Obra da EdUFSC propõe um novo perfil para a medicina brasileira
Do desejo à realidade de ser médico, de autoria de Suely Grosseman e Zuleica Patricio, repensa o ensino e a prática da Medicina. Lançamento nesta quarta, às 18h, no hall do CCS/UFSC.
Os avanços da Medicina e o prestígio da profissão, as limitações, a satisfação. Estes são alguns dos temas que fazem parte do livro Do desejo à realidade de ser médico – A educação e a prática médica como um processo contínuo de construção individual e coletiva, livro de Suely Grosseman e Zuleica Patrício, publicado pela Editora da UFSC(EdUFSC) com apoio da Unicred, Mestrado em Ciências Médicas e Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina.
A obra é resultado da tese de doutorado de Grosseman, orientada pela co-autora e fornece, segundo Regina Celes Stella, professora da Escola Paulista de Medicina da USP, não uma contribuição pontual, técnica, à formação do profissional médico, mas, como afirmam as próprias pesquisadoras, uma contribuição social, um estímulo à reflexão sobre a necessidade dos educadores de revisar as práticas de ensino. O lançamento está marcado para dia 17,às 18 horas, no hall do Centro de Ciências da Saúde da UFSC, em Florianópolis.
“Na medicina e em outras áreas que lidam com a saúde do ser humano, temos que resgatar a formação dos estudantes, unindo ciência e arte, e rever nossa atuação e as nossas atitudes perante a ciência, o trabalho, os seres humanos e a vida”, acrescentam Patrício e Grosseman. “Como cidadãos, em especial por pertencer à área da saúde, precisamos incorporar, em nosso trabalho cotidiano, a luta por um sistema de saúde e um sistema social mais justos, mais apropriados para as necessidades do ser humano, participando, mais efetivamente, da melhoria da nossa qualidade de vida”, complementam.
O livro é dividido em quatro capítulos. No primeiro, são apresentados alguns elementos teóricos da literatura sobre a construção social dos desejos humanos. No segundo, é feita uma breve exposição da trajetória da medicina e de ser médico, na sociedade ocidental e no Brasil. O terceiro capítulo apresenta os profissionais que participaram do estudo(os nomes são fictícios) e os temas. Na última parte, Zuleica e Suely fazem uma síntese e refletem sobre os temas, ressaltando a responsabilidade individual e coletiva pela satisfação do médico com esse trabalho.
Elas esperam que o livro surta reflexões não só em médicos, colaborando para melhorar a qualidade de vida deles e de outras pessoas, mas também profissionais de outras áreas que lidam com a saúde, no exercício ou no ensino da profissão; educadores envolvidos nos projetos curriculares e no cotidiano da formação médica; estudantes de Medicina; gente em processo da escolha profissional; políticos e os responsáveis pela qualidade de vida dos brasileiros, principalmente os que elaboram e executam projetos e programas de saúde e educação.
“Estamos passando por um processo de transformações que inclui novas diretrizes curriculares dos cursos de Medicina e mudanças no modelo de assistência pública à saúde da população. As novas diretrizes instituem que as escolas médicas devem educar seus estudantes para torná-los profissionais com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitando-as a atuar com princípios éticos no processo saúde-doença, nos diferentes níveis de atenção, com ações de promoção de saúde e prevenção, recuperação e reabilitação de doenças, na perspectiva da integralidade da assistência, com responsabilidade social e compromisso com a cidadania. O grande desafio é alcançar uma atitude que integra as descobertas com os avanços tecnológicos, resgatando os princípios éticos e estéticos”, concluem as professoras.
Telefone das autoras: Suely: (48) 225-1737 ou 9960-9721, e Zuleica: (48) 232-1322 ou 9982-8121.
Fonte: Assessoria de imprensa da Edufsc


































