Inscrições para oficinas gratuitas oferecidas por projeto do HU podem ser feitas até sexta-feira

26/07/2005 18:16

Estão abertas até sexta-feira, 29/7, as inscrições para cursos gratuitos oferecidos pelo projeto Mobilizando Equipes Através da Arte Educação, desenvolvido pela Divisão Auxiliar de Pessoa (Seção de Capacitação), do Hospital Universitário. Entre as oficinas oferecidas estão ginástica, pintura em tecido, bordado em geral, dança contemporânea e produção de sabonetes artesanais. Podem participar servidores, professores e alunos da UFSC. Atualmente são oferecidas 20 modalidades diferentes de oficinas. Algumas vagas são destinadas à comunidade externa.

As Oficinas Arte Educação no Ambiente de Trabalho iniciaram em 1997. Nesta época eram oferecidas duas oficinas: relacionamento inter-pessoal e enfeites de natal. A intenção era valorizar e capacitar os funcionários do Hospital Universitário. Desde então, o aperfeiçoamento tem sido contínuo com a ampliação permanente do número de atividades oferecidas e dos objetivos a serem atingidos.

Neste tempo cresceu significativamente o universo de pessoas beneficiadas com a existência desse projeto: de 20 pessoas, no início, para aproximadamente 400 em 2005. Com as constantes mudanças e necessidades dos setores do Hospital Universitário, o projeto está sendo dirigido à formação de equipes, dentro de uma nova visão institucional, passando assim o nome do Projeto Arte Educação no Ambiente de Trabalho para Projeto Mobilizando Equipes Através da Arte Educação.

Mais informações pelo fone 331-8055

Veja, abaixo, as oficinas e vagas ainda disponíveis.

OFICINAS/HORÁRIOS/ NÚMERO DE VAGAS DISPONÍVEIS

MANHÃ:

Ginástica / 3ª e 5ª/7:00 às 8:00h/lotado

Cond. Físico 2ª e 4ª 8:00 às 9:00h 05 vagas

Pintura em tecido 3ª 8:00 às 11:00h 07 vagas

Bordado em geral 2ª e 4ª 9:00 às 12:00h 04 vagas

Ponto russo ponto cheio 2ª 8:00 às 11:00h 01 vaga

Tricô 3ª 8:30 às 12:00h 02 vagas

Cestaria 4ª 12:00 às 14:00h 03 vagas

TARDE:

Ginástica 2ª e 4ª 17:00 às 18:00h lotado

Ginástica 5ª 17:00 às 18:00h lotado

Dança Contemporânea 6ª 16:30 às 18:30h 04 vagas

Sabonetes artesanais 6ª 14:00 às 18:00h 04 vagas

Velas artesanais 2ª 14:00 às 18:00h 5 vagas

Mosaico 4ª 14:00 às 18:00h lotado

Pintura em tela 3ª 14:00 às 17:00h 01 vaga

Pintura em tecido 2ª 13:30 às 17:00h 04 vagas

Bordado em geral 2ª e 4ª 14:00 às 18:00h lotado

Crochê Cida 4ª 13:30 às 17:00h 04 vagas

Crochê Gleuse 3ª e 5ª 13:00 às 17:00h 02 vagas

Tapeçaria 3 e 5ª 14:00 às 18:00h lotado

Arranjos Florais 3ª 14:00 às 18:00h 06 vagas

Coral 2ª 14:00 às 18:00h 10 vagas

Tricô 3ª 13:00 às 17:00h lotado

NOITE:

Ginástica 2ª e 4ª 18:00 às 19:00h lotado

Dança Cigana 3ª 19:30 às 21:30h 05 vagas

Dança do ventre 2ª 19:30 às 21:30h lotado

Mosaico 4ª 18:00 às 22:00h 03 vagas

Crochê Cida 3ª 18:00 às 22:00h 04 vagas

Criando com retalhos 3ª 20:00 às 22:00h lotado

Pinturas Especiais 2ª e 3ª 18:00 às 22:00h lotado

Ex-reitor da UFSC toma posse como Secretário de Educação de SC

26/07/2005 17:30

O ex-reitor da UFSC, Antônio Diomário de Queiroz, está sendo empossado como secretário de Estado da Educação Ciência e Tecnologia nesta terça-feira. Elisabete Anderle assume oficialmente a diretoria-geral da Secretaria da Educação.

Aos 61 anos, bacharel em Direito e doutor em Economia, Diomário Queiroz ocupou a função de diretor-geral da Fundação de Apoio à Pesquisa de Santa Catarina (ex-Funcitec) no atual governo. Foi o braço direito do ex-secretário, Jacó Anderle, desde o diagnóstico de sua doença, em outubro de 2004 e chegou a substituí-lo por dois meses quando o secretário se afastou para realizar uma cirurgia.

Antônio Diomário de Queiroz nasceu em 12 de abril de 1944, em Boa Nova, na Bahia. Formou-se em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina em 1966. Em 1975 assumiu como chefe da assessoria de planejamento e avaliação do Banco de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Badesc), onde ficou até 1979. Em 1992 foi eleito reitor da UFSC, cargo que ocupou até 1996. Também foi presidente da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Centro de Educação Infantil Flor do Campus abre inscrições

26/07/2005 16:41

O antigo jardim do Sindicato dos Servidores da UFSC, hoje Centro de Educação Infantil Flor do Campus, CEI, está com inscrições abertas, no período de 1 a 17 de agosto, para matrícula de novos alunos, com isenção de taxa. O CEI foi criado em 1999, sendo desde então administrado pela Associação dos Pais de Alunos. A finalidade é promover educação e de qualidade, sem, no entanto, obter lucros. O Centro atende crianças de 4 meses a 6 anos. O espaço físico é de 3.500 metros quadrados de área arborizada com instalação e mobiliário próprios para o atendimento de crianças de sete meses a seis anos de idade.

Sua estrutura sócio-administrativa se baseia na participação de todos os associados, dando oportunidade às famílias de contribuir na criação e manutenção de uma proposta de educação de qualidade para as crianças. A equipe de professores apresenta experiência profissional específica e está sempre preocupada com educação. Por conta disso, desenvolve programa permanente de formação em serviço, supervisionado pela coordenadora pedagógica, cuja formação é de mestrado na área de educação infantil.

Outras informações podem ser obtidas pelo fone 331.9376 ou pelo site www.flordocampus.ufsc.br

Administração da UFSC suspende temporariamente visita às fortalezas

26/07/2005 15:35

Diante de uma série de fatores que vêm comprometendo a operacionalização do processo de visitação das Fortalezas da Ilha, a Administração da UFSC definiu que os conjuntos históricos serão fechados a partir desta quinta-feira, 28/7. A coordenação do Projeto Fortalezas da Ilha esclarece que visitas de grupos de estudantes, previamente agendadas, assim como eventos a serem promovidos por terceiros, deverão continuar a acontecer, desde que assegurem a integridade física dos monumentos e do meio ambiente.

Entre as causas do fechamento está a determinação do Tribunal de Contas da União para a dispensa de servidores que, em contrato CLT com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu), prestam serviços nas fortalezas. Sem estes servidores, a universidade não dispõe de profissionais qualificados para contato direto com o público visitante. Foram também procuradas alternativas junto a órgãos e instituições públicas e privadas no sentido de suprir tais deficiências, mas não foram obtidos retornos.

Para operacionalizar os procedimentos necessários à execução da decisão de suspensão da visitação, estão sendo tomadas providências como a finalização de convênio com a Polícia de Proteção Ambiental, para instalação de uma base avançada na Ilha de Ratones Grande. Foram também colocados avisos nos embarcadouros de barcos que promovem a visitação aos monumentos.

Saiba Mais

O sistema de fortalezas da Ilha de Santa Catarina foi construído quase integralmente durante o século XVIII, com o objetivo de consolidar o domínio português na região, ponto estratégico para navegação e ocupação do sul do continente americano. Entre os monumentos estão a Fortaleza de Santa Cruz (na ilha de Anhatomirim), a Fortaleza de Santo Antônio (na ilha de Ratones Grande) e a Fortaleza de São José da Ponta Grossa (entre as praias de Daniela e Jurerê, na própria Ilha), que foram restauradas em uma parceria entre a UFSC e a Fundação Banco do Brasil. Estes monumentos, assim como a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição, localizada na Ilha de Araçatuba, não totalmente restaurada, estão sob guarda e manutenção da UFSC.

