Pesquisa do Laboratório de Circuitos e Processamento de Sinais da UFSC recebe prêmio nacional
Dois pesquisadores do Laboratório de Circuitos e Processamento de
Sinais da Universidade Federal de Santa Catarina (LINSE/ UFSC) foram premiados como autores do melhor artigo de estudante, na área de processamento digital de sinais, no Simpósio Brasileiro de Telecomunicações (SBT2004). Mais de 350 cientistas concorriam à premiação em cinco áreas de pesquisa. O trabalho premiado -desenvolvido pelo doutorando Fernando Santana Pacheco e pelo professor de Engenharia Elétrica Rui Seara – tem o objetivo de reduzir o efeito de reverberação da fala quando usados aparelhos telefônicos viva voz.
A pesquisa é feita em parceria com a Digitro Tecnologia, fabricante de equipamentos para telefonia. A reverberação ocorre quando o sinal da voz humana reflete no ambiente e chega alterado ao aparelho telefônico. Quando uma pessoa está dirigindo e precisa fazer uma ligação via celular, por exemplo, ela pode dizer o nome de quem vai receber o telefonema para que a discagem seja feita de forma automática. Quando ocorre a reverberação, aumenta a possibilidade de a chamada ser feita para o número errado ou sequer ser completada. Segundo Seara, esse problema torna-se ainda maior quanto mais longe estiver o microfone do falante e quanto mais ruídos houver no local.
A solução proposta no artigo premiado, segundo Pacheco, é uma abordagem diferente daquelas apresentadas na literatura da área. Uma forma de diminuir a reverberação é, por exemplo, utilizar técnicas baseadas em arranjo de microfones, distribuídos no local de onde é feita a chamada. “Na prática, isso é pouco viável”, aponta Seara. No artigo, os pesquisadores sugerem a utilização de apenas um microfone, o do telefone. Além disso, um algoritmo identifica a resposta acústica do ambiente e corrige o sinal reverberado. Os testes de simulação realizados têm apresentado ótimos resultados.
Seara faz questão de ressaltar que o sucesso nos primeiros resultados impulsionou a pesquisa, que continua em andamento: novos testes estão sendo feitos e os algoritmos aprimorados. O professor explica, ainda, que trabalhos desse tipo podem servir para outros fins que não os da telefonia, como em próteses auditivas ou em sistemas de sonorização.
Fonte: Equipe do Núcleo de Comunicação do CTC
Contato com os autores do artigo pelo telefone (48) 331 96 43 ou e-mailseara@linse.ufsc.br ou fernando@linse.ufsc.br
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