Estande na Sepex mostra causas das mortes maternas antes, durante e após o parto

22/10/2010 10:19

Fotos: Paulo Noronha / Agecom

Fotos: Paulo Noronha / Agecom

O número pode não parecer elevado, mas o registro de 421 óbitos maternos em decorrência da gravidez em Santa Catarina, no período de 10 anos, preocupa a classe médica porque a grande maioria deles poderia ser evitada. O assunto vem chamando a atenção na 9ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC (Sepex), que vai até este sábado no campus da Trindade, no estande 71, onde o Comitê Estadual de Mortalidade Materna de Santa Catarina (Cemma/SC) apresenta estudos e dados sobre as mortes na gravidez, no parto e puerpério no Estado desde o final dos anos 90.

Somente em 2008, segundo o comitê, houve 37 óbitos, mantendo uma média histórica que não se altera desde o início da década. Antes disso, de 1997 a 1999, o número de mortes no parto e nos períodos anterior e posterior a ele estavam acima de 40. Dos 421 casos levantados na década 1997-2007, 56 – ou seja, 13,3% – decorreram de sangramento, que resulta de procedimentos mal realizados e da falta de cuidados no pré-natal e nas horas e dias após o parto. No mundo, ainda morrem 600 mil mulheres por ano em consequência de complicações evitáveis relacionadas à gravidez, aborto, parto e puerpério. Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que 95% das mortes ocorrem em países em desenvolvimento.

Na Sepex, no estande Catarinas – Nascimento, Vida e Morte, o médico Lúcio Botelho informa que a redução das mortes maternas nem de longe acompanhou a queda da mortalidade infantil no Estado e no país. A maioria dos casos acontece nas classes mais pobres, que não têm acesso a todos os serviços de saúde e onde nem sempre os cuidados que cercam a gravidez merecem a atenção ideal.

Humanização – O Cemma/SC vem acompanhando essa questão há mais de uma década, analisando todos os atestados de óbito de mulheres em idade fértil. Muitas vezes, os atestados não apontam com clareza a causa mortis, e por isso o grupo pesquisa a fundo cada caso, levantando elementos que possam melhorar a assistência na rede pública e aumentar a consciência das mulheres sobre a importância de cuidados durante toda a gravidez.

“A situação vem melhorando paulatinamente, mas é fundamental que se humanize o atendimento pré e pós-parto e se aumente o acesso aos serviços de saúde”, diz Botelho, que foi reitor da UFSC entre 2004 e 2008. Em muitos casos, as mulheres morrem por não saber que têm diabetes ou hipertensão, que podem provocar a eclampsia, a principal causa de mortes maternas no Brasil.

No período de janeiro de 2009 a janeiro de 2010, o comitê também estudou o impacto da pandemia pelo vírus Influenza A H1N1, que provocou a morte de centenas de mulheres grávidas em todo o país. Em Santa Catarina, a pandemia teve impacto da ordem de 30% sobre a mortalidade materna. Das 34 mortes investigadas, 13 tiveram a pressuposição diagnóstica do vírus e em nove casos o diagnóstico foi confirmado.

Mais informações com o médico e professor Lúcio Botelho, pelo fone (48) 9982-9329.



Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

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