Mais informações com professor Golias Silva, fone 331-6714

DAE estabelece novo prazo para digitação de notas do semestre 2005/1

26/07/2005 09:48

O Departamento de Administração Escolar( DAE) da UFSC informa que disponibilizará novamente o Sistema Acadêmico de Graduação para registro de notas no período de 27 de julho a 8 de agosto de 2005.

O DAE ressalta que o procedimento de digitação de notas é pré-requisito para o processamento das matrículas, atualização de Históricos Escolares 2005/1 e Relatório de Controle do Prazo de Integralização Curricular.

5ª SEPEX: Inscrições para painéis, estandes e oferecimentos de minicursos foram prorrogadas até 9 de agosto

25/07/2005 15:11

Foram prorrogadase até de agosto as inscrições para o oferecimento de minicursos e para a exposição de estandes e painéis durante a 5ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC (5ª SEPEX). Devido ao congestionamento da rede, está sendo difícil efetivar a inscrição, daí a prorrogação para que todos interessados possam completar suas inscrições.

O número de estandes é limitado. Apenas 100 vagas serão disponibilizadas. Os estandes só serão aceitos após análise do projeto, levando-se em conta a proposta de interatividade com o público. Já o número de minicursos e de painéis é livre.

Os minicursos poderão ser ministrados em quatro ou oito horas. O material utilizado e o local para realização são de responsabilidade do ministrante, que também deverá enviar para a secretaria da 5ª SEPEX a listagem de freqüência dos inscritos para a emissão de certificados.

5ª SEPEX

O principal evento anual da UFSC acontece de 14 a 17 de setembro. A 5ª SEPEX reafirma a indissociabilidade do Ensino, Pesquisa e Extensão para a UFSC. Oficialmente incorporada ao calendário da universidade é a maior mostra científica de Santa Catarina.

Com entrada franca e aberta à comunidade, recebe um número crescente de visitantes e de escolas vindas de todo o estado, a cada edição. Os números da 4ª SEPEX impressionam: cerca de 40 mil visitantes, sendo 80 escolas. Foram apresentados 1.738 trabalhos em forma de posters, 3.500 pessoas se inscreveram para 118 minicursos, 125 estandes foram expostos em 3.292m².O site da SEPEX: www.sepex.ufsc.br foi reformulado, visando maior interatividade, facilitando as informações aos visitantes, e proporcionará acesso à lista total dos trabalhos expostos.

A organização do evento alerta que os contemplados com o FUNGRAD, FUNPESQUISA, PRÓ-BOLSA e PRÓ-EXTENSÃO têm obrigação de apresentar seus resultados na SEPEX.

Integrado à mostra, acontece nos dias 15 e 16, o XV Seminário de Iniciação Científica. A exposição de mais de 500 painéis, no Centro de Cultura e Eventos, mostra um celeiro de pesquisadores das mais diversas áreas do conhecimento.

Editoras universitárias de todo o Brasil participarão da 2ª Feira do Livro Universitário, sob a grande lona da SEPEX.

Outra boa notícia é que o XXIII Seminário de Extensão Universitária da Região Sul (SEURS), acontece no Campus da UFSC de 11 a 14 de setembro. Como o último dia do SEURS coincide com o primeiro da SEPEX, nossos colegas vizinhos do Paraná e Rio Grande do Sul terão a oportunidade de visitar a mostra.

Os melhores e mais interativos estandes da SEPEX são selecionados para integrarem a mostra que a UFSC realiza no centro de Florianópolis em outubro, integrando a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. É a UFSC Divulgando e Popularizando a Ciência.

O número de estandes é limitado. Apenas 100 vagas serão disponibilizadas. Os estandes só poderão ser expostos se a proposta de interatividade com o público e o projeto forem analisados e aprovados. Já o número de minicursos e de painéis é livre.

As inscrições poderão ser efetuadas apenas pela internet, no site

www.sepex.ufsc.br, até o dia 9de agosto.

Mais informações: 331 9915

Alita Diana/jornalista coordenadora da Agência de Comunicação

VESTIBULAR 2005: UFSC divulga a 15ª chamada

25/07/2005 11:50

O Departamento de Administração Escolar divulgou a Décima Quinta chamada do Processo Seletivo 2005. através do Edital nº 33/GD/DAE/2005. Os quatro candidatos convocados devem efetivar matrícula no Departamento de Administação Escolar até 27 de julho. Todos foram convocados para o segundo semestre

Medicina

ISIS BRITTES MICHEL

Ciências da Computação

VICTOR SANDRINI VARGAS MACIEL

Engenharia de Alimentos

GIOVANA G PALUDO

Engenharia de Controle e Automação Industrial

FERNANDO SILVA PEREIRA

O Edital nº 33/GD/DAE/2005 completo se encontra na página do DAE em Comunicações Acadêmicas.

www.reitoria.ufsc.br/dae

Galeria de Arte da UFSC mostra exposição coletiva “Planos Espaços”

24/07/2005 13:48

Abre nesta terça-feira, 26/7, às 18h30min, na Galeria de Arte da UFSC, a exposição coletiva de gravuras e instalações “Planos Espaços”, de artistas gravadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Durante a abertura será também realizado o “Encontro com o Artista”, com a presença de alguns dos gravadores que estarão em Florianópolis e falarão sobre seus trabalhos. A exposição poderá ser visitada de 27 de julho a 26 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h30. O evento é gratuito, aberto à comunidade.

A exposição apresentará trabalhos de nove gravadores: Adriane Pasa, Cláudio Boczon, Dulce Osinski, Eliana Herreros, Fátima Vera, Hebe Libera, Renato Torres, Ricardo Carneiro, e Sandra Natter.

Para os que quiserem apreciar trabalhos diferentes, esta será uma boa oportunidade, pois os gravadores do Paraná trazem uma exposição com obras em diversas técnicas e instalações com diferentes materiais como Serigrafia sobre livros, impressão digital sobre PVC transparente; monotipia em ardósia; Gravura em MDF sobre papel; Ponta seca em acetato sobre papel; Gravura em metal; Impressão de matriz de plástico canelado sobre acetato; Impressão de matriz de plástico canelado sobre papel; Linóleo sobre voal, tingido com açafrão; Linóleo sobre voal, tingido com urucum; instalação com impressões diversas; e Instalação em xilogravura.

Os gravadores desta exposição são artistas com atuações expressivas no meio cultural paranaense. Além dos meios tidos como “tradicionais”, como a gravura em metal e a xilogravura, os artistas também os transcendem e os subvertem, e experimentam diferentes matrizes e suportes de impressão, como o plástico canelado, a ardósia e o poliéster.

Diversos temas contemporâneos são trabalhados pelos gravadores, cada um a seu modo. Assim, a memória, ou a perda inexorável da mesma é tema explorado por Adriane Pasa, apropriando-se de fotografias de seu universo particular, em especial o familiar. O mundo concreto, com todas as sensações que ele nos proporciona, é ponto de partida para Renato Torres, que tem elementos da natureza como geradores de suas imagens: pedras, sementes, água, manchas de fungos em árvores e rochas, são trabalhados muitas vezes em formas circulares e gestuais.

Eliana Herreros faz uso da técnica secular da calcografia e experimenta com novos materiais, como o acetato reaproveitado de embalagens que atua como matriz, cujos resultados são acondicionados em caixas metálicas, essas também retiradas do mundo do descarte. Claudio Boczon, com impressões monocromáticas feitas a partir de placas de ardósia, explora a seriação possível de se obter a partir das mesmas matrizes que se espalham pelos caminhos arquitetônicos. Seguindo caminho análogo, Hebe Libera também invade o espaço, interferindo nele, modificando-o, saturando-o com suas impressões obtidas a partir de matrizes de plástico canelado, produto da manufatura industrial.

Dulce Osinski parte das árvores nativas da região para a construção do painel “Seivas”, que explora o contraste entre a alusão à natureza e o meio agressivo, no caso a xilogravura, utilizado para essa representação. No caso de Ricardo Carneiro, é a violência urbana o tema dos pequenos retratos diários.

Dulce Osinski, professora da UFPR e coordenadora do projeto, fala assim sobre a oficina: “O projeto de Extensão ‘Oficina Permanente de Gravura’, criado em 1999 e vinculado à Universidade Federal do Paraná, foi idealizado com o objetivo de criar um espaço destinado à produção e reflexão da gravura enquanto expressão em sua inter-relação com outras linguagens artísticas, pretendendo a formação de um grupo de gravadores interessados em compartilhar experiências em arte. Configurando-se em espaço aberto à comunidade, vem congregando estudantes, artistas, arte-educadores e profissionais de áreas correlatas, interessados em pesquisar as possibilidades deste meio que abrange desde as técnicas tradicionais de gravura até os mais contemporâneos meios de reprodução da imagem”.

