Dentre as atividades desenvolvidas pelo ´Ginga do Mane` destaque para a participação no III Festival dos Grupos de Samba-Raiz de Florianópolis, em 2004; as apresentações no lançamento do Clube do Choro de Florianópolis e no Circuito Banco do Brasil – Etapa Santa Catarina, ambas em 2005, e participações no FAM – Florianópolis Audiovisual Mercosul, edições 2007 e 2008.

Veja mais sobre o grupo e seus integrantes em www.gingadomane.com.br.

Sobre o poeta

César Félix (Cesinha), com formação em História pela UFSC, é professor e ativista de movimentos sociais e culturais. Tem três livros de poesia publicados: ´A oficina da poesia` (2003), ´Se você olhar dentro do poema, o poema olhará dentro de você` (2006) e ´Se existe poesia existe vida` (2008) – publicações independentes. Declamou poesia em vários projetos artísticos, entre eles: Quintal das Artes (1998) e Projeto 12:30 (DAC-UFSC), Encontro Mundial dos Estudantes (Havana-Cuba, 1997), Projeto Velhos Amigos (2001), A Barca do Livro (2008), Espaço Cultural Sol da Terra (2008).

Apresentou o espetáculo ´Sobre a Arte de amar`, em 2005, no teatro da UFSC; ´Espelhados – A vida refletida em poesia`, no ano de 2006, ao lado de Ryana Gabech e Raphael Galcer, e ´Harmonia da palavra`, com Bernardo Sens em 2007. Cesinha participou do projeto Margem Esquerda música e poesia Brasileira – com apresentações no Sesc de Florianópolis e nas cidades de Madri, Sevilla, Xiclana e Granada, todas na Espanha, em 2008, e Participou em Florianópolis, juntamente com o grupo ´Bom Partido` do show em Homenagem aos 100 anos de Cartola. Em 2009, o poeta tem se apresentado no espetáculo ´Rio da Impermanencia`, com o violonista Rafael Buti e com o grupo de choro Ginga do Mané. Em parceria com a fotógrafa Clara Figueredo, Cesinha tem apresentado a exposição de fotopoemas ´Poesia em Preto e Branco`.

Serviço:

O QUÊ: espetáculo ´Choro e Poesia`, com o grupo Ginga do Mané e o poeta César Félix.

QUANDO: Dia 27 de março de 2009, às 20 horas

ONDE: Teatro da UFSC, ao lado da Igrejinha, Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis

QUANTO: Inteira: R$ 20,00 e Meia Entrada: R$ 10,00. Pagarão meia entrada: estudantes, maiores de 60 anos, professores da rede pública e todos aqueles que trouxerem uma poesia.

CONTATO: Raphael Galcer (Ginga do Mané) 48-9904-2281

Fonte: [CW] DAC: SECARTE: UFSC, com material dos artistas.

Curso de Jornalismo da UFSC comemora 30 anos com aula inaugural do semestre

25/03/2009 16:48

As atividades do primeiro curso superior em Jornalismo de Santa Catarina começaram no dia 8 de março de 1979. Trinta anos depois o curso inicia a programação comemorativa, na segunda-feira, dia 30 de março, com aula inaugural do semestre, recebendo quatro ex-professores que participaram do processo de criação e implantação da graduação.

Os jornalistas catarinenses Moacir Pereira, Paulo Brito e César Valente, vão apresentar, ao lado da chilena Maria Elena Hermosilla, um panorama das três décadas de evolução na formação e atuação profissional dos jornalistas a partir da criação do curso da UFSC.

Paulo José da Cunha Brito integrou o grupo de trabalho que decidiu pela criação do curso de Jornalismo da UFSC em 1978. Durante 20 anos foi professor, coordenador e chefe de departamento. César Valente também fez parte da comissão que criou o Curso de Jornalismo da UFSC. É jornalista com atuação profissional tanto na prática quanto no ensino da reportagem, edição, produção gráfica, assessoria de comunicação e administração jornalística.

Moacir Pereira atuou durante sua trajetória profissional em diversos campos do Jornalismo e igualmente participou da implantação do curso da UFSC. Publicou 22 livros, que discutem desde grandes reportagens até aspectos profissionais. Ocupa a cadeira nº 3 da Academia Catarinense de Letras. Maria Elena Hermosilla, jornalista formada pela Universidade do Chile, é especialista em comunicação social e atualmente ocupa a Secretaria Geral do Tribunal Nacional de Ética e Disciplina do Colégio de Jornalistas, que é a organização dos jornalistas do Chile. Foi professora do curso da UFSC de 1980 a 1983.

