EdUFSC lança livro do antropólogo português Miguel Almeida sobre paternidade e casamento gay

24/08/2010 16:56

Foto Rodolfo Conceição/Agecom

Foto Rodolfo Conceição/Agecom

As relações entre direitos sexuais, matrimônio e paternidade entre gays são os temas do último livro do pesquisador português Miguel Vale de Almeida, que a Editora da Universidade Federal de Santa Catarina lança no dia 26, às 19h30, no hall do Centro de Cultura e Eventos, dentro da programação do Seminário Fazendo Gênero 9. O esperado A Chave do Armário vem a público no momento em que a adoção para filhos de casais homossexuais começa a ser legalizada em vários países. Será lançado logo após a conferência de encerramento do Seminário pelo antropólogo e deputado, reconhecido no mundo inteiro como um dos maiores teóricos na área de gênero e ativista político pelos direitos das minorias sexuais.

Antes mesmo da cerimônia, A chave do Armário já é o campeão de vendas do Feirão de Livros Volta às Aulas na Universidade Federal, que abriu no dia 11 de agosto e vai até 3 de setembro, onde está sendo vendido pela metade do preço do mercado, R$ 18. Fruto de uma coedição com a Imprensa de Ciências Sociais de Lisboa, o livro estreia a coleção Gênero e Feminismo, aprovado pelo Conselho Editorial da Edufsc e pela Secretaria de Cultura e Arte da UFSC. Com prefácio da professora Miriam Grossi, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSC e também coordenadora da coleção, a chave do Armário reúne vários artigos resultantes de pesquisas sobre homoparentalidade e conjugalidades entre pessoas do mesmo sexo, em Portugal, Espanha e França.

Miguel Vale de Almeida (Lisboa, 1960) é antropólogo, professor e deputado da Assembléia da República Portuguesa eleito em 2009. É professor no ISCTE e investigador do CRIA, onde dirige a linha de investigação Identidades Sociais e Diferenciações e a revista Etnográfica. Publicou Senhores de si: uma interpretação antropológica da masculinidade, Um mar da cor da terra: raça, cultura e política da identidade e Outros destinos: ensaios de antropologia e cidadania. Editou o volume Corpo presente: 13 reflexões antropológicas sobre o corpo e coeditou Trânsitos coloniais: legados críticos luso-brasileiros. Grande parte dos seus trabalhos pode ser consultada em miguelvaledealmeida.net.

Segundo Miriam Grossi escreveu na apresentação: “O autor incorpora em sua análise teórica também seu engajamento político em prol dos direitos de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros em Portugal, onde, como deputado, pôde contribuir para a aprovação de lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Temos, portanto, aqui, uma obra que articula, de forma exemplar, reflexão teórica e militância política, numa fina ilustração de que teoria e ação podem ser formas complementares da agência de intelectuais engajados na transformação das relações sociais no mundo contemporâneo.”

Por Raquel Wandelli/jornalista na SeCarte

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