Inscrições para novas mostras

A Galeria de Arte da UFSC está com inscrições abertas, até 29 de setembro, para apresentações de propostas de exposições de arte contemporânea, individuais ou coletivas, de artistas plásticos de todo o Brasil, e do estrangeiro, para realizarem exposições de artes visuais no primeiro semestre de 2006. Veja o roteiro para encaminhar propostas no site www.dac.ufsc.br

A Galeria funciona no prédio do Centro de Convivência do campus, de segunda a sexta-feira das 10 às 18h30.

A Galeria de Arte da UFSC faz parte do DAC – Departamento Artístico Cultural, vinculado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da UFSC.

Endereço para correspondência:

Universidade Federal de Santa Catarina

Galeria de Arte da UFSC

DAC – Departamento Artístico Cultural

Praça Santos Dumont, 117 – Campus Universitário

88040-900 – Trindade – Florianópolis-SC

Telefone da Galeria: (48) 331-9683

Telefones e Fax do DAC: (48) 331-9348 e 331-9447

Contato: galeriadearte@dac.ufsc.br e www.dac.ufsc.br

Para contactar com os artistas: gravura@ufpr.br

Fonte: [CW]–DAC–PRCE-UFSC, com material da Oficina.

Representação da UFSC junto à comissão preparatória da 2ª Conferência Municipal das Cidades convoca para reunião

23/07/2005 09:57

A 2ª Conferência Municipal da Cidade de Florianópolis ocorre nos dias 29, 30 e 31 de julho,no Ginásio de Esportes do Instituto Estadual de Educação.”REFORMA URBANA: CIDADE PARA TODOS” é o tema básico do debate e as deliberações desta 2ª Conferência Municipal convocada oficialmente pela Prefeitura Municipal de Florianópolis (Decreto nº 3440 de 19 de maio de 2005), coordenada pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) e organizada por representantes sociais e técnicos municipais.

Serão abordados os seguintes sub-temas:

Financiamento das Políticas Urbanas nos Âmbitos Federal, Estadual e Municipal;

Participação e Controle Social;

Questão Federativa;

Plano Diretor Participativo.

A discussão do plano diretor foi encaminhado tanto pela municipalidade como pelas entidades sócio-comunitárias e sociais como tema central da Conferência, considerando a urgente necessidade de regulamentação do Estatuto da Cidade e a revisão do atual plano diretor, cujo prazo expira em outubro de 2006. A grande aspiração social hoje é a necessidade de que esse processo seja o mais amplo e participativo possível e que aponte para a construção de uma cidade sustentável, considerando a particularidade ambiental insular do município.

A 2ª Conferência Municipal da Cidade de Florianópolis será realizada num momento importante da história das cidades e do quadro político nacional. Com a aprovação do Estatuto da Cidade (Lei 10.257 de 2001), chegamos a um momento decisivo para sua regulamentação e aplicação, bem como, para a consolidação de uma política urbana em nível nacional, estadual e municipal.

A 2ª Conferência Municipal da Cidade de Florianópolis, por orientação do Ministério das Cidades, deverá apresentar subsídios para a estruturação do SISTEMA NACIONAL DE GESTÃO DEMOCRÁTICA DAS CIDADES e apresentar estudos para o PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO MUNICIPAL ao Executivo Municipal, e, principalmente, apresentar propostas para sua implementação, acompanhamento e controle públicos.

O Estatuto das Cidades definiu que a elaboração e revisão do Plano Diretor Participativo Municipal de Florianópolis têm prazo até outubro de 2006 para ser concluída e aprovada pela Câmara de Vereadores de Florianópolis.

A UFSC, que reúne mais de 40.000 pessoas diariamente, não pode se omitir neste momento, tanto pela extensão de sua comunidade, quanto pelo seu corpo técnico e científico para contribuir com a solução dos problemas da cidade.

A comunidade externa está cada vez mais próxima e integrada ao funcionamento do campus gerando grande interação nas relações sociais e culturais dos bairros com a UFSC, mas que também requer soluções cada vez mais complexas, de preservação ambiental, lazer, transportes, segurança, sistema viário, saúde, sistemas de abastecimento de água, energia, comunicações, por exemplo.

Assim, torna-se imprescindível a participação da UFSC na construção da cidade enquanto ambiente não excludente, participativo e sustentável, tanto através da produção do conhecimento, como pela mobilização social de sua comunidade. Sendo um dos principais elementos indutor de expansão urbana desde os anos 60 e atualmente tendo uma significativa presença na cidade nos âmbitos urbano, econômico, cultural e populacional, a UFSC hoje representa 15% da população de Florianópolis, incluindo sua população fixa e flutuante, o que lhe aumenta a responsabilidade e papel no processo de urbanização e ajudar a pensar nos destinos da cidade.

Portanto, a presença da UFSC na Conferência é fundamental por duas razões: pelo acúmulo de conhecimento sobre a sociedade e particularmente sobre a cidade e pela presença histórica e urbana na região.

– Representação da UFSC junto à Comissão Preparatória da 2ª Conferência Municipal das Cidades

UFSC já se organiza para sediar o maior encontro científico do Hemisfério Sul

22/07/2005 13:47

A realização da SBPC Sênior (que reúne pesquisadores do país e exterior), da SBPC Jovem (dirigida a estudantes do ensino fundamental e médio), da SBPC Terceira Idade e da Expoeducação (voltada a professores do ensino fundamental e médio) são atividades que a UFSC está programando para o ano que vem, quando sedia o maior evento científico do Hemisfério Sul – a Reunião Anual da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência. Com uma infra-estrutura superior a 635 mil metros quadrados de edificações, auditórios espalhados em seus 11 centros de ensino e Centro de Cultura e Eventos com auditório de 1.370 lugares, a universidade já está se preparando para sediar o evento que vem sendo realizado no país há 57 anos. Diversas comissões da UFSC participaram de 17 a 22 de julho, em Fortaleza, da 57ª Reunião Anual, buscando conhecer melhor o evento para preparar a instituição para receber o público geral e pesquisadores do país e exterior.

A reunião será realizada de 16 a 21 de julho de 2006, incluindo também a SBPC JNIC (que reúne trabalhos de iniciação científica de universidades de todo o país), a SBPC Enapet (que reúne os Grupos PET), a Expocultural e a Expociência. Estão também previstas outras atividades como feira do livro e de editoras, tenda do circo da ciência, exposição da Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência, mostra profissional (exposições de instituições que trabalham com formação profissional) e mostra universitária (com exposição das universidades públicas e privadas de Santa Catarina).

Na UFSC, o evento marca também o 46º aniversário da universidade. Durante a 58ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) a UFSC vai mostrar que chega a um momento de consolidação de suas atividades, realizando pesquisas de ponta em diversas áreas, como maricultura, farmacologia, genômica, antropologia, mecânica, elétrica, automação, entre centenas de outras linhas. Com 398 equipes cadastradas no Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil, organizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a UFSC é considerada uma universidade de pesquisa extensiva, o que significa que é uma instituição que além de realizar pesquisa, transfere o conhecimento intensamente, em especial na formação de recursos humanos.

Em levantamento realizado com este critério e a partir de outros, estipulados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a UFSC ficou na quarta colocação entre as universidades federais, por sua produção, número de teses defendidas e áreas de pesquisa. A instituição faz também pesquisas de impacto social e integração regional, como as desenvolvidas na área de maricultura, que provocaram mudança econômica e social em Santa Catarina, com a criação de alternativas de renda pra o pescador artesanal. Graças a um trabalho que conta com o suporte da universidade, Santa Catarina é atualmente o principal produtor nacional de ostras e mariscos.

Para o professor da UFSC e secretário regional da SBPC, Mário Steindel, a escolha da universidade para sediar a reunião é um reconhecimento da capacidade de pesquisa, extensão e formação de recursos humanos. “Será uma semana para discussão de grandes questões nacionais e regionais, além de uma oportunidade para contato com grandes autoridades científicas de diferentes áreas”, avalia o professor do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFSC.