O evento será realizado às 15h, no auditório do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), da UFSC.

Mais informações com o professor Áureo Moraes, coordenador do curso, pelos fones (48) 3721-6597 e 9621-9552 ou pelo e-mail aureo@cce.ufsc.br.

CNPq e Finep destinam R$ 20 milhões para eventos de ciência, tecnologia e inovação

25/03/2009 15:12

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), agências do Ministério da Ciência e Tecnologia, lançaram o Edital ARC 2009, para apoiar a realização de eventos relacionados à ciência, tecnologia e inovação, nacional ou internacional, que serão realizados de julho de 2009 a junho de 2010.

Serão R$ 20 milhões de recursos globais, sendo R$ 15 milhões do CNPq e R$ 5 milhões da Finep, destinados a apoiar a realização de congressos, simpósios, workshops, seminários e outros eventos similares. Os eventos marcados para o segundo semestre de 2009 terão R$ 12 milhões e para o primeiro semestre de 2010 serão R$ 8 milhões.

Poderão apresentar propostas pesquisadores, professores e especialistas vinculados a instituições de ensino superior (IES), centros e institutos de pesquisa e desenvolvimento públicos e privados, empresas públicas ou dirigentes de associações científicas ou tecnológica de âmbito nacional. Os projetos deverão ter prazo máximo de execução de 12 meses.

As inscrições podem ser feitas por meio do formulário de propostas online, disponível em www.cnpq.br/formularios/index.htm.

Os eventos realizados de 1º de julho de 2009 a 31 de dezembro de 2009 deverão ser inscritos no Cronograma 01 até o dia 2 de maio. Os eventos marcados de 1º de janeiro de 2010 a 30 de junho de 2010 entrarão no Cronograma 02 e deverão ser inscritos até 26 de setembro de 2009. Confira o Edital 007/2009 na íntegra em www.cnpq.br/editais/ct/2009/007.htm.

Fonte: CNPq

Centro de Desportos oferece aulas de yôga infantil

25/03/2009 14:47

Estão abertas as inscrições para aulas de yôga infantil que ocorrem todas as segundas e quintas-feiras, entre 17h10min e 18h, na Sala de Ginástica, bloco 5, no Centro de Desportos da UFSC. As inscrições podem ser feitas no site do CDS (www.cds.ufsc.br), no link ´Extensão`. O projeto é realizado há um ano para crianças de 6 a 11 anos que recebem a atenção da professora Ana Lucia Fischer.

A prática de yôga por crianças tem o mesmo objetivo daquela realizada por adultos: auto-conhecimento, exercício da mente e do corpo e desenvolvimento da concentração. Porém, a atividade com crianças exige outros métodos de ensino, como desenhos e brincadeiras. Ana Lucia Fischer, formada em Educação Física pela UFSC em 2008, afirma que é importante empregar ações lúdicas nas aulas para despertar o interesse das crianças.

O Yôga surgiu há cinco mil anos na índia e vem recebendo adeptos por todo o mundo. Por trás dos exercícios há toda uma cultura baseada em valores milenares que ganham um significado mais profundo através da prática.

Mais informações pelo telefone (48) 9147-8727, com Ana Lucia Fischer.

Por Erich Casagrande / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Leita mais:

Vagas no CDS: Abertas até o dia 30 de março as inscrições para as vagas remanescentes das atividades esportivas do semestre 2009/1, oferecidas à comunidade pelo Centro de Desportos da UFSC. As inscrições devem ser feitas no site http://www.cds.ufsc.br (link Extensão).

Professora Regina Brasil é a convidada da 40ª edição do Círculo de Leitura

25/03/2009 14:30

“Sou apaixonada pelo que faço"

“Sou apaixonada pelo que faço"

O Círculo de Leitura, projeto criado pelo professor e poeta Alcides Buss em 2004, chega à edição número 40 nesta quinta-feira, dia 26. A convidada do mês é Regina Brasil, professora de literatura, que a partir das 17h vai falar de seus primeiros contatos com os livros, dos títulos e autores que a marcaram desde cedo, da forma como seleciona suas leituras e como vê a relação das novas gerações com o ato mágico de ler. “Muitas vezes o jovem não está preparado para o prazer solitário que a leitura traz, e compartilhar a informação parece ser, em alguns casos, mais importante que a própria informação”, diz Regina, que dá aulas em cursos pré-vestibulares e, portanto, conhece os gostos e comportamentos da juventude.

