Encontros com foco em energia solar proporcionam fóruns de discussão e articulação

Fotos: Jones Bastos / Agecom
“Em 15 minutos o sol nos fornece mais energia do que todo o planeta consome em um ano”, destacou o professor da UFSC e presidente da comissão organizadora dos eventos, Ricardo Rüther. Ele ressaltou o grande desafio que o país tem em relaçãoao aproveitamento da energia do sol e o potencial que a tecnologia já oferece para redução de custos dessa fonte, ainda uma das mais caras no mundo em termos de geração.
“Não queremos que a energia solar seja apenas uma curiosidade”, frisou Rüther, desejando que o uso do potencial solar deixe de ser somente uma visão de futuro e se concretize no presente. ”Há necessidade de um tremendo esforço para transição (do modelo energético atual para o de energia solar) e estamos reunidos para que isso aconteça mais cedo”, finalizou o professor que integra as equipes dos laboratórios de Energia Solar (Departamento de Engenharia Mecânica) e de Eficiência Energética em Edificações (Departamento de Energia Civil).
Representando o reitor da UFSC (professor Alvaro Prata), o vice-reitor, professor Carlos Alberto Justo da Silva, deu boas-vindas aos participantes e lembrou que a busca da sustentabilidade energética é uma tarefa de todos. Considerou ainda que eventos do gênero podem auxiliar na disseminação da energia solar. “Temos conhecimento e tecnologia, mas precisamos também de decisões políticas”, disse o vice-reitor.
Compondo a mesa de abertura, a presidente da Sociedade Internacional de Energia Solar (da sigla em inglês ISES), Monica Oliphant; o presidente da Sociedade Internacional de Energia Solar – Seção Brasil, João Tavares Pinho, e o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar, Arno Krenzinger, falaram da importância dos eventos na troca de experiências e encaminhamento de projetos e acordos para disseminação da energia solar no Brasil e na América Latina.
O presidente do Instituto Ideal, Mauro Passos, citou o exemplo dos Estados Unidos, que recentemente anunciou investimentos da ordem de 100 bilhões de dólares em energia solar para os próximos dois anos – e lembrou que o Brasil também precisa fazer sua opção em relação à matriz energética. “Temos que vislumbrar um novo modelo de desenvolvimento: se vamos investir na construção de grandes usinas hidrelétricas, ou pulverizar a geração em mini-usinas solares”, exemplificou. “Precisamos também aproximar ainda mais a academia e setor produtivo”, complementou Carlos F.C Faria, diretor executivo da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).
Por Arley Reis / Jornalista da Agência de Comunicação da UFSC
Saiba Mais:
Alguns destaques do evento:
Aquecimento global e fontes renováveis de energia
´Efeitos do aquecimento global na disponibilização das fontes renováveis de energia` será tema de uma das sessões plenárias do II Congresso Brasileiro de Energia Solar. O palestrante será Roberto Schaeffer, integrante do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ. A palestra será realizada na quinta (20/11) pela manhã, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC. Veja a programação completa de palestras/
UFSC apresenta trabalhos técnicos:
Kits para produção de energia solar
Uma proposta de kits para disseminação da energia solar no Brasil é tema de um dos projetos que será apresentado no II Congresso Brasileiro de Energia Solar. O trabalho propõe a criação e disseminação de kits englobando módulos fotovoltaicos e demais equipamentos para a instalação completa do gerador solar na residência e a sua conexão à rede elétrica convencional.
Os equipamentos podem ser implantados em residências já construídas ou em novas, facilitando a instalação e eliminando a necessidade e os custos de um projeto de integração específico para cada sistema. Uma simulação realizada para o bairro Santa Mônica, em Florianópolis, demonstrou que existe área de telhado suficiente para locação de um kit de 1 kWp de potência em praticamente todas as residências unifamiliares, e que esta geração é capaz de contribuir com o suprimento da demanda energética do bairro. De acordo com os autores, professores e estudantes da UFSC, o sistema de kits pode ser um meio de alavancar essa tecnologia no Brasil a partir dos consumidores residenciais.
Fonte: Artigo ´A PROPOSTA DE UMA TIPOLOGIA DE KITS PARA A DISSEMINAÇÃO DA TECNOLOGIA SOLAR FOTOVOLTAICA`
Ísis Portolan dos Santos – isisporto@gmail.com
Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Civil, LabEEE
Isabel Tourinho Salamoni – bellll@hotmail.com
Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Civil, LabEEE
Ricardo Rüther – ruther@mbox1.ufsc.br
Universidade de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Civil, LABSOLAR e LabEEE
Energia solar para moradias de baixa renda
Outro trabalho da UFSC que será apresentado no II Congresso de Energia Solar permitiu uma avaliação do potencial da energia solar para aquecimento de água para o banho em núcleos habitacionais de baixa renda. Os resultados obtidos demonstram que embora Florianópolis esteja localizada numa região de baixa incidência solar, essa energia é bem distribuída, permitindo que seu uso no aquecimento de água para o banho proporcione ganhos significativos em economia de energia elétrica. A utilização do chuveiro elétrico é responsável por 23% do consumo total de energia nas residências brasileiras.
Fonte: Artigo ´AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DA AGREGAÇÃO DA ENERGIA SOLAR TÉRMICA PARA FINS DE AQUECIMENTO DE ÁGUA PARA O BANHO HUMANO EM NÚCLEOS HABITACIONAIS DE BAIXA RENDA`
Helena Flávia Naspolini – helena@eel.ufsc.br
Hebert Sancho Garcez Militão – hsancho@gmail.com
Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Elétrica
Jucilei Cordini – jcordini@gmail.com
Ricardo Rüther – ruther@ecv.ufsc.br
Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Civil
Mais informações sobre o II Congresso Brasileiro de Energia Solar e a III Conferência Latino-Americana da Sociedade Internacional de Energia Solar: www.cbens-crlises.com.br
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