No período da Reunião Anual da SBPC em Florianópolis serão apresentados milhares de trabalhos desenvolvidos em instituições de pesquisa, além de serem realizadas conferências, simpósios e outros eventos. Na Universidade Estadual do Ceará, que sediou o encontro este ano, foram realizados 94 simpósios, 60 conferências, 72 minicursos, entre outras atividades. Mais de 11 mil pessoas realizaram sua inscrição formal, sendo que outras milhares passaram pelo campus, visitando as mostra científicas e participando de atividades culturais.

No encontro de Florianópolis, assim como vem acontecendo em cada uma das reuniões anuais da SBPC, haverá espaço para o debate e a reflexão de metas estratégicas para o desenvolvimento das políticas de desenvolvimento científico e tecnológico do país. As portas da universidade também estarão abertas para a população em geral, que poderá freqüentar as diversas atividades que serão realizadas durante o evento. Um dos pontos altos das reuniões da SBPC é a oportunidade de capacitação de professores de ensino médio, que podem aproveitar diversos cursos para melhoria da qualidade de seu trabalho.

Mais informações sobre a realização da Reunião da SBPC na UFSC com o professor Mário Steindel, fone 331 5163 ou e-mail: ccb1mst@ccb.ufsc.br

Por Arley Reis

Jornalista da Agecom/UFSC

Tese de doutorado alerta para os riscos provocados à saúde por derramamento de petróleo e derivados

22/07/2005 10:42

Os acidentes que envolvem derramamento de petróleo e derivados são apontados como uma das principais causas da contaminação de águas subterrâneas – principal fonte de abastecimento de muitos centros urbanos. Uma tese de doutorado defendida em junho no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGEA/UFSC) alerta para os riscos à saúde trazidos por esses acidentes, em especial por vazamentos de gasolina em postos de combustível. “Ao atingir o aqüífero, a gasolina transfere compostos orgânicos tóxicos para água, como o benzeno e o tolueno, formando uma pluma de contaminação” explica o autor, Márcio Schneider. De acordo com ele, a presença de álcool na gasolina brasileira pode agravar ainda mais os efeitos do vazamento, pois aumenta a persistência dos contaminantes no aqüífero.

A pesquisa que resultou na tese durou quase seis anos e foi orientada pelo professor do departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental Henry Corseuil. Durante esse período, foi realizado um experimento controlado – autorizado pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA) – na Fazenda da Ressacada, em Florianópolis. Em uma área de 1,5 metros quadrados, os pesquisadores liberaram gasolina comercial brasileira, que contém 24% de álcool (etanol), em águas subterrâneas, com o objetivo de monitorar o comportamento da massa de benzeno – um dos constituintes da gasolina que acarretam maior prejuízo à saúde humana. “Sabíamos, a princípio, que o etanol tinha um efeito negativo, pois impedia, no curto prazo, que a pluma de contaminação, ou seja, a área atingida, diminuísse”, afirma Schneider.

Segundo ele, esse efeito negativo ocorre porque os microorganismos degradam o etanol de forma mais intensa que os demais compostos orgânicos da gasolina, permitindo que a pluma de benzeno aumente continuamente. Mas no decorrer dos experimentos os pesquisadores tiveram uma surpresa. “Descobrimos um efeito benéfico do etanol: a elevada concentração de biomassa, remanescente da degradação desse composto, acelera significativamente o processo de degradação dos outros contaminantes da gasolina”, ressalta Schneider.

Assim, três anos depois do derramamento “induzido”, a presença do etanol fez com que a redução do benzeno no local próximo à fonte do vazamento fosse de apenas 10%. Mas nos dois anos seguintes, quando o álcool havia sido completamente biodegradado, essa redução passou para 99%. “Isso significa que a biomassa remanescente acelerou a redução do benzeno no período seguinte. Esses microorganismos estavam `ávidos` por substratos e os únicos disponíveis eram os outros contaminantes”, afirma Schneider.

De acordo com o estudo, em situações nas quais o vazamento não fosse contínuo, outros compostos liberados com a solubilização da gasolina na água – tolueno, etilbenzeno e xilenos – poderiam ser totalmente degradados em um período de 10 a 20 anos. Mas se a presença do etanol fosse constante, inibindo a biodegradação, o tempo de eliminação desses compostos e do benzeno variaria entre cem a mil anos, dependendo do volume derramado.

Agora, o Laboratório de Remediação de Águas Subterrâneas (Remas/ENS) iniciará novas pesquisas, a fim de acelerar o processo de degradação do etanol. Os pesquisadores irão realizar uma `bioremediação acelerada` do etanol na fonte: adicionarão nutrientes, como nitrogênio e fósforo, no local do derramamento, tentando tornar mais rápida a degradação do benzeno. “Com isso, buscamos ressaltar o efeito positivo do etanol em casos de contaminação de águas subterrâneas, em detrimento do negativo”, afirma Schneider.

Aqüíferos abastecem centros urbanos

Aqüíferos são formações geológicas compostas por rochas permeáveis – semelhantes a uma esponja – que têm capacidade para armazenar grandes quantidades de água subterrânea. De acordo com Schneider, 60% dos municípios brasileiros são abastecidos por aqüíferos. Na América do Sul, a principal reserva subterrânea de água doce é o aqüífero Guarani, que ocupa 1,2 milhão de quilômetros quadrados.

Considerado um dos maiores aqüíferos do mundo, o Guarani estende-se pelo Brasil (840.000 Km²), Paraguai (58.500 Km²), Uruguai (58.500 Km²) e Argentina, (255.000 Km²). No Brasil, que tem dois terços da área total de abrangência do Guarani, o aqüífero se localiza nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, somente nesse estado o Guarani é explorado por mais de 1 mil poços de captação de água subterrânea. (DH)

Câncer pode ser uma das conseqüências

A pesquisa de Schneider partiu da constatação de um problema grave: a contaminação de águas subterrâneas por derivados do petróleo acarreta sérios danos à saúde humana. Entre os distúrbios que uma pessoa pode apresentar ao entrar em contato com água contaminada, principalmente com benzeno, está o câncer. “Esse composto, mesmo em pequenas quantidades, pode causar sérios problemas ao sistema nervoso central”, destaca. Diversos estudos têm apontado a relação entre a exposição ao benzeno e a incidência de leucemia.

Conforme o pesquisador, os riscos dependem de fatores como a toxidade do composto – no caso do benzeno, muito alta – do tempo de exposição e também do nível de concentração desses elementos na água. Em relação aos compostos liberados pela solubilização da gasolina, os prejuízos podem ser causados tanto pela ingestão de água contaminada, quanto por contato na pele ou inalação de vapores.

Embora não existam dados oficiais sobre a ocorrência de acidentes com combustíveis no Brasil, a Defensoria da Água – entidade formada pelo Ministério Público Federal, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e Universidade Federal do Rio de Janeiro – estima que existam 20 mil áreas contaminadas por elementos tóxicos em todo o país, o que estaria expondo a população a riscos de saúde.

Conforme a tese de Schneider, a Companhia Estadual de Tecnologia e Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) é o único órgão de controle ambiental que oferece informações detalhadas sobre áreas de risco. Um levantamento divulgado pela Cetesb neste ano registra cerca de 1,5 mil áreas contaminadas no Estado, o que inclui solo e águas subterrâneas, de forma que 69% delas tinham postos de combustíveis como principais causadores do impacto. “Com a penetração da chuva no solo contaminado, os elementos tóxicos podem chegar aos aqüíferos”, afirma Schneider.

Moléculas perigosas

Formados por moléculas de hidrogênio e carbono – e por isso chamados de hidrocarbonetos – os compostos BTEX (benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos), em contato com o organismo, podem trazer riscos à saúde. Segundo a pesquisa de Schneider, a exposição aguda a esses compostos pode ser prejudicial ao sistema nervoso central, causando dor de cabeça, náuseas, perda da coordenação motora e até câncer.

BENZENO

Facilmente absorvido pelo organismo, por via oral ou por inalação, o benzeno é classificado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (USEPA) como um dos principais compostos cancerígenos. Diversos estudos estabelecem relações entre a exposição ao benzeno e a incidência de leucemia. “O benzeno também está associado com efeitos adversos no sistema imunológico de animais e, assim como os outros hidrocarbonetos, está associado a efeitos neurológicos”, ressalta Schneider.

TOLUENO

A exposição ao tolueno, composto classificado como moderadamente tóxico, pode causar irritação nos olhos e na pele. Segundo Schneider, altas doses podem levar à diminuição da coordenação motora e até ao coma. A USEPA não classifica esse composto como causador de câncer, pois não há evidências de que possa estar relacionado à doença.