Desta vez, o Círculo acontece na Livros & Livros, livraria localizada na rua Jerônimo Coelho, centro de Florianópolis, que está comemorando seu 20º aniversário. O projeto foi concebido de forma a permitir ao convidado e aos presentes discutirem informalmente sobre os livros que estejam lendo, as leituras do passado e, no caso dos escritores, as influências de outros autores sobre o seu trabalho. Além da possibilidade itinerar, a principal mudança em 2009 foi a transferência do Círculo da primeira para a última semana de cada mês.

Nesta edição, o Círculo terá um pequeno show do tecladista Hermano Buss e da cantora Julie Philippe, uma das finalistas do programa “Ídolos”, do SBT, em 2007. Embora tenham a mesma paixão pela Bossa Nova, eles vão mostrar músicas menos conhecidas da MPB (incluindo a Bossa) e vêm ensaiando há cerca de dois meses para esta apresentação. “Vi alguns shows dela, ela viu um meu, houve uma apreciação mútua no jeito de cantar e tocar que resultou nessa parceria”, conta Hermano. “Temos gostos extremamente parecidos, o que facilitou a formação do repertório do show”, diz ele.

A CONVIDADA

Regina Brasil graduou-se em Letras Italiano-Português em 1983 pela UFSC, mas leciona desde antes de se formar. Passou pelo inglês, pelo italiano e pela gramática, mas a paixão maior é a literatura, com quem tem grande intimidade há mais de 20 anos. Sobre isso, ela diz: “Sou apaixonada pelo que faço, ‘dar aulas’ parece ser uma expressão muito reducionista para a magia que acontece em sala, quando alguém descobre o valor da arte – pintura, música, literatura, cinema… –, quando se apercebe parte de um mundo de novas emoções e sensações, ou seja, quando, saído de uma espécie de egotismo social, alguém abre, finalmente, os olhos para o universo maior que o cerca”.

Atualmente, Regina atua no ensino médio, na preparação para o vestibular e em alguns cursos de Comunicação e Arte, em duas instituições que lhe permitem trabalhar a literatura com “a seriedade, a realização, o empenho e a liberdade inerentes à arte do escrever”.

40 EDIÇÕES DO CÍRCULO

Alcides Buss conta que o Círculo surgiu da idéia de reunir pessoas envolvidas com a leitura – escritores, professores, estudantes e leitores anônimos, gente aficionada por literatura e por todos os tipos de contatos com os livros. Na Sala Cruz e Sousa da Editora da UFSC, elas se encontravam uma vez por mês para falar e trocar idéias e impressões, a partir do depoimento de um convidado especial que expunha o início de sua relação com a leitura, os livros prediletos, os autores com que mais se afinava, o que estava lendo no momento. No final do ano passado, uma edição especial do Círculo foi realizada na livraria Saraiva do Shopping Iguatemi, com a presença do escritor Salim Miguel, e agora o evento acontece na Livros & Livros.

“Sempre foi uma conversa prazerosa, quase um bate-papo de botequim, onde as pessoas falavam do que estavam lendo, sugeriam leituras e trocavam informações sobre bons títulos”, diz o mentor da iniciativa. Com o tempo e a ressonância na mídia, mais gente foi aderindo e comparecendo às reuniões. “Houve depoimentos fantásticos, permitindo ver como se deu a formação do leitor através do escritor”, afirma Buss, que forma com outras seis pessoas o núcleo que coordena o Círculo desde sua criação, na EdUFSC.

Um dos grandes momentos, relata Buss, foi o Círculo com o poeta e bibliófilo Cleber Teixeira, que deu “detalhes maravilhosos sobre escritores que nunca são lidos”. Outro poeta, Rodrigo de Haro, passou aos presentes “uma visão de mundo absolutamente peculiar”. E o cronista Mário Prata se destacou pela “maneira irreverente com que se relaciona com o mundo das letras”. Nesses cinco anos, também passaram pelo Círculo escritores e leitores como Fábio Brüggemann, Sílvio Coelho dos Santos, Oldemar Olsen Jr., Regina Carvalho, Suzana Mafra, Salim Miguel, Mário Pereira, Maicon Tenfen, Dennis Radünz, Rubens da Cunha, Renato Tapado, Raimundo Caruso, Nei Duclós e Zahide Muzart, entre outros.

A maioria dos freqüentadores é formada por estudantes de letras, jornalismo, ciências sociais e humanas, além de alunos de pós-graduação e de escritores que, mesmo não estando nos centro das atenções, comparecem para prestigiar um colega ou para trocar idéias com os leitores. Alcides Buss conta que um freqüentador contumaz é o engenheiro Aro Blass, professor aposentado da UFSC que só faltou a uma edição do Círculo. Em 2008, ele acabou sendo convidado para falar de suas leituras e autores prediletos.

