Doutorado em Enfermagem analisa teses brasileiras sobre sífilis e tuberculose

06/11/2008 09:56

Pesquisa realizada junto ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSC pelo professor Luiz Alberto Peregrino Ferreira mostra que as teses brasileiras sobre sífilis e tuberculose, defendidas no Brasil entre 2004 e 2006, estão fundamentadas no conceito de contágio ou nos pressupostos sobre a contagiosidade formulados por Girolamo Fracastoro, em 1546.

A banca examinadora de avaliação foi integrada pelos professores Maria de Lourdes de Souza – orientadora, Romero Fenili – Vice Reitor da FURB, Maria Antonieta Rubio Tyrrell – diretora da Escola de Enfermagem Anna Neri e presidente da ALADEF; Maria Itayra Coelho de Souza Padilha – coordenadora do doutorado do PEN-UFSC e Maria Bettina Camargo Bub – coordenadora de Relações Internacionais do PEN- UFSC.

De acordo com Ferreira, professor titular da UFSC, sua pesquisa confirma a atualidade dos conceitos definidos por Fracastoro e evidencia que o seu pensamento e a sua obra são um marco teórico apropriado para orientar os estudos sobre doenças infecciosas. “O trabalho de Girolamo Fracastoro relacionado com o contágio transcendeu o tempo e o espaço se constituindo em legado à humanidade”, declarou.

Alguns dados demonstram que a seleção das teses de doutorado em 36 programas de pós-graduação, em universidades ou centros de pesquisa classificados com notas de 5 a 7 na avaliação da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, 19 delas (79.16%) trataram do tema tuberculose e cinco (20,84%) da sífilis.

Quanto ao ano de defesa, seis (25%) foram defendidas em 2004, onze (45,83%) em 2005 e sete (29,16%) em 2006. O conceito ou as aproximações ao conceito definido por Fracastoro em 1546 foi encontrado em 16 (66,66%) teses, sendo duas sobre sífilis e 14 sobre tuberculose. Do total de teses, 23 (95,83%) apresentavam uma ou mais citações de pressupostos sobre a contagiosidade, apresentados por Fracastoro, sendo 19 teses sobre tuberculose e quatro teses sobre sífilis. “O estudo das doenças é uma questão que está associada à história das diferentes civilizações e por isso precisa ser abordado”, arrematou Luiz Alberto Ferreira.

Contatos com Maria de Lourdes pelos fones 3721-9725.

Luciana Soledad Filippa/Agecom

lufilippa@hotmail.com