Reitoria da UFSC repassa orientações contra a gripe A para comissões de formatura

12/08/2009 12:44

A Reitoria da UFSC realizou reunião na manhã desta quarta, 12/8, com representantes das comissões de formatura das turmas que encerram os cursos neste semestre a fim de evitar que a gripe A seja disseminada nas solenidades.

“A ordem é ter bom senso. Temos que trabalhar a ética nesse processo. O vírus não vai desaparecer, então não adianta cancelarmos as formaturas. E como somos formadores de opinião, já que pertencemos à Universidade, temos que nos organizar para divulgar informações que evitem o contágio pela gripe”, defende o médico e vice-reitor Carlos Alberto Justo da Silva, o Paraná.

O argumento do vice-reitor é amparado pela Vigilância Sanitária: não há recomendação do órgão para suspender as aulas sem que haja um surto.

A orientação, então, é que as cerimônias de formatura não sejam canceladas, mas algumas medidas devem ser tomadas para que se reduza o risco de contágio:

– Solicitar aos convidados que apresentem sintomas de gripe que não compareçam ao evento; grávidas e crianças mesmo sem sintomas também devem evitar as colações;

– Cada formando será orientado a reduzir o número de convidados;

– Reduzir o tempo da cerimônia: discursos devem ser resumidos e alguns serão descartados;

– As portas e janelas do Centro de Cultura e Eventos, onde são realizadas as cerimônias, estarão sempre abertas;

– Será distribuído álcool gel nas entradas e perto dos banheiros

– Haverá pessoal nas entradas solicitando que quem esteja com os sintomas não participe da cerimônia.

As medidas de prevenção específicas em relação às formaturas deverão ser repassadas por meio de documento da reitoria às comissões, que por sua vez orientarão parentes e amigos. Um dos alunos ressaltou também que os telões – tanto da colação, no Centro de Cultura e Eventos, quanto os que estiverem localizados nos lugares onde acontecerão os cultos religiosos – também divulguem as informações antes das cerimônias.

“Essa é uma questão de educação e saúde. Estamos discutindo essas medidas agora por causa das formaturas, mas as próximas turmas já terão mais consciência”, frisou o vice-reitor.

Leia a íntegra:

NOTA À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA

A Administração Central da UFSC, considerando os aspectos de saúde pública demandados pela Gripe Suína – uma doença que tem como consequência uma variante do vírus H1N1, e seguindo as orientações da Vigilância Sanitária, para prevenção ao contágio da referida doença, nas Cerimônias de Formaturas, alerta para as seguintes recomendações:

1) quem apresenta fragilidade imunológica, falta de ar e outros sintomas relacionados a quaisquer tipos de gripe, não deve participar do cerimonial;

2) em qualquer caso de gripe é muito importante evitar o contato com outras pessoas pelo período de sete dias para prevenir a contaminação de outras pessoas;

3) evitar manifestações prolongadas de afetividade;

4) importância de se utilizar roupas adequadas, já que o ambiente ficará com as portas e janelas abertas;

5) idosos, gestantes e crianças menores de 2 anos devem evitar essas cerimônias, já que participam do grupo de maior risco de contrair a Gripe.

Mediante essas medidas de prevenção, reduziremos os riscos de contaminação e, simultaneamente, divulgamos à comunidade uma ética comportamental importante no caso de doenças infecto-contagiosas.

Florianópolis, 12 de agosto de 2009.

Professor Paraná traz outras informações sobre a gripe A

. No mês de julho, em Santa Catarina, foram contabilizados 32 casos de morte por gripe; apenas seis eram em consequência da gripe A;

. Lavar as mãos com sabão ou passar álcool gel surte o mesmo efeito; a diferença entre o sabão e o álcool está na praticidade;

. Não é recomendável tomar o medicamento Tamiflu sem o diagnóstico da gripe A. O organismo assim fica resistente e se a pessoa adquirir a gripe A posteriormente, o remédio já não fará mais efeito;

. Utilizar lenços de pano não é o mais adequado: eles carregam o vírus consigo. Prefira os de papel.

. Ao perceber os sintomas de uma gripe, vá até o posto de saúde mais próximo. Em Florianópolis há cerca de 50 dessas unidades, que poderão atender aos pacientes mais rápido. Outra vantagem é que os médicos dos postos não trabalham em turnos, ou seja, caso o paciente retorne, poderão perceber se realmente houve evolução da doença.

Outras informações com Luís Roberto Barbosa, pelo telefone (48) 3721-9559.

Por Cláudia Reis/ Jornalista na Agecom