ETILBENZENO

O contato com a pele ou a inalação desse composto também causa irritação nos olhos, pele, nariz e garganta, além de prejudicar o sistema respiratório. Assim como o tolueno, não é considerado um elemento cancerígeno.

XILENOS

De acordo com a pesquisa desenvolvida por Schneider, o xileno é facilmente absorvido por inalação e metabolizado de forma muito rápida pelo fígado. Em experimentos com animais, a exposição ao xileno não causou efeitos adversos significativos. Dependendo da concentração a que forem expostos, seres humanos em contato com esses elementos podem sentir irritação nos olhos, nariz e garganta, além de leve dor de cabeça. Também não há evidências de que os xilenos possam causar câncer.

Débora Horn, Núcleo de Comunicação do Centro Tecnológico da UFSC

CONVERSE com o pesquisador Márcio Schneider por telefone (48 331 7569) ou por e-mail (schneidr@ens.ufsc.br) e/ou com o orientador da tese, professor Henry Corseuil por telefone (48 331 7569) ou por e-mail (corseuil@ens.ufsc.br).

CONHEÇA o Laboratório de Remediação de Águas Subterrâneas em www.remas.ufsc.br

VISITE também o site do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental: www.ppgea.ufsc.br

Pesquisador mostra os melhores caminhos para os futuros cientistas na 57ª SBPC

21/07/2005 18:25

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, em sua 57ª reunião anual, vem dando ênfase ao estímulo dos jovens à prática científica. Com base nisso, foi realizada, na manhã de quinta-feira, uma conferência que teve como tema “Conselhos a um Jovem Cientista”, com o professor Manassés Claudino Fonteles, Reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Na ocasião, Fonteles destacou algumas virtudes, como dedicação, concentração e, principalmente, perseverança, necessárias aos jovens que pretendem se tornar pesquisadores. Disse também que é imprescindível que o futuro cientista, durante os momentos iniciais de seus estudos, não desanime diante das adversidades que encontrará. Outra característica essencial é a curiosidade, pois, para ele, a ciência deve sempre buscar os novos conhecimentos. A importância do método experimental nas pesquisas científicas também foi lembrada, na medida em o distanciamento desse tipo de procedimento pode resultar em trabalhos pouco objetivos e sem conteúdo.

Foram colocadas algumas questões recorrentes aos jovens que iniciam uma carreira científica. A insegurança quanto ao talento, à inteligência e ao sucesso das experiências, segundo Fonteles, é comum entre os pesquisadores iniciantes e não deve ser interferir no processo de formação desses cientistas. “Os jovens não podem duvidar das próprias idéias e nem fazer da autocrítica um processo permanente” aconselhou Fonteles, dizendo ainda que essas idéias não devem ser menosprezadas, pois inúmeros são casos de descobertas que não tiveram comprovação imediata.

Nos últimos anos, houve um incentivo à pesquisa no país, com a abertura de cursos de mestrados e doutorados em muitas universidades brasileiras. Isso colocou o Brasil como o 13º país com maior número de pesquisas realizadas. Fonteles falou ainda sobre a importância das instituições de ensino na formação científica dos jovens, por representarem um espaço livre, onde qualquer pessoa pode manifestar suas idéias.

Por Julia Fecchio/bolsista de jornalismo da Agecom, de Fortaleza, na 57ª reunião anual da SBPC

Representante do MEC discute educação a distância na Reunião da SBPC

21/07/2005 18:22

O responsável pelo programa de ensino a distância do Ministério da Educação (MEC), Ronaldo Mota, esteve na 57ª reunião da SBPC e falou sobre a importância desse tipo de educação, que foge as regras e padrões tradicionais. Participaram também da conferência, o diretor presidente da TV Cultura de São Paulo, Marcos Mendonça, e o diretor de programação da emissora, Mauro Garcia. A educação a distância é associada à qualidade, e em países como a Espanha, pessoas formadas em cursos que adotam esse método de ensino têm, em muitos casos, prioridade na hora de conseguir um emprego, já que foram obrigadas a “aprender a aprender”.

Porém há dificuldades para implantar, no Brasil, esse tipo de ensino, no qual a relação professor e aluno não é tão forte como na educação presencial. Isso porque, muitas pessoas têm resistência em empregar integralmente a informática no dia-a-dia. Ronaldo explica que muitos professores, por exemplo, não adotam computadores porque os alunos, muitas vezes, têm mais conhecimento sobre seu uso que o próprio docente. A capacitação desses professores poderia ser feita através desse tipo de educação. Aproximadamente 60 mil docentes não têm o segundo grau completo e 350 mil não tem formação superior. Ronaldo destaca ainda o fato de que apenas 3% das disciplinas dos cursos superiores de todo Brasil têm uma homepage própria. “A mudança desse quadro seria o primeiro passo para a real implantação da educação a distância no país” afirmou.

Ronaldo destaca que um ensino a distância não acaba com o contato do aluno com o professor. “Uma boa graduação a distância também necessita da presença do professor, mas não da mesma forma como essa relação existe hoje”, disse.

A educação a distância pode também ser beneficiada pela implantação da TV Digital no Brasil. Se essa tecnologia for bem aplicada e seguir um padrão educacional, e não apenas comercial, ela poderá contribuir para a educação de um número ainda maior de brasileiros e principalmente aqueles que possuem algum tipo de dificuldade de aprendizagem, isso porque eles poderão escolher o enfoque, a língua, a forma com que a informação será transmitida. “É a interatividade da TV Digital a serviço da capacidade de absorção de cada pessoa”, afirmou Ronaldo.

Por Julia Fecchio/bolsista de jornalismo da Agecom, de Fortaleza, na 57ª reunião anual da SBPC

EdUFSC na Reunião Anual da SBPC

21/07/2005 13:30

Pela primeira vez a Editora da Universidade Federal de Santa Catarina

(EdUFSC) está com estande próprio numa Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A EdUFSC está no campus da Universidade Estadual do Ceará, em Fortaleza,

que abriga até domingo o maior evento científico da América Latina. No seu estande, oferece uma seleção dos títulos publicados ao longo de 25 anos, inclusive os lançamentos.

Dos mil títulos já publicados, está levando 120 e 750 exemplares,

contemplando todas as suas Séries e Coleções. Também está disponibilizando exemplares das 14 revistas que publica.

A 57ª Reunião Anual está reunindo inúmeras atividades, incluindo 94 simpósios, 60 conferências e 72 minicursos. Portanto, como justifica o diretor Alcides Buss, há um potencial evidente para o livro

universitário. Buss lembra também que a iniciativa de participar com estande próprio deve-se ao fato de a próxima Reunião Anual estar marcada para Florianópolis. “Nossa idéia é aproveitar o evento para organizar uma Feira do Livro Universitário”, adiantou.

Realização da Conferência Regional Sul de Ciência e Tecnologia & Inovação está confirmada

21/07/2005 12:01

As mudanças no Ministério da Ciência e Tecnologia não alteram o roteiro já definido da Conferência Regional Sul de Ciência e Tecnologia & Inovação, prevista para os dias 9 e 10 de agosto no Hotel Cambirela, em Florianôpolis. A informação ê do presidente da Fapesc – Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica de Santa Catarina -, Rogério Portanova. A conferência tem como objetivo principal demonstrar como a ciência, a tecnologia e a inovação podem ser usadas como estratégia para promover o desenvolvimento político, econômico e social.

Para Portanova, essa demonstração pressupõe uma análise de

exemplos de sucesso, de obstâculos e gargalos na região; definição de prioridades, novas políticas públicas e novos instrumentos regionais e uma formulação de propostas concretas para disponibilizar conhecimento para o desenvolvimento regional. Sobre o novo ministro, Sérgio Rezende, Portanova destaca que ele também fala sobre a necessidade de investimento em pesquisa e desenvolvimento e a importáncia de linhas de crédito para pequenas empresas.

Já o diretor da área científica e tecnológica da Fapesc, Edgar Augusto Lanzer, enfatiza que um dos resultados aguardados da conferência é aproximar os setores acadêmico, empresarial e público (governamental e não governamental) da região Sul e estimular projetos regionais mobilizadores.

Entre os principais temas previstos para a conferência, destaque para os debates sobre emprego e renda, modelos de inserção, habitação e segurança, saúde e meio ambiente, recursos naturais e financiamento.

