INICIAÇÃO CIENTÍFICA: Um momento para discutir a importância e o sentido da ciência

Estudantes explicam seus projetos
Para o reitor, empresas e outras entidades precisam apostar no desenvolvimento científico e tecnológico para que não se fique na dependência da tecnologia de outros países. Também segundo Luz, só teremos emprego se houver investimento pesado em C&T. “Escolas de qualidade exigem professores de qualidade formados na universidade, que não pode inchar e sim crescer”.
Álvaro Prata, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, acredita que o Seminário é uma forma de prestação de contas da UFSC para a sociedade, um processo que deve ser ampliado em nível nacional. “Trata-se de um investimento na nossa semente, nos pesquisadores do futuro”, sublinhou o pró-reitor. A diretora do Departamento de Apoio à Pesquisa, Tereza Nogueira, observou que a Iniciação Científica é uma forma de despertar a vocação para a pós-graduação. “É um privilégio e ao mesmo tempo uma responsabilidade fazer pesquisa no Brasil”, arrematou Nogueira, para quem pesquisa é como dança: tem que ter o parceiro certo.
Para que ciência?
Essa a pergunta colocada no debate que se seguiu a abertura do XIII Seminário de Iniciação Centífica, e respondida pelos três pesquisadores da mesa: Faruk Aguilera, João Calixto e Rafael de Menezes, representando as três áreas básicas de pesquisa (Humanas, Exatas e da Vida).
O professor Calixto destacou a importância da ciência para entendimento das leis do universo. “É uma maneira do homem criar alternativas de sobrevivência. Ciência e poder são sinônimos. Os povos que não a possuem pagam caro pelo acesso ao desenvolvimento científico”. O pesquisador que integra a Academia Brasileira de Ciências acredita que o cientista não deve perder a capacidade de imaginar e que o erro faz parte do processo científico. “O que a ciência precisa para se desenvolver é de liberdade, ética e transparência. Cientista não tem país, ciência tem”.

Fotos: Paulo Noronha
“Ciência implica em disciplina, irreverência e reflexão”, resume Rafael de Menezes Bastos. Ele é um dos pesquisadores que acreditam que é essencial pensar ciência refletindo sobre, por exemplo, o que será a violência, o 11 de setembro, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, a Guerra da Palestina. O professor lembra o fato do Brasil ter criado uma pós-graduação fantástica, ao mesmo tempo que deixou a graduação quase no lixo. “Temos que levar a sério a graduação”. Bastos argumenta que ciência também se faz lendo Cervantes ou ouvindo Pixinguinha.
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