ENTREVISTA

Como foram seus primeiros contatos com a leitura? Como era a relação de sua família com os livros e como isso influenciou seu gosto pela literatura?

Regina – Acho que desde sempre ouvi histórias, vi livros e acompanhei imagens e fotos, ganhava livros de presente e adorava tocá-los, senti-los, antes de lê-los. Acredito que a leitura já se faz nessa primeira “viagem” da sensibilidade. Meus pais sempre folheavam alguma coisa, era a revista da época, era um livro só com palavras, sem imagens, mas que parecia interessar tanto… Lembro-me bem da transição das imagens para as palavras, dos quadrinhos para a outra literatura; os primeiros já não eram suficientes, faltava algo para se gerar o deslumbramento que havia antes…

Quais foram as leituras mais marcantes e quais são seus autores e gêneros prediletos?

Regina – Leituras marcantes foram tantas… mas lembro muito, muito antigamente de “Robinson Crusoé”, do Defoe. Acho que só muito tempo depois cheguei a entendê-lo realmente, era realismo demais para meu mundinho pré-romântico… mas a solidão e o engenho humano já me eram temas interessantes. Depois, “Ana Terra”, do Veríssimo, também foi marca, e marca violenta. Lia um pouco de tudo, antes de terminar o ensino médio já conhecia H.G. Wells, Aldous Huxley, George Orwell, Saint-Exupéry, Morris West, Agatha Cristhie e alguma outra perfumaria literária.

Como vê a relação dos jovens com a leitura, num tempo de tantos estímulos e outras formas de ocupação do tempo livre?

Regina – Só falta estímulo! Acho que esquecemos de mostrar como um livro pode ocupar o tempo livre tanto quanto um filme… Muitas vezes o que acontece é que o jovem não está preparado para o prazer solitário que a leitura traz, compartilhar a informação parece ser, em alguns casos, mais importante que a própria informação. Estar em grupo parece valer mais do que o quê se faz em grupo… Só falta um pouco de estímulo, mostrar ao jovem que só ele ainda está em boa companhia. Aliás, se o livro é bom, a companhia é excelente. Falta mostrar, encantar, atrair, ninguém gosta do que não conhece.

Em que medida a Internet e o livro eletrônico podem interferir no destino das formas tradicionais de leitura?

Regina – Para os que como eu precisam “sentir” o livro, tocá-lo, manuseá-lo, é estranho… para a “gurizada” é um estímulo. Acho que tudo o que acrescenta é bem vindo. Seria purismo demais acreditarmos que a boa leitura só acontece quando a palavra está impressa de maneira exata na folha de papel. A força da palavra, anterior à grafada, já existia de forma oral; se agora ela é digital, é apenas variação do mesmo instinto inicial que move o homem a criar, gerar mundos outros, vidas outras, emoções outras, além de revisitar o próprio mundo, a própria vida, a própria emoção…

O que está lendo no momento e como, diante de tantas opções e necessidades pessoais e profissionais, seleciona suas leituras?

Regina – Aí a coisa pega! Todo ano leio, ou releio, as listagens de leituras obrigatórias solicitadas pelos vestibulares de Santa Catarina, além de livros de referência para uma compreensão mais ampla dessas mesmas obras. O Bosi (Alfredo) e o Junkes (Lauro), dentre outros, são condôminos na minha cabeceira há não sei quanto tempo… Depois, e só depois, vem o prazer, no pouco tempo que sobra! Mas sempre dá pra encaixar um Machado, um Umberto Eco, um Jair Hamms, um Amílcar Neves, um Júlio de Queiroz, um Veríssimo (pai e/ou filho) – é tanta gente! Este ano, especificamente, acompanho a leitura de 17 livros, com meus alunos, dentre eles “22 contos”, do genial Machado, “Incidente em Antares”, do Veríssimo, “O presidente negro”, do Lobato, e “Treze Cascaes”, da excelente safra de autores catarinenses do século XX.

Mais informações podem ser obtidas com a professora Regina Brasil, pelo fone (48) 9971-4232 e e-mail regina@brasilefamilia.com.br; com o coordenador do projeto, Alcides Buss, pelos fones 3235-1283 e 9972-3045; com os músicos Hermano Buss, fone 8409-5344, e Julie Philippe, fone 8833-1011; e com o livreiro Daniel, da Livros & Livros, pelos fones 3222-1244 e 9119-9229.