A programação completa pode ser encontrada no site:

www.fapesc.rct-sc.br/crcti

Fonte: Fapesc

Inscrições para o XXIII Seminário de Extensão encerram esta semana

21/07/2005 11:43

As inscrições de trabalhos para o XXIII Seminário de Extensão da Região Sul (Seurs) podem ser realizadas até o dia 30 de julho. O Seurs

acontecerá de 11 a 14 de setembro, no Centro de Cultura e Eventos da

UFSC. As inscrições devem ser feitas pelas Instituições Públicas de

Ensino Superiores (IPES) convidadas a participar do evento.

O tema do seminário deste ano é “Extensão Universitária – Inclusão

Social”. O intuito é ressaltar a importância das atividades de extensão como forma de inclusão e ascensão social, e também promover

discussões e troca de experiências entre as Universidades Públicas da Região Sul. O evento contará com palestras, mesas-redondas e apresentação de trabalhos. Haverá ainda atividades culturais e de integração entre as delegações.

Cada instituição poderá inscrever 15 trabalhos, sendo cinco de comunicação verbal e dez de visual. Os trabalhos da UFSC deverão ser encaminhados à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, que os selecionará de acordo com sua representatividade junto à universidade. A PRCE fica no último andar do prédio da Editora da UFSC. As IPES também terão direito a inscrever 40 participantes sem recolhimento de taxa. Para os excedentes, uma taxa será cobrada de acordo com o vínculo à instituição. O prazo para inscrição de participantes é dia 25 de agosto.

Mais informações: www.seurs.ufsc.br

Por Bia Ferrari / Bolsista de Jornalismo / Agecom

Estudantes podem solicitar bolsas para cursos extracurriculares de línguas

21/07/2005 11:16

A Coordenadoria de Serviço Social, ligada à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, estará recebendo as solicitações de bolsas para os cursos extracurriculares de Língua Estrangeira, oferecidos no Centro de Comunicação e Expressão. Para solicitação o estudante deverá ter seu Cadastro Sócioeconômico aprovado antecipadamente, na Coordenadoria de Serviço Social. As solicitações serão recebidas até 2/8 e deverão ser realizadas por meio de pedido formal, comprovante de matrícula e histórico escolar atualizados. A bolsa dá direito à isenção total do pagamento do curso. A Coordenadoria de Serviço Social fica localizada no térreo do prédio da Reitoria. Mais informações pelo telefone 331 9341.

Planos e desafios da pós-graduação brasileira são temas de simpósio na Reunião Anual da SBPC

21/07/2005 10:49

Ainda que apresente um crescimento considerável da pós-graduação, há 16 anos o Brasil não contava com um plano que definisse os rumos para a capacitação de recursos humanos no mestrado e doutorado. A nova proposta aprovada no início deste ano foi detalhada durante a Reunião Anual da SBPC. O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes), Jorge Guimarães, coordenador do simpósio “O Programa Nacional de Pós-Graduação: Balanços e Perspectivas”, também apresentou um panorama da pós-graduação brasileira.

De 1996 a 2004, o número de cursos de mestrado cresceu 8,3% e os de doutorado 9,4%. Nas universidades federais, os cursos de pós-graduação cresceram 7,5%, nas estaduais 5% e nas particulares 20,5%. No caso do doutorado, houve um crescimento de 13% nas federais, 4,5% nas estaduais e 11% nas particulares. O número de diplomados também apresentou no mesmo período um crescimento vertiginoso. Formando 10.500 mestres em 1996, o Brasil computou 27 mil em 2003. No caso do doutorado, em 1996 receberam o título de doutor 3 mil profissionais, sendo que em 2003 este número passou a mais de 8 mil. A produção de publicações científicas, em grande parte fruto de trabalhos de mestrado e doutorado, também vem crescendo. O país já superou, em relação a publicações em revistas científicas indexadas, países como Bélgica, Dinamarca e Escócia, entre outros.

O novo programa

O Plano Nacional de Pós-Graduação 2005-2010 prevê uma série de ações para expansão da pós-graduação, tendo como meta a formação de 45 mil mestres em 2010. Esforço semelhante será empreendido no doutorado. Com expectativa de crescimento de 3% ao ano, o programa deverá permitir a formação de 16.300 doutores em 2010. No entanto, para que este crescimento seja possível, há necessidade de um considerável aporte de recursos. Serão necessário, segundo Jorge Guimarães, 1,6 bilhão, incluindo bolsas e tachas acadêmicas. O recurso ainda não está disponível e é um desafio à execução do proposto. Por isso, o desafio remete a uma série de discussões, como a maior participação das fundações estaduais de C&T no financiamento de bolsas para a pós-graduação. Também o setor empresarial será chamado a participar mais efetivamente da formação destes recursos humanos.

O programa também vai buscar minimizar assimetrias nacionais – há regiões que apresentam muito mais programas do que outras – assim como diferenciações dentro das próprias regiões.

Problemas

Apesar de contar com uma pequena platéia (não mais que 50 pessoas), o simpósio foi uma oportunidade para discussão dos problemas relacionados à pós-graduação no país. Ao final das apresentações foram levantados problemas como o número reduzido de bolsas e seus baixos valores. Há diferentes levantamento e um deles mostra que apenas 30% dos pós-graduandos do país contam com bolsas. Segundo Guimarães, este número é um pouco diferente, mas ainda assim preocupa. Segundo levantamento da Capes, entre os 120 mil estudantes de mestrado e doutorado existentes atualmente no país, 45 mil têm bolsas, sendo 58% destas provenientes da Capes, 20% a 30% do CNPq e 10% das agências estaduais de C&T. Metade dos pós-graduandos têm vínculo empregatício e não podem ter bolsa. Mesmo em São Paulo, estado que conta com uma das mais importantes fundações de C&T, 80% das bolsas são Capes/CNPq, alertou Guimarães. Diante do quadro, o presidente da Capes ressaltou a importância de que mais empresas colaborem com a formação destes recursos humanos.

“O número de bolsas está muito aquém do que precisamos”, avaliou o pró-reitor da Universidade Federal do Ceará, Manoel Odorico de Moraes, que ao lado do professor da Universidade Federal de Pernambuco, Emídio Cantídio, compôs a mesa de palestrantes do simpósio.

Pós-Graduação em Rede

O professor Manoel Odorico de Moraes ressaltou a necessidade de flexibilização do sistema de avaliação e dos critérios para criação de novos programas por parte da Capes. Em sua apresentação, mostrou a proposta do Nordeste de criar um programa de pós-graduação na forma de rede – a Rede Nordeste de Biotecnologia. Em um levantamento local, segudo ele, foi levantada a existência de mais de três mil pesquisadores e 25 instituições que podem colaborar com a iniciativa. Em linhas gerais, a idéia é a criação de um programa que aproveite o potencial destas instituições, assim como seus pesquisadores, que poderiam orientar o processo para formação de novos recursos humanos. A estrutura do curso exigiria um núcleo comum de disciplinas e depois dessa fase o candidato poderia escolher displinas já oferecidas em diferentes instituições credenciadas pela Capes, buscando cursar suas áreas de interesse. O diploma seria emitido pela instituição onde está o orientador.

“Precisamos avaliar novos paradigmas para a pós-graduação”, destacou o pró-reitor. Em sua opinião, a experiência poderá vir a ser um exemplo para outras regiões que apresentem dificuldades e desafios semelhantes. A idéia será apresentada à Capes. “Vamos pedir este crédito de cofiança à Capes”, disse o professor.

Por Arley Reis

Jornalista da Agecom/UFSC

Religiosidade brasileira é discutida na reunião da SBPC

21/07/2005 10:34

O Brasil é conhecido como um país que reúne muitas e diferentes religiões. Essa suposta diversidade religiosa brasileira foi contestada na conferência “Religiosidade à brasileira”, do professor de sociologia da Universidade de São Paulo (USP), Antônio Flávio Pierucci, realizada durante a 57ª reunião da SBPC. O professor afirmou que, na verdade, o Brasil ainda é um país essencialmente cristão e que religiões como o islamismo, o judaísmo e o candomblé, por exemplo, estão restritas a uma pequena parcela da população.

Para comprovar isso, o professor usou dados do censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano 2000 que demonstram a porcentagem de católicos, evangélicos, praticantes de outras religiões e ainda os que não seguem nenhuma crença. Segundo esses números, aproximadamente 74% da população praticam o catolicismo, 15% são protestantes, 7% não têm religião e apenas 4% dos brasileiros declararam fazer parte de outras religiões. “Não há espaço para diversidade religiosa no Brasil como se pensa”, afirmou Antônio Flávio.

O processo de mudança no campo religioso brasileiro, observado principalmente a partir da década de 70, foi um assunto que também obteve destaque durante a conferência. A igreja católica, por exemplo, é a que mais perdeu fiéis nos últimos anos. Em 1940, ano em que o quesito religião começou a fazer parte do censo do IBGE, mais de 95% das pessoas se declaravam católicas; nos anos 70, esse número já havia baixado para 90% e em 1991, quando foi observada uma maior queda, a porcentagem chegou a 83%. No entanto, a quantidade de evangélicos, que envolve diferentes congregações, como a Assembléia de Deus, com mais de oito milhões de fiéis, cresceu de pouco mais de 2%, em 1940, para 15,5% no ano 2000.

Antônio Flávio usa o termo “religião de conversão” para classificar a prática das igrejas evangélicas e com isso justifica o movimento crescente no número de fiéis dessas instituições. Ele comenta que as promessas materiais, como dinheiro e emprego, e as de cura de doenças, que constantemente são feitas pelas igrejas, são os principais motivos que possibilitaram esse aumento. Outro diferencial entre a religião evangélica e a católica é o fato de que a primeira garante o poder divino na concretização das promessas ainda durante a vida, o que não acontece com o catolicismo.

O aumento do número de evangélicos é mais visível na região norte do país. Rondônia, por exemplo, é o estado onde essa religião está mais presente; 27% das pessoas são protestantes. Esse mesmo estado também apresenta a maior redução da população católica. Apenas no período de 1991 a 2000, o número de católicos reduziu de 71% para 57%.

Essa transformação na religiosidade brasileira reforça um processo que os sociólogos denominam de individualização da sociedade. Isso porque uma pessoa não se sente mais obrigada a seguir a mesma religião dos pais, que praticamente é imposta ao indivíduo. Agora, essa escolha é feita segundo as idéias e experiências de cada um. Essa tendência é conhecida como autonomia religiosa, quando são derrubados os tabus que impedem a troca da religião de nascença por alguma outra.

Por Julia Fecchio/bolsista de jornalismo da Agecom, de Fortaleza, na 57ª reunião anual da SBPC

Pagamento da ação dos 3,17% proposta pelo Sintufsc

20/07/2005 13:02

O Procurador-Chefe da PGF/AGU junto à UFSC informa:

Para a devida divulgação, que em 15/07/2005, recebi o Ofício nº 119/2005-SPREC, do Exmo. Sr. Presidente do Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região, informando que que em 1º de julho do ano em curso foi solicitado ao Tesouro Nacional a liberação de valores para pagamento das Requisições de Pequeno Valor autuadas em junho/2005, dentre elas as referentes a Ação Ordinaria dos 3,17% proposta pelo SINTUFSC.

A relação completa dos beneficiados, com o valor atualizado em 1/07/2005, encontra-se à disposição dos interessados na Pró-Reitoria de Desenvolvimento Humano e Social.

O depósito na conta bancária dos beneficiados está previsto para o início do mês de setembro/2005.

Veja-se que só serão pagos aqueles autores com valores até 60 salários mínimos, ou seja, R$ 18.000,00 (dezoito mil reais). Acima deste valor o pagamento será através de Precatório para o exercício de 2006.

Marco Aurélio Moreira

Procurador-Chefe da PGF/AGU junto à UFSC

SBPC Jovem leva conhecimentos e experiências científica aos mais novos

20/07/2005 11:03

Alunos das escolas de nível fundamental, médio e técnico têm um espaço reservado especialmente para eles na 57ª Reunião da SBPC. É a SBPC Jovem. Em sua 13ª edição, o evento, que ocorre paralelamente à Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, oferece aos jovens a oportunidade de discutir e socializar os conhecimentos científicos desenvolvidos nas escolas. Busca ainda estimular, nos estudantes, o interesse pela ciência e pela cultura. A SBPC Jovem foi realizada pela primeira vez em 1993, durante a 45ª reunião anual da SBPC, em Pernambuco.

A SBPC Jovem desse ano tem como tema o “Conhecimento e Juventude na Construção da Cidadania” e homenageia o professor Antônio Martins Filho, criador e primeiro Reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Cerca de quatro mil alunos se inscreveram para apresentar seus trabalhos na SBPC Jovem e mais de três mil pessoas participaram do evento.

Palestras, minicursos, exposições temáticas e práticas pedagógicas também fazem parte da programação da SBPC Jovem. Porém o que mais diferencia o evento são as atividades mais alternativas, como a Usina Jovem de Idéias em Ciência e o Circo da Ciência e Arte. A Usina Jovem reúne os trabalhos desenvolvidos pelos alunos nas feiras de ciência de suas respectivas escolas. Segundo o professor Otávio José Lemos Costa, da comissão organizadora da SBPC Jovem, a Usina Jovem foi uma das atividades de maior sucesso do evento e teve 97 trabalhos selecionados entre os mais de 200 que foram inscritos inicialmente. Os cinco melhores trabalhos selecionados durante a semana serão premiados na solenidade de encerramento.

Outra atividade da SBPC Jovem é o Circo da Ciência e Arte, que ensina a ciência através da arte. Alunos de grupos como o Clube de Ciências da UECE (UECiência) encenam peças teatrais que abordam temas científicos como, por exemplo, a descoberta do DNA.

Por Julia Fecchio

Bolsista de Jornalismo/Agecom,de Fortaleza, na 57ª reunião anual da SBPC

Reunião da SBPC discute desafio de levar temas da história e da ciência ao grande público

20/07/2005 10:46

“A Divulgação Científica e a História da Ciência” foi o tema de um simpósio da 57ª Reunião da SBPC coordenado por Antonio Augusto Passos Videira, representante da Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência (ABCMC). Antonio Augusto é professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e falou dos desafios de levar temas da história e da ciência ao grande público. O simpósio também teve a presença do professor José Cláudio Reis, falando sobre a importância de se difundir a História da Ciência nas escolas, e da jornalista Ana Paula Lopes Trindade, que apresentou um novo site sobre História da Ciência do Brasil.

O distanciamento entre cientistas e público, verificado a partir do século XIX, foi o principal assunto abordado por Antonio Augusto. Segundo ele, isso ocorreu devido à necessidade de se profissionalizar a prática científica, no momento em que os cientistas buscavam uma maior autonomia para a execução de suas atividades. Ele explica que o trabalho científico é extremamente objetivo, por isso foi preciso afastá-lo do senso comum do grande público, que não corresponde às normas científicas. Porém, Antonio Augusto destacou a necessidade de se inverter essa tendência para que se possa concretizar a divulgação da História da Ciência. “É importante conhecer o público que vai receber essas informações para que se desenvolva a educação científica no país”, ressaltou.

O professor José Cláudio Reis criticou, em sua apresentação, o pouco espaço destinado à História da Ciência nas escolas, principalmente nas instituições de nível fundamental e médio. Ele diz que as escolas seriam os locais onde a divulgação científica teria maior alcance se fosse melhor aproveitada. Para ele, ensinar a História da Ciência nas escolas é fundamental, pois através dela os alunos poderiam conhecer a ciência estudada no dia-a-dia de forma mais crítica. Para tentar mudar essa situação, José Cláudio, junto com outros três professores, criou um grupo denominado Teknê, responsável pelo desenvolvimento de trabalhos que levam a História da Ciência ao conhecimento dos alunos. A coleção de livros Ciência do Tempo, por exemplo, que teve seu primeiro exemplar lançado em 1997 e hoje já está na sétima edição é uma das principais atividades desenvolvidas pelo grupo. Os livros apresentam personalidades da ciência, nas áreas da física, química e biologia, e retratam ainda descobrimentos e os estudos feitos nos períodos em que esses cientistas viveram.

O site Poranduba, que significa notícia, na língua tupi-guarani, terá conteúdo semelhante aos livros lançados pelo grupo Teknê, porém abordando também outros assuntos. A página na internet, que poderá ser acessada a partir do fim de setembro, foi apresentada pela jornalista e também professora da UERJ, Ana Paula Lopes Trindade. “O site vai ser um locar de encontro e troca de idéias e saberes científicos” afirmou. Ela explicou que qualquer pessoa poderá incluir conteúdo, como artigos, trabalhos e fotos no site, que ainda terá seções com biografias de cientistas e histórias das grandes expedições ocorridas no Brasil.

Por Julia Fecchio

Bolsista de Jornalismo/Agecom, de Fortaleza, na 57ª reunião anual da SBPC

Benefícios da TV Digital são apresentados na reunião da SBPC

20/07/2005 10:34

A implantação da TV Digital no Brasil é um tema muito discutido atualmente, principalmente depois das iniciativas do governo de financiar as pesquisas com esse tipo de tecnologia. Também por isso esse tema foi lembrado durante a 57ª Reunião da SBPC. Os conceitos de TV digital, além das dificuldades e dos objetivos da implantação dessa nova tecnologia foram apresentados por três especialistas sobre o assunto: José Raimundo Braga Coelho, representante da SBPC, Augusto Gadelha, presidente do Comitê de Implantação da TV Digital do Ministério das Comunicações, e Marcelo Zuffo, professor da Universidade de São Paulo (USP).

As discussões aconteceram durante o simpósio “A TV Digital Brasileira”, coordenado por José Raimundo. Em sua apresentação, ele falou das melhorias da TV Digital frente à analógica, usada hoje. A tecnologia digital melhora a imagem da TV, utilizando uma definição sete vezes maior que a atual, além de possibilitar o aumento na mobilidade da programação das emissoras, que poderão ser vistas em outros equipamentos, como o celular. Além disso, José Raimundo destaca o caráter interativo da TV Digital, pois o telespectador poderá escolher, no seu televisor, a qualquer hora, o programa que desejar ver.

Essa popularização da tecnologia digital dentro do sistema televisivo brasileiro também traz benefícios como a economia de gastos com telecomunicação e entretenimento, a inserção do país no panorama tecnológico mundial, o crescimento da capacitação nacional na área e o aumento da qualidade e da diversidade da programação. A real implantação da TV Digital no Brasil ainda não tem uma data confirmada e deverá enfrentar diversos desafios. Isso pois, como lembra o professor da USP, Marcelo Zuffo, a TV convencional ainda é a mais compatível com a renda do país e representa o principal meio de informação da população brasileira.

No entanto, vários setores estão interessados nessa tecnologia e, por isso, atuam de forma mais ampla na implantação da TV Digital. O Governo Federal, por exemplo, criou, em novembro do ano passado, um decreto que estimula os estudos sobre o tema nas universidades de todo Brasil e já liberou 39 milhões de reais para financiar os projetos de pesquisas. São 555 técnicos e pesquisadores envolvidos nos 22 projetos que estão sendo desenvolvidos em 72 instituições. Até dezembro desse ano, deverá ser concluída a fase de avaliação técnica e, em fevereiro de 2006, será apresentado ao governo um documento com os resultados dos estudos. Augusto Gadelha, do Ministério das Comunicações, comentou que o ministro Hélio Costa “se identifica pessoalmente com a criação da TV Digital e do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD)”.

Gadelha destaca que a condição primordial para a implantação da TV Digital no Brasil é que ela atinja toda população. Segundo ele, o Ministério e o Governo estão buscando um novo tipo de comunicação de massa e seriam contra esses projetos se eles não procurassem beneficiar pessoas de todas as rendas. A inclusão social e o acesso de toda população às novas tecnologias são os ideais de todos os pesquisadores da TV digital e baseiam todo estudo científico feito sobre o tema.

Por Julia Fecchio

Bolsista de Jornalismo/Agecom,de Fortaleza, na 57ª reunião anual da SBPC

12º Workshop sobre Lógica, Linguagem, Informação e Computação

19/07/2005 17:36

É lógico! Nem tanto. Se há quatro afirmações que podem ser falsas ou verdadeiras, quantas coisas diferentes podem ser ditas sobre essas quatro asserções? Responder a esse problema foi o desafio que o professor do Departamento de Automação e Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina (DAS-UFSC) Guilherme Bittencourt propôs aos participantes do 12º Workshop sobre Lógica, Linguagem, Informação e Computação (Wollic 2005). Apenas dois dos nove cientistas que enviaram respostas encontraram o resultado correto. O nome desses dois grandes matemáticos será divulgado no primeiro dia do workshop, que começa nesta terça, dia 19, em Florianópolis. Até o dia 22, 150 pesquisadores – matemáticos, principalmente, mas também engenheiros e cientistas da computação – apresentam trabalhos e assistem a palestras no Jurerê Beach Village.

O professor do DAS explicou brevemente que a área representada no workshop estuda a aplicação da teoria matemática e da lógica em computação. Um dos resultados esperados, segundo ele, é tornar os computadores mais eficientes”, por meio do desenvolvimento de chips e interfaces gráficas, por exemplo. “A lógica é a alma do computador”, comparou Bittencourt, que coordena esta edição do Wollic.

Cientistas como Melvin Fitting, da Universidade da Cidade de Nova Iorque, Jean-Louis Krivine, da Universidade Paris 7, Leonid Libkin, da Universidade de Toronto, Grigori Mints, da Universidade de Stanford, e Thomas Scanlon, da Universidade da Califórnia foram convidados para ministrar palestras. Essas conferências acontecem nos quatro dias do evento. Já as exposições de papers acontecem de 20 a 22.

Patrocinam o evento instituições internacionais – Grupo de Interesse em Lógica Pura e Aplicada (IGPL), a Associação Européia para a Lógica, a Linguagem e a Informação (Folli), a Associação para a Lógica Simbólica (ASL) e a Associação Européia para a Ciência da Computação Teórica (Eatcs) – e nacionais – a Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e a Sociedade Brasileira de Lógica (SBL). O próximo Wollic também será em julho, e desta vez em Stanford, Estados Unidos.

fonte: Núcleo de Comunicação do CTC/Por Carla Cabral

Informações com o professor Guilherme Bittencourt : 261- 5100 ou gb@das.ufsc.br

Informações sobre o evento no site www.das.ufsc.br/gia/wollic05

Para conhecer o Departamento de Automação e Sistemas da UFSC: www.das.ufsc.br

Grupo Pet/Nutrição apresenta trabalho com a comunidade do Morro da Penitenciária

19/07/2005 13:47

Despertar em uma comunidade carente, com problemas de desnutrição e sobrepeso, o interesse por hábitos alimentares saudáveis. O desafio de um trabalho que se propôs a este desafio foi apresentado pelo Grupo Pet/Nutrição da UFSC na Reunião Anual da SBPC, que está acontecendo na Universidade Estadual do Ceará, em Fortaleza. O grupo foi representado pela estudante Raquel Canuto, que explicou o trabalho na sessão de pôsters realizada na tarde de ontem (18/7).

“O projeto nos trouxe uma experiência muito rica, pois trabalhamos dentro da idéia de construir o conhecimento junto com os moradores, não apenas repassando informações”, avaliou a estudante que participa também do evento que reúne Grupos Pet de todo o país. Segundo ela, o projeto “Construindo saúde na Comunidade do Morro da Penitenciária – Florianópolis – SC”, contou com a colaboração de 12 estudantes e foi desenvolvido no período 2003/2004.

O trabalho permitiu a realização da análise nutricional de crianças da comunidade do Morro da Penitenciária e mostrou dados importantes. Ao mesmo tempo que 60% das crianças tinham peso normal, 13% se apresentaram desnutridos, 6% tinham risco de desnutrição, 7% sobrepeso e 14% risco de sobrepeso. “Esse é um quadro que pode se verificado em diversas regiões do país, pois nem sempre a baixa renda leva apenas à desnutrição. Como alimentos mais gordurosos e doces podem ser adquiridos por preços mais baixos, temos como resultado este problema com pesos acima do indicado”, explicou a estudante. Os levantamentos junto à comunidade também mostraram que a comunidade utiliza muito os serviços de saúde oferecidos na localidade, no entanto menos de 10% se interessa pelos serviços nutricionais oferecidos.

A estudante explica que, como o objetivo do trabalho não foi apenas diagnosticar a situação nutricional da comunidade, mas propor encaminhamentos para minimizar os problemas, uma série de ações foram desenvolvidas. Entre elas, a realização de cursos sobre alimentos saudáveis, em que os moradores foram estimulados a aproveitar mais apropriadamente alguns alimentos, além de variar os componentes do cardápio. Foram também realizadas oficinas com merendeiras de escolas da região. “Aprendemos muito e estamos colaborando com o desenvolvimento de novas metodologias para o trabalho com a comunidade”, considera a estudante. Ela informou ainda que a experiência será documentada em um livro.

Por Arley Reis

Jornalista da Agecom/UFSC